domingo, 12 de setembro de 2021

MÚSICA(ATIVIDADES): SUPERTRABALHADOR - GABRIEL, O PENSADOR - COM GABARITO

 Música(Atividades): Supertrabalhador

                                      Gabriel, O Pensador

Quem trabalha e mata fome não come o pão de ninguém
Mas quem come e não trabalha tá comendo o pão de alguém
Quem trabalha e mata a fome não come o pão de ninguém
Mas quem come e não trabalha tá comendo o pão de alguém
É pra ganhar o pão tem que trabalhar
Missão para os heróis que estão dentro do seu lar
O seu pai, sua mãe, são trabalhadores
São os super-heróis, verdadeiros protetores

A superjornalista, o superdoutor
O supermotorista, o supertrocador
O superguitarrista, o superprodutor
E a superprofessora, é que me ensinou
E o supercarteiro, quê que faz, quê que faz?
Manda carta e manda conta pra mamãe e pro papai
E o supergari, o lixeiro, o quê que faz?
Bota o lixo no lixo que aqui tem lixo demais

Cada um faz o que sabe, cada uma sabe o que faz
Ninguém menos ninguém mais, todo mundo corre atrás
E volta pra casa com saudade do filho
Enfrentando o desafio, desviando do gatilho
Mais uma jornada, adivinha quem chegou?
São as aventuras do supertrabalhador

Sou o supertrabalhador
Alimento minha família com orgulho e amor
Supertrabalhador
São as aventuras do supertrabalhador
Sou o Supertrabalhador
Enfrento os desafios, o perigo que for
Supertrabalhador
São as aventuras do Supertrabalhador
Demorou

Quem trabalha e mata fome não come o pão de ninguém
Mas quem come e não trabalha sempre come o pão de alguém
Quem trabalha e mata a fome não come o pão de ninguém

E pra fazer o pão tem que colher o grão
Separar o joio do trigo na plantação
O superlavrador falou com o agricultor
Que sabe que precisa também do motorista do trator
Na cidade, o engenheiro precisa do pedreiro
Mas pra fazer o prédio tem que desenhar primeiro
O sonho do arquiteto, bonito no projeto, virando concreto
Vai virando o concreto!

Eu sou o supertrabalhador
Alimento minha família com orgulho e amor
Supertrabalhador
São as aventuras do supertrabalhador
Sou o Supertrabalhador
Enfrento os desafios, o perigo que for
Supertrabalhador
São as aventuras do Supertrabalhador
Demorou

Quero ser trabalhador, quem não é um dia quis
Minha mãe sempre falou, quem trabalha é mais feliz
Mas tem que suar pra ganhar o pão
E ainda tem que enfrentar o leão
O leão quer morder nosso pão
Cuidado com o leão, que ele come o nosso pão
O leão quer morder nosso pão
Cuidado com o leão, não dá mole não

Eu sou o supertrabalhador
Alimento minha família com orgulho e amor
Supertrabalhador
São as aventuras do supertrabalhador
Sou o Supertrabalhador
Enfrento os desafios, o perigo que for
Supertrabalhador
São as aventuras do Supertrabalhador
Demorou

Supertrabalhador
Taxista, motoboy, assistente, diretor
Supertrabalhador
Pipoqueiro, pedagogo, poteiro, pesqisador
Supertrabalhador
Ambulante, feirante, astronauta, ilustrador
Supertrabalhador
Comandante, comissário, caixa, vendedor
Supertrabalhador

Cozinheiro, garçom, bibliotecário, escritor
Supertrabalhador
Maquinista, sambista, surfista, historiador
Supertrabalhador
Marceneiro, carpinteiro, ferreiro, minerador
Supertrabalhador
Telefonista, salva-vidas, bombeiro, mergulhador
Supertrabalhador
Para-quedista, arqueólogo, filósofo, pintor
Supertrabalhador
Sapateiro, boiadeiro, farmaucêtico, cantor
Supertrabalhador

Gabriel, o Pensador. Supertrabalhador. In: Gabriel, o Pensador, para crianças. São Paulo: Abril/Moderna, 2007. Disponível em: https://bit.ly/2E52Gsx. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 220-3.

Entendendo a música:

01 – As letras de rap tratam de fatos do cotidiano imediato e apresentam crítica social e protesto sobre alguma situação pela qual passam as pessoas mais pobres da população. Responda: 

a)   A quem se dirige o rap “Supertrabalhador”? Que versos podem justificar sua resposta?

Essa música foi composta para dialogar com crianças. Isso se comprova pelo título do álbum que pode ser encontrado na referência e pelos versos: “O seu pai, sua mãe, são trabalhadores / São os supeer-heróis, verdadeiros protetores”.

b)   De que tema trata esse rap?

Trata da supervalorização dos diferentes trabalhadores, nas variadas profissões.

c)   A maior parte da letra apresenta uma palavra e uma lista de palavras. Que palavras são essas? Por que o compositor faz uso de todas essas palavras?

As palavras são nomes de diversas profissões. Ele faz uso dessas palavras para exaltar todas as profissões.

d)   Como essa lista pode ser recebida pelo ouvinte/leitor?

A ideia é que o ouvinte/leitor identifique a profissão dos pais como digna de super-heróis.

02 – Releia este trecho da letra do rap e responda:

        Quem trabalha e mata fome não come o pão de ninguém
         Mas quem come e não trabalha tá comendo o pão de alguém”

        “É pra ganhar o pão tem que trabalhar
         Missão para os heróis que estão dentro do seu lar”

a)   Que tipo de reflexão esses versos do rap estimulam?

Esses versos valorizam quem trabalha e se alimenta do próprio trabalho, não aqueles que sobrevivem à custa de outras pessoas.

b)   Que valores humanos estão sendo defendidos nessa canção?

Os valores da honestidade e do trabalho.

c)   A quem é dirigida a crítica “Mas quem come e não trabalha tá comendo o pão de alguém”? Explique.

A todas as pessoas que, de forma desonesta, exploram u roubam outras pessoas.

d)   Quem são os heróis a quem se refere o eu lírico? Você concorda com essa ideia? Por quê?

São pais e mães que trabalham para sustentar os filhos. Resposta pessoal do aluno.

e)   Quais são as profissões dos heróis de sua casa?

Resposta pessoal do aluno.

03 – O rap é um gênero musical que tem na palavra cantada sua força, para transmitir uma mensagem ao seu público. Releia a letra da canção, observando os recursos sonoros utilizados, e responda:

a)   Na primeira parte da letra de canção, como são formados os pares de rima?

Ninguém / alguém; trabalhar / lar; trabalhadores / protetores; superdoutor / supertrocador / superprodutor; Ensinou / chegou / demorou; faz / atrás; filho / gatilho; supertrabalhador / amor / for.

b)   Como as rimas se organizam ao longo desse trecho? As rimas são paralelas e/ou alternadas? Explique.

São rimas alternadas, muitas vezes, com muitos versos adiante, e paralelas, uma seguida da outra. A distribuição dessas rimas no texto não tem padronização. É feita aleatoriamente, com a liberdade de expressão própria do rap.

c)   Como o rapper organiza o verso, na parte da lista de profissões, para formar a rima com a palavra “Supertrabalhador”?

Termina o verso com uma profissão com o sufixo –or.

d)   Que efeitos sonoros o recurso da rima produz no rap?

A rima possibilita produzir ritmo e melodia aos versos do rap.

e)   Além da rima, que outro recurso sonoro pode ser percebido nesse rap?

Há acentuação da palavra-chave “supertrabalhador”.

04 – Embora o eu lírico apresente uma longa lista de profissões, destaca algumas na primeira parte da música.

a)   Como essas profissões são apresentadas? Que sentido é produzido?

Apresenta as profissões de superjornalista, superdoutor, supermotorista, supertrocador, superguitarrista, superprodutor, superprofessora, supercarteiro, supergari. Todas essas profissões são apresentadas com o prefixo “super”, que indica qualidades superiores a esses trabalhadores.

b)   Como são descritas as profissões de professor, carteiro e gari?

A professora que o ensinou; o carteiro que manda carta e conta para os pais; o gari coloca o lixo no lixo.

05 – Releia os versos:

        Cada um faz o que sabe, cada uma sabe o que faz
         Ninguém menos ninguém mais, todo mundo corre atrás
         E volta pra casa com saudade do filho
         Enfrentando o desafio, desviando do gatilho
         Mais uma jornada, adivinha quem chegou?
         São as aventuras do supertrabalhador.”

a)   Quem é o supertrabalhador? Explique.

Para o eu lírico, o supertrabalhador é aquele que sai para trabalhar e volta para casa passando por várias dificuldades e perigos.

b)   Qual é o argumento defendido pelo eu lírico sobre as profissões? Explique.

Todas as profissões são especiais, sem distinção, pois cada pessoa faz o que sabe e ninguém é inferior ao outro.

c)   Em sua opinião, o que esse argumento pode ensinar aos jovens que estão escolhendo uma profissão? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

ENTREVISTA: CRISE POLÍTICA E FRAGILIDADE DAS INSTITUIÇÕES AGRAVAM A VIOLÊNCIA - RICARDO MACHADO - COM GABARITO

 Entrevista: Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno

 Por: Ricardo Machado | Edição: Vitor Necchi | 10 Março 2018

         Não há respostas simples para explicar a gênese da violência no Brasil, entende o cientista social Sérgio Adorno. “As raízes devem ser buscadas na colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação. No entanto, convém lembrar que a condenação da violência, em suas múltiplas formas, é um fenômeno moderno”, afirma.

        [...]

        Ainda não há consenso entre pesquisadores acerca do que sejam sociedades seguras. “Muitos de nós sustentam que, naquelas sociedades onde são menores as desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar lei e ordem, as taxas de crimes, especialmente os violentos, são menores e não constituem uma preocupação exacerbada na agenda pública”, explica Adorno em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line.

        Confira a entrevista.

        IHU On-Line – Quais são as raízes da violência no Brasil?

        Sérgio Adorno – Não há respostas simples. As raízes devem ser buscadas na colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação. No entanto, convém lembrar que a condenação da violência, em suas múltiplas formas, é um fenômeno moderno. No passado, seu emprego não era objeto de censura. Na era colonial, a propriedade da terra, fonte de poder e mando, se estendia a tudo o que gravitava em torno do patrimônio e de sua organização social – o patrimonialismo, inclusive o corpo das mulheres, dos escravos e das crianças. Tudo era concebido como uma espécie de extensão do poder senhorial.

        No mesmo sentido, empregar violência desmedida para extinguir inimigos, opositores políticos ou movimentos de protesto coletivo era recurso de poder legítimo. Ainda que saibamos que o presente não é mera repetição do passado, traços dessa cultura que associa violência – como se legítima fosse – ao poder social e político se atualizaram na cultura política brasileira, ao longo da história, concorrendo com a cultura política democrática que justamente apela para a tolerância, para o respeito às diferenças.

        IHU On-Line – Como compreender o signo da violência na sociedade contemporânea? Que dimensões – sutis e grotescas – estão em jogo?

        Sérgio Adorno – [...] No curso histórico, o Estado moderno é justamente a comunidade política que detém o monopólio legítimo do poder coercitivo, o que significa deter o monopólio das forças armadas e policiais, o monopólio da aplicação das leis – em especial as penais – e o monopólio fiscal. Pois bem, mais recentemente historiadores e sociólogos estão identificando, nas sociedades contemporâneas, um processo descivilizatório, marcado pela ruptura das regras de cortesia nas relações interpessoais – de que os xingamentos públicos de uns em relação aos outros e as agressões às identidades coletivas e pessoais são alguns dos sintomas mais notórios – e pelo enfraquecimento do Estado-nação por força do processo de globalização.

        [...]

        IHU On-Line – Por que a violência é algo que divide as pessoas? Como essa dinâmica reforça os processos de desigualdade?

        Sérgio Adorno – Ainda não há um consenso, entre pesquisadores e especialistas, em que de fato consistem sociedades seguras. Muitos de nós sustentam que, naquelas sociedades onde são menores as desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar lei e ordem, as taxas de crimes, especialmente os violentos, são menores e não constituem uma preocupação exacerbada na agenda pública.

        [...] Quando alguns grupos sociais se sentem mais seguros do que outros porque são preferencialmente beneficiários da proteção estatal, temos um cenário de divisão.

