sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

ANÁLISE DA IMAGEM - COM QUESTÕES GABARITADAS

 

ANÁLISE DA IMAGEM 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5P06ksgk4_JlCwrdBfp9uj4_3hHkVsrZnuqpAIlmc-85yF5vB7hzdelHk66_rk2NzrAwTeyK_RmQzw28jqQefB35yzeEhTW4b04gPUgFZEKUJOkpiVf2zaEBpLpSV5wYjoIdrYF1xw8D4lZtVsreEGlWUV0FdBiKVAFctYGIczM1rWTbmlasIMc-CeC4/s320/EXIGENTE.jpg

Entendendo o texto

01 - O texto-discurso acima argumenta:

       a- em favor da padronização estética;

       b- em favor da beleza exterior;

       c- em favor da beleza interior;

       d- em favor da existência de pessoas exigentes.

02 - No enunciado “Sou exigente com a beleza: Ela tem que vir de dentro”, os dois pontos foram usados para:

      a- citar a fala de outrem;

      b- fazer uma enumeração de vários argumentos na sequência;

      c- iniciar uma explicação sobre o que foi dito antes;

      d- fazer um questionamento.

03 - No enunciado “Sou exigente com a beleza: Ela tem que vir de dentro”, a palavra grifada refere-se:

      a- ao autor do texto-discurso;

      b- à beleza;

      c- à exigência do autor;

      d- ao interior do ser humano.

04 - No enunciado Sou exigente com a beleza: Ela tem que vir de dentro”, o verbo grifado refere-se:

     a- ao autor;

     b- ao leitor;

     c- à beleza;

     d- ao que vem de dentro.

05 -  No enunciado “Sou exigente com a beleza”, a palavra grifada possui o sentido bem explicado em:

      a- o que se satisfaz facilmente;

      b- o que é indiferente;

      c- o que não se contenta com pouca coisa;

      d-  o que é displicente, desleixado.

06 - Ao escolher valorizar a beleza que vem de dentro, o autor sugere como algo menor:

      a- a beleza interior;

      b- a aparência física;

      c- o caráter;

      d- a personalidade.

07- No enunciado “Ela tem que vir de dentro”, a locução verbal grifada sugere:

      a- dúvida;

      b- obrigatoriedade;

      c- possibilidade;

      d- injunção/ordem.

08 -  Produza um texto-discurso discutindo sobre quais são suas prioridades: você valoriza a beleza interior ou a beleza exterior? Qual você privilegia? Quais suas justificativas por ter essa prioridade?

Minha prioridade: a beleza interior

Acredito que a beleza mais profunda e duradoura é aquela que reside no interior de cada indivíduo. A aparência física, sem dúvida, exerce um grande fascínio e pode ser atraente, mas é a beleza interior que verdadeiramente encanta e inspira.

A beleza interior se manifesta através da gentileza, da empatia, da inteligência, da criatividade e da bondade. É aquela que ilumina o rosto com um sorriso sincero, que se revela nas palavras inspiradoras e nas ações solidárias. Uma pessoa com beleza interior é capaz de transformar o mundo ao seu redor com sua positividade e compaixão.

Embora eu não negue a importância da aparência física, acredito que ela é apenas uma pequena parte do que define uma pessoa. A beleza interior é a que permanece, mesmo com o passar dos anos, e é capaz de construir relacionamentos mais profundos e significativos.

É claro que a beleza é um conceito subjetivo e que cada pessoa tem suas próprias preferências. No entanto, acredito que ao valorizar a beleza interior, estamos contribuindo para um mundo mais justo e humano, onde as pessoas são julgadas por suas qualidades e não apenas pela sua aparência.

 


CHARGE: VENDE-SE AMAZÔNIA - COM QUESTÕES GABARITADAS

 

CHARGE - VENDE-SE  AMAZÔNIA 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC26_7EFlHU9NEzdT_6-wSiOUga6EDHx6ax6_y56x2NZkPKaTDaE4CNPoQIICDx312TBLKhwqJAlZ9ctIOkkPr4EiiJucw6ISwmio4nmBW2kyMGizwOYmf5c_9B0HDwGurS5KwirvZjhYJ0VuXLIxzic-o8BqcJO-XI3xSiQ9iRcDV1TK4IImdKEMGcT8/s320/AMAZONIA.jpg

01-  O texto-discurso acima trata-se de:

       a- uma pichação;

       b- um grafite;

       c- um anúncio publicitário;

       d- uma charge.

 02 -  Qual seria um dos objetivos centrais  do texto-discurso?

        a- provocar humor;

        b- aconselhar;

        c- criticar;

        d- anunciar.

 03 - Qual traço linguístico-discursivo mostra que o texto-discurso está parodiando, de forma crítica, um anúncio publicitário?

        a- VENDE-SE;

        b- Amazônia;

        c- a figura deitada do indígena;

        d- o chinelo do indígena.

 04 -  Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

       a-(  V ) percebe-se o discurso de aceitação perante a destruição da Amazônia;

       b-( V ) percebe-se o discurso de denúncia perante as políticas de entrega e destruição da Amazônia;

       c-( V ) percebe-se a denúncia de que os indígenas podem ser bastante prejudicados com a venda da Amazônia;

       d-( V ) percebe-se o discurso de que a destruição da Floresta Amazônica é o mesmo que deixar os indígenas sem teto, jogados na sarjeta;

       e-( F ) percebe-se o discurso de que os brasileiros estão felizes com a venda da Amazônia, por isso anunciam sua venda nas ruas da cidade;

       f-( F  ) percebe-se o discurso de que todos vão ganhar com a venda da Amazônia;

  05 - A imagem do indígena deitado, de chinelos, em uma calçada, sugere:

        a- riquezas trazidas com a venda da Amazônia;

       b- indigência e miséria que os povos indígenas poderão sofrer com a venda da Amazônia;

       c- liberdade que os indígenas passarão a ter na cidade grande;

    d- oportunidade de novas possibilidades culturais para o cenário urbano. brasileiro;

06 -  Uma das teses centrais defendida nesse grafite é?

       a- defender a venda da Amazônia;

       b- denunciar a venda e a destruição da Amazônia;

   c- mostrar os benefícios que os indígenas irão obter com a venda da Amazônia;

       d- divulgar a necessidade de se vender a Amazônia.

QUESTÃO 7: Produza um texto-discurso, mostrando o que você pensa sobre as atitudes do atual governo em querer entregar grandes reservas ambientais da Amazônia para exploração de minérios, deixando os povos nativos (os índios) em risco de degradação em suas condições de vida.

Resposta pessoal.

 Produzindo um texto-discurso sobre a questão

A entrega de vastas áreas da Amazônia para a exploração de minérios representa um ataque direto ao coração do nosso país. A floresta amazônica não é apenas um conjunto de árvores, mas um ecossistema complexo e vital para o equilíbrio climático global. Além disso, ela é o lar de inúmeras comunidades indígenas que têm seus modos de vida e conhecimentos tradicionais profundamente ligados à floresta.

Ao permitir a exploração mineral, o governo coloca em risco a biodiversidade, os recursos hídricos, o clima e os direitos dos povos indígenas. A mineração em larga escala causa desmatamento, contaminação de rios e solos, e a expulsão de comunidades tradicionais de suas terras. Essa situação é inadmissível e exige uma reação urgente da sociedade civil e dos governantes.

É fundamental que a sociedade se mobilize para defender a Amazônia e os direitos dos povos indígenas. A proteção da floresta não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de justiça social. É preciso pressionar os nossos representantes políticos para que adotem políticas públicas que priorizem a conservação da Amazônia e o respeito aos direitos dos povos indígenas.

Em resumo, a entrega da Amazônia para a exploração de minérios é um crime contra a humanidade e contra a natureza. É preciso agir agora para proteger esse tesouro nacional antes que seja tarde demais.


