Poema: O
LIVRO E A AMÉRICA
Castro Alves
Talhado para as grandezas,
P’ra
crescer, criar, subir,
O Novo
Mundo nos músculos
Sente a
seiva do porvir
---
Estatuário de colossos –
Cansado
doutros esboços
Disse um
dia Jeová:
“Vai,
Colombo, abre a cortina
Da minha
eterna oficina...
Tira a
América da lá”.
Filhos do
sec’lo das luzes
Filhos da
Grande nação!
Quando
ante Deus vou mostrardes,
Terei um
livro na mão:
O livro –
esse audaz guerreiro
Que
conquista o mundo inteiro
Sem nunca
ter Waterloo...
Éolo de
pensamentos
Que
abrira a gruta dos ventos
Donde a
Igualdade voou! ...
Por isso
na impaciência
Desta
sede de saber,
Como as
aves do deserto –
As almas
buscam beber...
Oh!
Bendito o que semeia
Livros...
livros à mão cheia...
E mando o
povo pensar!
O livro
caindo n`alma
É germe –
que faz a palma,
É chuva –
que faz o mar.
ALVES, Castro.
Obra completa. Rio de Janeiro:
Nova
Aguilar, 1986, p.p. 76-78.
Entendendo o poema:
01 – Para
Castro Alves, o papel do livro na América é:
a) Sentir a seiva do porvir.
b) Mostrar-se na mão de Deus.
c) Conquistar o mundo de Waterloo.
d) Ser um germe na alma do povo.
02 – Uma
característica marcante dos poetas da última fase do Romantismo, especialmente
presente no poema de Castro Alves, é:
a) O tom declamatório e engajado.
b) O uso de versos brancos e livres.
c) O escapismo como temática e
proposta.
d) A citação dos poetas barrocos e
árcades.
03 – Os
versos do poema de Castro Alves que contêm uma referência explícita a um dos
ideais iluministas são:
a)
“Vai, Colombo, abre a cortina
Da minha eterna oficina...
Tira a América de lá”.
b) “Filhos da grande nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis, um livro na mão!”
c) “Éolo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou! ...”
d) “O livro caindo n`alma
É germe – que faz a palma.
É chuva – que faz o mar”.
04 – “Que sol! Que céu azul! Que doce n`alva
Acorda a natureza mais louçã
Não me
batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor do peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!”
Os versos
ilustram:
a) Atitude típica da segunda geração
romântica, que entende a morte como solução para todos os problemas da
existência.
b) Tendência de autores românticos
da primeira geração para valorizar a natureza da pátria, em detrimento das
paisagens estrangeiras.
c) O tom retórico e declaratório
característico de poeta engajado em problemas sociais, por se considerar arauto
das aspirações populares.
d) A sensibilidade do
Ultrarromantismo, voltada para o lamento da saudade da pátria.
e) O humor meio negro característico
de poeta byroniano, decorrente de sua indecisão entre o satanismo e o
angelismo.
O poema não está completo, falta partes importante para a compreensão da história e do texto poético,e também há palavras escritas erradas.
ResponderExcluirVerdade, sorte que eu tenho um livro com o poema completo :)
ExcluirÉ o seguinte, ano novo, mihahah
ResponderExcluirmihahah
ExcluirOxi ;-;
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