        Exemplos são muitos. Por exemplo, veja a distribuição das taxas de homicídios entre os bairros de um município determinado. Nos bairros onde habitam preferencialmente cidadãos e cidadãs procedentes dos estratos médios e altos das hierarquias sociais, as taxas estão quase sempre abaixo da média local, regional ou nacional. O mesmo não ocorre nos bairros onde se concentram aqueles procedentes dos estratos socioeconômicos de baixa renda. Paradoxalmente, naqueles bairros de classes médias e altas, o medo do crime é exacerbado, e frequentemente os pobres são acusados de responsáveis pelos crimes e pela insegurança em geral. Nos bairros onde os pobres predominam, é comum observarmos a naturalização das mortes, como se fossem uma espécie de destino a ser cumprido.

        [...]

        IHU On-Line – A crise política e a fragilidade das instituições políticas agravam o problema da violência?

        Sérgio Adorno – Sim, seguramente. Principalmente quando desorganizam os serviços públicos, geram incertezas entre profissionais competentes e responsáveis e impedem alocação de recursos, modernização de equipamentos e de infraestrutura em geral. O resultado é sempre o enfraquecimento do poder institucional e o apelo, mais e mais, a medidas extralegais, à violência abusiva e a precipitação de medidas como a intervenção federal no Rio de Janeiro.

        IHU On-Line – Como a defesa intransigente da vida, como direito fundamental a todos os seres, independentemente da condição socioeconômica, conforma um paradigma capaz de reorganizar as dinâmicas da violência?

        Sérgio Adorno – Infelizmente, não se logrou ainda um consenso, mínimo que seja, a respeito de valores que não podem ser transgredidos, não importa em nome do quê. A vida, por exemplo. Temos visto, não apenas no campo da segurança pública, uma certa atitude de desprezo pela vida dos mais pobres, daqueles não alcançados pelas políticas públicas sociais distributivas. É como se aceitássemos, de bom grado, que uns devem morrer para que os “mais competentes” possam sobreviver. Questão indicativa de uma espécie de anestesia moral que se manifesta em alguns grupos socialmente privilegiados e que não revelam empatia e sequer compaixão com a vida e o destino social de milhares de famílias com seus filhos que, lamentavelmente, repetirão a trajetória trágica de seus pais.

        É preciso mudar esse cenário, transformar mentalidades, reconstruir princípios de vida associativa e cooperativa que ultrapassam as clivagens socioeconômicas, as desigualdades de poder. Trata-se de uma tarefa confiada às escolas e às universidades, aos formadores de opinião, aos gestores de redes sociais, aos governantes e políticos profissionais identificados com o bem comum, capazes de oferecer às próximas gerações uma qualidade de vida e de democracia superior.

MACHADO, Ricardo. Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno. Revista Humanitas Unisinos On-line, Rio Grande do Sul, 10 mar. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2ScFJXu. Acesso em: 24 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 131-4.

Entendendo a entrevista:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Alocação: destinação (referente à economia); uso para tratar de destinação de dinheiro.

·        Clivagem: Divisão ou oposição existente entre grupos sociais ou étnicos (Sociologia).

·        Coercitivo: que reprime.

·        Descivilizatório: tornando(-se) bárbaro, bruto, selvagem.

·        Estrato: cada uma das camadas sociais mais ou menos segregadas entre si em decorrência de suas diferenças.

·        Extralegal: tudo que não é disciplinado por lei.

·        Gênese: origem.

·        Instituição política: estrutura política, estabelecida por lei, que rege os poderes Executivo e Legislativo.

·        Monopólio: controle exclusivo de toda ou de quase toda atividade.

·        Paradoxalmente: contraditoriamente.

02 – Releia o título da reportagem:

        Crise política e fragilidade das instituições agravam a violência. Entrevista especial com Sérgio Adorno.”

a)   Como o título da reportagem foi produzido?

Foi produzido com uma paráfrase de uma fala do entrevistado.

b)   O que o título antecipa em relação à entrevista?

Duas das causas que agravaram a violência.

03 – No primeiro parágrafo da reportagem, é feita a apresentação e a contextualização do entrevistado. Responda:

a)   Quem é o entrevistado?