CRÔNICA: O MELHOR AMIGO - FERNANDO SABINO - COM GABARITO

 CRÔNICA: O Melhor Amigo

                   Fernando Sabino

 A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto.

– Meu filho? – gritou ela.

– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.

– Que é que você está carregando aí?

Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkq_eAecfBEKvUyNMH1ZF_EWNm44ZZKJMQDbP4AdT5hrIMdqYpDMB9D45pyehyphenhyphen6geTHLfWyOcyFIsQYqQtr4eDyvH4a4aEV_Zv9MLqHUp7MOwnzOb4HxnaCKsRza_bSFxoJp6Kv-w785DrrqqNOOwaRhq49LIqlxsaskPbT2kN7mwfhl__1FnVDo8bHs4/s1600/CAO.jpg


– Eu? Nada…

– Está sim. Você entrou carregando uma coisa.

Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:

– Olha aí, mamãe: é um filhote…

Seus olhos súplices aguardavam a decisão.

– Um filhote? Onde é que você arranjou isso?

– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?

Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:

– Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.

Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!

– Ah, mamãe… – já compondo uma cara de choro.

– Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.

O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto, emburrado.

A gente também não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira!

– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou, lá do quarto, e ficou
esperando a reação da mãe.

– Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.

– Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.

Você não é todo mundo.

– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não
faço mais nada.

Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.

– A senhora é ruim mesmo, não tem coração!

– Sua alma, sua palma.

Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e depois… ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:

– Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.

– Ah, mamãe, deixa! – choramingou ainda: – Meu melhor amigo, não tenho mais
ninguém nesta vida.

– E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?

– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.

– Deixa de conversa: obedece sua mãe.

Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa.

– Pronto, mamãe!

E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.

– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza que ele dava, murmurou pensativo.

In: http://www.contioutra.com/o-melhor-amigo-cronica-de-fernando-sabino/

Entendendo o texto

 01-Estamos diante do gênero textual:

     a- notícia, pois relata o que aconteceu com um menino, uma mãe e um cachorro;

     b- conto, pois conta uma história de ficção sobre um menino, uma mãe e um cachorro;

     c- crônica, pois narra um episódio do cotidiano que pode ocorrer na vida de qualquer criança e sua mãe, envolvendo o desejo do menino de cuidar de um cãozinho;

    d- artigo de opinião, pois demonstra a opinião negativa de uma mãe sobre a possibilidade de seu filho adquirir um cachorro.

02-Na ironia, o locutor diz A, mas pensa B, ou seja, pensa o contrário de A. Dito isso, o título “O melhor amigo” recebeu um tratamento irônico, pois:

      a- o menino tratou o cachorrinho do início ao fim da história como se fosse realmente seu melhor amigo;

     b- O menino ficou deprimido pelo abandono do seu melhor amigo;

     c- O menino vendeu seu chamado “melhor amigo” por trinta dinheiros.

03-A intertextualidade ocorre quando um dado texto-discurso se constrói baseado em outro texto-discurso preexistente. O final da crônica de Fernando Sabino possui intertextualidade explícita com uma passagem da Bíblia, quando esta relata:

    a- que Pedro negou conhecer seu amigo Jesus por três vezes, depois que este foi preso;

    b- que Judas vendeu seu amigo Jesus por trinta moedas;

    c- que Madalena lavou os pés do seu amigo Jesus;

04-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

    a-( V ) Percebe-se o discurso do medo constituinte dos filhos, fazendo com que estes tentem esconder suas práticas afetivas de seus pais;

    b-( V    ) Percebe-se o discurso do controle social que a instituição família exerce sobre suas crianças;

    c-( F  ) Percebe-se o discurso de aceitação e compreensão dos filhos perante o controle social exercido por seus pais;

   d-( V  ) Percebe-se o discurso da tentativa de chantagem emocional exercida pelos filhos sobre seus pais, no intuito de tentar conseguir seu objetivos

    e-( V ) Percebe-se o discurso da tendência de submissão das crianças perante o poder superior de seus pais;

    f-(  F  ) Percebe-se o discurso capitalista do vale-tudo para se obter lucros, inclusive comercializar os amigos;

05-Assinale o argumento que representa o discurso da MENTIRA:

      a) “– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.”

     b) “– Eu? Nada…”

     c) “– Olha aí, mamãe: é um filhote…”

     d) “– Ah, mamãe… – já compondo uma cara de choro.”

