quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

CONTO: DESENHO - COM GABARITO

 CONTO: DESENHO

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande. Uma manhã, a professora disse: - Hoje nós iremos fazer um desenho.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKxJHMq4kNfSzW63xJbI1uGbx0p4-_A9zZ67BtthyphenhyphenmdQu6MGxKRt4uWXJAkqy9G-cYkhTJf7zCHcgJiG0hDXnGZsZdAdYJtcMWax-Tz82sMqvLYYZTqrRPm6lieHWVqYRm7m5Wxb4k_hocWbr7u23Sbj8kp5-pwFOC5l3bpSx3x41eZvz8syGvaKBAYI/s1600/DESENHO.jpg


“Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos. Pegou a sua caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.

A professora então disse: - Esperem, ainda não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. - Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.

Mas a professora disse: - Esperem! Vou mostrar como fazer. A professora começou a desenhar uma flor. E a flor era vermelha com caule verde. - Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com caule verde. Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

“Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Então, a professora disse:- Esperem! Não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. - Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

“Que bom!” — pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse: - Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar. E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso. Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.

E o menininho foi ensinado e condicionado a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola. Essa escola era ainda maior que a primeira. Um dia a professora disse: - Hoje nós vamos fazer um desenho.

“Que bom!” Pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer, mas, ela não disse. Apenas andava pela sala. Então veio até o menininho e disse:- Você não quer desenhar? - Sim, e o que é que nós vamos fazer?

- Eu não sei, é você que deve pensar em algo e colocar em prática a ideia.

- Como eu posso fazê-lo?

- Da maneira que você gostar.

- E de que cor?

- Você pode escolher a cor?

- Eu não sei . . . - O menino pensou, pensou, mas não havia pensamento algum.

E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde. 

Entendendo o texto

 01- Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

       a-( V ) Percebe-se o discurso de que alguns professores tolhem a criatividade das crianças;

       b-( V ) Percebe-se o discurso de que se pode manipular e condicionar uma criança para que esta apenas faça cópia da ideia de outros;

       c-( V ) Percebe-se o discurso de crítica ao tipo de escola que não ensina os jovens a serem livres e criativos;

       d-( F ) Percebe-se que o ensinamento principal da história é que as crianças precisam ser treinadas apenas para obedecer;

      e-( V ) Percebe-se o discurso de que algumas vezes, na escola, as crianças ficam com medo de dizer suas opiniões sobre certas atividades propostas.

02 - Qual a tese central defendida no texto-discurso?

      a- é correto a escola tolher a criatividade das crianças;

      b- é equivocada a escola que impede as crianças de desenvolverem sua liberdade criativa;

       c- é preciso doutrinar os estudantes para que estes sempre obedeçam seus professores;

       d- a escola sempre está correta na sua forma de educar.

03 -  O objetivo principal do texto-discurso é:

        a- promover reflexão;

        b- provocar humor;

        c- informar;

        d- ironizar.

04 -  O texto-discurso é predominantemente:

 a-    injuntivo, pois dá instruções de como as crianças devem sempre obedecer os professores, ao invés de serem criativas;

       b- expositivo, pois apresenta uma teoria de como as crianças devem sempre obedecer o que os professores mandam fazer;

       c- narrativo, pois conta uma história que revela o desastre de uma criança que não desenvolve a sua criatividade na escola;

      d- persuasivo, pois defende várias formas de convencer os leitores a obedecer sempre os professores.

05 - No enunciado “O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a palavra:

    a- flor;

    b- flor da professora;

    c- flor do menininho;

    d- que gostou mais da sua flor do que da flor da professora.

06- No enunciado ““Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões., o pronome grifado foi empregado para não repetir a palavra:

    a- o menininho;

    b- barro;

    c- elefantes;

    d- elefantes, camundongos, carros e caminhões.

 07- Assinale o enunciado que representa a morte total da criatividade do menininho:

       a- E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul;

      b- Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora;

     c- O menino pensou, pensou, mas não havia pensamento algum;

     d- Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

08 - Qual enunciado é citação em forma de discurso direto referente à personagem professora autoritária?

     a) - Esperem, ainda não é hora de começar!

     b) - Mas a professora disse:

     c) - Da maneira que você gostar.

     d) - E de que cor?

