quinta-feira, 14 de abril de 2022

QUADRO: A IDADE DO ROMANCE - NORMAN ROCKELL - COM GABARITO

 Quadro: A idade do romance

              Norman Rockwell

Fonte da imagem -  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL5hq2MM1w3AU8lrobe_zoO1EUy0HewL5jfGonFn9awLsYfXK6lrLbp88-oV_sg_t_t9QTic3yZ4lc717F9Sh1GMeDMwmC7ZASv-xPTfi1vwnaN_uRKuiwV2oAokWKyLzpYmphLrqdNDn5pgxx4OVYLqq8cEksN106H2hOWymszr8gF2-Dh0gCPK4t/s194/IDADE.jpg

Norman Rockwell. Quadro A idade do romance, 1923.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 252-3.

Entendendo o quadro:

01 – Ao observamos o quadro, notamos a presença de dois planos: o primeiro, com cores mais fortes, apresenta um garoto e um cachorro; o segundo, dentro de um círculo e com cores mais fracas, apresenta um rapaz e uma moça cavalgando. No primeiro plano:

a)   O que o garoto está fazendo?

Está lendo um livro.

b)   Pela expressão de seu rosto e por sua postura física, como parece estar sendo essa atividade para ele?

Envolvente, interessante, agradável.

02 – Observe agora o segundo plano. Note os detalhes do cenário: as construções, as roupas e o rosto das personagens, as armas e a bandeira do cavaleiro, etc.

a)   A que época corresponde esse cenário? Justifique sua resposta com elementos da pintura.

À Idade Média, pela presença de um castelo medieval, de um cavaleiro com armadura e de bandeiras com brasões.

b)   Observe a figura do cavaleiro. Ele usa no rosto algo que ainda não existia na sua época. O quê?

Os óculos.

c)   Conclua: Quem é o cavaleiro?

O cavaleiro é o próprio garoto.

d)   Levante hipóteses: Quem possivelmente é a moça que cavalga com ele?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Considerando as histórias da cavalaria medieval, provavelmente é uma moça de quem o cavaleiro gosta ou que ele salvou de algum perigo.

03 – O quadro se intitula A idade do romance.

a)   Que objeto do primeiro plano é responsável pela “viagem” que o garoto faz no tempo e no espaço?

O livro (romance) que ele lê.

b)   Pelos objetos que estão à volta do garoto, você acha que essa “viagem” vai acabar quando ele terminar a leitura? Por quê?

Não; provavelmente vai continuar, porque, o garoto vai ler outras obras.

c)   Você já viu filmes ou leu livros que tratam da época histórica enfocada no segundo plano? Como ela é retratada normalmente?

As narrativas medievais normalmente contam histórias de aventuras, cheias de monstros, feiticeiros e amores impossíveis.

d)   Você acha que o tipo de história que o garoto está lendo é adequado à idade dele?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois o garoto está numa fase em que se tem grande interesse por histórias de aventuras.

e)   Qual dos dois planos é mais cheio de aventuras e emoções para o garoto: o plano da realidade ou o plano da fantasia?

O plano da fantasia.

04 – Nas histórias medievais, o cavaleiro-herói normalmente é fiel ao amor de uma donzela e luta até à morte para defende-la, se necessário. No segundo plano, a companhia da donzela sugere fidelidade. No primeiro plano, embora não haja a sugestão amorosa, também temos um elemento que se associa à fidelidade. Qual é esse elemento?

      O cão.

05 – Como conclusão dessa leitura, indique em seu caderno as afirmativas verdadeiras sobre o quadro:

·        A leitura é retratada pelo quadro como uma atividade cansativa e pouco prazerosa.

·        Por meio dos livros, o leitor é levado a mundos imaginários, deslocando-se no tempo e no espaço.

·        O leitor identifica-se com aquilo que lê e às vezes chega a projetar-se nas personagens da história.

·        Pelo número de livros que estão em torno do garoto, supõe-se que ele já tenha feito ou ainda vá fazer muitas outras viagens pelo mundo da palavra.

·        O mundo de fantasia criado pela leitura não causa na vida real nenhum efeito sobre o leitor.

