Conto: A pele do lago – Fragmento
[...]
– Mas o que foi que viram, rapazes? –
perguntou o delegado. – Será que não tomaram uns copos a mais?
– ... Para que fui dar bola ao Ramón...
– murmurava o outro homem consigo mesmo. – Ele é que ficou me dizendo: “Vá lá,
conte ao delegado”. Para que fui ouvir? Há horas em que a melhor coisa é calar
a boca... A gente mal consegue acreditar e ainda precisa convencer os outros...
– Como era o que você viu, rapaz? Como
era a coisa? Feito o dorso de um animal muito grande? – O delegado repetiu as
palavras do homem com um tom entre interessado e incrédulo.
– Quero cair morto se não for verdade!
Estão aí o Ramón e meu filho, que não vão me deixar mentir.
[...]
– Você viu o Nahuel hoje? Parece pronto
para que a Pele apareça...
– Cruz-credo...
[...]
– Ramón me contou que a viram ontem...
– Não diga! Você sabe que ontem, quando
vi o lago, tive uma intuição: hoje a Pele vai aparecer!
[...]
Zulema Cukier e Beatriz Tornadú. A
pele do lago. In: Contos de lugares encantados, São Paulo: Ática, 1989.
Fonte: Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa –
Kátia P. G. Sanches & Sebastião Andreu – 6ª Série – 1ª edição – São Paulo.
Ediouro, 2002 – p. 154.
Entendendo o conto:
01 – Retire do texto as
frases que interrogam, isto é, perguntam.
Mas o que foi que
viram, rapazes? Será que não tomaram uns copos a mais? Para que fui ouvir? Como
era o que você viu rapaz? Como era a coisa? Feito o dorso de um animal muito
grande? Você viu o Nahuel, hoje?
02 – Escolha uma frase que
afirma algo.
Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Ele
é que ficou me dizendo; o delegado repetiu as palavras do homem; Ramón me
contou que a viram ontem...
03 – Escolha uma frase que
utiliza a palavra “não”, mas que não
tenha nem ponto de interrogação e nem de exclamação.
Que não vão me
deixar mentir.
04 – Escreva a frase que faz
uma negação, ao mesmo tempo que manda, ordena.
Não diga!
05 – Escreva a frase que
manda, afirmando.
Vá lá, conte ao delegado.
06 – Retire uma frase que
cause admiração, espanto, mas que não tenha verbo no modo imperativo.
Quero cair morto se não for verdade!; ...
hoje a Pele vai aparecer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário