terça-feira, 29 de agosto de 2023

RAP/MÚSICA(ATIVIDADES) - SOU NEGRÃO - RAPPIN'HOOD - COM GABARITO

 RAP/MÚSICA (ATIVIDADES)– SOU NEGRÃO

                             Rappin’Hood

 

Subi o morro pra cantar (o rap ahh, o rap ahh)
Que é pra malando se ligar (o rap ahh, o rap ahh)
Que malandragem é trabalhar (o rap ahh, o rap ahh)
E a pivetada estudar

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-KGiWckep86IqY2H0rNh853V0F3FJ1GKeBPkcoq_xhyO6U0BTwYpS8XtZIGYn40O1p_yh0rf08lB_cHDtpTizuLPhYiJpqdnbD6HVShCy_qAqXAlJtTaUXXQj_WE_Kd0S6i2rP-FPxw4IMQDq_Mav2f9A1OEoLpludNTQzVP7yXLZVh3THJssvCfOSF8/s320/NEGRAO.jpg

Não tenho toda malandragem de Bezerra da Silva
Nem o canto refinado de Paulinho da Viola
Sou só mais um neguinho pelas ruas da vida
Que quer se divertir, fazer um som e jogar bola
Rappin Hood sou, hã, sujeito homem
Se eu tô com o microfone é tudo no meu nome
Sou Possemente Zulu, se liga no som
Sou negrão, certo sangue bom
20 de novembro temos que repensar
A liberdade do negro, tanto teve de lutar
O negro não é marginal, não é perigo
Negro ser humano, só quer ter amigo
Na antiga era o funk, agora é o rap
Vem puxando o movimento com o negro de talento
O negro é bonito quando está sorrindo
Como versou Jorge Ben, o negro é lindo

 

E é por causa disso tudo que estamos aqui
Se falam mal do negro, eu não tô nem aí
Pois já briguei muito, já falei demais
Mas o que o negro quer agora realmente é a paz
Andar na rua no maior sossego
Constituir família, ter o seu emprego
Como Grande Othelo, João do Pulo, BB King e o Blues


Raul de Souza, Milles Davis, improviso no jazz
Pixinguinha e Cartola, velha guarda do samba
Luiz Melodia e Milton Nascimento, dois bambas
Vieram os metralhas como rap abolição
Falando do negro e de sua opinião
Pois, muitos negros já percorreram a trilha do sucesso
Jackson do Pandeiro, Candeia e Aniceto
Kizomba, Festa da Raça com Martinho e a Vila
No ano do centenário, grande maravilha
E a rainha do samba, Clementina de Jesus
Que já partiu pra melhor mas Quelé divina luz
E no futebol, temos rei Pelé
Garrincha de pernas tortas num perfeito balé

 

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

 

Luiz Gonzaga era preto, era o rei do baião
Jair Rodrigues disparou no festival da canção
Dener com a bola, mais que um dom
Preto quer trabalhar, não quer meter um oitão
Futuro, presente, passado, realmente jogados
Fizemos a história, perdemos a memória
Temos nosso valor, temos nosso valor
Bob Marley, paz e amor
Diamante negro do gol de bicicleta
Leônidas da Silva, craque da época
O Malcolm X daqui, Zumbi temos que exaltar
Em Palmares teve muito que lutar
Martin Luther King com a sua teoria
Estados Unidos o movimento explodia
Apartheid, um por todos e todos por um
Nelson Mandela sem problema nenhum

 

Sou Negrão, hei
Sou Negrão, hou

 

Ivo Meirelles, Jamelão e aí Mangueira
Luta marcial, jogar capoeira
Negra mulher, preta Dandara
Leci Brandão, Jovelina, Ivone Lara
Cabelo rasta, dança afoxé
Anastácia e Benedita, muito axé
Djavan e o seu som genial
O rei do balanço, mestre James Brown
Também falando de maninhos que não aceitam revide
Aqui vai o meu alô pra DJ Hum e Thaíde
E a reunião da grande massa black
Acontece aqui, nos versos do samba-rap
Na intenção de ver um dia o negro sorrindo
Gilberto Gil, Tim maia, os símbolos
Não esquecendo de falar de Sandra de Sá
Com os seus olhos coloridos fez a massa balançar

 

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

 

DMN decretou o que todos têm medo
É 4P, poder para o povo preto
Não o poder do dinheiro, não a corrupção
Sim o poder do som, Revolusom
Como um solo de Hendrix faz você viajar
Coisa de preto mano, pode chegar
Brother vem dançar porque a dança começou
Vindo do Fundo de Quintal
Mente Zulu chegou e esse é o recado que acabamos de mandar
Pra toda raça negra escutar e agitar
Portanto honre sua raça, honre sua cor
Não tenha medo de falar, fale com muito amor

 

Sou negrão, hei
Sou negrão, hou

 Entendendo o texto

 01. Na letra do rap “Sou negrão, o uso de nomes próprios contribui para:

a)   Negar o funk e confirmar o rap como produto da cultura negra.

b)   Destacar e ratificar o papel da mulher negra na luta pelos seus direitos.

c)   Denunciar a falta de um dia específico para se festejar a raça negra no Brasil.

d)   Reafirmar a importância das pessoas negras na construção do perfil da sociedade brasileira.

 

02. O que o narrador faz "pra malando se ligar" no início da música?

Ele sobe o morro para cantar o rap.

03. Qual é a mensagem transmitida pela frase "Que malandragem é trabalhar"?

A malandragem verdadeira é a dedicação ao trabalho.

04. O que o narrador deseja fazer ao longo da música?

Ele quer se divertir, fazer música e jogar bola.

05. Como o narrador se descreve em relação a Bezerra da Silva e Paulinho da Viola?

Ele não tem a malandragem de Bezerra da Silva nem o canto refinado de Paulinho da Viola.

06. Qual é o principal desejo expresso na música em relação à liberdade do negro?

É recompensar a liberdade do negro e reconhecer a luta que eles enfrentam.

07. Qual é a mensagem central em relação à identidade do negro?

O negro é um ser humano, quer ter amigos e ser reconhecido como tal.

08. Qual é a importância do rap em relação ao movimento negro? O rap puxa o movimento com negros talentosos, destacando a importância do negro na cultura.

09. Como o narrador descreve a importância dos nomes mencionados na música?

Ele lista diversos nomes negros notáveis ​​para reafirmar a contribuição do negro na sociedade.

10. Qual é a mensagem sobre a liberdade e o reconhecimento do negro nos versos da música?

O narrador enfatiza que o negro busca paz, liberdade para andar na rua e a chance de constituir família e emprego.

11. O que o narrador quer que a identidade negra faça em relação à sua?

Ele incentiva a honrar a raça e a cor, falar com amor e não ter medo de expressar a própria identidade.

 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

CRÔNICA: CAFÉ NA AVENIDA: CERTO OU ERRADO? ANGÉLICA LARISSA FERREIRA - COM GABARITO

 CRÔNICA: Café na avenida: certo ou errado?

Angélica Larissa Ferreira


Um fato estranho aconteceu em minha cidade. O prefeito interditou a avenida principal para secagem de café, provocando muita polêmica.
Um cafeicultor pediu um espaço ao prefeito alegando que a colheita estava atrasada por causa da chuva, como a safra foi muito grande ele já não possuía espaço sufi ciente para secar café.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiL_hviDImXqemE9QPwfdUkcKmGJiE5zy_fW8JGUdjJmtydqre5yYsS5BeXluUSTINDrawogysFWrF_qrWb81eYMiHECA0JjxH1qA37mtjXI-_mo5Jae3x12qTCJ2OjdcEfds4FVstJGFWjw3T4T2o5bHP2QEbG55PSzXoJW-E7yoDwHvDUPcnaZfOLYY/s320/CAF%C3%89.jpg


