quinta-feira, 10 de outubro de 2024

AVALIAÇÃO DE SAÍDA SEE MT/2023 - LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO - COM GABARITO

 AVALIAÇÃO DE SAÍDA –  LÍNGUA PORTUGUESA – REVISÃO

6º ANO

 

0     01.         Questão

Leia a tirinha para responder à questão.

 

Fonte: Disponivel em: < https: tirinhas="" www.humorcomciencia.com="">. Acesso em: 2022

 No segundo quadrinho, o formato do balão e das letras indicam que o personagem está

d cochichando.

c pensando.

a gritando.

b cantando.

          02. Questão

Leia a tirinha.

 

Disponível em: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/post/26424467837/por-mauricio-de-sousa-httpwwwmonicacombr. Acesso em: 20 abr. 2023.

Qual é o sentido de uma sequência de interrogações nos balões do Cebolinha?

a Medo de ser atacado pelo coelho da Mônica.

b Alegria por estar brincando com a Mônica.

c Dúvida do que a Mônica quer, medindo o corpo dele.

d Raiva pela Mônica estar medindo o corpo dele.

 03.     Questão

Leia o texto e responda à questão.

Separação do lixo para reciclá-lo

Todos os dias nós utilizamos papéis, garrafas plásticas, caixas de metal... que se tornam lixo. Esses dejetos devem ser separados porque muitos podem ser reciclados, isto é, reutilizados. O lixo não reciclável pode ser queimado. Não se deve jogar nada na natureza porque certos dejetos levam muito tempo para desaparecer.

As pilhas poluem a água, por isso devem ser devolvidas ao fabricante.

Fonte: LAROUSE, Iafonte. Separação do lixo para reciclá-loIn: Minha primeira biblioteca Larousse: ciências. São Paulo: Larousse do Brasil, 2007.

Segundo o texto, o lixo deve ser separado e

a guardado.

b inutilizado.

c queimado.

d reciclado.

 

     04.        Questão

Leia o texto.

Meu amor,

Deixei o café da manhã na mesa especialmente pra você!

Um ótimo dia pra você!

Te amo demais!

Beijos, Fer.

DIANA, Daniela. Gêneros textuais. Disponível em https://www.todamateria.com.br/. Acesso em: 20 abr.2023. Adaptado.

O texto acima pertence a qual gênero textual?

a Carta.

b Notícia.

c Conto.

d Bilhete.

 

0    05.          Questão

Leia a tirinha para responder à questão.

 

Fonte: Disponível em: < http: 4="" page="" www.willtirando.com.br="">. Acesso em: 2022.

No último quadrinho, o efeito de humor é produzido pela

a chegada rápida da senhora atrás do bolo de cenoura.

b acolhida amorosa da dona da casa ao receber sua amiga.

c decepção da senhora ao ver que o bolo não estava pronto.

d expressão alegre no rosto da dona da casa ao abrir a porta.

 

06.Questão

Leia o artigo 5º da Constituição Federal, de 1988, da República Federativa do Brasil.

“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.”

Disponível em: https://www.planalto.gov.br. Acesso em: 31 jan. 2023.

Segundo esse artigo da Constituição,

a as pessoas são diferentes diante da lei, não sendo garantidos a elas os direitos à liberdade e à igualdade.

b as pessoas que são estrangeiras, ainda que morem no país, não devem ter acesso e direito à vida e à liberdade.

c as pessoas que são brasileiras terão seus direitos anulados, sendo reprimidos os direitos à segurança e à propriedade.

d as pessoas são iguais e seus direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são resguardados pela lei.

07.Questão

Leia o texto que foi divulgado pelo governo do Mato Grosso.



Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO MATO GROSSO. Reprodução/288055 -

Propaganda Dengue/Governo do Mato Grosso. Disponível em: < https://bityli.com/fBzPCD >. Acesso em: 10 jun. 2022.

Esse texto pertence a que gênero textual?

a Cartaz de campanha social.

b Carta aberta.

c Propaganda de música sertaneja.

d Tirinha.

 

08. Questão

Leia a tirinha.

 


Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/309904018105298697/. Acesso em: 22 abr. 2023.

A palavra “não” no segundo quadrinho expressa

a tempo.

b modo.

c localização.

d negação.

 

09. Questão

Leia o trecho do livro "A menina que roubava livros", de Markus Zusak.

“Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Para mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: ‘Apronte logo isso, apronte logo isso.’ E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.”

Fonte: ZUSAK, Markus. A menina que roubava livros. Tradução: Vera de Ribeiro. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011.

No texto lido, a narradora enxerga a guerra como uma relação entre chefe e trabalhador. Como é essa relação?

a Uma boa relação, pois o trabalhador olha por cima do ombro e repete a mesma coisa sem parar.

b relação tranquila, pois o chefe é calmo e não explora os trabalhadores.

c Uma relação ruim, pois o chefe não reconhece o serviço do trabalhador e o pressiona cada vez mais.

d Uma relação de respeito, pois o trabalhador tem admiração pelo chefe.