09 - No enunciado “Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.”, os advérbios grifados intensificam, respectivamente, as palavras:

         a- menininho e escola; 

       b- pequeno e grande;  

       c- pequeno e escola;

       d- menininho e grande.

10 -  No enunciado " Ela esperou até que todos estivessem prontos”, a conjunção grifada sugere:

       a- tempo limite da espera;

       b- lugar limite da espera;

       c- inclusão de algo na espera;

       d- intensidade da espera.

11-  No enunciado Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores., o verbo grifado revela:

        a- ação passada;

        b- ação presente;

        c- promessa de ação futura;

        d- ação sem momento definido no tempo.

 12 - No enunciado “E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.”, os adjetivos grifados qualificam positivamente a palavra:

         a- menininho;

         b- desenhar;

         c- bonitas;

         d- lápis.

13 - No enunciado “E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.”, o substantivo flores foi qualificado positivamente por:

a-   menininho;

        b- desenhar;

        c- bonitas;

        d- lápis.

14 - No argumento “Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.”, a conjunção grifada mas  é adversativa/opositiva, porque:

         a- introduz um pensamento negativo, depois de ter pensado algo também negativo;

          b- introduz um pensamento positivo, depois de ter pensado algo também positivo;

          c- introduz um pensamento negativo, depois de ter pensado algo positivo;

          d- introduz um pensamento positivo, depois de ter pensado algo negativo.

15 - Assinale o enunciado em que está explícito o discurso do narrador:

         a- - Hoje nós iremos fazer um desenho.”;

        b- “- Esperem, ainda não é hora de começar!”;

        c- Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.”;

       d- “- Eu não sei, é você que deve pensar em algo e colocar em prática a ideia.

16 -  No enunciado “Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.”, a conjunção grifada:

        a- opõe-se ao que foi dito antes;

        b- explica o que foi dito antes;

        c- tece hipótese sobre o que foi dito antes;

        d- adiciona informação ao que foi dito antes.

17 - A que o a quem se referem as palavras sublinhadas no texto-discurso?

 "uma escola bastante grande": à escola em geral.

 "sua flor": à flor que o menino desenhou.

 "seu barro": ao barro que o menino estava usando.

 

18 - No argumento “E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde.”, conclui-se que:

       a- o menininho perdeu sua criatividade;

       b- o menininho aprendeu muito na escola anterior;

       c- o menininho era bom em desenhos;

       d- o menininho resgatou sua antiga força de imaginação.

19 - Produza um texto-discurso, da MANEIRA QUE VOCÊ GOSTAR. Use sua criatividade. Dê um título!

A pequena Ana amava as cores. Tinha um baú cheio de lápis de cera, tintas e canetas de todas as tonalidades. Um dia, na escola, a professora pediu para desenhar um sol amarelo. Ana pegou seu lápis laranja favorito e pintou um sol rabiscado, com raios vermelhos e roxos. A professora apagou o desenho e mostrou como se fazia um sol "correto". Ana ficou triste, mas obedeceu. Nos dias seguintes, todos os desenhos eram iguais aos da professora. As nuvens eram sempre cinzas, a grama sempre verde e o céu sempre azul. Um dia, Ana decidiu desenhar em segredo. Pegou seu caderno e pintou um mundo mágico, com árvores roxas, flores azuis e um céu estrelado de dia. Quando a professora viu o desenho, ficou surpresa. Nunca tinha visto algo assim. A partir daquele dia, a professora deixou que Ana e seus colegas desenhassem da maneira que quisessem, e a sala de aula se transformou num jardim de cores e ideias.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

REPORTAGEM: CAMELÔS DE BH: 5 COISAS QUE VOCÊ DEVERIA SABER E A GRANDE MÍDIA NÃO CONTA - RAFAELLA DOTTA - COM GABARITO

 Reportagem: Camelôs de BH: 5 coisas que você deveria saber e a grande mídia não conta

Ambulantes temem por sobrevivência e denunciam proposta da prefeitura

Rafaella Dotta -Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) - 07 de Julho de 2017 às 11:49

A maioria dos grandes meios de comunicação de Belo Horizonte se concentrou, nos últimos dias, em passar as imagens de guerra e desespero dos ambulantes da cidade.


Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAE4l2sE9E20a3ZcardnHbMx6b8cZlV5_bRrfpN14wLStSdkOcHUDjUsDTi-islmncCSv1aYRleRiLeZru1pY63XRFZERgQnHSAjO0cU4IBE_b2XC_VuUPESHj_HUZyGJ2cjw2JlIjOKwEnEhdq8llEqCMjzlPfwj8Ls1FucnhMUr27SfWqMOsFZfx-AY/s320/CAMELOSSSS.jpeg



Eles protestam desde a segunda-feira (3) contra a expulsão do hipercentro que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) está promovendo. Agora, esses meios de comunicação passaram a não ser bem-vindos por eles. “Eles cortam tudo o que a gente fala”, critica a camelô Sônia, que não quis falar o sobrenome.

A reportagem do   Brasil de Fato MG  esteve presente nos protestos e traz para o leitor os cinco assuntos mais defendidos pelos ambulantes. 

Falta vaga no trabalho formal

Segundo pesquisa feita pela prefeitura de BH com 1.137 ambulantes, 85% afirmaram que trabalhariam em um emprego formal, caso existisse vaga. E 15%, 170 pessoas, afirmaram que são ambulantes por profissão e não querem deixar de trabalhar na rua. É a situação de Maria da Conceição, que tem 63 anos e há 20 trabalha como camelô de roupas.

Shoppings populares não deram certo

Em 2004, o então prefeito Fernando Pimentel (PT) colocou os camelôs de BH em shoppings populares, mesma proposta defendida agora por Kalil. De acordo com os ambulantes, o aluguel dos boxes passou a ter preços exagerados em poucos meses e as vendas despencaram. “Eles querem colocar a gente pra concorrer com chinês e empresários, isso é uma covardia”, afirma Charles Antônio Miranda, camelô há 42 anos. 

Soluções diferentes para trabalhos diferentes

Os trabalhadores de rua não são todos iguais. Os camelôs estão nas ruas todos os dias e têm até público fixo. Os caixeiros andam por aí com uma caixa vendendo água ou refrigerante. Os toreros são os que, mesmo com fiscalização pesada, vendem “na tora”, em cima de caixas de papelão. E os barraqueiros montam barracas em eventos de rua. Por causa das diferenças, os ambulantes reivindicam também soluções diferentes.

O medo de virar morador de rua

Nos últimos dias o caixeiro Rodrigo (nome fictício) dormia com a esposa e uma criança de colo em um hotel, pelo preço de R$ 30 a noite. Como está proibido de trabalhar e sem dinheiro, o dono do hotel os colocou para fora, e a família já dorme na rua. O pagamento do aluguel é uma das maiores preocupações entre os ambulantes. A situação deve aumentar o número de moradores de rua.

A fome já bate na porta

“Tem gente que só tem um saco de arroz dentro de casa, porque desde sábado não trabalha”, comenta a camelô Thayrine Rosilene de Almeida sobre seus colegas. A indignação por falta de dinheiro para comida é frequente entre os ambulantes. Eles afirmam, na maioria das vezes com lágrimas, que não têm condições de sustentar filhos e família sem o trabalho de rua.

PBH segue plano de realocação e sorteia vagas

As manifestações no centro de BH acontecem desde segunda (3). Cerca de 100 camelôs bloquearam vias e pediram que lojistas fechassem as portas nas principais ruas.

Pelo menos 22 pessoas foram detidas. Os manifestantes compareceram à porta da Prefeitura na terça (4) e na Câmara Municipal na quarta (5), acompanhados por intenso policiamento, mas os protestos parecem que não renderam frutos.

A prefeitura mantém seu plano. Foram abertas 676 vagas temporárias no shopping Uai Centro e 871 no Uai O Ponto, em Venda Nova, originadas de parceria entre Prefeitura de BH e shoppings privados. As vagas foram sorteadas na quinta (6) dentre os 1.134 ambulantes cadastrados. Os camelôs pagarão R$ 30 ao mês para ter direito a um espaço, e não um box, por quatro meses. Depois, a prefeitura promete vagas permanentes em shoppings populares.

Aluguel chegará a R$ 1.670

A prefeitura espera aprovar o Projeto de Lei 309, que regulariza as vagas permanentes. Segundo Fernanda Cosso, do núcleo jurídico dos mandatos das vereadoras Cida Falabella (PSOL) e Áurea Carolina (PSOL), o artigo 8º prevê os preços. “O valor do metro quadrado é R$ 30 até o terceiro mês. Do quarto até o 15º mês, é R$ 217,60. Vai aumentando progressivamente até chegar a R$1.670 no 55º mês”, afirma. Depois do 60º mês, cinco anos, o aluguel fica inteiramente por conta do ambulante.

Um levantamento do mandato das vereadoras mostra que apenas no shopping Caetés, da parte gerida pela Prefeitura, 16 donos de boxes possuem dívida, o que indica a dificuldade dos comerciantes já instalados. 

Os camelôs prometem continuar as manifestações de rua enquanto não houver solução viável. Eles propõem diálogo sobre a criação de “corredores” de vendas, ou camelódromos, em ruas ou praças do centro, além da permissão de venda em eventos públicos quaisquer. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos não abriu negociação.

Edição: Joana Tavares

In: https://www.brasildefato.com.br/2017/07/07/camelos-de-bh-5-coisas-que-voce-deveria-saber-e-a-grande-midia-nao-conta/

Entendendo o texto

01- Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

      a-( V  ) Percebe-se o discurso de que os meios de comunicação não mostram tudo que acontece com os camelôs em Belo Horizonte;

       b-( V  ) Percebe-se que a prefeitura de Belo Horizonte defende o direito dos camelôs permanecerem atuando nas ruas da cidade;

       c-( V  ) Percebe-se o discurso de indignação dos camelôs por serem expulsos do centro de Belo Horizonte;

       d-( V ) Percebe-se o discurso de que a maioria dos camelôs trabalharia em empregos formais, se houvesse vaga;

       e-( F ) Percebe-se o discurso de satisfação dos vendedores ambulantes ao serem colocados em shoppings populares;

        f-(  V ) Percebe-se o discurso de que a proibição do trabalho dos camelôs pode levá-los a ser moradores de rua;

       g-( V ) Percebe-se o discurso de que os camelôs estão com receio de passar fome, caso sejam proibidos de vender suas mercadorias;

02- O objetivo principal do texto-discurso acima é:

      a- entreter;

      b- transmitir ensinamento;

      c- informar;

      d- criticar.

03- Por que os camelôs estão protestando?

      a- por medo de virar morador de rua;

      b- por medo de passar fome;

      c- por causa da expulsão deles do hipercentro de Belo Horizonte;

      d- porque os shoppings populares não deram certo.

04- Quando iniciaram os protestos dos camelôs em Belo Horizonte?

       a- 07 de julho de 2017;

       b- 11:49;

       c- 03 de julho de 2017;

       d- 2004.

05- Segundo o texto-discurso, os grandes meios de comunicação não contam algumas realidades vividas pelos vendedores ambulantes. O que a grande mídia não conta?

      a- não conta que os ambulantes são diferentes, logo não podem ter solução igual para todos;  

      b- não conta que os ambulantes já foram colocados em shoppings populares e isso não deu certo;  

      c- não conta que os ambulantes estão começando a passar fome por conta da expulsão;

      d- não conta que será impossível que os ambulantes paguem R$ 1.670,00 de aluguel de uma vaga para comercializar;

      e- todas as alternativas anteriores estão corretas.

06- Qual enunciado é a citação de um discurso direto referente a um vendedor ambulante?

       a- A maioria dos grandes meios de comunicação de Belo Horizonte se concentrou, nos últimos dias, em passar as imagens de guerra e desespero dos ambulantes da cidade.

       b- “Tem gente que só tem um saco de arroz dentro de casa, porque desde sábado não trabalha”;

       c- “O valor do metro quadrado é R$ 30 até o terceiro mês. Do quarto até o 15º mês, é R$ 217,60. Vai aumentando progressivamente até chegar a R$1.670 no 55º mês”,

       d- Os camelôs prometem continuar as manifestações de rua enquanto não houver solução viável.

07- No relato “A maioria dos grandes meios de comunicação de Belo Horizonte se concentrou, nos últimos dias, em passar as imagens de guerra e desespero dos ambulantes da cidade. Agora, esses meios de comunicação passaram a não ser bem-vindos por eles. “Eles cortam tudo o que a gente fala”, critica a camelô Sônia, que não quis falar o sobrenome.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a expressão:

       a- ambulantes;

       b-  grandes meios de comunicação;

       c- camelô Sônia;

       d- imagens de guerra e desespero.