O professor Sérgio Adorno.

b)   Por que ele foi convidado pela Revista Instituto Humanitas Unisinos On-line para ser entrevistado?

Porque é especialista em estudos sobre violência.

c)   Qual a relevância da análise do entrevistado sobre a violência no Brasil? Que fatos originaram essa entrevista?

A relevância da entrevista é compreender como se origina a violência, tendo em vista que há uma escalada em todo o país, com o agravante no Rio de Janeiro, que culminou na intervenção militar.

04 – Durante a entrevista, o pesquisador apresentou uma tese sobre a origem da violência no Brasil. Responda:

a)   Segundo o entrevistado, quais são as raízes da violência no Brasil? Explique.

As raízes vem desde a colonização e em seus modos cruéis e rudes de dominação, incorporando valores à cultura até os dias de hoje, embora o mundo não valide mais a violência para tomar o poder de terras.

b)   O que o contexto histórico da criação da nação brasileira revela sobre a herança cultural da violência no Brasil?

Os colonizadores, quando chegaram ao Brasil, usaram métodos cruéis de dominação. Na era colonial, a propriedade da terra era conseguida extinguindo inimigos, opositores políticos ou movimentos de protesto coletivo. Tudo isso era visto como um recurso de poder legítimo. Esses traços de violência se arraigaram na cultura brasileira.

05 – Por que o autor e outros pesquisadores defendem que estamos vivendo um processo descivilizatótio? O que isso significa na prática?

      O processo descivilizatório é marcado pela ruptura das regras de cortesia nas relações interpessoais. Na prática, isso se revela com as ofensas nas redes sociais, por exemplo, a intolerância no trânsito ou a agressão física porque a pessoa pensa diferente ou é de outra etnia ou orientação sexual.

06 – De acordo com o entrevistador, a dinâmica da violência reforça desigualdades sociais. Responda:

a)   Como são as sociedades mais seguras de acordo com muitos pesquisadores?

São aquelas em que há menos desigualdades sociais e há maior solidez institucional e reconhecimento das autoridades encarregadas de aplicar a lei e a ordem. Nesses países, as taxas de homicídio são menores ou quase inexistentes.

b)   Qual exemplo é dado para mostrar que a desigualdade social e os números de violência caminham lado a lado?

Nos bairros em que habitam pessoas de classes alta e média-alta, as taxas de violência estão sempre abaixo da média local, regional ou nacional. Em contrapartida, nos bairros em que se concentram as classes mais pobres, o índice de violência é quase sempre mais alto que a média.

c)   Por que há maior percepção da violência entre pessoas que vivem em bairros menos violentos que aquelas de lugares com as taxas mais altas?

Nos bairros de classes média e alta, o medo do crime é exacerbado e frequentemente os pobres são acusados de serem responsáveis pelos crimes e pela insegurança em geral. Nos bairros mais pobres, há uma naturalização das mortes, e a percepção da violência é menor.

07 – A entrevista é um gênero textual do campo jornalístico/midiático cuja composição é apresentação, contextualização do entrevistado e do tema, pergunta e resposta. Responda:

a)   Releia o primeiro parágrafo. É feita a apresentação do tema ou do entrevistado? O que essa escolha revela sobre o enfoque dado pela Revista IHU nessa entrevista?

Sim, é feita a apresentação do tema e do entrevistado. Essa escolha revela o enfoque da Revista IHU em discutir temas, não o currículo das pessoas, e apresentar a posição assumida sobre determinadas questões.

b)   Na contextualização do entrevistado, qual enfoque é dado à sua biografia?

É dado o enfoque sobre o trabalho feito pelo entrevistado no Núcleo de estudos da Violência (NEV).

c)   Como o tema é apresentado? No texto, estabelece-se relação com o currículo do entrevistado?

O tema é apresentado com trechos da fala de Sérgio Adorno sobre violência. Além disso, o texto estabelece relação com o currículo do entrevistado, que é referência em estudos sobre violência.

d)   Na parte da entrevista, o enfoque encontra-se mais na pergunta ou na resposta? Que papéis são alternados entre entrevistador e entrevistado? Explique.

O enfoque encontra-se mais na resposta. Isso porque o papel do entrevistador é perguntar o que for pertinente para informar o leitor, e o do entrevistado, fornecer resposta integral àquilo que foi perguntado.

