sexta-feira, 22 de abril de 2022

ANÚNCIO: A PRAIA DA GUARITA - COM QUESTÕES GABARITADAS

 Anúncio: A praia da Guarita

        A praia da Guarita, em Torres, tira você da atacação. Sua beleza é a varrer.

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFd_H4_fukGmBYhaJCHNzz3wVH6aHviIpjbY2Vk1bRNhbmEMGXermBz9HZ9T8q4EmJmbM7KlAh2Vg1IURbn_-a2uyBxYDnIS6BZ9psXu3ILWAJAjeKdt_9AaZNq-KIKq_KIlKXD6GHBbNT6KO4_ZevRV6Nd8hVllEkFMiPOsXlj4pz0cDzLvMQY4zM/s200/PRAIA.jpg

Porque nem só de churrasco, uvas e chimarrão vive o gaúcho.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 72- 3.

Entendendo o anúncio:

01 – Os anúncios publicitários geralmente promovem uma mercadoria ou determinado tipo de produto.

a)   Que tipo de produto esse anúncio promove?

O turismo.

b)   Quem você acha que poderia criar um anúncio como esse e com que finalidade?

Provavelmente um órgão de turismo do Estado (por exemplo a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul) ou uma empresa de turismo daquele Estado.

02 – O anunciante faz uso de duas linguagens nesse anúncio.

a)   Quais são elas?

A linguagem verbal e a linguagem não verbal.

b)   A linguagem não verbal é importante para promover esse tipo de produto? Por quê?

Sim, pois a imagem da beleza natural da praia da Guarita ajuda a atrair os turistas.

03 – Na parte de baixo do anúncio se lê: “nem só de churrasco, uvas e chimarrão vive o gaúcho.” Essa informação também é uma forma de promover o produto? Justifique sua resposta.

      Sim, pois é uma forma de atrair o turista por outras razões, no caso pela culinária gaúcha.

04 – Observe o vocabulário empregado no enunciado.

a)   Que tipo de variedade linguística ele procura imitar?

Ele procura imitar uma variedade linguística regional: a variedade gaúcha.

b)   Para adequar esse enunciado à variedade linguística de sua região, que palavras você substituiria? Como ficaria todo o enunciado?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Atacação: (irritação, tensão); e beleza a varrer (beleza intensa).

05 – Compare a imagem do anuncio com a parte verbal apresentada por ele. A imagem confirma ou nega o que diz a parte verbal? Por quê?

      Confirma, pois a imagem mostra uma praia deserta, com muita vegetação, o que sugere descanso e paz da vida estressante das cidades.

06 – O anunciante fez uso de uma variedade linguística regional. Certamente, ele deve achar que isso ajuda a promover o produto.

a)   Nesse caso, o anunciante demonstra ter receio do preconceito linguístico?

Não. Demonstra não estar preocupado com isso; pelo contrário, deve achar que isso atrai os turistas.

b)   Na sua opinião, o uso da variedade regional tornou o anúncio mais interessante? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois torna o anúncio mais divertido e atraente. Além disso, convém lembrar que a linguagem reforça as imagens. É como se o leitor já estivesse sentindo parte do que seriam as férias no Rio Grande do Sul.

TIRA: SURIÁ CAMELO - LAERTE - A GAROTA DO CIRCO - SUBSTANTIVOS - COM GABARITO

 Tira: Suriá Camelo   

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP1G1WyZWUIq_eDP4pCtelCR3NjSQ4ld-CVGVaBhzuaRsvu_X8PvFO2ILALON5fq4_uJOkkHG6Fn1qsXTbBPOrQ57no0yimvrAoClv57awjjkYqimJ-AOX11_-KCK6YvnuTwBNNTZLLAU9ul85aALBqhmo8oJYYB0V9tP5B9S1G34XlNkrT8ci6J9w/s286/SURIA%20CAMELO.jpg

Laerte. Suriá, a garota do circo. São Paulo: Devir/Jacaranda, 2000. p. 9.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 70.

