domingo, 18 de agosto de 2019

NOTÍCIA: FLORAÇÃO DO IPÊ-ROXO MARCA A PAISAGEM DO DF E ANUNCIA A NOVA ESTAÇÃO - FLÁVIA MAIA - COM GABARITO


Texto: Floração do ipê-roxo marca a paisagem do DF e anuncia a nova estação


A chegada de uma nova estação no Cerrado chama mais a atenção pelas cores do que pela mudança brusca de temperatura. Quem nasceu ou vive no Planalto Central sabe que, quando o capim verde se torna dourado e o ipê-roxo se destaca na paisagem, é sinal de que o inverno está próximo. Apesar da coloração puxada para o lilás, as árvores que primeiro floreiam as ruas de Brasília são as de flores roxas. Só depois as outras variedades de ipê — amarelo, branco, preto, verde e rosa — colorem a paisagem da capital.

Como cada cor tem o período específico para florescer, o brasiliense pode contar com as ruas floridas a partir de agora. Os exemplares no fim do Eixão Norte, na Avenida das Nações, na Catedral e em frente ao Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios, se exibem ao público. “Brasília é privilegiada em relação aos ipês. Eu fico esperando a hora que vai florescer e não tem um ano que ele não floresça”, diz, encantado, o técnico de laboratório Sérgio Rubens Ribeiro, 59 anos.

Os últimos ipês a começarem a florir são os de coloração branca e rosa-claro. Aparecem entre o fim de setembro e o início de outubro. Por causa do florescimento rápido — em cinco anos, a árvore começa a dar flores — essas árvores são bastante usadas no paisagismo de várias cidades brasileiras. Por isso, a familiaridade e a simpatia dos cidadãos pela espécie que está no seu dia a dia.

No Distrito Federal, existem várias espécies de ipê-roxo. As mais comuns são a Tabebuia heptaphylla e a Tabebuia impetiginosa, ambas típicas do cerrado. Porém, a professora de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB) Carmen Regina Correia diz que na capital do país existem exemplares de outros biomas, como a Mata Atlântica e a caatinga. “Por isso, você vê flores diferentes, algumas salpicadas na copa da árvore, outras do tipo buquê”, explica.

Típicos da região do Cerrado, os ipês também são encontrados no Pantanal, em áreas de transição para a Amazônia em estados do Nordeste. Para a estudante de química Laiz de Oliveira, 18 anos, a beleza da espécie está justamente em não parecer com as árvores da região. “Eu não acho o Cerrado muito bonito, não, mas o ipê é bonito, porque é diferente. Não é baixinho nem retorcido e dá flores”, conta.


O ipê-roxo atinge o auge da beleza por volta dos 30 anos. Nessa idade, a árvore chega ao pico do crescimento. A média de altura varia de 12 a 15 metros, mas o tronco pode chegar a 20 metros. De acordo com a professora Carmen Regina, quem quiser plantar um exemplar em casa não terá muito trabalho. A semente é pequena e fica envolvida em uma fina película. Quando plantada, é fácil de pegar no solo. “Ela é alada, pronta para voar. Como é leve, chega em lugares distantes. Por isso, vemos tantos ipês espalhados”, revela a professora. Além da estética, a espécie tem valor econômico por causa da madeira e do uso medicinal.

Os ipês têm uma estratégia curiosa para resistir à falta de chuvas. O segredo está na raiz, que é profunda e alcança as reservas de água do subsolo. Para diminuir o gasto de energia e aproveitar melhor o escasso recurso hídrico da época, a árvore perde as folhas durante a estiagem. Nesse mesmo período, surgem as flores, que contribuem para a preservação da espécie, atraindo os polinizadores. As diferentes cores são para atrair insetos e pássaros, que acabarão por distribuir as sementes.

As áreas públicas do Distrito Federal contam com pelo menos dois outros tipos de ipês, além do roxo: os amarelos (Tabebuia serratifolia) e os brancos (Tabebuia roseo-alba). Não se sabe ao certo a quantidade dessas árvores que enfeitam a capital do país. A cidade permanecerá pintada pelos ipês-roxos até o fim de agosto. Depois, chega a floração do amarelo, que vem entre julho e outubro. As flores do ipê-branco desabrocham apenas no fim da seca, entre setembro e outubro.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.142.
Entendendo o texto

1)   Que acontecimento revela a chegada do inverno no Planalto Central?
O destaque do capim verde e a presença do ipê-roxo.

2)   No título da notícia, há um adjetivo que indica a atualidade do assunto tratado no texto. Que adjetivo é esse?
Nova.

3)   A qual substantivo esse adjetivo faz referência?
Estação.

4)   Reescreva o título, substituindo o termo indicado na questão 3 pela expressão período do ano. Faça as adaptações necessárias.
Floração do ipê-roxo marca a paisagem do DF e anuncia novo período do ano.

5)   Além do termo trocado, que outra palavra no título foi alterada?
O adjetivo nova, que passou a ser novo.

6)   Após a alteração, o título ficou adequado ao contexto comunicativo?
Apesar de o novo título apresentar uma informação correta, ele não ficou tão preciso quanto ao título original. O título alterado é geral, pois indica que se trata apenas de um novo período, enquanto o título original específica o período, uma nova estação.

7)   Quais adjetivos apresentados no texto caracterizam a semente de ipê?
Os adjetivos pequena, alada e leve.




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