Segundo ele, se o prefeito não cedesse um espaço, ele teria que parar com a safra e demitir duzentos trabalhadores rurais.
Algumas pessoas estão revoltadas com a atitude do prefeito, mas outras consideram que ele está certo.
Os que são contra dizem que o prefeito agiu com intenções políticas, porque é candidato à reeleição; dizem ainda que a medida atrapalhou o trânsito; que a população não foi avisada com antecedência e que essa atitude abre precedentes para outros produtores solicitarem o mesmo benefício, caso fiquem em dificuldades.
Os que são favoráveis dizem que a medida impediu a demissão dos trabalhadores, que a avenida é larga o sufi ciente para ser usada em mão dupla e que será utilizada por pouco tempo, aproximadamente trinta dias.
Eu penso que com a pista interditada havia possibilidade de acontecer acidentes, visto que a interdição da avenida não foi mesmo comunicada com antecedência à população. Esta avenida é uma das mais movimentadas de minha cidade, pois dá acesso ao distrito industrial, à usina de açúcar e álcool e à rodovia estadual próxima, portanto não deveria estar sendo usada dessa forma.
Penso ainda que o fazendeiro deveria ter construído outros terreiros para secar café ou tentar encontrar outra solução sem incomodar os cidadãos, pois acredito que dinheiro não é problema para ele, já que como foi publicado no jornal da cidade o cafeicultor é o maior produtor da região.
Apesar de algumas pessoas garantirem que o decreto do prefeito é legal, porque está previsto na lei orgânica do município em seu artigo 94, o promotor de justiça afirmou que “a medida é juridicamente discutível”.
Portanto, sou contra a colocação do café na avenida porque privilegia alguns em detrimento de outros, abre precedentes e atrapalha o trânsito da cidade.
Disponível em: .Acesso em: 12 nov. 2020.

Angélica Larissa Ferreira, aluna da professora Maria Ângela Tidei,

da E. E. Professora Laura Rebouças de Abreu,

participante do Prêmio Escrevendo o Futuro.

ENTENDENDO O TEXTO

01. No trecho “a medida é juridicamente discutível’’, o termo destacado refere-se à

(A) reeleição do prefeito.
(B) interdição da avenida
(C) lei orgânica do município.
(D) demissão dos trabalhadores.

 02. Qual foi o motivo pelo qual a avenida principal foi interditada?

     A avenida principal foi interditada para a secagem de café.

03. Por que um cafeicultor solicita o espaço ao prefeito?

      O cafeicultor alegou que a colheita estava atrasada devido à chuva e que não tinha espaço suficiente para secar o café devido à grande safra.

04. Quantos trabalhadores rurais o cafeicultor afirmaram que teriam que deixar se não conseguissem espaço para secar o café?

      O cafeicultor afirmou que teria que deixar cem trabalhadores rurais.

05. Quais são os argumentos das pessoas que são contra a atitude do prefeito?

As pessoas contra a atitude do prefeito argumentaram que ele agiu por interesses políticos devido à reeleição, que a medida atrapalhou o trânsito, que a população não foi avisada antecipadamente e que isso poderia abrir precedentes para outros produtores.

06. Por que as pessoas desenvolvidas à medida do prefeito acreditam que ela é válida?

As pessoas a favor da medida do prefeito afirmam que ela evitou a demissão dos trabalhadores, que a avenida tem largura suficiente para uso em mão dupla e que a interdição seria temporária, cerca de trinta dias.

07. Qual é a preocupação do autor em relação à interdição da avenida?

O autor está preocupado com a possibilidade de ocorrerem acidentes devido à interdição não comunicada anteriormente à população, considerando que a avenida é uma das mais movimentadas da cidade.

08. Por que o autor acredita que o cafeicultor poderia encontrar outras soluções?

O autor sugere que o cafeicultor, considerado o maior produtor da região, poderia ter construído outros terreiros para secar o café ou encontrar alternativas que não incomodassem os cidadãos.

09. Qual é o argumento utilizado por algumas pessoas para afirmar que o decreto do prefeito é legal?

Algumas pessoas alegam que o decreto do prefeito é legal porque está previsto na lei orgânica do município, mais especificamente no artigo 94.

10. O que o promotor de justiça afirmou sobre a medida do prefeito?        O promotor de justiça afirmou que “a medida é juridicamente discutível”.

11. Qual é a opinião do autor sobre a situação?

     O autor é contra a colocação do café na avenida, argumentando que isso favorece alguns em detrimento de outros, abre precedente e causa transtornos ao trânsito na cidade.

 

 

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CRÔNICA: JÁ LI ISSO EM ALGUM LUGAR - MOACYR SCLIAR - COM GABARITO

 CRÔNICA: JÁ LI ISSO EM ALGUM LUGAR

                   Moacyr Scliar

 

Ele era um rapaz sério, trabalhador. Ela era uma moça séria, trabalhadora. Namoravam havia muitos anos. Desde a infância, na verdade. Porque as famílias se conheciam e faziam gosto de que os dois namorassem. E, assim, eles namoravam e até falavam em noivar e em casar.



A verdade, porém, é que o relacionamento entre ambos era, no máximo, morno. Muito respeito mútuo, bastante afeto, tratamento cordial; mas paixão, paixão arrebatadora, isso não havia. De qualquer modo foram levando. Até que ele conheceu outra garota. Encontro casual, num supermercado. Ela deixou cair um objeto qualquer, ele a ajudou, começaram a conversar, saíram para tomar alguma coisa, marcaram um encontro e quando deu por si, ele estava, aí sim, apaixonado.
O que representava um tremendo problema de consciência. Como contar à sua namorada de tantos anos o que estava acontecendo? Como terminar aquela antiga ligação?
Foi então que ouviu falar do site que dava dicas para romper. De imediato entrou ali. Havia numerosos modelos de cartas, desde as curtas e brutais ("Estou cheio de sua cara, desapareça") até as mais sofisticadas e elegantes. Destas, escolheu uma que lhe pareceu particularmente satisfatória: "Durante muitos anos convivemos com afeto e alegria. Durante muitos anos nossa existência foi iluminada pela lâmpada do amor. Mas seja por falta de energia, seja por outra razão qualquer, a lâmpada do amor está se apagando. Antes que fiquemos totalmente no escuro é melhor que terminemos nossa relação como amigos. É melhor que busquemos a luz em outros amores. Guardaremos, um do outro, uma terna lembrança; é isso o que importa."
Imprimiu a carta, assinou-a e telefonou para a namorada marcando um encontro naquela mesma noite. Era uma segunda-feira, e ela não gostava de sair nas segundas-feiras, mas, para surpresa dele, aceitou o convite de imediato: eu também precisava falar com você, é muita coincidência.
Foi mais fácil do que ele esperava, muito mais fácil. Disse que algo tinha acontecido, algo que uma carta explicaria, e entregou-lhe o envelope fechado. Ela replicou que também tinha uma carta para ele. Despediram-se, numa boa.
Ele entrou num bar, abriu o envelope, e leu: "Durante muitos anos convivemos com afeto e alegria. Durante muitos anos nossa existência foi iluminada pela lâmpada do amor. Mas seja por falta de energia, seja por outra razão qualquer, a lâmpada do amor está se apagando. Antes que fiquemos totalmente no escuro é melhor que terminemos nossa relação como amigos. É melhor que busquemos a luz em outros amores. Guardaremos, um do outro, uma terna lembrança; é isso o que importa."
Com o que ele concluiu: grandes amores são para poucos. Mas sites na internet estão ao alcance de todos.

 

O escritor Moacyr Scliar escreve às segundas-feiras, nesta coluna, um texto de ficção baseado em reportagens publicadas na Folha.

SCLIAR, Moacyr. Histórias que os jornais não contam. Rio de Janeiro: Agir, 2009.

 

Entendendo o texto

 01. O título escolhido pelo cronista é coerente com toda a história que ele conta, mas está relacionado mais diretamente a uma parte da crônica. Que parte é essa?

    O título "Já li isso em algum lugar" está mais diretamente relacionado à parte da crônica em que o protagonista encontra um site com modelos de cartas para fins de relacionamentos.

 02. Transcreva o trecho que explica o fato de os personagens namorarem, desde a infância, e fazerem planos para o futuro.

    O trecho que explica o fato de os personagens namorarem desde a infância e fazerem planos para o futuro não é explicitamente referenciado na crônica.

     03. Que expressão o cronista usa para definir o relacionamento entre os dois e que nos permite entender que chegava a ser quase frio?

O cronista usa a expressão "muito respeito mútuo, bastante afeto, tratamento cordial" para definir o relacionamento entre os dois, indicando que era um relacionamento onde faltava uma paixão intensa.

      04. O 3° parágrafo inicia-se com “O que representava um tremendo problema de consciência.” Os termos em destaque referem-se a um fato do parágrafo anterior. Diga qual é esse fato.

Os termos "O que representava um tremendo problema de consciência" referem-se ao fato do rapaz ter se apaixonado por outra garota, o que criou um dilema ético e moral para ele.

