Música(Atividades): Chegança
Antônio Nóbrega
Sou Pataxó
Sou Xavante e Cariri
Ianomani, sou Tupi
Guarani, sou Carajá
Sou Pancaruru
Carijó, Tupinajé
Potiguar, sou Caeté
Ful-ni-o, Tupinambá
Depois que os mares dividiram os continentes
Quis ver terras diferentes
Eu pensei: Vou procurar
Um mundo novo
Lá depois do horizonte
Levo a rede balançante
Pra no sol me espreguiçar
Eu atraquei
Num porto muito seguro
Céu azul, paz e ar puro
Botei as pernas pro ar
Logo sonhei
Que estava no paraíso
Onde nem era preciso
Dormir para se sonhar
Sou Pataxó
Sou Xavante e Cariri
Ianomani, sou Tupi
Guarani, sou Carajá
Sou Pancaruru
Carijó, Tupinajé
Potiguar, sou Caeté
Ful-ni-o, Tupinambá
Mas de repente
Me acordei com a surpresa
Uma esquadra portuguesa
Veio na praia atracar
Da grande-nau
Um branco de barba escura
Vestindo uma armadura
Me apontou pra me pegar
E assustado
Dei um pulo lá da rede
Pressenti a fome, a sede
Eu pensei: Vão me acabar
Me levantei de borduna já na mão
Ai, senti no coração
O Brasil vai começar
Sou Pataxó
Sou Xavante e Cariri
Ianomani, sou Tupi
Guarani, sou Carajá
Sou Pancaruru
Carijó, Tupinajé
Potiguar, sou Caeté
Ful-ni-o, Tupinambá
Composição: Antônio Nóbrega
/ Wilson Freire.
Entendendo
a canção:
01 –
A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização
brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos motivos, e
representa uma crítica à ideia presente no chamado mito.
a) Da democracia racial, originado das
relações cordiais estabelecidas entre portugueses e nativos no período anterior
ao início da colonização brasileira.
b) Da cordialidade brasileira, advinha da
forma como os povos nativos se associaram economicamente aos portugueses,
participando dos negócios coloniais açucareiros.
c) Do brasileiro receptivo, oriundo da
facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo
colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
d) Da natural miscigenação, resultante da
forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e nativas
para acelerar o povoamento da colônia.
e) Do encontro,
que identifica a colonização portuguesa como pacifica em função das relações de
troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos.
02 –
Sobre quem a letra da canção fala?
Fala sobre as
várias etnias indígenas existentes no Brasil.
03 –
A canção faz distinção entre dois momentos diferentes da história do “Brasil”.
Quais são eles? Caracterize-os a partir das informações contidas na letra da
canção. Indique as estrofes que se referem a cada um dos dois momentos.
Os momentos são:
primeiros os índios como povos nativos vivendo em um porto seguro, (1ª
estrofe). O outro momento: a chegada da esquadra
portuguesa. (3ª estrofe).
04 –
Explique o que você entendeu sobre a seguinte parte da última estrofe: “E
assustado dei um pulo lá da rede, pressenti a fome, a sede, eu pensei: “vão me
acabar! Me levantei de borduna já na mão. Aí senti no coração, o Brasil vai
começar”.
Resposta pessoal do
aluno.
05 – Em toda a canção
observa-se que é utilizada a primeira pessoa para identificar o sujeito da
história. Confirme copiando alguns versos. “Sou Pataxó
Sou Xavante e Cariri
Ianomani, sou Tupi
Guarani, sou Carajá
Sou Pancaruru
Carijó, Tupinajé
Potiguar, sou Caeté
Ful-ni-o, Tupinambá.”
06 – Que tema é abordado
nessa canção?
Um tema
recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre
portugueses e povos nativos.
muito bom
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