quinta-feira, 29 de novembro de 2018

CONTO: O DESAFIO DE LILIBEL - LÚCIA TULCHINSI - COM GABARITO

Conto: O desafio de Lilibel          

                          Lúcia Tulchinski

        Quando o professor de matemática veio com aquela história de Campeonato de Tabuada, Lilibel desconfiou que estivesse em apuros. As perguntas seriam orais e venceria quem acertasse o maior número de respostas. O problema não era a matemática e, sim, um medo guardado a sete chaves. Um gigante invisível que a acompanhava de segunda a sexta-feira em todas as horas do dia. O medo de Lilibel chamava-se timidez. Ela preferia fazer dez provas bem difíceis a participar daquela competição. O campeonato começaria logo na primeira aula do dia seguinte.
        Lilibel dormiu muito mal naquela noite. Teve pesadelos cheios de números. Todas as tabuadas estavam na ponta da língua, mas o medo de falar em público não saia de sua cabeça. Medo X Medo era igual a muito medo.
        As preces de Lilibel para que o professor ficasse doente não foram atendidas. Lá estava ele, com o maior sorriso no rosto, pronto para começar o campeonato de Tabuada. Logo, os nomes começaram a ser chamados. Primeiro foi o Carlinhos, depois o Heitor, a Joana, a Laís. Foi então que ela ouviu o seu nome: – Lilibel, é a sua vez. Quanto é quatro vezes seis? Ela sabia que a resposta certa era 24, mas perdeu a fala e os seus primeiros pontos.
        No recreio, Lilibel foi chorar no banheiro. Lá estava Tate, sua melhor amiga, que também tinha lá os seus medos.
        -- Lilibel, não chore, você só precisa criar coragem. A primeira vez que derrotar o medo, ele vai embora para sempre.
        Dois dias depois, começou a segunda etapa da competição. O primeiro a ser chamado foi o Joaquim. A pergunta era: – quanto é nove x sete? O aluno errou a resposta. Lilibel sentiu que chegara a hora de dar uma rasteira no medo e, tremendo, levantou o braço.
        -- Pode responder Lilibel – disse o professor.
        Os olhos de todos os colegas de classe voltaram-se surpresos para ela, que, com a voz trêmula disse: – Se ...sen...ta e  tr ..ês.
        Resposta certa! Ponto para Lilibel.
        Tate não se conteve e gritou:
        -- É isso aí, garota!
        Lilibel sentia-se leve como uma pluma. Tinha vontade de abraçar o mundo inteiro. Para ela, aquela era uma grande vitória. De repente, um bilhete aterrizou em sua carteira. Nele estava escrito:
        -- “Lilibel, você tem uma voz muito bonita. Zeca”.
        Com o rosto queimando feito brasa, Lilibel sorriu para o Zeca. Ele também estava vermelho como pimenta-malagueta. E sorria.

Vocabulário:
Timidez: acanhamento, vergonha.
Pluma: pena.
Aterrissou: pousou.

Entendendo o conto:
01 – Qual era o verdadeiro problema de Lilibel? E como ela o resolveu?
      O verdadeiro medo de Lilibel era o de falar em público. Ela era muito tímida e resolveu seu problema enfrentando o medo.

02 – Qual é o tipo de narrador do texto que você acabou de ler?
      O tipo de narrador apresentado nesse texto é o narrador em 3ª pessoa (observador).

03 – Releia o trecho: “... com a voz trêmula disse: - Ses...sen...ta e tr...ês.”
O que a autora quis demonstrar ao escrever a resposta da menina dessa forma?
      Ela quis demonstrar que a Lilibel deu a resposta com voz trêmula e falando pausadamente.

04 – Ao final do texto, a autora faz comparações. Transcreva uma.
      Com o rosto queimando feito brasa ou vermelho como pimenta malagueta.

05 – Depois que Lilibel venceu o medo e falou diante da turma, algo bom lhe aconteceu, como uma recompensa. O que foi?
      Lilibel recebeu um bilhetinho de um colega elogiando sua voz.