PROPAGANDA: SHOPTIME - ADJUNTOS ADVERBIAIS - ADJETIVO - COM GABARITO

 Propaganda: Shoptime

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcaHN3iMYoXps8KeHKsoHsQmbhQp5rKQG_iCs9PdQvromX2n2i13tOThKkISG1pRYXuekRPlkllHrnbKtO5XJ6C1WeFb9BoUi6fKsluos5gG48iGlSEuF6Ewcamu7NZ6RSzErHL7o28AGjN3kBg7QdfR7g_iXBgkQGEDOGLDa3biZMFMFq0WPUsyGo/s310/relogio.jpg


Neste carnaval vai ter tentação noite e dia na TV. Shoptime. Presente 24 horas no carnaval.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 248-9.

Entendendo a propaganda:

01 – O anúncio é quase todo constituído por adjuntos adverbiais.

a)   Identifique-os e classifique-os.

Adjuntos adverbiais de tempo: neste carnaval, noite e dia, 24 horas, no carnaval; adjunto adverbial de lugar: na TV.

b)   Que tipo de adjunto adverbial predomina no texto?

O de tempo.

c)   Que relação há entre esse tipo de adjunto adverbial e o tipo de serviço que o Shoptime presta?

O anunciante deseja informar que estará à disposição do cliente durante todo o tempo, no carnaval.

02 – O canal Shoptime apresenta e vende produtos por telefone. Observe, na parte superior do anúncio, o emprego da palavra tentação.

a)   O que essa palavra significa?

Ato ou efeito de tentar; disposição para a prática de atos fora do normal ou censuráveis.

b)   Para você, essa palavra pode ser associada ao carnaval? Por quê?

Sim, porque o carnaval incentiva a folia, os excessos.

c)   Na sua opinião, por que, segundo o anunciante, no canal de televisão Shoptime também vai ter tentação?

Provavelmente porque o canal, durante o carnaval, irá oferecer produtos e ofertas tentadoras ao consumidor.

d)   Na sua opinião, por que o relógio da figura está torto, amolecido?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O anunciante quer transmitir a ideia de que o tempo vai se curvar perante o serviço oferecendo por ele ou que a folia vai ser tanta que até o relógio vi funcionar de outra maneira.

03 – Sabendo que esse anúncio foi publicado na revista da NET (serviço de tevê por assinatura), relacione a imagem do texto e responda: A quem esse anúncio pretende atingir? Por quê?

      Aos adultos em geral; aqueles que gostam do carnaval, o anúncio atrai pelo aspecto carnavalesco da imagem; o anúncio também atrai os que não gostam de carnaval, pois eles provavelmente ficarão em casa vendo TV e são consumidores em potencial.

04 – Compare o anúncio ao quadro do pintor surrealista Salvador Dali, ao lado.

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIbMAWwmQdDHtkwlYx338kyt_2nutnxQVo66KdBOU2PEvVIpFCehjP0mTfJ-HRdZfLADxXVwKywylDCuCjP8szJhQSgxOciuVSym8094uIuMsiZyelTEs4PJEBRUYCD7615m_CG3LHY0sewPr07tMLqSsqvivA4JVagAs79oJeEH0oQCJ48QQ5W_iy/s266/memoria.jpg

 Quadro A persistência da memória (1931).

a)   Que semelhança você nota entre eles?

A presença de relógios amolecidos.

b)   Na sua opinião, essa semelhança valoriza o anúncio e o leitor?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, porque o anunciante conta com o nível cultural do leitor, com seu conhecimento de arte; e isso confere sofisticação ao anúncio.

05 – Observe o emprego da palavra claro nestas frases:

        O quarto ficou mais claro com essa cor palha.

        Explique mais claro qual é o problema, porque não estou entendendo.

        Na 1ª frase, a palavra claro significa “luminoso” e modifica o substantivo quarto; por isso, é um adjetivo. Já na 2ª frase, a palavra tem o sentido de claramente e acompanha o verbo, indicando o modo como se deseja que a pessoa fale: é, portanto, um advérbio de modo e, sintaticamente, um adjunto adverbial de modo. Nos pares de frases a seguir, indique o sentido das palavras destacadas e a classe gramatical de cada uma delas:

a)   Você dança lento demais para esse ritmo.

Devagar; advérbio.  

Você é uma pessoa lenta demais para esse ritmo.