08- No relato “A maioria dos grandes meios de comunicação de Belo Horizonte se concentrou, nos últimos dias, em passar as imagens de guerra e desespero dos ambulantes da cidade. Agora, esses meios de comunicação passaram a não ser bem-vindos por eles. “Eles cortam tudo o que a gente fala”, critica a camelô Sônia, que não quis falar o sobrenome.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a expressão:

      a- ambulantes;

      b-  grandes meios de comunicação;

      c- camelô Sônia;

      d- imagens de guerra e desespero.

09- No título “Camelôs de BH: 5 coisas que você deveria saber e a grande mídia não conta”, a palavra grifada se refere?

       a- ao vendedor ambulante;

       b- ao jornalista;

       c- ao leitor de um modo geral;

       d- à grande mídia.

10- No enunciado “Os manifestantes compareceram à porta da Prefeitura na terça (4) e na Câmara Municipal na quarta (5), acompanhados por intenso policiamento...”, o adjetivo grifado caracteriza-qualifica negativamente a palavra?

     a- manifestantes;

     b- Prefeitura;

     c- acompanhados;

     d- policiamento.

11- No enunciado “Tem gente que só tem um saco de arroz dentro de casa, porque desde sábado não trabalha”, a conjunção grifada:

       a- adiciona uma outra informação ao que foi dito antes;

       b- opõe-se negativamente ao fato positivo dito antes;

       c- introduz uma explicação para o que foi dito antes;

       d- tece uma hipótese sobre o que foi dito antes;

12- No enunciado “Os trabalhadores de rua não são todos iguais. Os camelôs estão nas ruas todos os dias e têm até público fixo. Os caixeiros andam por aí com uma caixa vendendo água ou refrigerante. Os toreros são os que, mesmo com fiscalização pesada, vendem “na tora”, em cima de caixas de papelão. E os barraqueiros montam barracas em eventos de rua. Por causa das diferenças, os ambulantes reivindicam também soluções diferentes.”, quais palavras (substantivos) foram usadas para nomear os diferentes tipos de vendedores ambulantes?

       a- trabalhadores de rua; camelôs; público fixo; caixeiros; fiscalização pesada; barraqueiros;

       b- trabalhadores de rua; camelôs; público fixo; toreros; fiscalização pesada; barracas; ambulantes;

       c- trabalhadores de rua; camelôs; caixeiros; toreros; barraqueiros; ambulantes;

       d- trabalhadores de rua; camelôs; caixeiros; público fixo; toreros; barraqueiros; ambulantes;

13- Segundo pesquisa, quantos ambulantes afirmam ser profissionais da área e que não pretendem mudar de profissão?

        a- 1.134;

        b- 676;

        c- 871;

        d- 85%;

        e- 15%.

14- No enunciado “Os toreros são os que, mesmo com fiscalização pesada, vendem “na tora”, em cima de caixas de papelão. E os barraqueiros montam barracas em eventos de rua.”, a conjunção grifada:

      a- adiciona informação ao que foi dito antes;

      b- explica o que foi dito antes;

      c- opõe-se positivamente ao que foi dito antes;

      d- tece hipótese sobre o que foi dito antes.

15- No enunciado “Eles querem colocar a gente pra concorrer com chinês e empresários, isso é uma covardia”, afirma Charles Antônio Miranda, camelô 42 anos.” , os verbos grifados são conjugações de quais formas verbais dicionarizadas?

     a- querer; er; afirmar; har;

     b- querer; estar; afirmar; houver;

     c- querendo; for; afirmar; houver;

     d- querer; ser; afirmar; haver.

16- No argumento “Por causa das diferenças, os ambulantes reivindicam também soluções diferentes.”, a palavra grifada pode ser substituída, sem alteração do sentido, por:

     a- imploram;

     b- solicitam;

     c- estudam;

     d- pesquisam.