POEMA PARA SÉRIES INICIAIS: LAURA - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

Poema: Laura



Laura vive apressadinha.
Por que tanta pressa, oh, Laura?
Pois ela não tem nada o que fazer.
Esta pressa é uma das bobagens de Laura.
Mas ela é modesta:
Basta-lhe cacarejar um bate-papo
Sem fim com as outras galinhas.
As outras são muito parecidas com ela:
Também meio ruiva e meio marrom.
Só uma galinha é diferente delas:


Uma carijó toda de enfeites preto e branco.
Mas elas não desprezam a carijó por ser de outra raça.
[...]
                         Clarice Lispector. A vida íntima de Laura.
                               Rio de Janeiro: Rocco, 2012.
Entendendo o poema:
01 – Como é Laura?
      É uma galinha apressadinha, modesta, adora conversar.

02 – Em que Laura e a galinha carijó são diferentes?
      Laura é meio ruiva e meio marrom. A galinha carijó é toda de enfeites preto e branco.

03 – Para você, as diferenças físicas são importantes?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – O que mais a Laura gosta de fazer?
      Bate-papo com as outras galinhas.

05 – Quem é a autora do texto?
      Clarice Lispector.


REPORTAGEM: BABAÇU LIVRE - ANDRÉ CAMPOS - COM GABARITO

REPORTAGEM: Babaçu livre
                      
                 André Campos

          A expansão da pecuária e de outros interesses econômicos na região dos babaçuais ameaça o trabalho das quebradeiras de coco, fundamental para a sobrevivência de diversos grupos extrativistas do meio-norte do país

        Do babaçu, tudo se aproveita. Essa é uma frase comum na chamada região dos babaçuais, localizada na faixa de transição para a floresta Amazônica. Com cerca de 18,5 milhões de hectares (algo equivalente a 75% do estado de São Paulo), sua área inclui terras de várias unidades da federação, principalmente do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. Locais onde, para milhares de famílias, babaçu é quase um sinônimo de sobrevivência. Da folha dessa palmeira, que pode chegar a 20 metros de altura e tem inflorescência em cachos, faz-se telhado para as casas, cestas e outros objetos artesanais; do caule, adubo e estrutura de construções; da casca do coco produz-se carvão para fazer o fogo, e, do seu mesocarpo, o mingau usado na nutrição infantil; da amêndoa obtêm-se óleo, empregado sobretudo na alimentação mas também como combustível e lubrificante, e na fabricação de sabão.
        “Que eu conheça, o babaçu tem 49 utilidades diferentes, mas acredito que sejam mais”, conta Emília Alves, de 53 anos, dos quais mais de 30 coletando o coco que cai da palmeira. Trata-se de uma atividade tradicionalmente feminina, muito cantada nas músicas das “quebradeiras de coco” (como elas mesmas se autodenominam) e indissociável do modo de vida de diversas comunidades da região, onde, diz-se, toda mulher foi, é ou será um dia quebradeira de coco. Há várias gerações, lá estão elas com um machado preso sob uma das pernas e um porrete de madeira na mão, arrebentando diariamente centenas de cocos para extrair as amêndoas. Apesar de não haver dados oficiais, calcula-se que, no Brasil, entre 300 mil e 400 mil extrativistas sobrevivam dessa atividade. Para se ter uma ideia, é um número semelhante ao total de índios aldeados que, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), vivem atualmente no Brasil.
        Atualmente, Emília é coordenadora executiva da Regional do Tocantins do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), presente em quatro estados brasileiros (Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins). A entidade tem como principal bandeira aquela que, historicamente, é a grande reivindicação das quebradeiras de coco: o direito de livre acesso aos babaçuais.
        Entre proprietários de terra da região, são comuns reclamações de que as quebradeiras de coco estariam cortando cercas com o objetivo de fazer um caminho mais curto até os babaçuais. Muitas vezes também estariam deixando a casca do coco espalhada pelo chão, provocando ferimentos nos casos dos animais. Além disso, a realização de “caieiras” – método artesanal para a fabricação do carvão a partir da queima casca do coco – dentro das propriedades é criticada sob a alegação de que traz risco de incêndios.
        A expansão da fronteira agrícola e, principalmente, da atividade pecuária tem gerado um aumento significativo do desmatamento e dos conflitos de interesse relacionados à utilização dos babaçuais. Diversas áreas estão sendo devastadas para dar lugar ao pasto, situação que provoca tensões inclusive em unidades de conservação oficialmente reconhecidas, como as reservas extrativistas do Ciriaco e Mata Grande, além do Parque Estadual do Mirador, todos no Maranhão. No início de 2005, uma ação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) daquele estado resultou na retirada de 9 mil cabeças de gado de dentro do parque.