Vagarosa; adjetivo.

b)   Comeu gostoso a lasanha que a mãe fizera.

Prazerosamente; advérbio.

Ele acha a lasanha da mãe o prato mais gostoso.

Saboroso; adjetivo.

c) Você é um jovem forte: puxe a corda com força.

Vigoroso; adjetivo.

Pegue forte na corda e puxe.

Firmemente; advérbio.

d)   Disfarçou e saiu rápido, antes que o vissem.

Apressadamente; advérbio.

Era um rapaz rápido demais para ser alcançado.

Veloz; adjetivo.

e)   Ele sempre foi dono de um canto bonito.

Agradável; adjetivo.

Você canta bonito demais.

Afinadamente, agradavelmente; advérbio.

06 – Nos pares de frases do exercício anterior, todos os advérbios são, sintaticamente, adjuntos adverbiais e todos os adjetivos destacados possuem uma única função sintática.

a)   Como se classificam os adjuntos adverbiais, considerando-se o tipo de circunstância que expressam?

Adjuntos adverbiais de modo.

b)   Qual é a função sintática dos adjetivos destacados?

Todos são adjuntos adnominais.

07 – A palavra somente indica exclusão. Compare as frases abaixo quanto ao sentido:

        Somente Elisa foi à feira.

        Elisa foi somente à feira.

a)   O que a palavra somente exclui na primeira frase?

Exclui todas as demais pessoas. Elisa foi a única pessoa, entre várias, que foi à feira.

b)   E na segunda?

Exclui todos os demais lugares aos quais Elisa poderia ter ido.

 

quarta-feira, 13 de abril de 2022

CONTO: NININHO DE ANTÔNIO DE AFONSO - ZÉLIA CAVALCANTI - COM GABARITO

 CONTO: NININHO DE ANTÔNIO DE AFONSO

              Zélia Cavalcanti

    Nininho sou eu. De batismo sou João e de conhecimento sou Nininho de Antônio de Afonso. Antônio que era meu pai, Afonso que era meu avô. Os nomes que a gente vai recebendo na vida.

          De certa feita, fiquei tanto tempo postado aqui nessa beira que o povo saiu dizendo que eu tinha endoidado. Nada. Eu tava na pasmaceira das lembranças da mocidade.

          Água de rio faz assim comigo. Me deixa manso. Me traz recordação do tempo em que andei lá pelas terras de São Paulo. Pela cidade grande. Tempo doido, quando aprendi, de lá de longe, a gostar mais ainda da minha terra, do meu rio, da sombra debaixo da ponte.

           Foi Meu-Tio-Moura quem me guentou um ano e qualquer coisa lá na capital. Tio de verdade, acho que nem era. Só contraparente com casa própria e emprego garantido. Daí que quem se largasse aqui das bandas do Inhambupe pra tentar sorte por lá, levava um anotado que dizia: “Seu Moura – Rua Emerina, 53 – Jabaquara”.

           Antes de ser de maior, nem chegara aos dezessete e ficou acertado que na semana seguinte eu tomava o caminhão de seu Janu. Como não tinha cabeça pra escola, ia tentar a sorte em São Paulo. Era o que meu pai dizia. Não queria que ficasse homem-feito sem profissão. Sem ter do que ganhar a vida, na beira do rio como ele, pescando pra ter do que comer.

          Eu não queria. Tinha medo.

          Ele falou, eu fui.

          Fiquei azoado uns três dias antes de juntar o pouco que tinha de meu, despedir do pai, da mãe e dos manos, e pegar coragem pra subir na boleia do caminhão. Passar pelas roças mais distantes e apanhar os companheiros de viagem. Homem, mulher, criança, velho. Famílias inteiras.

          Dez dias. Em pé, atracado nas grades. Cansava. Sentava nos sacos de farinha de mandioca que seu Janu levava entre os rolos de fumo, a tapioca, os vidros de dendê. Sol a pino. Se chovia a gente abria lona e jogava sobre as traves.

          Era a primeira vez que eu viajava num pau-de-arara. A segunda foi quando voltei pra cá.

         Enquanto o caminho passava pelas rodas do caminhão eu ia pensando, botando a cabeça pra imaginar como era essa tal de São Paulo. Seu Né da farmácia dizia que até a capital era pequena perto dela, mas eu não conseguia acreditar.