05. O que levou o rapaz a consultar o site, de onde retirou a carta, conforme se lê no 5º/6º parágrafos?

     O rapaz consultou o site porque estava enfrentando um problema de consciência sobre como terminar seu relacionamento atual de muitos anos e não sabia como fazer isso de maneira a abordar.

06. Por que o cronista, no 7º parágrafo, diz que foi mais fácil do que o rapaz esperava?

     No 7º parágrafo, o cronista diz que foi mais fácil fazer que o rapaz esperasse porque a namorada também tinha uma carta semelhante para entregar a ele. Ela também queria terminar o relacionamento.

 07.  Com que expressão o cronista ele reforça a ideia de facilidade?

     O cronista reforça a ideia de facilidade usando a expressão "numa boa", indicando que a conversa e o término ocorreram sem problemas.

 

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): PONTES INDESTRUTÍVEIS - CHARLIE BROWN JR. - COM GABARITO

 MÚSICA(Atividades): Pontes Indestrutíveis

                                     Charlie Brown Jr.

Buscando um novo rumo
Que faça sentido
Nesse mundo louco
Com o coração partido, eu
Tomo cuidado
Pra que os desequilibrados
Não abalem minha fé
Pra eu enfrentar com otimismo essa loucura

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3yZzuQa3sEaIa0N_Jn3OqYN8T-w916I-HzlRvIpurmNIkABUXYYbE62XVfGm-Jns9rlZ-ZZXQqmRH7I3OgJTbiNyNhmSY8ju5ZYKvBVrbofPRdGidE4q0pO2Z56vR29lnxtGFaoL50a6C4tJYxek2zWLx_7aZuWMFebK8m6VWlS6klwHMMaJ0HXQA77w/s320/CHARLIE.jpg

Os homens podem falar
Mas os anjos podem voar
Quem é de verdade
Sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever
Que a consciência te impõe
Não deixe pra depois
Valorize a vida

Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura

Fragmentos da realidade
Estilo mundo cão
Tem gente que desanda
Por falta de opção
E toda fé que eu tenho
Eu tô ligado
Que ainda é pouco
Os bandidos de verdade
Tão em Brasília, tudo solto

Eu faço da dificuldade
A minha motivação
A volta por cima
Vem na continuação
O que se leva dessa vida
É o que se vive, é o que se faz
Saber muito é muito pouco
Stay Real — esteja em paz

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Prosperar também

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem

Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura

Difícil é entender e viver no paraíso perdido
Mas não seja mais um iludido
Derrotado e sem juízo
Então!

Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Prosperar também

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem

Viver, viver e ser livre
Saber dar valor para as coisas mais simples
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis

Entendendo o texto

01.Explique com suas palavras o que busca o "eu poético" desta canção?

O "eu poético" da canção busca encontrar um novo sentido e direção na vida, especialmente em um mundo caótico e difícil. Ele está lidando com desafios emocionais, simbolizados pelo “coração partido”, e está em busca de resiliência, otimismo e força para superar as dificuldades.

02. Ele faz uma distinção/ estabelece uma diferença entre o que deseja e o que encontra no mundo? Explique

Sim, o "eu poético" estabelece uma diferença entre o que ele deseja, que é enfrentar o mundo com otimismo e força, e o que encontra no mundo, que são pessoas desequilibradas que podem abalar sua fé. Ele busca manter sua fé e positividade apesar das adversidades.

03.Com a leitura da segunda e terceira estrofes, diga que atitudes ele aconselha às pessoas?

Nas segundas e terceiras estrofes, o "eu poético" aconselha as pessoas a cuidarem de si mesmas, a não deixarem que pessoas desequilibradas afetem sua fé e a valorizem a vida. Ele também enfatiza a importância de cuidar daqueles que estão ao nosso lado e nos querem bem.

04.Quais seriam para ele as consequências benéficas dessas atitudes aconselhadas?

Para o "eu poético", as pessoas de verdade são aquelas que são autênticas, sinceras e genuínas em suas ações e sentimentos.

05.Na sua opinião, quem são as pessoas de verdade e as de mentira?

As pessoas de mentira, por outro lado, são aquelas que são falsas, hipócritas ou que escondem suas verdadeiras intenções.