   CAMPOS, André. Babaçu livre. Portal Repórter Brasil
Agência de Notícias / Reportagens, 3 abr. 2006.
Entendendo o texto:

01 – Como as quebradeiras de coco poderiam conviver com os proprietários de terra dos babaçuais?
      As resposta devem variar. É importante que os alunos contemplem os dois lados do conflito, conciliando a atividade que você sustento às quebradeiras e os interesses dos proprietários em criar gado e cultivar a lavoura.

02 – O babaçu é um recurso natural renovável. Por que a criação de pastos seria uma ameaça para o babaçu?
      A criação de pastos ameaça o babaçu porque provoca a derrubada de muitas árvores e impede sua reprodução.

03 – De que região é colhido o babaçu?
      De acordo com o texto, é do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins.

04 – De acordo com a Emília Alves, quantas utilidades tem o Babaçu?
      Possui mais de 49 utilidades diferentes.

05 – Por quem é catado os coco que cai das palmeiras?
      É uma atividade tradicionalmente feminina.

06 – Quem é a Coordenadora Executiva da Regional do Tocantins do Movimento Interestadual das Quebradeiras de coco Babaçu (MIQCB)?
      A Coordenadora é Emília Alves, de 53 anos.

07 – Qual é a reclamação dos fazendeiros da região?
      Que as quebradeiras de coco estariam cortando cercas com o objetivo de fazer um caminho mais curto até os babaçuais.
      Que estariam deixando a casca do coco espalhada pelo chão, provocando ferimentos nos casos dos animais.

08 – Qual é o título do texto e quem é o autor?
      O título é Babaçu Livre escrito pelo André Campos.

ARTIGO DE OPINIÃO: É A ECONOMIA QUE DEVE SE ADAPTAR À SUSTENTABILIDADE, NÃO O CONTRÁRIO - BACKER RIBEIRO FERNANDES- COM GABARITO

ARTIGO DE OPINIÃO: É a economia que deve se adaptar à sustentabilidade, não o contrário
    

  Deveríamos garantir aos nossos filhos, pelo menos, a mesma qualidade de vida que temos hoje e que já não é tão boa assim

 Segundo Gilles Lipovetsky, importante filósofo contemporâneo, as preocupações do porvir planetário e os riscos ambientais assumiram posição primordial no debate coletivo. Nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito do aquecimento global, o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia, governos e empresas. Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável. Mas o que é ser sustentável? Que conceitos norteiam as gestões estratégicas das organizações?
        Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos, tecnologias mais caras. O que todos precisam entender é que há urgência em equilibrar a balança do tripé da sustentabilidade (triple bottom line), a economia não deve pesar mais que o social e o ambiental. Caso isso não ocorra, a natureza cobrará o seu preço.
        Em 1987, foi publicado o relatório Nosso Futuro Comum (Our Common Future), elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que fazia duras críticas ao modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, ressaltando os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório apontava para a incompatibilidade entre o desenvolvimento e os padrões de produção e consumo vigentes. Cunhou-se a célebre frase: “Desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
        Ou seja, deveríamos garantir para os nossos filhos, pelo menos, a mesma qualidade de vida que temos hoje e que já não é tão boa assim. As gerações futuras, agora com 24 anos (1987 a 2011), perguntam quais medidas foram cumpridas e se é este o futuro que construímos para eles. Devemos mesmo adotar esse conceito? A resposta é não! Os resultados mostram que falhamos e que sustentabilidade é garantir hoje a qualidade do meio ambiente, da vida, gastar o que for preciso para as gerações presentes.
        Não há um limite mínimo para o bem-estar da sociedade assim como não há um limite máximo para a utilização dos recursos naturais. Como citou Jeffrey Sachs, professor de Economia e diretor do Instituto Terra da Universidade Columbia, “o mundo está rompendo os limites no uso de recursos, se a economia mundial cresce a um patamar de 5% ao ano significa, neste modelo de desenvolvimento, que continuaremos produzindo grandes impactos no meio ambiente, nosso planeta não suportará fisicamente esse crescimento econômico exponencial, se deixarmos a ganância levar vantagem, o crescimento da economia mundial já está esmagando a natureza”.
        Se continuarmos com um modelo de desenvolvimento como o que temos atualmente, em 2050, quando se estima que seremos 9 bilhões de habitantes, teremos uma dívida ecológica de 24 meses, tempo necessário para ela se recompor, mesmo assim, não se tem a certeza se o planeta aguentará uma pressão deste tamanho.
        Há um grande equívoco que preciso deixar claro quando se fala em desenvolvimento. É comum falar em desenvolvimento sob o prisma do crescimento da economia, e o Brasil está entre os dez países mais ricos do mundo, mas o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. De acordo com o relatório, aproximadamente 8,5% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, 17 milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 60 por mês. Além da má distribuição de renda, doença crônica no desenvolvimento do Brasil, a saúde e a educação são o que mais pesa na pobreza do país.
        Como diria o professor Sachs, “se a ganância vencer, a máquina do crescimento econômico depredará os recursos, deixará os pobres de lado e nos conduzirá a uma profunda crise social, política e econômica”. Precisamos propor uma mudança no paradigma da sustentabilidade, o desenvolvimento sustentado necessita incluir o homem nesse processo, numa gestão que inclua as pessoas, tecnologias sem o pressuposto econômico, fontes renováveis e práticas sustentáveis. Como citou Rachel Carson em seu livro Primavera Silenciosa, “o homem é parte da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo… Temos pela frente um desafio como nunca a humanidade teve, de provar nossa maturidade e nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos”. A mensagem está dada.
              Backer Ribeiro Fernandes é Relações Públicas e doutorando em
Ciências da Comunicação.
Entendendo o texto:

01 – O texto lido é iniciado pela apresentação de uma ideia defendida pelo filósofo Gilles Lipovetsky.

a)   Qual ideia é apresentada ao leitor?
A preocupação com o futuro e com os riscos ambientais presentes de forma intensa na sociedade.

b)   Ele é apresentado pelo articulista como “um importante filósofo contemporâneo”. Ao fazer essa apresentação, qual efeito pretende-se obter em relação ao leitor do texto?
Ao reconhecer a importância do filósofo, é possível despertar ainda mais o interesse do leitor sobre o assunto tratado no artigo de opinião e fazer com que o leitor pressuponha que Backer Fernandes (o autor) concorda com o filósofo.

02 – Ainda no primeiro parágrafo, é apresentada uma relação de causa e consequência a partir de revelações sobre o aquecimento global.
a)   De acordo com o articulista, o que essas revelações causaram?
O Termo sustentabilidade ganhou importância na mídia, nos governos e nas empresas.

b)   Qual é a consequência desse fato?
A consequência é a de a sustentabilidade ter virado uma mania, e muitos – empresas, produtos, entre outros – passaram a se promover como “sustentáveis”.

03 – O articulista, Backer Ribeiro Fernandes, questiona a utilização, generalizada, do conceito de sustentabilidade.
a)   Transcreva a frase apresentada pelo articulista que dá início a esse questionamento.
“As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável.”

b)   Fernandes encerra o primeiro parágrafo com perguntas relacionadas à sustentabilidade. O que essas perguntas sugerem ao leitor?
As perguntas sugerem que o conceito não está bem definido e que haverá uma investigação e reflexão sobre o que é, de fato, sustentabilidade.

04 – Nos dois parágrafos seguintes, o articulista apresenta a ideia vigente sobre o que e sustentabilidade.
a)   De acordo com as informações presentes nessa parte do texto, qual é a definição corriqueira sobre o que é “ser sustentável”?
Ser sustentável é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos, tecnologias mais caras.

b)   De acordo com Fernandes, qual é a condição para que algo possa ser considerado sustentável?
A economia não deve pesar mais que o social e o ambiental.

c)   Elenque as diferenças entre o conceito apresentado por Fernandes e a ideia, mais relacionada ao senso comum, sobre “ser sustentável”.
Na definição defendida por Fernandes, deve-se priorizar a qualidade do meio ambiente e da vida, não importando o quanto isso custe. Na concepção mais geral sobre ser sustentável, o fundamental é não ter custos que inviabilizem algo.