 

10. Questão

Capítulo II

Artigo. 15. - A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

Artigo. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.

ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Disponível em: https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf. Acesso em: 22 fev. 2023.

O direito citado no artigo 15 e aprofundado no artigo 16 é o que diz respeito à (ao)

a liberdade.

b respeito.

c dignidade.

d opinião.

 

11. Questão

Leia o texto e responda à questão.

A estrada e o cavalinho

O cavalinho na estrada

pacatá, pacatá,

com sua sombra mais atrás

pacatá, pacatá.

Para ao lado de um riacho,

pacatá, pacatá,

e se vê no espelho d’água,

pacatá, pacatá.

O cavalinho volta à estrada

pacatá, pacatá,

com sua sombra mais atrás,

pacatá, pacatá.

Fonte: CAPARELLI, Sérgio. A estrada e o cavalinhoIn: ____. Boi da cara preta. Porto Alegre: L&PM Editores Ltda, 1983. Adaptado.

A onomatopeia pacatá foi repetida no poema para

a evidenciar a lentidão do cavalinho.

b enfatizar a rapidez do cavalinho.

c mostrar as brincadeiras do cavalinho.

d reproduzir o barulho do trote do cavalinho.

 

12. Questão

Observe o anúncio publicitário.


Disponível em: https://www.shoppingpiedade.com.br/shopping-piedade-lanca-campanha-de-dia-das-maes/. Acesso em: 22 fev.2023.

A quem se dirige esse anúncio publicitário?

b Ao filho feliz que pode presentear sua mãe.

c Ao shopping que vende presentes para as mães.

d Ao amor que está presente no dia das Mães.

a À mãe que irá ganhar presente no dia das mães.

 

13. Questão

Leia o texto e depois faça o que se pede.

O Pantanal é a maior planície alagada do mundo! Localizada nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia e do Paraguai, ocupa uma área total de 170.500 km²! O tamanho da Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda juntos! Com inundações periódicas, o Pantanal enche em um período do ano e, depois, esvazia, o que o torna especial. Sua fauna e flora são ricas, pois aqui vivem mais de 4.500 espécies de animais e plantas!

Fonte: SOUZA, Maurício de. Chico Bento vai ao Pantanal: Chico Bento em O Pacto. 2017. Disponível em: < https: informacoes="" sala_de_imprensa="" www.wwf.org.br="">. Acesso em: 11 de jun. de 2022.

Marque a alternativa que apresenta uma informação correta sobre o Pantanal.

a O Pantanal é um bioma exclusivamente brasileiro.

b O Pantanal inunda-se em dois períodos do ano, depois, esvazia.

c Sua área total é igual ao tamanho de alguns países juntos.

d Sua fauna e flora são pobres e têm menos de 500 espécies de animais e plantas.

 

14. Questão


LAERTE. Manual do Minotauro. Disponível em: https://laerte.art.br/acervo/?_sfm_decada=2010&sf_paged=2. Acesso em: 5 fev. 2023.

Considerando os recursos gráfico-textuais na tirinha da Laerte, o que explicaria a transformação da pessoa que está lendo?

a A educação desenvolve a capacidade de pensar.

b A escola é o espaço de aprendizado da arte de plantar.

c A leitura promove a mudança de leitores em plantas.

d A escola renova a habilidade de expressão oral de uma ideia.

 

15. Questão

Leia a tirinha.


Fonte: NOVA ESCOLA. Tirinha disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/11835/tirinhas-humor-nas-aulas. Acesso em: 7 jul. 2022.

Com relação à pontuação utilizada na tirinha, pode-se dizer corretamente que

a os dois pontos foram utilizados para encerrar uma ideia.

b a vírgula foi utilizada para separar as ações que o personagem enumerou.

c as reticências expressam a alegria do personagem.

d o ponto de exclamação indica uma dúvida do personagem.

 

16. Questão

Leia a tira para responder à questão.


WATTERSON, B. Yukon Ho! As Aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2008. p. 25.

No último quadrinho da tira, a palavra “isso” aparece duas vezes e faz referência à

a cozinha, ambas as vezes.

b garagem e à bicicleta, respectivamente.

c cozinha e à garagem, respectivamente.

d cozinha e à bicicleta, respectivamente.

 

17. Questão

Observe com atenção.

Fonte: Imagem disponível em: < https://cargocollective.com/humbertofernandez/selections/from >. Acesso em: 18 jun. 2022.

O cartaz acima, veiculado em uma campanha publicitária da marca Mitsubishi, tem a intenção de

a apresentar a função que o carro tem de se transformar em rinoceronte.

b demonstrar que se trata de um carro estável e confiável.

c demonstrar que o carro é tão resistente quanto um rinoceronte.

d mostrar que o motorista é forte como um rinoceronte.

 

18. Questão

Leia o texto e responda à questão.