Entendendo a tira:

01 – Suriá está escrevendo um poema para seu amigo camelo. Ela e seu tio Top pensam em várias palavras para usar no poema.

a)   A que tipos de substantivos correspondem essas palavras?

Substantivos simples e comuns.

b)   O que essas palavras têm em comum?

O som final; Suriá está procurando palavras que rimem entre si.

02 – Camelo é um substantivo simples, pois se aplica a todos os camelos. Qual é, nessa tira, o substantivo próprio que nomeia um camelo em particular?

      Gaspar, que é o nome do camelo da tira.

03 – A palavra aniversário pode ser substantivo concreto e substantivo abstrato, dependendo da situação em que é empregada.

a)   Na situação em que foi empregada, ela é substantivo concreto ou abstrato?

É um substantivo abstrato, pois sua existência depende do Gaspar, que vai fazer aniversário.

b)   Dê outros dois exemplos em que essa diferença fique clara.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Substantivo concreto: Fui ao aniversário de Juliana. / Encontrei Marcos no aniversário da Juliana; Substantivo abstrato: Juliana vai fazer aniversário em agosto.

POEMA VISUAL: RUASOL - RONALDO AZEREDO - COM GABARITO

 Poema visual: RuaSol

              

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO5qdCiHAT45rcJuHn_is2gkyezfIJ0icwYVCRM-ulAVOidfzHaF0O3qwSs0AtoIn13W1V6wgH6i1wb4H1bBa2K5U4UCAkLAIH7AJIg5qlNGsK6tcs8aUsHAuhshlBiYZUGDZDvWOIb83IVz7ZVGRlZZr5NVOFsSi1CE_I-giTIoZdx0AQpzKIXavd/s293/ruaaaa.jpg

     Ronaldo Azeredo


Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 69.

Entendendo o poema:

01 – Quais são os substantivos que participam da construção do texto?

      Rua e sol.

02 – Observe a posição da palavra sol em cada uma das linhas do poema.

a)   O que ocorre com a palavra sol da primeira à última linha?

Ela vai se deslocando da direita para a esquerda, até desaparecer.

b)   Relacione com as fases do dia as alterações espaciais sofridas pela palavra sol. O que sugere o desaparecimento dessa palavra no último verso?

Sugere que o sol se pôs, no fim da tarde.

03 – Crie você também um pequeno texto visual, jogando com dois substantivos: Céu e lua. Uma possibilidade é sugerir o movimento da lua durante a noite. Se preferir, escolha outros substantivos e outra disposição visual.

      Resposta pessoal do aluno.

 

POEMA: PRIMAVERA - IÊDA DIAS - COM GABARITO

 Poema: Primavera

             Iêda Dias


Abriu-se em flor
todo o jardim:
rosas vermelhas
branco jasmim.

Pairam bailando
os colibris
beijando dálias
e bogaris.

Vinheta bela
as borboletas
pintam com saltos
e piruetas.

Um bem-te-vi
e um sabiá
cantam na rama
do manacá.

Brisa suave
pelos caminhos
leva a canção
dos passarinhos.

Canção da menina descalça. Belo Horizonte: RHJ.1993.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 64.

Entendendo o poema:

01 – Para descrever um dia de primavera, a poetisa escolheu alguns seres da paisagem natural. Faça um levantamento desses seres no texto e separe-os em três grupos:

·        O dos pássaros: Colibris, bem-te-vi, sabiá.

·        O das flores e plantas: Rosas, jasmim, dálias, bogaris, manacá.

·        E o dos insetos: Borboletas.

02 – O poema transmite a noção de uma paisagem movimentada e colorida, com sons delicados.

a)   Que palavras dão ideia de movimento?

Abriu-se, bailando, beijando, pintam, leva.

b)   Que palavras sugerem cor? E som?