17- Releia o texto-discurso e diga de quem é o discurso direto citado no trecho “O valor do metro quadrado é R$ 30 até o terceiro mês. Do quarto até o 15º mês, é R$ 217,60. Vai aumentando progressivamente até chegar a R$1.670 no 55º mês”:

        a- Fernanda Cosso;

        b- Cida Falabella;

        c- Áurea Carolina;

        d- Thayrine Rosilene de Almeida.

18- Qual discurso direto foi citado pela jornalista para denunciar manipulação da mídia em relação às reivindicações dos vendedores ambulantes?

       a- “Eles cortam tudo o que a gente fala”.

       b- “Eles querem colocar a gente pra concorrer com chinês e empresários, isso é uma covardia”.

       c- “Tem gente que só tem um saco de arroz dentro de casa, porque desde sábado não trabalha”.

       d- “O valor do metro quadrado é R$ 30 até o terceiro mês. Do quarto até o 15º mês, é R$ 217,60. Vai aumentando progressivamente até chegar a R$1.670 no 55º mês”.

 19- Produza um texto-discurso, dizendo o que você pensa dos prefeitos que proíbem os vendedores ambulantes de realizarem seu trabalho nas ruas das cidades.

A proibição do trabalho de vendedores ambulantes nas ruas é uma medida complexa que envolve diversos aspectos sociais, econômicos e políticos. Por um lado, a ocupação irregular de espaços públicos pode gerar problemas de ordem e organização urbana. Por outro, essa atividade representa uma fonte de renda para muitas famílias e contribui para a economia informal.

Ao proibir os camelôs, as prefeituras impedem que essas pessoas exerçam seu direito ao trabalho e à subsistência. Muitas vezes, essas pessoas não possuem qualificação para outros tipos de emprego e a informalidade é a única alternativa para garantir o sustento de suas famílias. Além disso, a repressão pode gerar conflitos sociais e aumentar a criminalidade.

É fundamental que as autoridades busquem soluções que conciliem a necessidade de organização urbana com a garantia dos direitos dos trabalhadores. A criação de espaços específicos para o comércio ambulante, a oferta de cursos de qualificação profissional e a formalização da atividade são algumas das medidas que podem ser adotadas.

É preciso reconhecer que a questão dos vendedores ambulantes não se resolve com simples proibições. É necessário um diálogo amplo e democrático entre os diversos atores envolvidos, buscando soluções que beneficiem tanto a sociedade como os próprios trabalhadores.

 

POESIA: VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA (FRAGMENTO) - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

 Poesia: Vou-me Embora pra Pasárgada(Fragmento)

               Manuel Bandeira


Vou-me embora pra Pasárgada
sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibukh2Hf1JllGxV5y-1c5M4h3a2ncdU6GYhoCIPexjhONdQwyAkDMiekR-LcE-Dl_62RQhyphenhyphenZ3YOwBsnNYaT2KbwSVi_b7V-_zyXFAv68UuZ1m3TRLe-Y3pkneCLPr-voZFG2IUkRIQlhriIRnbAs2NjpEVA2zJTjYV_cKnbrK28PcVl3jjSm1EM4GWMvA/s320/pasargada.jpg

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

 

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

 

[...]

 

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
        
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90 - Manuel Bandeira: sua vida e sua obra estão em "Biografias".

           In: http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp

 

Entendendo o texto

 01-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

    a-(  V   ) Percebe-se o discurso de que o eu lírico deseja viver em um local em que possa realizar todos os seus desejos;

    b-( V   ) Percebe-se o discurso de que o eu lírico não se encontra feliz no local onde vive atualmente, por isso deseja tanto ir-se embora para Pasárgada;

    c-(  F   ) Percebe-se o discurso de que o eu lírico não vê vantagem alguma em ser amigo de pessoas poderosas;

    d-( V    ) Percebe-se o discurso de que o eu lírico possui o desejo de voltar a realizar brincadeiras de criança;

    e-(  F    ) Percebe-se o discurso de que a satisfação do eu lírico com sua atual vida afetivo-sexual é um dos motivos para o mesmo querer ir-se embora para Pasárgada;

    f-( V    ) Percebe-se o discurso de que o eu lírico, às vezes, em crises de tristeza, pensa em cometer suicídio;

02-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

      a-defende a valorização da vida como ela é;

      b- defende fugir da atual realidade para ir em busca de outro modo de viver;

      c- defende aceitação da realidade da vida;

      d- defende a importância de fazer viagens.