5 coisas que não fazem sentido em ‘Toy Story’

‘Toy Story’ chegou aos cinemas em 1995 sob os comandos do cineasta John Lasseter para apresentar a história de Woody, Buzz, Betty, Rex, Senhor Cabeça de Batata e muitos outros brinquedos que ganham vida quando os humanos não estão por perto, mostrando que há muito o que explorar além da diversão com as crianças. A franquia se tornou um grande sucesso, possuindo três sequências lançadas 1999, 2010 e 2019, e com uma quarta a caminho, visto que no início de fevereiro deste ano, a Disney confirmou a produção de “Toy Story 5”. Por isso, antes do lançamento da nova animação, reunimos abaixo 5 coisas que não fazem sentido nos filmes da franquia ‘Toy Story’. Confira!

RECREIO. 5 coisas que não fazem sentido em Toy Sotry. Recreio, Entretenimento. Disponível em https://recreio.uol.com.br/noticias/entretenimento/5-coisas-que-nao-fazem-sentido-em-toy-story.phtml. Acesso em 23 jan. 2023. Adaptado.

Em qual trecho há uma opinião?

a “‘Toy Story’ chegou aos cinemas em 1995 […]”.

b “[…] apresentar a história de Woody, Buzz, Betty, Rex, Senhor Cabeça de Batata […]”.

c “[…] outros brinquedos que ganham vida quando os humanos não estão por perto […]”.

d “[…] há muito o que explorar além da diversão com as crianças”.

 

  19. Questão

Leia o trecho do conto "Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector.

No dia seguinte fui à casa da filha do dono da livraria [...]. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. [...] Dessa vez nem caí; guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/felicidadeclandestina-conto-de-clarice-lispector/. Acesso em: 7 jul. 2022.

Considerando o trecho "Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo", o pronome pessoal “lo” retoma

a o dia seguinte.

b o dono da livraria.

c o livro.

d o narrador.

 

20. Questão

Colheita do algodão começa em MT com área de plantio maior nesta safra

Nesta safra, as chuvas foram menores, o que dificultou a produtividade.

Em Mato Grosso, a colheita do algodão já começou. Dados apontam que mais de 5% da área semeada já foi colhida. Nesta safra a área de plantio está maior, no entanto, a estiagem atrapalhou o desenvolvimento das lavouras e a produtividade deve ser quase a mesma da última safra.

O produtor Jackson Gomes acompanha de perto a colheita do algodão em uma propriedade, em Novo São Joaquim, a 493 km de Cuiabá. Ele semeou a lavoura dentro do período ideal, que é em janeiro, e aproveitou os bons preços da pluma para aumentar a área de plantio em 15%.

Fonte: G1. Colheita do algodão começa em MT com área de plantio maior nesta safra. Disponível em: https://g1.globo.com/mt/matogrosso/noticia/2022/07/08/colheita-do-algodao-comeca-em-mt-com-area-de-plantio-maior-nesta-safra.ghtml. Acesso em: 9 jul. 2022.

A notícia apresentada tem como foco principal abordar

a a colheita do algodão que começa a ser feita no estado do Mato Grosso.

b a área de plantio na safra de 2022 que é maior que nos anos anteriores.

c a quantidade de chuvas que atrapalha a colheita de algodão em Mato Grosso.

d o período ideal para semear as lavouras de algodão que é no mês de janeiro.

 

ENTREVISTA: "LIVRO PARA CRIANÇA NÃO PRECISA SER EDUCATIVO", DIZ VENCEDORA DO JABUTI -FRAGMENTO - COM GABARITO

 Entrevista: “Livro para criança não precisa ser educativo”, diz vencedora do Jabuti – Fragmento

        A vida da escritora Marina Colasanti, 77, é um livro de histórias. Começa na África, em um país chamado Eritreia, onde nasceu.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj1I-x1WYJ1tmGVcOdyjc6bUI7UF5GYZl5F6sfl5UXRoTezpe40FvFXUV0gWLuH7O8BHWJleo3EkKAtNjSC-8VFudknZPwHEEFgzYVwHPWpQr-tLR4wNp1ywIGgMwbDXUps8LkZvVdngXsUkHJkeOCUVNeO9ahNq1JL4v-wAa8D4jOwNxeO787rYSjG3E/s320/Marina-Colasanti.jpg


        Depois, vem a Segunda Guerra Mundial e a infância na Itália. Aos dez anos de idade, ela passa a viver no Brasil, em um palacete no Rio.

        Autora de poemas, crônicas e até contos de fadas, Colasanti adicionou um novo capítulo a sua vida: ganhou o Jabuti de melhor livro de 2014 com o infantil “Breve” história de um pequeno amor – seu sétimo Jabuti, um dos prêmios literários mais importantes do Brasil.

        “Não esperava. É raro que um livro para crianças seja considerado o melhor do ano”, disse a escritora à Folhinha. Leia a entrevista a seguir.