06.Ao ler a quarta estrofe, explique o que seria esse "mundo cão" e quem o habita?  Pessoas de que tipo?

O termo “mundo cão” refere-se a um ambiente hostil, caótico e difícil de lidar. São pessoas que enfrentam uma vida complicada, muitas vezes por falta de oportunidades, e podem recorrer a comportamentos negativos ou destrutivos como resultado.

07. Diga o que entende por estes versos:

 “Resgate suas forças e se sinta bem

Rompendo a sombra da própria loucura"

Sugere que uma pessoa deve recuperar sua força interior e autoestima, superando os desafios mentais e emocionais que podem estar afetando sua sanidade. Romper a sombra da própria loucura significa superar os sentimentos negativos e pensamentos autodestrutivos.

08. Que sentimentos formam "pontes indestrutíveis”?

Os sentimentos que formam "pontes indestrutíveis" incluem o amor, a compreensão, a empatia, a amizade e a solidariedade. Esses sentimentos são fortes o suficiente para superar os obstáculos e desafios que a vida apresenta, criando conexões profundas entre as pessoas.

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CONTO: A FESTA NO CÉU - NELCINA ALVES - COM GABARITO

 CONTO: A FESTA NO CÉU

                Nelcina Alves   

Ia haver uma festa no céu e o amigo urubu convidou todos os bichos.

Dona juriti, que era cantora afamada, foi convocada para animar a festa.

Nesse tempo, o sapo andava em pé, e era muito farrista. Encontrou- se com a juriti, que estava polindo a garganta. Logo que viu o sapo, ela começou a zombar dele:

— É, amigo sapo, você não pode ir à festa do amigo urubu no céu, pois não tem asas! E vai ser uma festança danada! Mas é só para os bichos que voam. O sapo pediu:

— Oh, amiga juriti, me leva!

— Levo nada. Você é muito pesado. Quando voltar da festa, eu lhe conto como foi.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_3ZKh0E4Y59vCOCjRCkx5E7gD7i709GOWRvnGF_CPz9f-M2a2_giU3cFdiW0pYUupJTzXB4aK12oKpjF6G8dLOQgnjI49znWVFsfHE0mrPC6kxF1w8VOAvie1VAelol1c8zDuWaVZJw6FYEhxqYfHjSX2KtEHtWKmirXh8Veh652RtXn6eWiwHx4zVEI/s1280/FESTA.jpg


O sapo garantiu que não perderia a festa por nada, e a juriti riu pra danar dele.

No dia da festa, ele arrumou um jeito de se enfiar na viola do urubu, que era o tocador. O urubu sentiu que a viola estava pesada, mas não parou para ver o que era, pois, sendo ele o tocador, não poderia chegar atrasado.

No céu, toda espécie de bicho de asas estava lá, se alegrando, dançando e comendo muito.

Nisso, para surpresa de todos, surge o sapo.

O danado comeu, bebeu e dançou até altas horas. Depois, lembrou-se da volta e, sem que ninguém o visse, se meteu na viola do urubu.

A festa ainda estava animada e a juriti, maldosa, achou de provocá-lo:

— Tá todo mundo aqui, só o sapo não! Tá todo mundo aqui, só o sapo não!

O besta do sapo, em vez de ficar quieto, achou de colocar a cabeça pra fora da viola e responder:

— Ói eu aqui, óí eu aqui, aqui, aqui! O urubu, brabo com o engano, pegou o sapo e disse que ia jogá-lo lá embaixo. Então o sapo pediu que o jogasse na água, mas não jogasse no lajedo (o lajedo era seu amigo).

O urubu estava com raiva e disse:

— Eu vou lhe jogar é no lajedo, seu miserável! E jogou o sapo, que ia caindo e gritando:

— Lajedo, abre os braços!

Abre os braços, lajedo!

O lajedo ouvia, mas não conseguia entender direito, pois o sapo estava muito alto. Quando foi entender já era tarde, e o sapo se estatelou em cima dele - Pof!

Aí o sapo quebrou a coluna, e desse dia em diante não andou mais em pé.

Fonte: Nelcina Alves (Mãe Nelcina). In: Contos e fábulas do Brasil. Marco Haurélio (Org.). São Paulo: Nova Alexandria, 2011. p. 29-30.