06-Assinale o argumento que representa o discurso da CHANTAGEM EMOCIONAL:

     a) “– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?”

     b) “– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.”

     c) “– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não
faço mais nada.”

d) “– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza que ele dava murmurou, pensativo.”

07-Assinale o argumento que representa o discurso INCONFORMISMO DOS FILHOS perante as regras da família:

     a) “Mãe e cachorro não é a mesma coisa.”

     b) “– Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.”

     c) “– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido!”

     d) “– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?”

08-No argumento “E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.”, destaca-se o discurso:

     a- da fidelidade aos amigos;

     b- da traição aos amigos;

     c- da sensibilidade aos amigos;

     d- da solidariedade aos amigos.

09-No argumento “O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado...”, a palavra grifada significa:

     a- desconfiado;

     b- emocionado;

     c- confiante;

     d- maravilhado.

10-No argumento “ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável...”, a palavra grifada significa:

     a- flexível;

     b- inflexível;

     c- compreensiva;

     d- pensativa

11-Extraia um discurso direto relativo à personagem “mãe”.

      Discurso direto da mãe: "– Meu filho?", "– Que é que você está carregando aí?", "– Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!", "– Dez minutos", "– Sua alma, sua palma.", "– Dez minutos – repetiu ela, com firmeza."

 12-Extraia um discurso direto relativo ao personagem “menino”.

      Discurso direto do menino: "– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.", "– Eu? Nada...", "– Olha aí, mamãe: é um filhote...", "– Ah, mamãe...", "– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido!", "– Ah, mamãe, deixa!", "– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.", "– Pronto, mamãe!"

 13-No enunciado “– Pronto, mamãe! E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez...”, o pronome grifado refere-se:

       a- ao menino;

       b- à mãe;

       c- à nota;

       d- ao cachorro

14-No argumento “– Um filhote? Onde é que você arranjou isso? – Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe? Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso, as palavras grifadas sugerem:

      a- que a mãe nomeava o cão com carinho;

      b- que a mãe nomeava o cão com desprezo;

      c- que a mãe nomeava o cão com respeito;

      d- que a mãe nomeava o cão com sensibilidade.

15-A que ou a quem se referem as palavras grifadas no texto-discurso?

As palavras grifadas no texto se referem, em sua maioria, aos personagens: "isso" se refere ao filhote, "lhe" se refere à mãe, "ele" se refere ao cachorro.

 16-Produza um texto-discurso refletindo sobre a importância da adoção de animais.

Resposta pessoal.

A importância da adoção de animais:

A crônica de Fernando Sabino nos mostra um dilema atemporal: a relação entre crianças e animais de estimação. A história do menino e do cachorro nos convida a refletir sobre a importância da adoção e do cuidado com os animais. Ao adotar um animal, estamos oferecendo um lar e amor a um ser vivo, além de promover a compaixão e a responsabilidade nas crianças. A história também nos alerta para a importância do diálogo entre pais e filhos, para que juntos possam encontrar soluções que beneficiem a todos os membros da família, incluindo os animais de estimação.

Gostaria de aprofundar em algum outro aspecto da crônica? Podemos explorar mais a fundo os temas da infância, da família, da amizade, da responsabilidade ou da relação entre humanos e animais.

Que tal propormos uma atividade para os leitores? Poderia ser a criação de uma história com final alternativo, onde a mãe aceita o cachorro ou o menino encontra outra forma de cuidar do animal.

