segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ANEDOTA: DEGUSTAÇÃO DE VINHO EM MINAS - AUTOR DESCONHECIDO


DEGUSTAÇÃO DE VINHO EM MINAS



- Hummm…

- Eca!

- Eca?! Quem falou Eca?

- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?

- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, e enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas…

- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!

- Sou um enólogo laureado. E o senhor?

- Cebesta, eu não! Mas que isso aqui tá me cheirando iguar à minha egüa lá isso tá!

- Valei-me São Mouton Rothschild!

- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão. Tá gripado, é?

- Não, meu amigo, são técnicas de degustação. Eu posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, deitar o vinho e, então…

- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no…

- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim
!

- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, vamos apreciar uns franceses jovens…

- Hã-hã… Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta…

- O senhor poderia começar com um Beaujolais!

- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é ómi, safardana!

- Então, que tal um encorpado?

- Ocê tá brincano com fogo…

- Ou, então, um suave fresco!

- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá com vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!

- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!

- Num vô não, fio de um cão! Num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta.

- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?

- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?

- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?

- Eu vô acertá um tapão nas suas venta, engulidô de rôia!

- Mole e redondo, com bouquet forte?

- Agora, ocê pulô o corguim! É um, é dois,é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que te arrebento, sua bicha fedorenta !


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