        Folhinha: Foi uma surpresa ganhar o Jabuti de melhor livro do ano?

        Marina Colasanti: É muito raro que um livro para crianças vença como o melhor do ano. Foi uma surpresa absoluta.

        Folhinha: O prêmio mostra uma valorização da literatura infantil?

        Marina Colasanti: Gostaria de dizer que sim. Mas há um certo demérito ligado à literatura infantil, como se não fosse necessário ser escritor para escrever livros para crianças. Veja uma coisa: se algum escritor brasileiro ganhasse o Nobel, todos fariam muito barulho, concorda? Porém, o Brasil já ganhou por três vezes o Hans Christian Andersen [considerado o Nobel da literatura infantil], e ninguém fala sobre isso.

        Por outro lado, a literatura infantil e juvenil está na ponta mais valorizada do mercado, que tem altíssimo interesse por esse tipo de livro. Há muita demanda, muito lançamento. Mas muitas vezes sem um cuidado literário.

        Folhinha: Como assim?

        Marina Colasanti: A produção de livros sofre de duas doenças. Uma é o descrédito da inteligência infantil por parte dos adultos. Eles acreditam que qualquer coisa pode ser publicado e que a criança não vai perceber que o livro é ruim. O outro problema é que a literatura infantil tem um pé amarrado na educação, como se ela servisse para carregar conhecimentos, princípios morais, como uma cápsula que tivesse outra coisa dentro. E isso envenena a literatura.

        As grandes obras são grandes porque escaparam disso. Por exemplo, o [Lewis] Carroll, que era educador, não colocou nada de educativo na Alice. Fez um baita sucesso. Toda a produção do [Carlo] Collodi é extremamente educativa, menos uma: Pinóquio, que é uma obra genial. Esse envenenamento pela educação é um problema não só do Brasil. A literatura é formadora e ensina por si, e não por ensinamentos embutidos.

        [...]

        Folhinha: Quando terminei “Breve” história de um pequeno amor, fiquei com a dúvida: É um livro para criança?

        Marina Colasanti: Adoro quando essa pergunta aparece no fim. É o melhor atestado de qualidade que o livro pode ter. Se uma obra infantil não toca um adulto, ele também não vai tocar a criança. Eu nunca escrevi para distrair ninguém. Não sou um palhaço. Eu quero tocar, emocionar, sacudir, fazer refletir. Nada disso é possível se aquilo que você escreve não toca pontos profundos do leitor.

        Folhinha: É possível tocar esses pontos com um pombo como personagem principal?

        Marina Colasanti: A criança não se identifica apenas com o “eu”, como se fosse um espelho. É um erro achar que a melhor chave de leitura é a identificação. A criança busca a identidade no outro, no melhor amigo, no convívio com os irmãos. Achar que livro infantil sempre tem que ter criança é deixar a literatura mais pobre.

        [...]

        Folhinha: A criança de hoje é muito diferente da de sua época?

        Marina Colasanti: A principal mudança foi a valorização do desejo da criança. A gente até podia ter vontades, mas isso não significava que seriam atendidas pelos adultos. Hoje, o desejo da criança é uma ordem. Ela quer algo e ponto. Na minha época, no máximo, a criança gostaria de alguma coisa. Mas ela segue precisando de cuidados, com medo da morte, pavor do escuro. A criança continua a mesma, embora o cotidiano seja muito diferente.

        Folhinha: Outra mudança foi o aparecimento do digital. Como isso se reflete na literatura?

        Marina Colasanti: O livro não vai acabar. O que pode mudar é a chamada sacralização do livro. Ler sempre foi um momento importante. Não sabemos se, com a popularização do digital e livros mais baratos, o valor da leitura não será quebrado. Tudo é muito recente.

MOLINERO, Bruno. Livro para criança não precisa ser educativo, diz vencedora do Jabuti. Folha de S. Paulo. 3 jan. 2015. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2015/01/1568552-livro-para-crianca-nao-precisa-ser-educativo-diz-vencedora-do-jabuti.shtml. Acesso em: 20 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 23-25.

Entendendo a entrevista:

01 – Qual a principal surpresa para Marina Colasanti ao ganhar o prêmio Jabuti?

      A principal surpresa foi o fato de um livro infantil ter sido considerado o melhor livro do ano, já que é raro que isso aconteça.

02 – Qual a visão de Marina Colasanti sobre a valorização da literatura infantil no Brasil?

      Apesar de haver uma grande demanda e interesse por livros infantis, a autora acredita que há um certo descrédito em relação à literatura infantil, como se não fosse necessário ser um escritor de verdade para escrever para crianças.

03 – Quais os principais problemas que Marina Colasanti identifica na produção de livros infantis atualmente?

      Os principais problemas são o descrédito da inteligência infantil e a tendência de transformar a literatura infantil em um veículo para transmitir ensinamentos morais e educativos, em vez de permitir que as histórias toquem e emocionem as crianças.