 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

CONTO: APELO - DALTON TREVISAN - COM GABARITO

 CONTO: APELO

               Dalton Trevisan

           Amanhã, faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo9yS82GQndBYg50XSLo4193s6CMLPFhrlPzDkjVXIvIlOQSa2M2-VUXS4VefIGMW-lODC5v1taz_fLjMgZt-tb1ez_bb93hXvoGEwi1AiA7SXnPGFGQFyYbznxQtAkICGiwAXomrY6Z3uUz0A6UucLVsEaR7cvtC9Z7OyZaoOpQA0cYqUT7t6PV1usvw/s320/Resumo-do-livro-Senhora.jpeg


          Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco,  ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

         E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o sacarrolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

Dalton Trevisan

Entendendo o texto

01-O tema central do texto-discurso é:

    a- a solidão entre @s parceir@s, dentro de um relacionamento;

    b- a separação e as possíveis tristezas que podem ser acarretadas pela ida de um@ d@s parceir@s, em um relacionamento a dois.

     c- o machismo e a falta do diálogo como fatores preponderantes para o desmoronamento de uma relação afetiva;

      d- a importância do diálogo entre o casal.

02-Assinale (V) para os efeitos de sentidos que forem pertinentes ao texto-discurso e (F) para aqueles que não o forem:

     a-( F ) Percebe-se o discurso da divisão de tarefas domésticas entre o casal;

     b-( F) Percebe-se o discurso da felicidade mútua e permanente,dentro de um relacionamento;

     c-(  V  ) Percebe-se o discurso de que o papel da mulher, em casa, seria o daquela que organiza tudo, que não deixa faltar nada aos moradores dali;

       d-(  V   ) Percebe-se o discurso de que a mulher realiza, muitas vezes, um trabalho imperceptível, quando este é feito, sendo visível, apenas, quando não ocorreu;

       e-(  F ) Percebe-se o discurso de que, às vezes,dentro de um relacionamento, as pessoas sentem-se sufocadas,por isso têm vontade de escapar dele;

       f-( F ) Percebe-se o discurso de uma postura machista do homem,no texto-discurso;

      g-( V ) Percebe-se o discurso de que a rotina de um relacionamento afetivo contribui para o distanciamento d@s companheir@s;

      h-(  V  ) Percebe-se o discurso de que o convívio diário d@s companheir@s, em meio a um relacionamento,  não reduz a importância da outra pessoa;

      i-( V ) Percebe-se o discurso de que,dentro de um relacionamento,o casal tende a só perceber o valor d@ outr@,após a perda;

      j-(  V ) Percebe-se o discurso de que as pessoas tendem a buscar refúgio, para seus problemas mal resolvidos, na bebida alcoólica;

      k-( V ) Percebe-se o discurso de que,muitas vezes,em um relacionamento afetivo,uma das partes silencia sobre os motivos que culminaram na partida de um d@s companheir@s para não admitir que contribuiu para que isso ocorresse;

      l-(  V ) Percebe-se o discurso de que as pessoas, às vezes, estão em ambientes cheios de tantas outras e ,mesmo assim, se sentem sozinhas.

03-O título ”Apelo”, escolhido para nomear o texto-discurso, anuncia:

     a- um mero chamamento à esposa;

     b- um lamento (quase uma súplica) que o marido faz à esposa, para que retorne ao lar e retome o relacionamento;

    c- explicação que o marido propõe-se a fazer à esposa para convencer a esposa a voltar para casa;

   d-  uma vaga lembrança que o marido ainda guarda da esposa.

04-É possível interpretar que o narrador-personagem (marido) tenha usado o vocativo “Senhora”, no texto-discurso,  para assinalar:

   a- A admiração que nutria pela esposa e assim convencê-la a voltar para casa;

   b- A proximidade do casal, elemento forte na relação deles;

   c- O distanciamento que o narrador-personagem (o marido) fazia questão de mostrar à esposa;

   d- O respeito que nutria pela esposa e, com isso, chamar-lhe a atenção para seus sentimentos.

