domingo, 22 de maio de 2022

CONTO: O SOLDADO PACÍFICO - MARIA MAÑERU - COM GABARITO

 Conto: O SOLDADO PACÍFICO

              Maria Mañeru

  Era uma vez, no Reino Distante, um soldado muito elegante, muito valente e muito forte. Era um cavaleiro completo.

        Causava admiração por onde passava:

        As damas diziam:

        – Ooooohhhhhh!

        Os cavaleiros diziam:

        – Aaaaaahhhhhh!

        A rainha surpreendia-se:

        – Uaaaaauuuuu!

        No entanto, ninguém nunca tinha visto o soldado lutar e isso tinha uma explicação muito simples: nosso soldado era totalmente PA-CÍ-FI-CO. Não gostava de guerras, nem de batalhas, nem de lutas, nem de combates, nem sequer gostava de discutir um pouquinho de vez em quando.

        Mas, um dia, o Reino Vizinho declarou guerra ao Reino Distante. E, como eram reinos de faz de conta, em vez de fazer uma guerra normal e banal, decidiram que lutariam entre si o melhor soldado de cada reino. Nem é preciso dizer que o Reino Distante escolheu o soldado pacífico, enquanto o Reino Vizinho enviou para a batalha o soldado medroso.

        O lugar escolhido para a batalha ficava no meio de um grande campo. De um lado, os reis e os habitantes do Reino Distante e, do outro, os do Reino Vizinho. Os dois soldados caminharam até a metade do prado e falaram:

        – Não quero lutar – disse o soldado pacífico. – Odeio guerras.

        – Eu tampouco – replicou o soldado medroso. – Batalhas me dão medo.

        Eles selaram a paz, e foi organizada uma grande festa entre os dois reinos. Desde então se enaltece o valor dos soldados, porque evitar uma guerra é muito melhor que ganhá-la.

            María Mañeru. Doces contos: um livro de histórias para ter lindos sonhos. São Paulo: Girassol, 2014.

Fonte: livro – Língua portuguesa – Buriti mais português – 4° ano – ensino fundamental – Anos iniciais – 1ª edição, São Paulo, 2017. Moderna. p. 154-7.

Entendendo o conto:

01 – Explique o que é “uma guerra normal e banal”.

      Uma “guerra normal e banal” é a guerra que ocorre no mundo real, com armas que provocam mutilações e mortes.

02 – E como é a guerra nos reinos de faz de conta?

      Na guerra entre reinos de faz de conta, lutam entre si apenas o melhor soldado de cada reino.

03 – Se você nascesse no Reino Distante, também seria admirador do soldado pacífico? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Você concorda com o que diz o trecho final do conto: “evitar uma guerra é muito melhor que ganha-la”? Explique.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, uma vez que as guerras trazem muita dor e sofrimento a todos os envolvidos.

05 – Quando e onde acontece a história?

      Acontece no tempo do “era uma vez”, no Reino Distante.

06 – Há duas personagens principais no conto. Quem são elas?

      O soldado Pacífico e o soldado Medroso.

07 – Quem são as personagens secundárias?

      A rainha, as damas, os cavaleiros, os reis e os habitantes do reino.

08 – Qual é o conflito da história?

      O Reino Vizinho declara guerra ai Reino Distante.

09 – Que personagens são escolhidos para resolver o conflito?

      Um soldado de cada reino: o pacífico e o medroso.

10 – Qual é a solução encontrada pelos soldados?

      Eles não lutam e selam um acordo de paz.

·        A solução do conflito conduz a um desfecho positivo? Para quem?

Sim, o desfecho é positivo para todos: para os soldados, que não precisam lutar, e para os dois reinos, que não passam por uma guerra.

11 – Que adjetivos no superlativo qualificam o soldado pacífico e o fazem ser admirado?

      Muito elegante, muito valente e muito forte.

·        De que outro modo a autora poderia ter escrito esses adjetivos.

Elegantíssimo, valentíssimo, fortíssimo.

12 – Releia esta frase do texto: “Nosso soldado era totalmente PA-CÍ-FI-CO”. Por que a palavra pacífico foi escrita desse modo?

      Para dar ênfase a essa qualidade do soldado, ou seja, para destacar que ele era muito, muito pacífico.

 

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