04 – Qual a importância de uma obra infantil tocar o adulto leitor?

      Para Marina Colasanti, se uma obra infantil não toca um adulto, ela também não conseguirá tocar uma criança. A literatura infantil deve ser capaz de emocionar e fazer refletir tanto crianças quanto adultos.

05 – Por que Marina Colasanti acredita que a criança não se identifica apenas com personagens que se assemelham a ela?

      A autora acredita que a criança busca a identidade no outro, em personagens diferentes de si mesma, como amigos, irmãos e até mesmo animais.

06 – Como Marina Colasanti vê as mudanças na criança ao longo do tempo?

      A principal mudança que a autora observa é a valorização do desejo da criança, que hoje em dia tem suas vontades mais atendidas. No entanto, as crianças continuam tendo as mesmas necessidades básicas, como medo da morte e do escuro.

07 – Qual o impacto do digital na literatura infantil, na visão de Marina Colasanti?

      A autora acredita que o livro não irá desaparecer, mas que a forma como ele é consumido pode mudar. A popularização do digital pode alterar a valorização da leitura, mas ainda é cedo para saber como isso irá se desenrolar.

08 – Qual a importância de um livro infantil tocar pontos profundos do leitor?

      É fundamental que um livro infantil toque em questões profundas e emocionais, para que possa gerar reflexão e conexão com o leitor.

09 – Por que Marina Colasanti considera a pergunta "É um livro para criança?" um elogio?

      Essa pergunta indica que o livro transcende as barreiras entre o mundo adulto e infantil, sendo capaz de emocionar e envolver leitores de todas as idades.

10 – Qual a mensagem principal que Marina Colasanti quer transmitir com suas obras infantis?

      A autora busca tocar, emocionar, sacudir e fazer refletir seus leitores, independentemente da idade. Ela acredita que a literatura infantil tem o poder de transformar e enriquecer a vida das pessoas.

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

CARTA: DE SOLICITAÇÃO - JÉSSICA ORMENEZE - COM GABARITO

 Carta: De Solicitação

        Vinhedo, 5 de maio de 2021

        Prezado senhor Secretário de Esportes e Laser,

        Sou moradora do bairro Pinheirinho e identifiquei que as praças do bairro não possuem aparelhos de academia ao ar livre instalados.

  Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRj_TUP3YFim0nu5JJdEl6MvOUG5CjscamyNIW6-KfUGOQ3H3KapwkBEHfQ7JYvtiJUZwlevIzh5v2dVX9XboVtTCHkiX3EJfVUqg4xqvpxUc-gIIlQQVTNe4vv_ECa9lbS4zdX4fGOROY-5dTe3eAMhIoUZKq8fCRrTSlOagwbI2eyyb3ELzEi8rJ0Hs/s1600/CARTA.jpg

        A prática de exercícios físicos é essencial à manutenção da saúde e é um direito dos moradores possuírem espaços públicos para fazê-la. Além disso, devido ao momento que estamos vivendo, isto é, a pandemia da covid-19, uma alternativa que permita realizar exercícios a céu aberto é mais segura e necessária para conter a disseminação do vírus.

        Sei que essa questão envolve a secretaria do senhor e que há a preocupação em fornecer melhor qualidade de vida aos habitantes da nossa cidade. Fiz uma avaliação dos dados presentes no site oficial da Secretaria de Esportes e Lazer e percebi que os bairros mais populosos de Vinhedo já possuem, ao menos, uma academia ao ar livre instalada e, comumente, são bem utilizadas, o que demonstra que o investimento realmente acarreta em serventia para o povo.

        Contudo, o bairro Pinheirinho ocupa a quinta posição entre os mais populosos da cidade e, mesmo assim, ainda não foi beneficiado com uma opção pública para a prática de atividades físicas.

        Dessa forma, solicito a implantação de academias ao ar livre no bairro Pinheirinho, para que nós, moradores da região, possamos usufruir desses benefícios. Todo investimento feito na nossa cidade melhora o bem-estar dos cidadãos e, consequentemente, faz de Vinhedo um lugar melhor.

        Desde já agradeço a sua atenção.

Jéssica Ormeneze.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 103.

Entendendo a carta:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Acarretar: trazer como consequência.

·        Comumente: geralmente, habitualmente.

·        Disseminação: ato de disseminar, propagar, espalhar.

·        Serventia: aquilo que é útil ou tem aplicação.

02 – Qual é o principal objetivo da carta?

      O principal objetivo da carta é solicitar a instalação de academias ao ar livre no bairro Pinheirinho, justificando a necessidade com base nos benefícios para a saúde da população e na comparação com outros bairros da cidade.

03 – Quais argumentos a autora utiliza para justificar sua solicitação?

      Benefícios para a saúde: A prática de exercícios físicos é essencial para a manutenção da saúde.

      Direito dos moradores: Os moradores têm o direito de ter espaços públicos para a prática de atividades físicas.