Cor: vermelhas, branco, pintam; Som: cantam, canção.

03 – Quais palavras a seguir podem nomear as sensações que, no texto, a primavera está proporcionando?

a) (X) harmonia.
b) (X) suavidade.
c) ( ) nervosismo.
d) (X) cor.
e) (X) tranquilidade.
f) ( ) barulho.
g) ( ) agressividade.
h) (X) delicadeza.

 

E-MAIL: CONVITE - COM QUESTÕES GABARITADAS

 E-mail: Convite

        De: ricsouza@ig.com.br

        Para sebas@uol.com.br

        Assunto: Convite

        Tião,

        Você já tem programa para o feriado de Finados? Que tal ir comigo e a turma para o sítio do meu avô? A Tita 8-) e o Juninho d:-), meus primos, vão tb. Se você não se lembrar deles, dê uma espiada com atenção nos emoticons junto aos nomes deles. Lembrou?

        Cara, o passeio promete, a programação tá D+. A turma tá na maior animação, e vai ser mais legal ainda se você for com a gente. Dá pra trazer seu violão?

        Me responda até quarta.

        Abraço do

        Ricardo

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 59-60.

Entendendo o e-mail:

01 – A palavra e-mail designa duas coisas: a mensagem enviada através da Internet e o endereço para onde enviamos essa mensagem. Geralmente, um endereço eletrônico no Brasil tem a seguinte estrutura: nome@provedor.com.br. O nome designa o usuário. O símbolo @(arroba) informa ao computador que esse conjunto é um endereço de e-mail. O provedor é a empresa que possibilita o acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa. O com significa comercial e o br é a sigla de Brasil. No e-mail em estudo:

a)   Qual é o endereço eletrônico (e-mail) do remetente?

ricsouza@ig.com.br

b)   E o do destinatário?

sebas@uol.com.br

02 – Abaixo dos e-mails do remetente e do destinatário, há um item assunto. A palavra convite, escrita no campo destinado ao assunto, resume o assunto da mensagem enviada?

      Sim.

03 – No e-mail – nesse caso a mensagem enviada através da Internet –, além do vocativo e da assinatura do remetente, há o assunto e a despedida. A assinatura é facultativa.

a)   No e-mail de Ricardo, o assunto começa em “Você já tem programa para”. Onde ele termina?

Me responda até quarta.

b)   Qual é o assunto desse e-mail?

O convite a Tião para um passeio; portanto, trata-se de assunto de ordem pessoal.

c)   Que expressão Ricardo usa para se despedir de Tião?

Abraço do.

04 – Quando o e-mail é dirigido a uma pessoa íntima, algumas palavras podem ser abreviadas, como, por exemplo: com (c/), mais (+), quando (qdo), porque (pq). No e-mail de Ricardo, de acordo com o contexto, a que palavras se referem as abreviações:

a)   Tb? Também.

b)   Vc? Você.

05 – Depois do nome da Tita e do Juninho, Ricardo usou emoticons como um recurso para caracterizar os primos e fazer com que seu amigo Tião se lembrasse deles. Leia abaixo e, depois, responda:

          8-) = usar óculos;       d:-) = de boné.

O que os emoticons usados por Ricardo informam sobre:

a)   A Tita? Que ela usa óculos e é alegre.

b)   O Juninho? Que ele está sempre de boné e também é alegre.

06 – Observe a linguagem empregada neste trecho do e-mail:

        “Cara, o passeio promete, a programação tá D+. A turma tá na maior animação, e vai ser mais legal ainda se você for com a gente. Dá pra trazer seu violão?”

a)   Que elementos (palavras, expressões) fogem à variedade padrão da língua?

As gírias: cara, legal; As formas reduzida: tá, pra. D+; O emprego da expressão com a gente em lugar de conosco.

b)   Levante hipóteses: O que justificaria o uso desse tipo de linguagem no e-mail de Ricardo?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O fato de os correspondentes serem amigos e, portanto, terem um relacionamento íntimo, descontraído, sem formalidades.