 05-Assinale a opção em que o verbo poupar foi usado no mesmo sentido empregado no texto-discurso: ”Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham...” 

     a- Em tempos de crise, somos obrigados a poupar dinheiro;

     b- É indispensável poupar os oprimidos;

     c- Poupou-se de novos sofrimentos;

     d- A organização poupa trabalho à dona de casa.

06- Assinale a opção que melhor expresse o significado do pronome “toda”, conforme enunciado no texto-discurso, em: Toda a casa era um deserto...”

     a- Qualquer casa próxima ou distante de onde morava o casal;

    b- Alguma casa perto de onde morava o casal;

    c- Nenhuma casa longe de onde morava o casal;   

    d- A casa inteira onde o casal vivia.

07- No enunciado ”A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada...”, os dois pontos utilizados introduzem:

     a- Um resumo de como o marido notou a presença da esposa;

     b- Uma explicação da perda do personagem;

     c- Uma citação de fatos comprovando que foi devagarinho que o narrador-personagem (marido) foi sentindo a ausência da esposa;

    d- Uma comparação entre os sentimentos do casal.

08- O argumento ”Toda a casa era um corredor deserto...” encerra:

      a- Uma explicação de como a casa estaria bem melhor, depois que a esposa foi embora;

     b- A dimensão do sentimento do narrador-personagem(marido) pela casa onde morava com a esposa;

     c-  O medo do narrador-personagem (marido);

     d- Uma metáfora sobre o que havia se transformado a residência do casal, após a partida da esposa, ou seja, um local vazio de sentido, não sendo mais confortável morar na mesma, apenas passar por ali.

09- O argumento ” E eu ficava só... como a última luz da varanda...” realça:

      a- Uma explicação do quanto era bom fazer parte da turma da “saideira”, nos bares;

      b- Uma comparação entre a solidão de fim de noite do narrador-personagem (marido) e a luz da varanda, ou seja, a única que, conforme nossa cultura, sobra à noite, depois que todas as outras são apagadas;

     c-  Um jeito interessante que o narrador-personagem ( o marido) usou para esconder seu sentimento;

     d- Uma comparação entre a sensação boa do personagem(marido) e a luz da varanda,ou seja,a melhor de todas,por isso ficou por último.

10- No argumento ” Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando...” , o enunciado grifado demonstra:

     a- Uma explicação do quanto o apetite dos moradores da casa melhorou,depois da ida da esposa;

     b-Um resumo do cenário interessante em que se transformou a residência do casal,depois que a esposa se foi;

     c- Uma metonímia em que a parte (bocas raivosas mastigando) foi citada para representar o todo (pessoas irritadas à mesa), revelando a incapacidade de diálogo dos moradores da casa e o estresse que passaram a ter depois da partida da esposa;

     d- Uma comparação entre a alegria da absorção da comida e das bocas, enquanto deglutem o alimento.

11-No enunciado ”A notícia de sua perda veio aos poucos...” a locução adverbial grifada indica circunstância de:

a-   tempo;

b-   dúvida;

c-    intensidade;

d-   Modo.

12-No enunciado ”Acaso é saudade, Senhora...”  o advérbio  grifado indica circunstância de:

     a- afirmação;

     b- dúvida;

     c- negação;

     d- modo.

13-No enunciado ”Amanhã, faz um mês que a Senhora está longe de casa...”  o advérbio  grifado indica circunstância de:  

    a- tempo;

    b- dúvida;

    c- intensidade;

    d- modo.

14- No enunciado: ”O batom ainda no lenço...”, o advérbio grifado indica circunstância de:

     a- modo;

     b- intensidade;

     c- afirmação;

     d- tempo.

15- No enunciado ” Ninguém os guardou debaixo da escada...”, o advérbio grifado indica circunstância de:

a-   modo;

     b- intensidade;

     c- lugar;

     d- tempo.

16-Produza um texto-discurso, refletindo sobre alguma perda ou separação que você já teve.

      Resposta pessoal.