      Pandemia: A prática de exercícios ao ar livre é uma alternativa mais segura durante a pandemia.

      Comparação com outros bairros: Bairros mais populosos já possuem academias ao ar livre e elas são bem utilizadas.

      População do bairro: O Pinheirinho é um dos bairros mais populosos de Vinhedo.

04 – Qual é o tom da carta?

      O tom da carta é formal e respeitoso, adequado para uma comunicação oficial com um órgão público. A autora demonstra conhecimento sobre o tema e apresenta seus argumentos de forma clara e objetiva.

05 – A que público a carta se destina?

      A carta se destina ao Secretário de Esportes e Lazer de Vinhedo, ou seja, a um representante do poder público responsável pela área de esportes e lazer na cidade.

06 – Qual é a expectativa da autora em relação à resposta?

      A expectativa da autora é que o Secretário de Esportes e Lazer considere sua solicitação e tome as medidas necessárias para a instalação das academias ao ar livre no bairro Pinheirinho, atendendo assim a uma demanda da comunidade.

ENTREVISTA: QUERO BATALHAR IGUAL MINHA MÃE, MAS TER UMA VIDA MELHOR, DIZ VITÓRIA, 11- FRAGMENTO - PAULO SALDANHA - COM GABARITO

 Entrevista: Quero batalhar igual minha mãe, mas ter uma vida melhor, diz Vitória, 11. – Fragmento

        Vitória olha com admiração para a história da mãe, e da avó, que vende temperos na feira e é apontada como sua confidente. Quer ser batalhadora como as duas, mas espera para si um futuro melhor. “Acho que a gente tem que pensar em coisas grandes”, diz. “Eu acho muito fundamental as pessoas que têm oportunidade de estudar, olhar assim pro caderno e ver uma fonte de aprendizagem”.

        Aluna do 6º ano da escola municipal de ensino fundamental do CEU Três Pontes, no Jardim Romano, zona leste de São Paulo, Vitória Railane Nobre Santos tem 11 anos. Mora no mesmo bairro com a mãe, avó e a irmã mais velha.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLv9zfSfPFgmZrkzhoCRIRMVaFAgcJn7YGA7Ds1ngsJ1hWX_EDfM2NDGBvAZz1hWCCKJtnkdy0eep2MqfHa8k3_Af0cdflBpBYICFs1UOfwMuSBY2R8vs4zXAJuzTeVYvBg2WerXVNIt4vfpz4yQpa0nP4uqaVdRNYYXH66LKQRHjgLgECeSdgnpG0Oyk/s1600/CEU.jpg


        [...] Para ela, a educação é um caminho para uma vida melhor da de seus familiares – mas também uma oportunidade de entender o mundo atual e poder intervir mais na sociedade. [...]

        Vitória, me conta um pouco sobre a sua rua, seu bairro, sua casa. Você gosta de morar aqui?

        Eu moro aqui mesmo no Jardim Romano e adoro por causa das minhas colegas, das amizades que eu tenho na rua, mas dentro de casa é mais diferente, porque eu tenho uma irmã de 14 anos, que se acha “adultona”, quer mandar em mim. Um modo de eu me distrair é aqui mesmo, na escola, com as minhas amigas, ou quando eu passo na rua e converso com alguma pessoa que eu gosto.

        [...]

        Mas você nasceu no Ceará?

        Não, eu fui para o Ceará quando tinha 1 ano de idade. Aí eu fiquei lá até os meus seis. Eu me considero uma cearense, no caso. O meu pai veio do Ceará, minha mãe veio do Ceará, a família todinha do meu pai veio do Ceará, então sangue de cearense está aqui em mim, né? Às vezes, minha mãe reclama porque o meu jeito de falar é igual ao deles. Mas foram seis anos num lugar aprendendo a viver da maneira daquele estado. É muito difícil chegar aqui e, de uma hora para outra, aprender a falar igual eles fazem.

        Mas eu acho bonito o sotaque do Ceará. Você acha? Tem orgulho dele?

        Sim, eu uso todo dia, então é difícil não achar bonito. É uma maneira de expressar um lugar muito humilde, que eu gosto e onde eu queria ter nascido. A minha vida praticamente foi feita lá.

        [...]

        Você queria opinar sobre o que vai ser ensinado [na escola]?

        Eu queria que a gente aprendesse um pouco mais sobre eras antigas e sobre deputados, essas coisas. Quando os deputados a gente começar a aprender, mas isso é o que a gente não aprende.

        Por que você acha importante?