03-É o próprio Bandeira quem explica: “Vou-me embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um país de delícias [...]. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me embora pra Pasárgada!”. Senti na redondilha a primeira célula de um poema [...].. Face a essa explicação do autor, qual alternativa abaixo melhor simbolizaria esse lugar a que o eu lírico chamou de Pasárgada?

      a- local imaginário em que o eu lírico poderia escapar de todas as dores e angústias e viver uma vida plena;

      b- local imaginário em que o eu lírico poderia aprender a viver;

      c- local imaginário em que o eu lírico poderia ter uma vida tranquila;

      d- local imaginário em que o eu lírico poderia ter sonhos;

04-No argumento “Vou-me embora pra Pasárgada/ Lá sou amigo do rei”, o eu lírico valoriza:

      a- o fato de se ter relação próxima com os governantes;

      b- o fato de ser oposição aos governantes;

      c- a importância do regime da monarquia;

      d- nenhuma das respostas;

05-No argumento “Lá tenho a mulher que eu quero/ Na cama que escolherei”, o eu lírico valoriza:

     a- a perversão sexual;

     b- a liberdade de se fazer o que se deseja;    

     c- o casamento;

     d- a paixão.

06-Nos versos “E como farei ginástica/Andarei de bicicleta/Montarei em burro brabo/Subirei no pau-de-sebo/Tomarei banhos de mar!/E quando estiver cansado/Deito na beira do rio/Mando chamar a mãe-d'água/Pra me contar as histórias/Que no tempo de eu menino/ Rosa vinha me contar”,  o eu lírico valoriza:

       a- a importância de ir para um Spa;

       b- a importância das brincadeiras da infância;

       c- a importância da vida no campo;

       d- a importância de um piquenique.

07-Nos versos “Tem um processo seguro/De impedir a concepção”,  o eu lírico valoriza:

        a- a importância da segurança;

        b- a importância de se evitar gravidez indesejada;

        c- a importância de se proteger contra DSTs;

        d- o avanço da medicina.

08-No argumento “Em Pasárgada tem tudo (...) tem alcaloide à vontade”,  o eu lírico valoriza:

        a- as drogas que anestesiam a dor;

        b- as drogas que previnem doenças;

         c- a drogas que destroem a saúde;

09-No argumento “Tem prostitutas bonitas/ Para a gente namorar”, o eu lírico sugere:

       a- sua dificuldade de arrumar uma namorada;

       b- o seu desejo de viver a sexualidade em uma civilização livre de tabus e preconceitos;

       c- sua amizade pelas prostitutas;

       d- seu medo do casamento.

10-Na estrofe “E quando eu estiver mais triste/Mas triste de não ter jeito/Quando de noite me der/Vontade de me matar/— Lá sou amigo do rei —/Terei a mulher que eu quero/
Na cama que escolherei/Vou-me embora pra Pasárgada.”,
o eu lírico argumenta que suas possíveis depressões serão curadas em Pasárgada?

         a- tendo sua cama ideal;

         b- tendo sua amizade com o rei;

         c- tendo a mulher dos seus sonhos;

         d- dando uma volta pela cidade.

11-Nos versos “Andarei de bicicleta/Montarei em burro brabo/Subirei no pau-de-sebo/ Tomarei banhos de mar!”, os verbos indicam:

           a- ações passadas realizadas pelo eu lírico;

           b- ações presentes realizadas pelo eu lírico;

           c- ações futuras desejadas pelo eu lírico;

           d- ações do eu lírico não definidas no tempo.

12-A que ou a quem se referem as palavras sublinhadas no texto-discurso?

As palavras sublinhadas se referem a Pasárgada, o lugar idealizado pelo eu lírico.

13-Qual enunciado indica tempo/momento imaginado pelo eu lírico?

         a- Aqui eu não sou feliz;

         b- Em Pasárgada tem tudo;

         c- E quando estiver cansado;

         d- Lá sou amigo do rei.

14-Produza um texto-discurso, imaginando um lugar paradisíaco em que você pudesse realizar todos os seus desejos e sonhos. Em outras palavras, inspirando-se no poeta, crie você também a sua Pasárgada.

Resposta pessoal.