07 – Reúna-se com seus colegas de grupo e, juntos, concluam: Para que serve o e-mail e quais são suas características?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É um tipo de texto usado para trocar mensagens pela internet, comunicando a alguém um assunto pessoal. Contém os seguintes elementos: resumo do assunto; data, às vezes também a hora em que o e-mail foi enviado; endereço eletrônico do remetente e do destinatário; vocativo; assunto; despedida e assinatura. Pode fazer uso de abreviações e emoticons, quando for dirigido a uma pessoa íntima. A linguagem varia de acordo com o grau de intimidade entre os correspondentes, podendo ser mais ou menos formal e, eventualmente, conter gírias.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA COM DESCRITORES PARA 9º ANO - COM GABARITO

Avaliação Diagnóstica com Descritores - 9º Ano


 Texto: Realidade com muita fantasia

Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior.

Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias.

Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”.

01.  (D3)  Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” e significa que Scliar é

       (A) crítico e detalhista.

       (B) criativo e inconsequente.

       (C) habilidoso e talentoso.

       (D) inteligente e ultrapassado.


 Poema: Duas Almas


Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,

entra, e sob este teto encontrarás carinho:

eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,

vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

 

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,

e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.

Entra, ao menos até que as curvas do caminho

se banhem no esplendor nascente da alvorada.

 

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,

essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,

podes partir de novo, ó nômade formosa!

 

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.

Há de ficar comigo uma saudade tua...

Hás de levar contigo uma saudade minha...

 

02.  (D3)   Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

 No verso "e a minha alcova tem a tepidez de um ninho", a expressão sublinhada dá sentido de um lugar:

      (A) aconchegante.

      (B) belo.

      (C) brando.

      (D) elegante.

  

SARA ISABEL

Sara Isabel, morena, tem quinze anos, mede 1,75, pesa sessenta e dois quilos e é de uma beleza irreparável. Cursa o primeiro ano do segundo grau no Colégio São Marcos e pretende se formar em medicina ou seguir a carreira de modelo.

Em casa é uma pessoa isolada, que fica horas e horas, em seu quarto, lendo e ouvindo músicas. No colégio, não se isola, mas também não se junta com todo mundo, seleciona as amizades. Com o namorado, não se mostra muito interessada, acha-se muito nova para firmar namoro. No clube ou na praia, mostra-se bastante solta: joga vôlei, tênis, gosta de fazer ginástica, não para um minuto. Das qualidades de Sara, a que mais me chama atenção é a sua dedicação aos estudos, o seu interesse em vencer na vida, o que mostra ser uma pessoa inteligente e conhecedora do seu mundo.

 

03.  (D3)  Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

 "... não se junta com todo mundo." Desta informação apresentada no texto infere-se que:

(A) Sara Isabel se acha mais importante que as outras pessoas.

(B) Sara Isabel é preconceituosa.

(C) Sara Isabel é orgulhosa.

(D) Sara Isabel é uma pessoa reservada.

 

 Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.

 Poema: A namorada

 Havia um muro alto entre nossas casas.

Difícil de mandar recado para ela.

Não havia e-mail.

O pai era uma onça.

A gente amarrava o bilhete numa pedra

presa por um cordão

E pinchava a pedra no quintal da casa dela.

Se a namorada respondesse pela mesma

pedra

Era uma glória!

Mas por vezes o bilhete enganchava

nos galhos da goiabeira

E então era agonia.

No tempo do onça era assim.

 

(D21) Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

 03. No trecho “O pai era uma onça,” a palavra destacada sugere que o pai era

(A) violento.

(B) esperto.

(C) rápido.

(D) rígido.