05 – Leia a definição a seguir e responda ao que se pede.
      Paradoxo [...] Aquilo que é estranho, contraditório, absurdo [...].
Dicionário didático. 3. ed. São Paulo: SM, 2009. p. 595.

a)   Qual situação apresentada no artigo de opinião pode ser considerada paradoxal?
O fato de o Brasil estar entre os dez países mais ricos do mundo, mas o relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostrar o Brasil na 73ª posição entre 169 países.

b)   De acordo com o texto, o que pode provocar essa situação paradoxal?
A forma como desenvolvimento é entendido: mais no sentido econômico, sendo desconsiderado, por muitos, o aspecto social.

c)   Que relação pode ser estabelecida entre a situação paradoxal apresentada e a sustentabilidade?
Embora o Brasil seja um país muito rico, muitas pessoas ainda vivem em condições muito difíceis. A ideia de sustentabilidade, defendida no artigo, inclui um modelo de desenvolvimento voltado para todas as pessoas.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): BIBI FON-FON - EVELYN HEINE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Bibi Fon-Fon Meu carro eu buzinei - (EVELYN HEINE)

              Apresentação na escolinha CRESCER em Betim

Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava vermelho, o carro eu parei
Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava verde, o carro acelerei

Quando está no amarelo é sinal de atenção
Motorista cuidadoso nunca entra em contra mão
Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava verde, o carro acelerei

Coloquei uma primeira como um bom motorista
Puxei uma segunda e alinhei ele na pista
Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava vermelho, o carro eu parei

Dirigindo com cuidado, vou seguindo o meu caminho
Sempre estou acompanhado, nunca viajo sozinho Bibi

Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava verde, o carro acelerei
Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava vermelho, o carro eu parei

"Olha aí motorista, dirija sempre com atenção!"

Quando tem um cruzamento
Sempre olho pros dois lados
Dou um toque na buzina
E atravesso com cuidado

Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava vermelho, o carro eu parei
Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava verde, o carro acelerei

Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei
O farol estava verde, o carro acelerei.

Entendendo a canção:

01 – Qual o assunto tratado no poema?
      O trânsito.

02 – A que público interessa esse tipo de texto?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Quem é o autor do poema?
      Evelyn Heine.

04 – O texto Bibi Fon-Fon, meu carro eu buzinei, está escrito em prosa ou verso? Justifique.
      Está escrito em verso.

05 – Quantas estrofes têm o poema.
      Possui 09 estrofes.

06 – Quantos versos têm o poema?
      Possui 29 versos.

07 – Há rimas no poema? Quais?
      Gente / inteligente – Paisagem / bagagem – Simão / sinalização – Vão / sinalização – Vão, caminhão, contramão / contramão, confusão / fechado, lado / celular, parar / atenção, estação.

08 – Como o autor retrata o trânsito no primeiro verso?
      São retratadas brigas de motoristas no trânsito.

09 – Quais são as atitudes retratadas no poema como negativas?
      Andar na contramão, falar no celular e trocar a estação do rádio.

10 – Segundo o poema para que serve a sinalização?
      Para organizar o trânsito.

11 – Que conselho o motorista pode retirar do poema?
      É necessário dirigir com atenção.


POEMA: OU ISTO OU AQUILO - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

Poema: Ou Isto ou Aquilo                   
             Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.


Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Ou isto ou aquilo, Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil

Entendendo o poema:

01. Qual é a principal temática abordada no poema "Ou Isto ou Aquilo"?

a) A dificuldade de tomar decisões simples.

b) A impossibilidade de ter tudo ao mesmo tempo.

c) A alegria de viver as diversas experiências da vida.

d) A importância de seguir as regras e normas sociais.

02. Que sentimento a autora demonstra ao dizer "É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares"?

a) Alegria por poder experimentar coisas diferentes.

b) Tristeza por não poder ter tudo o que deseja.

c) Indiferença diante das escolhas da vida.

d) Raiva por ter que fazer escolhas difíceis.

03. Qual é o significado da repetição da frase "Ou isto ou aquilo" no poema?

a) Enfatizar a dificuldade de escolher entre duas opções.

b) Criticar a indecisão das pessoas.

c) Mostrar a beleza da simplicidade.

d) Celebrar a liberdade de escolha.

 04 – Em vários poemas de Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles obtém efeitos muito “sugestivos” extraídos de “relações paronomásicas” (§ 2) – o que se observa, por exemplo, nos seguintes versos:

a)   “Ou se tem chuva e não se tem sol / ou se tem sol e não se tem chuva!”
b)   “Com seu colar de coral / Carolina / corre por entre as colunas / da colina.”
c)   “No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. / É lá que eu quero morar.”
d)   “Arabela / abria a janela. / Carolina / erguia a cortina. / E Maria / olhava e sorria: / Bom dia!”
e)   “Esta menina / tão pequenina / quer ser bailarina.”