        Porque se a gente aprendesse mais coisas sobre a política, ia pensar e falar com os nossos pais antes de votarem. É fácil chegar lá, digitar o número e votar. Agora, quando os políticos começam a acabar com o nosso Brasil, as pessoas só colocam a culpa neles, mas não pensam em quem vota. Então, acho que era fundamental aprender. Eu vi lá na TV que eles roubam R$ 1,6 bi da gente por ano. É dinheiro que eles podiam doar para um orfanato ou um daqueles tipos de casa para morador de rua. Mas não, eles gastam com iate, dessas coisas porque minha mãe levanta muito cedo para trabalhar, minhas tias trabalham muito, suam muito para ganhar R$ 100 por mês. Trabalha de doméstica, então eu vejo como ela sofre para ganhar um pouco de dinheiro para os deputados fazerem isso.

        Como você vê o seu futuro? Você quer ser igual a sua mãe ou a sua vó?

        Tipo, quero ser batalhadora igual a minha mãe, a minha avó, sim. Só que eu queria ter um futuro melhor do que o delas. Acho que a gente tem que pensar em coisas grandes. Minha mãe não pôde estudar porque trabalhava das 5h até de tarde, lá no Parque Dom Pedro, no Brás. Eu acho muito fundamental as pessoas que têm oportunidade de estudar, olhar assim para o caderno e ver uma fonte de aprendizagem porque tem muita gente que não estudou, não sabe ler, não sabe escrever. Inclusive, fui eu que ensinei minha avó a assinar o nome dela porque ela não sabia. Como a coitada trabalhava muito, não tinha tempo de ir para a escola. a minha mãe estudou até o sétimo ano, mas foi muitas poucas coisas que ela aprendeu.

SALDANA, Paulo. Tem coisas que a escola não ensina, a gente aprende na vida, diz Beatriz. 13 fev. 2019. Folha de S. Paulo. Disponível em: http://temas.folha.uol.com.br/crianca-do-dia/educacao/tem-coisas-que-a-escola-não-ensina-a-gente-aprende-na-vida-diz-Beatriz-11.shtml. Acesso em: 20 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 19-20.

Entendendo a entrevista:

01 – Qual a principal aspiração de Vitória para o futuro?

      Vitória deseja ter um futuro melhor do que o de seus familiares, com mais oportunidades de estudo e trabalho. Ela valoriza a educação como ferramenta para transformar sua vida e a vida da comunidade.

02 – Como Vitória descreve sua relação com a família?

      Vitória tem uma relação próxima com sua mãe e avó, admirando a força de trabalho e a luta delas. No entanto, ela também descreve as dificuldades de conviver em casa, como a diferença de idade com sua irmã.

03 – Qual a importância da educação para Vitória?

      A educação é vista por Vitória como um caminho para a ascensão social e para a transformação da sociedade. Ela acredita que o conhecimento é fundamental para entender o mundo e poder intervir nele.

04 – Qual a visão de Vitória sobre a política?

      Vitória demonstra preocupação com a política e a corrupção. Ela acredita que a educação política é fundamental para que as pessoas possam tomar decisões mais conscientes e exigir dos seus representantes.

05 – Como Vitória se sente em relação à sua origem e cultura?

      Vitória tem orgulho de suas raízes cearenses e valoriza a cultura de sua família. Ela vê seu sotaque como parte de sua identidade e como uma forma de expressar sua história.

06 – Quais são os desafios que Vitória enfrenta em sua comunidade?

      Vitória vive em uma comunidade com desafios como a falta de oportunidades, a desigualdade social e a corrupção. Ela observa as dificuldades que seus familiares enfrentam e busca soluções para melhorar a vida de todos.

07 – Qual a importância das amizades para Vitória?

      As amizades são um refúgio para Vitória, um espaço onde ela se sente acolhida e pode se divertir. As relações interpessoais são importantes para ela, tanto dentro quanto fora de casa.

08 – Qual a influência da história de vida de sua família na visão de futuro de Vitória?

      A história de luta e superação de sua família serve de inspiração para Vitória. Ela deseja seguir os passos de suas parentes, mas com mais oportunidades e conhecimentos.

09 – Quais são os temas que Vitória gostaria de aprender mais na escola?

      Vitória demonstra interesse em aprender mais sobre história, política e cidadania. Ela acredita que esses conhecimentos são essenciais para entender o mundo e poder participar ativamente da sociedade.

10 – Qual a mensagem que Vitória transmite com sua história?

      Vitória transmite uma mensagem de esperança e determinação. Apesar dos desafios, ela acredita no poder da educação e da união para construir um futuro melhor. Sua história inspira outras pessoas a lutarem por seus sonhos e a fazer a diferença em suas comunidades.

 

CRÔNICA: O XIS DO PROBLEMA - COM GABARITO

 Crônica: O xis do problema

        [...] Larissa lembrou de uma coisa que ela achou interessante contar, de quando ela foi a um parque de diversões desses bem famosos e, na hora da fome, escolheu um xis-salada na lanchonete do parque. E aí então...

        Larissa: O xis veio, mas a salada, nem sinal.