 

 Texto: Os pancararés

 Conhecedores de cada canto da região em que viveram os cangaceiros, os pancararés, quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade remanescente dos pancararés vive na Baixa do Chico, um pequeno povoado situado no interior do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam bastante simples, os moradores parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de pau-a-pique e recebem água de um poço artesiano porque a região é árida e agreste.

Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e à criação de gado.

 04.   (D17) Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.    

No trecho “... quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”, a expressão destacada demonstra uma circunstância de

      (A) dúvida.

      (B) condição.

      (C) tempo.

      (D) comparação.

 Música(Fragmento): Primeiros Erros

                    Kiko Zambianchi

Meu caminho é cada manhã

Não procure saber onde vou

Meu destino não é de ninguém

Eu não deixo os meus passos no chão

 [...]

Se um dia eu pudesse ver

Meu passado inteiro

E fizesse parar chover

Nos primeiros erros

O meu corpo viraria sol

Minha mente viraria

 Mas só chove e chove

Chove e chove.

 06. (D21) Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

 A repetição do verbo “chove” no texto sugere

(A) a intensificação dos sentimentos do eu lírico.

(B) o contentamento do eu lírico com o seu passado.

(C) o distanciamento do eu lírico em relação as pessoas.

(D) a modificação da visão do eu lírico em relação a sua vida.

 

 Texto: O cachorro

 As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.

 Granatic, Branca. Técnicas Básicas de Redação.

07. (D2) Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

  No texto, fica claro que haverá um conflito entre as crianças e a mãe, quando as crianças

(A) resolvem levar um cachorro para casa, mesmo sabendo que a mãe seria contra.

(B) levam para casa um cachorro vira-lata, e não um cachorro de raça.

(C) decidem esconder o animal dentro de um armário.

(D) não deixam o animal ficar na sala.

 

Leia o texto abaixo. (Variedade Linguística)

 

Dois mineiros, das Minas Gerais mesmo, encontraram-se na porta do armazém. Um comprara uma mula do outro, no dia anterior, e o que vendera lhe dizia que não podia entregar a mercadoria, porque o bicho tinha morrido.

 – Morreu é? Intão mi adevorve os cem reá qui paguei, uai!

– Mas si já gastei tudim...

– Intão mi traz a mula morta mermo, qui eu vô rifá ela.

– E quem é o doidipedra qui vai querê compra rifa di mula morta, ômi?

– É só num falá qui tá morta, uai! Outro dia, o que vendeu a mula morta, perguntou para o que tinha ficado de rifar o bicho:

– Como foi a rifa, cumpadi?

– Foi boa. Vendi quinhentos biêti a 2 reá cada. Faturei 998 reá!

– Eita! E ninguém recramô?

– Só o ômi qui ganhô.

– E o qui ocê feiz?

– Devorvi os 2 reá dele, uai!

  (História da tradição popular, recontado por Fausto Wolff, Coluna do Fausto, Jornal do Brasil, set. 2007.)

08. (D11) Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

A forma de expressão escrita da fala dos dois personagens da história teve a intenção de

(A) mostrar a diferença entre eles.

(B) criticar um modo errado de falar.

(C) separar a fala de cada personagem

(D) representar um modo regional de falar.

 

Texto: No mundo dos sinais


 Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos.

Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos.

Sinais de seca brava, terrível!

Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.

Toque de saída. Toque de estrada.

Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.

 TV Cultura, Jornal do Telecurso .

09. (D14) Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

A opinião do autor em relação ao fato comentado está em

(A) “os mandacarus se erguem”.

(B) “aroeiras expõem seus galhos”.

(C) “Sinais de seca brava, terrível!!”.

(D) “Toque de saída. Toque de entrada”.

 

 Poema: Eu tenho um sonho


Eu tenho um sonho

lutar pelos direitos dos homens

Eu tenho um sonho

tornar nosso mundo verde e limpinho

Eu tenho um sonho

de boa educação para as crianças

Eu tenho um sonho

de voar livre como um passarinho

 

Eu tenho um sonho

ter amigos de todas raças

Eu tenho um sonho

que o mundo viva em paz

e em parte alguma haja guerra

Eu tenho um sonho

Acabar com a pobreza na Terra

Eu tenho um sonho

Eu tenho um monte de sonhos...