05 – Sobre os versos de 1 a 4 do Texto é INCORRETO afirmar que o/a(s):
a) ocorrências do termo ou na posição intermediária, nos versos, estabelece uma relação de alternância.
b) ocorrência do termo ou na posição inicial, no verso 1, estabelece a ideia de escolha que percorre todo o texto.
c) uso de verbos no presente indica condições rotineiras e não ações presentes.
d) uso do ponto de exclamação indica a surpresa do eu-lírico ao constatar a situação.

06 – Sobre o poema de Cecília Meireles, pode-se afirmar que:
a) há dois momentos marcados pela mudança das pessoas do discurso.
b) a ocorrência do termo se em todo o poema estabelece sempre a mesma relação de condição.
c) os recursos literários mais empregados pela autora são assíndeto e aliteração.
d) o esquema rítmico do poema é composto por rimas, versos curtos e assonâncias.

07 – Onde o texto: “Ou Isto ou Aquilo”, foi publicado? Quando?
      Foi publicado na Editora Nova Fronteira, em 1990.

08 – Na frase: “Ou guardo o dinheiro e não compro o doce”. O que você faria?
      Resposta pessoal do aluno.




CONTO: CONSTRUINDO PONTE - MARCELO ACKERMANN - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: CONSTRUINDO PONTE

        Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um rio, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
        Durante anos, ao final de cada dia, percorriam uma estreita, porém comprida estrada, que corria ao longo do rio para poderem atravessá-lo e desfrutarem um da companhia do outro.
        Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
        Numa manhã, o irmão mais velho ouviu bater à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão.
        -- Estou procurando por trabalho, talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali.
        -- Sim! Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo.
        -- Acho que entendo a situação. Certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.
        Como precisava ir a cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.
        O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca. Em seu lugar estava uma ponte, feita de tábuas de madeira e troncos de árvore, ligando um lado do riacho ao outro.
        Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:
        -- Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei.
        No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos. Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo.
        -- Espere, disse o mais velho, fique conosco mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você. E o carpinteiro respondeu:
        -- Adoraria ficar. Mas tenho muitas outras pontes para construir.
        Quantas vezes um carpinteiro desses se torna bem-vindo e necessário em nossas vidas!!!
                                                                                           Marcelo Ackermann.
Entendendo o conto:
01 – Onde se passa a história? Como viviam os irmãos antes da desavença?
      Passa na fazenda deles. Mesmo cansado do serviço diário, eles atravessavam o rio para desfrutarem um da companhia do outro.

02 – O texto não relata o motivo que levou os irmãos a adentrarem em conflito, apenas “um mal entendido”. Portanto, invente uma situação que levaria os irmãos a entrarem em desavença observando o desenrolar da narrativa.
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Como ficou a rotina dos irmãos após a discussão ocorrida entre eles? Você ficaria intrigado com um familiar seu após um mal entendido? Por quê?
      Ficaram semanas num total silêncio. Sim. Porque nenhum amor e companheirismo acaba assim a toa.

04 – De acordo com o texto qual foi a esperança para o fim do conflito entre os irmãos?
      Que eles conseguissem fazer as pazes.

05 – Na visão do irmão mais velho, qual seria a solução para amenizar a desunião entre eles? Você acha correta a atitude do homem em mandar realizar essa obra? Justifique sua resposta.
      Construir uma cerca bem alta ao longo do rio para não mais ver o irmão.

06 – O que o carpinteiro resolveu fazer desobedecendo assim a ordem de seu patrão? Como foram os esforços empregados pelo carpinteiro? Você acha correta sua atitude? Por quê?
      Construiu uma ponte sobre o rio. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia, medindo, cortando e pregando. Resposta pessoal do aluno.

07 – No princípio da chegada do homem que ordenara o tipo de trabalho ao carpinteiro, o que ele exclamou enfurecido ao observar o belo trabalho?
      “-- Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei.”

08 – O que torna a história emocionante?
      A união dos irmãos novamente, abraçando e chorando no meio da ponte.

09 – Um dos irmãos ainda convidou o carpinteiro para realizar outros serviços na fazenda, porém ele respondeu: “... tenho muitas outras pontes para construir.” Na realidade, o que o carpinteiro ainda tinha para fazer?
      Tinha que construir novas pontes, onde iria trazer paz e harmonia a outras pessoas.

10 – Que lição podemos tirar dessa linda história: “Construindo ponte”.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Vale muito mais fazer o bem e promover a paz e o amor.