           Maior que Salvador da Bahia? Parecia lorota. Mas seu Né não ia inventar, era homem estudado, sabia das coisas, lia nos livros, não ia mentir pra mim.

           Era verdade e eu ia indo.

           Passei toda a viagem calado, acuado num canto, querendo que aquela estrada não acabasse nunca. Vez por outra me subia um frio pela espinha, as pernas ficavam moles, a barriga gasturava.

          Cheguei. Além do chapéu de couro, da alpercata de sola de pneu e da roupa do corpo, o resto dos trens vinha no meu malotão. Daí que Meu-tio-Moura nem precisou alugar um carro. Fomos mesmo de marinete pra casa.

          Fiquei muitos dias sem sair pra rua. Ia só até a ponta da calçada. Tinha medo de me perder naquele mundaréu de cidade!

          [...]

          A casa vivia cheia de gente da gente. Povo que vinha do Norte e trazia farinha, doce cristalizado de cidra, de jenipapo, de caju, de figo miúdo, de araçá-goiaba. A parentada mandava porque sabia que por lá era difícil encontrar dessas coisas que quem é daqui fica triste se não tem. Chegava de um tudo até carne-do-sol, camarão seco, castanha assada na brasa, cocada-puxa.

           Fim de semana sempre parecia de festa. Almoço grande, sábado e domingo.

           Na vitrola, tia botava música que me ajudava a não esquecer dos arrasta-pés aqui da terra. O Rei do Baião Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Almira. Era uma alegria. Parecia que eu tinha saído de casa. A comida cheirava à cozinha de minha avó. Moqueca, vatapá. Cururu pra Cosme e Damião. Sarapatel. Carne-seca com jerimum. Baião-de-dois. Cada domingo uma gostosura.

            [...]

            Vez por outra tinha carta até pra mim. Era a tia Dá quem lia porque eu não me acertava direito com o dizer das letras.

            Ouvindo as notícias do meu povo eu nem dava pó mim, esquecido que tinha ido pra São Paulo me fazer na vida.

             Se fazer na vida! Tá aí uma coisa difícil. De estudo, tinha pouco. De conhecimento na vida, um pouco de motor de caminhão, outro tanto de plantar mandioca, colher e enrolar fumo.

             Olhando meu pai, desde que me entendi por gente, aprendi de um tudo, pouco. Mas, disso tudo, nada me ajudou na cidade grande.

            Já tinha seis meses da minha chegada.

           Tio me pôs pra trabalhar num campo de futebol de time grande, importante. Eu ficava ali apanhando as bolas nos jogos de treino. Fiquei pouco tempo. Arranjaram um outro moleque mais “ligeiro e menos matuto”, disse o diretor.

           Sem emprego, voltei a passar os dias limpando os canteiros do jardinzinho da tia, olhando as brincadeiras dos meninos na rua, preparando as leiras de verdura e cuidando das árvores de frutas que tio mantinha no quintal da casa. Eu gostava de ficar ali dentro do pedaço da minha terra que cabia dentro da cidade grande.

            A lufa-lufa no comércio me punha azoado.

            Se ia cumprir um mandado de tia, mesmo que fosse num lugar bem conhecido, na casa de uma amizade dela ou dos meninos, ia e vinha correndo.

           Quando tinha de ir pelas ruas cheias, seguia as passadas de tio que nem um busca-pé. Nem apreciava os passantes. Nem arriscava o olho nas coisas que as lojas mostravam. Queria logo voltar pra casa. Tinha medo de me perder, de ficar sozinho no meio de tanto desconhecimento.

            Quanto mais o tempo andava mais eu sentia que não ia dar certo pra mim, ficar na cidade grande. Vivia de susto em susto, acanhado, desassossegado.

            Tudo que aprendia, nada que eu via, fazia deixar de pensar na minha terra, na calmaria do rio, na minha beira.

            A cidade grande não me ensinou do trabalho, nem das palavras, nem das riquezas. Do medo que sentia das coisas que não conhecia, aprendi que fui feito homem pra viver aqui, pra roça e pro rio. Pra comer carne-do-sol de manhãzinha, quentar sol na escadaria da igreja, ouvir os causos de seu Pedrito lá na rua do Comércio, trabalhar no que sei e no que posso.