Quero que todos se realizem

Mas como?

Marchemos de mãos dadas

e ombro a ombro

Para que os sonhos de todos

se realizem!

 SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000. p.10.

 10. (D2) Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

 No verso “Quero que todos se realizem” o termo sublinhado refere -se a

(A) amigos.

(B) direitos.

(C) homens.

(D) sonhos.

 

quinta-feira, 14 de abril de 2022

CRÔNICAS: BOTECOS - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - VARIEDADE LINGUÍSTICA - COM GABARITO

 Crônica: Botecos

              Luís Fernando Veríssimo

        [...]

        E tem a história do Nascimento, que um dia quase brigou com o garçom porque chegou na mesa, cumprimentou a turma, sentou, pediu um chope e depois disse:

        -- E traz aí uns piriris.

        -- O que? – disse o garçom.

        -- Uns piriris.

        -- Não tem.

        -- Como, não tem?

        -- “Piriris” que o senhor diz é…

        -- Por amor de Deus. O nome está dizendo. Piriris.

        -- Você quer dizer – sugeriu alguém, para acabar com o impasse – uns queijinhos, uns salaminhos…

        -- Coisas pra beliscar – completou o outro, mais científico.

        Mas o Nascimento, emburrado não disse mais nada. O garçom que entendesse como quisesse. O garçom, também emburrado, foi e voltou trazendo o chope e três pires. Com queijinhos, salaminhos e azeitonas. Durante alguns segundos, Nascimento e o garçom se olharam nos olhos. Finalmente o Nascimento deu um tapa na mesa e gritou:

        -- Você chama isso de piriris?

        E o garçom, no mesmo tom:

        -- Não. Você chama isso de piriris!

        Tiveram que acalmar os ânimos dos dois, a gerência trocou o garçom de mesa e o Nascimento ficou lamentando a incapacidade das pessoas de compreender as palavras mais claras. Por exemplo, “flunfa”. Não estava claro o que era flunfa? Todos na mesa se entreolharam. Não, não estava claro o que era flunfa.

        -- A palavra está dizendo – impacientou-se Nascimento. – Flunfa. Aquela sujeirinha que fica no umbigo. Pelo amor de Deus!

A mãe de Freud. Porto Alegre: L&PM, 1997. p. 61-2.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 56-7.

Entendendo a crônica:

01 – O que Nascimento, personagem principal dessa história, tem de diferente dos outros amigos?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Tem um vocabulário próprio, onde ele acha que as pessoas tem obrigação de entender e saber o que significa.

02 – Afinal, o que você acha que Nascimento chamava de piriris?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que fossem azeitonas, salame e queijo, mas não naquela quantidade ou daquele tipo, ou com aquela apresentação.

03 – Você acha que Nascimento está tentando reformar o mundo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Em parte sim, pois ele não aceita as regras da língua formal.

04 – Qual o resultado do procedimento da personagem?

      Nascimento se indispõe com as pessoas, cria mal-estar no ambiente, se mostra mal-educado e promove mal-entendidos. Pode-se dizer que esse resultado equivale à infelicidade dele perante os amigos.

05 – Suponha que o garçom e os amigos de Nascimento aprendessem com ele o significado das palavras piriris e flunfa. E depois começassem a usá-las no trabalho, com outros amigos, com os familiares, etc.

a)   O que aconteceria com essas palavras?

Elas se tornariam uma gíria e, com o tempo, se todos começassem a fala-las, talvez viessem a se integrar à língua.

b)   Então, conclua: As regras que a língua segue podem mudar?

Sim, as regras podem mudar. Apesar disso, a língua é viva e está em constante mudança, assim como as pessoas e a sociedade.