Vocabulário

polindo: lustrando.

lajedo: piso revestido de pedras.

Entendendo o texto

01. Releia a frase que inicia o conto.

a) Das três informações abaixo, qual delas não está expressa na frase inicial do conto?

O que vai acontecer.

O lugar do acontecimento.

• Quando vai acontecer.

b) Como você poderia explicar a falta dessa informação num conto popular?

A falta de informação sobre o "quando" pode ocorrer porque muitos contos populares têm um caráter atemporal e mítico, enfatizando mais os acontecimentos e os personagens do que um contexto temporal específico.

02. Releia o primeiro parágrafo do conto: Ia haver uma festa no céu e o amigo urubu convidou todos os bichos. Dona juriti, que era cantora afamada, foi convocada para animar a festa. Nesse tempo, o sapo andava em pé, e era muito farrista. Encontrou-se com a juriti, que estava polindo a garganta. Logo que viu o sapo, ela começou a zombar dele:

a) Quem são os personagens da história?

     Amigo urubu, dona juriti, sapo.

b) Qual é a expressão empregada para caracterizar a juriti?

     "Cantora afamada".

c) Quais são as expressões que caracterizam o sapo?

    "Andava em pé" e "era muito farrista".

d) Retire do texto duas expressões que indicam tempo.

     "Nesse tempo" e "no dia da festa".

03. Reflita sobre as ações da juriti, expressas nestes trechos: Logo que viu o sapo, ela começou a zombar dele. [...] — E vai ser uma festança danada! Mas é só para os bichos que voam. Além de cantora afamada, o que mais se pode afirmar sobre a juriti?

Além de ser uma cantora famosa, a juriti é mostrada como alguém que gosta de zombar dos outros, nesse caso, do sapo. Ela se diverte provocando-o, destacando a ideia de que a festa é apenas para os bichos que voam, excluindo o sapo.

04. Ao dizer: "E vai ser uma festança danada! Mas é só para os bichos que voam", a juriti atinge o seu objetivo: provocar o sapo. Explique por quê.

Ao fazer esses comentários, a juriti pode provocar o sapo, uma vez que ela ressalta que a festa é exclusiva para os bichos que voam, implicando que o sapo não está qualificado para participar devido à falta de asas. Isso suscita o desejo do sapo de provar o contrário e faz com que ele tome ações para participar da festa.

05. Qual seria a participação da juriti na festa? E a do urubu?

A juriti seria a cantora da festa, responsável por animar o evento com suas músicas. O urubu, por sua vez, é classificado como o tocador de viola, o que sugere que ele seria responsável pela música instrumental.

06. Você acha que o sapo, mesmo não tendo sido esperado, também contribuiu para o sucesso da festa?

Sim, o sapo contribuiu para o sucesso da festa, pois trouxe um elemento inesperado e engraçado para o evento. Sua presença e suas ações animaram a festa de maneira única, acrescentando uma dimensão divertida e inusitada ao acontecimento.

07. Além de farrista, que outras características podem ser aplicadas ao sapo? Escolha, entre as alternativas abaixo, aquelas que estejam de acordo com o texto e justifique suas escolhas.

a) trapaceiro

b) teimoso

c) ingrato

d) impulsivo

e) animado

Justificativa:

Teimoso: O sapo demonstra teimosia ao insistir em ir à festa, mesmo após a juriti dizer que ele não poderia participar por não ter asas.

Ingrato: Ele pode ser considerado ingrato por responder de forma provocativa à zombaria da justiça, mesmo quando ela estava disposta a contar como foi a festa.

Impulsivo: Sua decisão de entrar na viola do urubu e de responder à provocação da juriti mostra impulsividade.

Animado: O sapo demonstra animação ao participar da festa, comer, beber e dançar.

Uma alternativa "trapaceiro" não se aplica bem ao sapo neste contexto, pois não há evidência direta de que ele tenha agido com má-fé ou engano.

 

 

A LENDA DO MANACÁ - COM GABARITO

 A lenda do Manacá

Numa terra bem distante onde as flores encantavam a todos, o rei pediu novas flores a seus súditos.