        Pedro: Se fosse comigo eu berrava: quero minha salada!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQM3LNQVjYtoxuF9YCIpPqu9LnzEy27i_RH_hmY_k3SHGIqz16IwIIs1Blmq7xl8CyIbXDWd6mseVMzgsz-ajvcARm9G3JXOGayt0Yjd2-wKci3fLa2zDuMJVYCEp-vRiXOoARB3COhq6gSXJYBgOgE0a54buvedx4K7UOwVgyy18BkCqL1Qjt_4pdg8o/s320/X%20SALADA.jpg


        Clara: Bom, como o Pedro só pensa em comer, acho que ele ia fazer isso mesmo. Mas aí, com toda a razão.

        Larissa: É, mas eu reclamei. Estava escrito lá na placa da lanchonete, tinha uma foto bonita do xis-salada. Disse para a moça que eu queria o meu sanduíche inteiro. Perguntei para ela: cadê a salada?

        Joana: E aí?

        Larissa: Ela disse que tinha acabado, que não podia fazer nada.

        Pedro: E o pior é que a bobinha ficou quieta e comeu assim mesmo. Pagou um sanduíche inteiro e comeu só uma parte.

        Joana: É, a gente vai nessas lanchonetes caras, vê aquelas fotos de sanduíche, hambúrguer e sei lá mais o que, e fica com água na boca. Pede, e na hora que chega, não é tão bonito como na foto. Vem menor, as folhas de verdura meio murchinhas, aquele hambúrguer fino...

        Pedro: A gente come e fica com mais fome ainda...

        Larissa: E na televisão, então? Tem brinquedo que voa, dá soco, faz um monte de coisas, mas lá em casa não voa. Só quando o meu irmãozinho joga para todo lado. E a gente paga o pato.

        Joana: Ah! Isso é verdade mesmo. Apareceu na tevê um tênis com uma porção de cores, azul, vermelho, amarelo, tudo quadriculado. Minha irmã ficou doida para ter um igual. Aí minha mãe foi à loja com ela para ver de perto, mas só porque minha irmã estava precisando. Senão, não adiantava pedir...

        Larissa: ... lá em casa é assim: se precisa mesmo, compra, senão...

        Joana: ... só que o tênis era inteiro de uma cor só. A vendedora disse que o que apareceu na tevê era para dizer que tinha tênis de todas aquelas cores, mas cada um era de uma cor.

        Mário: E aí, ela comprou?

        Joana: Nada! Minha mãe falou pra ela: “se for para comprar de uma cor só, vamos ver outro mais barato. Esse é muito caro, não daria pra comprar nem que tivesse todas as cores e mais um pouco de ouro”.

        Mário: É só enganação.

ESSA TURMA ninguém passa para trás. IDEC. 22 jul. 2017. Disponível em: https://idec.org.br/publicacao/essa-turma-ninguem-passa-para-tras-2006. Acesso em: 4 maio 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 59.

Entendendo a crônica:

01 – Qual o tema central da crônica?

      O tema central da crônica é a diferença entre a expectativa criada pela publicidade e a realidade dos produtos, gerando frustração e decepção nos consumidores.

02 – Qual a importância do título "O xis do problema"?

      O título "O xis do problema" sugere que o problema está na falta de correspondência entre o que é anunciado e o que é entregue, ou seja, no "xis" da questão. O título também pode ser uma brincadeira com a palavra "xis", que faz parte do nome do lanche que deu origem à história.

03 – Quais as principais situações descritas na crônica que exemplificam a diferença entre a propaganda e a realidade?

      As principais situações são: a falta da salada no xis-salada, o brinquedo que não funciona como na televisão e o tênis que não tem as mesmas cores do anúncio.

04 – Qual a reação das personagens diante das situações de frustração?

      As personagens reagem de diferentes formas: Larissa reclama com a atendente da lanchonete, Pedro demonstra impaciência e desejo de obter o que foi prometido, Joana e sua irmã se decepcionam com o tênis diferente do anunciado, e Mário faz uma crítica geral à enganação da publicidade.

05 – Qual a crítica implícita da crônica à publicidade?

      A crônica critica a forma como a publicidade manipula as expectativas dos consumidores, utilizando imagens e promessas que muitas vezes não correspondem à realidade dos produtos. A publicidade é vista como uma ferramenta de enganação que leva as pessoas a desejarem produtos que não precisam ou que não atendem às suas expectativas.

06 – Qual o papel da família na história?

      A família desempenha um papel importante na história, pois é dentro do ambiente familiar que as crianças são expostas à publicidade e que os pais tentam mediar os desejos dos filhos com a realidade financeira e as necessidades da família. A mãe de Joana, por exemplo, demonstra uma postura mais realista e tenta proteger a filha da influência da publicidade.

07 – Qual a mensagem principal da crônica para o leitor?

      A mensagem principal da crônica é a necessidade de sermos críticos em relação à publicidade e não nos deixarmos levar pelas promessas e imagens idealizadas que são apresentadas. É importante comparar as informações da publicidade com a realidade dos produtos e ter consciência de que nem tudo o que vemos é como realmente é.