            Tem homem que a vida faz pra viver na cidade grande.

             Não eu.

 

(In: Heloísa Pietro, org. O livro dos medos. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 2001)

 

Vieira, Maria das Graças – Ler, entender, criar: Língua portuguesa: 5ª série -manual do professor / São Paulo: Ática, 2005. p.58-63.

 Compreensão do texto

 01. Logo no primeiro parágrafo, Nininho, o narrador-personagem, se apresenta:

“De batismo sou João e de conhecimento sou Nininho de Antônio de Afonso.”

O que você entende pela expressão de conhecimento?

Que o nome pelo qual ele era conhecido por todos era Nininho de Antônio de Afonso.

02. A respeito da cidade onde Nininho morava, responda:

a)   É uma cidade grande ou pequena? Como você chegou a essa conclusão?

Conclui que é uma cidade pequena, já que todos se conhecem pelo nome. Além disso, a reação de Nininho diante do tamanho da cidade de São Paulo revela que ele vivia em um lugar bem menor.

b)   Em que estado brasileiro ela se localiza?

Bahia.

c)   Copie o trecho de onde você tirou essas informações.

“Seu Né da farmácia dizia que até a capital era pequena perto dela [...] Maior que Salvador da Bahia.”

03. Por que Nininho deixou sua cidade e partiu para a cidade grande?

Porque “não tinha cabeça pra escola”, e seu pai não queria que ele se tornasse um adulto sem profissão, pescando para ter o que comer.

04. Leia:

“Era a primeira vez que eu viajava num pau-de-arara”.

a)   O que é um pau-de-arara? Se não conseguirem chegar a uma conclusão, consultem o dicionário.

Caminhão coberto. Com varas longitudinais na carroceria, nas quais os passageiros se seguram. Meio de transporte comumente usado pelos retirantes nordestinos.

 

b)   O que o fato de Nininho ter viajado em um pau-de-arara revela sobre a situação financeira de sua família?

Resposta pessoal.

Sugestão: A família era pobre.

c)   Por que vocês acham que as pessoas viajam nas condições mostradas pelo texto?

Resposta pessoal.

05.  Observe:

“Nininho sou eu.”

a)   Quem é o autor do texto?

Zélia Cavalcanti.

b)   Em que pessoa gramatical o texto está escrito?

Na primeira pessoa do singular.

c)   Quem narra os acontecimentos?

Nininho.

d)   Quem é a principal personagem?

Nininho.

06. Nininho partiu para São Paulo para “se fazer na vida”. Ele conseguiu alcançar esse objetivo? Em que trechos isso fica claro?

Não. “Quando mais o tempo andava [...] desassossegado”; “A cidade grande não me ensinou do trabalho [...] pra roça e pra rio”.

 

07. O que, principalmente, Nininho aprendeu em sua viagem a São Paulo?

Aprendeu a gostar mais ainda de sua terra e que não fora feito para viver na cidade grande.

08. Nininho sentia muito medo na cidade grande. Você costuma sentir medos? Isso impede você de fazer alguma coisa?

Resposta pessoal.

 

 

 

 

 

 

 

POEMA: CORDEL DO PLANETA COLORIDO - JOSÉ PAES DE LIRA - COM GABARITO

 

CORDEL DO PLANETA COLORIDO

                        José Paes de Lira


 A cidade de Serginho

Fica na beira do mar

Lá tem barco, peixe e coco

E areia pra brincar

Na cidade de João

Tem prédio, tem caminhão

E parque pra passear

 

Na cidade de Elvira

Tem bichos, plantas e lua

Raí mora na fazenda

E corre com a pele nua

Já o menino sem nome

Vivendo morrendo de fome

E sua casa é a rua

 

Todos moram no planeta

Numa galáxia crescida

Pendurada no espaço

Uma bola colorida

Água, fogo, terra e ar

Nunca para de rodar

A grande casa da vida

 

                                  (Folha de S.Paulo, 30/11/2002.)

Vieira, Maria das Graças – Ler, entender, criar: Língua portuguesa: 5ª série -manual do professor / São Paulo: Ática, 2005. p. 105/106.

 

Entendendo o texto

01. De que se trata o poema?

Mostra que todos nós moramos no mesmo planeta. 

