Conto: Escritora faz cartas virtuais para amigos e desconhecidos
Começou com um hobbie para ajudar os
amigos, hoje, Elisa Motta já publicou mais de 90 cartas abertas em sua
plataforma digital
“Escrevo desde criança. Meu avô,
Hildebrando Afonso de André, era professor de português e me inspirou a
começar. Textos, cartinhas para amigos, familiares... A escrita, para mim,
sempre foi a forma mais verdadeira de se expressar”, explica Elisa de André
Motta, paulista de 32 anos que escreve cartas como hobbie. Formada em
Publicidade e Propaganda e Administração de Empresas, Elisa trabalhava com as
palavras, mas sempre no intuito de vender alguma coisa. “Queria algo mais
verdadeiro e menos marqueteiro, aquilo não era bem o que eu queria fazer”, conta
ela.
Empreendedora, Elisa decidiu lançar o próprio
projeto digital na plataforma medium, onde lançou seus primeiros textos que,
segundo a autora, eram uma grande vazão dos seus sentimentos. Um dia, uma
grande amiga veio até Elisa e disse que não estava bem. “Foi quando eu fiz uma
carta para ela, e ela me respondeu que era exatamente aquilo que ela precisava
ouvir. Percebi que queria escrever para os outros, e não só para mim”, conta.
Elisa postou a carta no Facebook e perguntou se alguém mais gostaria de
receber. Na hora, 30 pessoas comentaram pedindo para receber cartas também.
“Fui escrevendo, postando e marcando os endereçados, que iam compartilhando a
carta que recebia. Quando vi, tinha gente que eu nunca tinha visto antes
pedindo para receber uma carta minha”, rememora.
Pedidos por inbox também pipocaram:
alguns tinham vergonha de pedir a carta publicamente. “Percebi como algumas
tinham medo do que pudesse vir escrito na carta, ao mesmo tempo em que queriam
recebê-la. Esse é um hábito que não morreu, apenas se modificou um pouco com a
tecnologia”, comenta ela. Elisa sentiu-se desafiada ao escrever para
desconhecidos, mas descobriu que não havia dificuldade: a autora conta um pouco
de si, do momento que está passando, abre sua vulnerabilidade e não economiza
na poesia. “Quero que o destinatário se lembre do quanto é importante e de como
ele tem valor. A carta é um afago”, completa. A autora já escreveu mais de 90
cartas abertas em sua plataforma.
ELISA MOTTA
Entendendo o conto:
01 – O assunto do texto é:
a) a publicação de
cartas virtuais por Elisa Motta.
b) a escrita de cartas na
era tecnológica.
c) os sentimentos
despertados pela leitura de uma carta.
d) a relação de Elisa Motta
com a escrita.
02 – Por que Elisa Motta
decidiu escrever cartas abertas em sua plataforma digital?
Porque, certo
dia, uma amiga lhe disse que não estava bem. Diante disso, Elisa resolveu
escrever uma carta para ela, que se sentiu acalentada. O interesse pelas cartas
cresceu pelas redes sociais. Com isso, Elisa Motta já escreveu inúmeras cartas
em uma plataforma digital.
03 – Identifique a
finalidade do texto lido:
O texto tem a
finalidade de divulgar o trabalho, desenvolvido por Elisa Motta, que consiste
na escrita de cartas virtuais, dirigidas a familiares e a desconhecidos.
04 – Em “Elisa sentiu-se
desafiada ao escrever para desconhecidos, mas descobriu que não havia
dificuldade [...]”, a conjunção grifada estabelece entre as orações a relação
de:
Oposição / adversidade.
05 – As aspas foram
empregadas para sinalizar:
a) os comentários de quem
escreveu o texto.
b) as ideias mais
importantes.
c) a transcrição
das falas da escritora entrevistada.
d) os trechos escritos na 1ª
pessoa do singular.
06 – No segmento “[...]
Elisa trabalhava com as
palavras, mas sempre no intuito de vender alguma coisa.”, o verbo em destaque
exprime um fato que:
a) poderia acontecer.
b) está em
realização no passado.
c) já ocorreu.
d) está acontecendo.
07 – Em todas as passagens,
o termo sublinhado indica a ideia de tempo, exceto em:
a) “Escrevo desde criança.”
b) “A escrita, para mim, sempre foi a forma mais
verdadeira de se expressar”.
c) “[...] aquilo
não era bem o que eu queria
fazer”.
d) “Quando vi, tinha gente que eu nunca tinha visto antes
pedindo para receber [...].
Muito bom mesmo 😁
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