Texto: Educação
a distância cresce mais que presencial, mas não é 1ª opção
Publicado em 22/05/2018 - 10:04
Por Mariana
Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasília
A
educação a distância cresce em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e
já é opção para quase metade das pessoas que buscam uma graduação. Pesquisa
divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino
Superior (ABMES) - que representa grande parte do ensino superior particular do
país - mostra que 44% dos entrevistados optariam por essa modalidade, enquanto
56% dizem que preferem o ensino presencial. Nesse ritmo de crescimento, o
Brasil terá mais alunos estudando a distância que nas salas de aula
tradicionais, em 2023.
A
pesquisa mostra ainda que, se informados de que os cursos a distância podem ter
etapas presenciais, a aceitação aumenta para 93% dos estudantes pesquisados.
Para os 7% restantes, ainda há um desconforto em ter a maior parte das aulas
pela internet. Outro ponto destacado por esses alunos que não optariam pela EaD
é a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza adequadamente a
qualidade desses cursos.
A
pesquisa inédita Um ano do Decreto EAD - O impacto da educação a distância foi
feita pela ABMES em conjunto com a empresa de pesquisas educacionais Educa
Insights. Ao todo, foram entrevistados 1.012 homens e mulheres de 18 a 50 anos,
sendo 256 alunos e 756 potenciais candidatos a educação superior em março deste
ano.
“Estamos
falando de um público diferente da graduação presencial tradicional. Estamos
trazendo para o ensino superior um público mais velho, mais maduro, que já
trabalha com maior intensidade. Esse público precisa da flexibilidade da EaD
para completar o curso superior”, diz o vice-presidente da ABMES, Celso
Niskier.
O estudo
mostra que aqueles que escolhem a educação presencial exclusivamente são mais
jovens - 53% têm até 30 anos -; 76% trabalham; 33% são da classe social A ou B;
64% estudaram em escolas públicas e 36% em particulares.
Entre
aqueles que preferem a EaD, 67% têm mais de 30 anos, 83% trabalham; 25% são das
classes sociais A ou B, 75% estudaram em escolas públicas e 25% em
particulares.
Aulas práticas presenciais
Atualmente,
um curso EaD pode ter até 30% das aulas presenciais. Quando perguntados se
cursariam um curso EaD com as aulas práticas presenciais, a maior parte, 93%
disse que sim.
Entre os
7% que disseram não, 62% acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem
avaliada no mercado de trabalho. Eles apontaram também desconforto em ter a
maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos
dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para
tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.
Em
relação à qualidade da EaD, Niskier diz: “Uma minoria de 4%, entre os jovens
pesquisados, ainda acha que o mercado de trabalho não percebe muito bem a
qualidade da educação a distância. Isso tende a desaparecer com o tempo, na
medida em que comecemos a formar mais e o desempenho desses profissionais seja
equivalente”.
Cursos a distância
De acordo
com o Censo da Educação Superior, em 2016, 33% dos novos alunos ingressaram no
ensino superior na modalidade a distância e 67% em cursos presenciais. Esse
número cresceu. Em 2010, 20% ingressaram no EaD e 80% no presencial.
De acordo
com a projeção do estudo, se mantido o crescimento da EaD atual, em 2023 mais
estudantes ingressarão na modalidade a distância que no presencial. Serão,
pelas projeções do estudo, 51% em EaD e 49% no ensino presencial.
Há um
ano, o governo publicou um decreto que define os critérios para a oferta de
educação a distância. Entre as mudanças está a possibilidade de a instituição
privada de ensino superior ser credenciada exclusivamente para oferta de cursos
de graduação e de pós-graduação lato sensu (especializações e
MBAs) na modalidade a distância. Até então, a instituição deveria também ter
algum curso na modalidade presencial.
Edição: Valéria Aguiar
TOKARNIA, MARIANA. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CRESCE MAIS
QUE PRESENCIAL, MAS NÃO É 1ª OPÇÃO.
AGÊNCIA bRASIL, BRASÍLIA, 22 MAIO 2018.dISPONÍVEL
EM:HTTPS://BIT.LY/2KKYLYX. aCESSO EM: 25
SET 2018.
Fonte: Livro – Tecendo
Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 79.
Entendendo o texto
1)
Qual é o assunto central dessa notícia?
O crescimento da educação a distância no Brasil.
2)
O título informa que a educação a distância
não é a primeira opção, referindo-se às pessoas que querem fazer um curso
superior. De acordo com o texto, essa realidade pode mudar? Justifique.
Sim, pois no texto afirma-se que essa modalidade de educação cresceu
em ritmo mais acelerado que o ensino presencial e que, de acordo com as
pesquisas, em 2023 o Brasil terá mais alunos estudando a distância do que nas
salas de aula tradicionais.
3)
Que argumentos as pessoas entrevistadas
empregam para justificar a opção pelo ensino presencial, resistindo à ideia de
fazer um curso superior a distância?
O desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet e a
percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza a qualidade dos
cursos superiores a distância de modo adequado.
4)
Que informação eleva o percentual de
aceitação da modalidade a distância pelos estudantes pesquisados?
A informação de que os cursos a distância podem ter etapas
presenciais.
5)
Você conhece alguém que faz ou já fez curso
na modalidade educação a distância? Qual a sua opinião sobre esse tipo de
ensino?
Resposta pessoal.
Obrigada me ajudou
ResponderExcluirMuito odricadossssssss
ResponderExcluirobrigada
ResponderExcluirmuito obrigada pela resposta.
ResponderExcluirMuito obrigada mesmo ajudou muito
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