02. Quantas estrofes e quantos versos tem o Cordel?

Três estrofes e vinte e um versos. 

03. Quem são os personagens?

Serginho, João, Elvira, Raí e o menino sem nome. 

04.  O texto não dá muitas informações sobre Serginho, João, Elvira, Raí e o menino sem nome.

O que diferencia?

O lugar onde eles vivem. 

05.  E o que essas personagens têm em comum e que as iguala?

O fato de viverem no mesmo planeta, a Terra. 

06.  A qual planeta e a qual galáxia o poeta se refere nos dois primeiros versos da terceira estrofe?

Ao planeta Terra, que faz parte da galáxia chamada Via Láctea.

 

 

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

TEXTO: A ORIGEM DO TEATRO - LINDOMAR DA SILVA ARAÚJO - SUJEITO E PREDICADO - COM GABARITO

     TEXTO: A origem do teatro

    O teatro teve sua origem no século VI a.C., na Grécia, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do teatro e da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano, na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região.

      O teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando um participante desse ritual sagrado resolve vestir uma máscara humana, ornada com cachos de uvas, sobe em seu tablado em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem desse ser humano de colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, de fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido, pois um deus era para ser louvado, era um ser intocável. Esse homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental.

      Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade em faz de conta, o ritual em teatro; pela primeira vez, diante de outros, mostrou que poderíamos representar o outro. Esse acontecimento é o marco inicial da ação dramática.

    Paralelos a esse acontecimento sociocultural, vão surgindo os prédios teatrais gregos, que eram construções ao ar livre, formadas em encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas. O prédio teatral grego era formado, basicamente, da seguinte estrutura: arquibancada, orquestra, thumelê, proscênio e palco.

       A arquibancada era feita de pedras e sua utilização pelos cidadãos gregos era democrática, dali todos podiam assistir com a mesma qualidade de visão às tragédias, às comédias e às sátiras. A orquestra era o espaço central circular onde o coro, formado por dançarinos, se apresentava. O thumelê era uma pedra fincada no centro da orquestra destinada às oferendas para o deus Dionísio. O proscênio destinava-se ao corifeu, líder do coro, era o espaço entre o palco e a orquestra, e o palco, construído inicialmente de madeira e mais tarde em pedra, era o espaço destinado à exposição dos cenários e para troca de figurinos e máscaras. Podemos encontrar diferentes vestígios dessa cultura artística em nosso teatro contemporâneo, bastando um estudo aprofundado por diferentes olhares estéticos.

 ARAÚJO, Lindomar da Silva. História do teatro. Disponível em: . Acesso em: 15 nov. 2017

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano p.83/84.

Entendendo o texto

01. Segundo o texto, o teatro grego que hoje conhecemos surgiu de um acontecimento inusitado. Considere o prefixo in-, cujo significado você já conhece, e assinale o sentido que a palavra inusitado apresenta no texto.

a) Que não é comum.

b) Que não é incomum.

c) Que não está dentro da lei.

d) Que está dentro do que é comum.

e) Que está dentro do que é incomum.

02. Explique por que a atitude de Téspis foi considerada inusitada.      Os deuses eram seres intocáveis, assim, quando Téspis colocou-se no lugar deles, todos ficaram espantados com sua coragem, pois alguém fingir ser um deus era algo que nunca havia acontecido, não era comum.

03. Indique o sujeito e o predicado das orações a seguir.

a)   O teatro teve sua origem no século VI a.C.

Sujeito: O teatro.

Predicado: teve sua origem no século VI. a.C.

b)   Essas festas duravam dias seguidos.

 Sujeito: Essas festas.

Predicado: duravam dias seguidos.

c)   Ele transformou o teatro.

Sujeito: Ele.

Predicado: transformou o teatro.

d)   Esse acontecimento é o marco inicial da ação dramática.

Sujeito: Esse acontecimento.

Predicado: é o marco inicial da ação dramática.

e)   O proscênio destinava-se ao líder do coro.

Sujeito: O proscênio.

Predicado: destinava-se ao líder do coro.

f)     Assim, surgiram os prédios teatrais gregos.

Sujeito: os prédios teatrais gregos.

Predicado: Assim, surgiram.