Em cada casa era cultivada com muito carinho sementes diferentes para levar a apreciação do rei.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXTrzicVnuUBKXgUpUIi1CFIjVG2UBRRQ4WdHRb-hjuzSqdtL-_rvHQLUMinOgjsJarsd3Vty-nf0FQ1-QAEl9jcFAXr__-zu3F-foR1x7fdhM0IFLKMIgMzPFs-nmTxwOL-o650MF49emWxQFqSyst0JP1GqWdBgiqrFN3ueLrTZJqrgKXghBWGdNnBg/s320/manaca.jpg


Neste ano em especial ele não queria as plantas florescidas. Pediu para cada um colocar as sementes em vasos, quando florescessem ele chamaria o ganhador.

O rei também dizia que se a flor conquistasse o coração de alguma de suas filhas o jardineiro poderia com ela se casar.

Numa destas famílias, dois irmãos se mantinham ocupados a criar belas plantas. Um criou uma delicada flor branca e o outro a mesma delicada flor num tom lilás bem suave.

A vontade de vencer era muita. Mas estava deixando os irmãos infelizes. O amor fraternal falava mais alto. Man semeou a flor branca e Acá semeou a lilás.

E em cada vaso tinha o nome do criador da nova planta. Durante a noite Man resolveu mudar as sementes porque acreditava que a sua seria a vencedora.

E assim colocou a sua semente no vaso do irmão. Ele pensou: meu irmão é mais velho e vai ficar muito feliz casando com a filha do rei. Eu tentarei no próximo ano.

Uma fada vendo o acontecido se encheu de ternura e durante a noite dividiu e misturou as sementes. No dia marcado todos levaram ao palácio os vasos com as sementes plantadas.

Caberia as filhas do rei aguá-las até florescerem. E poderiam escolher casar com o dono da mais bela flor, se esta fosse a sua vontade. E assim na primavera todos os vasos estavam floridos. E as princesas se encantaram com dois vasos em especial.

Eles tinham flores lilases e brancas. Em dois vasos nasceram flores idênticas. Flores de duas cores nascidas de uma só planta. Cada vaso tinha o nome de quem plantou. Numa estava escrito Man e no outro Acá.

O rei anunciou que as duas plantas iguais seriam as vencedoras e teriam um só nome e assim nasceu o Manacá.

E as filhas do rei ao conhecerem os nobres irmãos jardineiros, criadores de tão lindas flores se apaixonaram como que por encanto. E neste reino, reina paz e harmonia a sombra dos “manacás”.

 

Entendendo o texto

01. Qual era o desejo do rei em relação às flores cultivadas por seus súditos?

O rei queria que seus súditos cultivassem sementes em vasos, e ele escolhesse o vencedor quando as flores florescessem.

02. Qual foi o escolhido para o vencedor se casar com uma das filhas do rei?

O vencedor teria a chance de se casar com uma das filhas do rei se a flor conquistasse o coração de uma delas.

03. O que os dois irmãos realizaram para a competição de flores? Os dois irmãos empreendedores delicadas flores, uma branca e outra lilás suave.

04. O que um dos irmãos fez para tentar garantir que ele seria o vencedor?

Um dos irmãos, chamado Man, trocou as sensações do vaso do irmão durante a noite na esperança de que sua flor seria a vencedora.

05. O que a fada fez quando viu o que o irmão Man fez?

A fada, ao ver a ação de Man, misturou e dividiu as sensações durante a noite.

06. Como as princesas do rei se envolveram na competição de flores?

As princesas regaram as sementes nos vasos até que florescessem, e tinham a possibilidade de escolher casar com o dono da flor mais bela.

07. O que se tornou os vasos de flores de Man e Acá especiais? Os vasos de flores de Man e Acá tinham flores idênticas, uma lilás e outra branca, nascidas da mesma planta.

08. O que aconteceu quando o rei viu os vasos de flores idênticos?

O rei anunciou que as duas flores idênticas seriam as vencedoras e que teriam um só nome, nascendo assim o "Manacá".

09. Além da competição, o que as filhas do rei sentiram ao conhecer os irmãos noivos?

As filhas do rei se apaixonaram pelos nobres irmãos descobertos, criadores das belas flores.

10. Como o conto termina?

      O reino passou a ser governado com paz e harmonia sob a sombra dos "manacás", nome dado às flores idênticas criadas pelos irmãos.