08 – Releia a entrevista, observando a distribuição dos tempos verbais no texto. Responda:

a)   Em quais situações do texto os verbos são apresentados no presente do indicativo? Que efeito de sentido é produzido com esse uso?

O texto apresenta-se predominantemente no presente do indicativo. Esse uso produz efeito de atualidade às informações e aos argumentos apresentados.

b)   Em quais situações do texto os verbos são apresentados no pretérito perfeito? Que efeito de sentido é produzido com esse uso?

Na parte da entrevista, em que o entrevistado aborda o contexto histórico que ele trata sobre a gênese da violência. O efeito produzido foi retomar ações passadas e relacioná-las com o presente, tendo em vista que, em seguida, volta-se a usar o presente do indicativo.

 

 

 

TIRINHA: NÍQUEL NÁUSEA AMOR - FERNANDO GONSALEZ - COM GABARITO

 Tirinha: Níquel Náusea amor

 Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPplU_x8tdsIStIMe-JmOZrVJJJDAaS2A9ov2ZYC3HUasO5XiOQUuPvH4khP1dNqe4ZQ_tQJwAwC5Uqn2KYSpF4CiSm1eGdkDqAGOxzjaeRw8S8ozOoLCiR6mdzKyFbn0n66rlVZMNanA/s345/NIQUEL.jpg 





Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 167.

Entendendo a tirinha:

01 – O que provoca humor nessa tirinha?

      A suposição de uma das personagens a respeito de sua diferença em relação ao companheiro. O autor se aproveita da diferença existente entre dois pontos de vista para criar humor.

02 – Qual é a função da palavra “mesmo” no segundo quadrinho: adjetivo, advérbio ou conjunção? Como você chegou a essa conclusão?

      A função da palavra “mesmo” é ligar as orações no segundo quadrinho, significando “apesar de”, “embora”. Está sendo empregada na função de conjunção.

03 – A palavra “mesmo” inicia um pensamento que se soma ou que se opõe à ideia da oração anterior?

      Inicia um pensamento que se opõe à ideia anterior.

04 – “Mesmo” faz parte de uma oração dependente ou independente da anterior? Ela pertence a uma oração coordenada ou subordinada? Justifique sua resposta.

      Oração dependente da principal “Vamos casar”. Portanto, é subordinada a essa principal.

05 – Por que chamamos a oração iniciada pela palavra “mesmo” subordinada adverbial concessiva?

      Pelo fato de expressar uma ideia contrária àquela expressa na oração principal, mas incapaz de impedir que tal ideia se concretize.

06 – Transcreva o período composto do segundo quadrinho. Reescreva-o começando com a oração subordinada.

a)   Houve alguma alteração de sentido fazendo isso?

Mesmo você sendo branco de listras pretas e eu preta de listras brancas, vamos casar.

b)   Você precisou fazer alguma mudança na pontuação? Por quê?

Sim, colocar uma vírgula no fim da oração subordinada para marcar o deslocamento dessa oração com valor de adjunto adverbial, separando-a da oração principal

TIRINHA: MAFALDA POBREZA - QUINO - COM GABARITO

 Tirinha: Mafalda pobreza

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QUINO. Toda Mafalda: da primeira à última tira. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 166.

Entendendo a tirinha:

01 – Faça a descrição da fisionomia da personagem Mafalda nos quatro quadrinhos da tirinha, relacionando o semblante da menina ao seu estado emocional.

      No primeiro quadrinho, Mafalda se mostra curiosa ao se deparar com o homem sentado na esquina, que se assemelha a um mendigo; no segundo, seu semblante e as palavras denotam tristeza diante da pobreza; no terceiro, mostra-se indignada perante as coisas que são negadas aos pobres; no quarto, o semblante da menina revela surpresa em relação ao que a personagem Susanita diz.

02 – O que surpreende Mafalda na fala de Susanita?

      A solução que Susanita apresenta para a pobreza.

03 – Essa fala expressa preconceito por parte da personagem Susanita?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – O tema do texto é a situação dos moradores de rua. Em relação a esse problema social, apresentam-se duas posições distintas. Identifique-as:

      Pessoas que passam as noites dormindo nas ruas, sob marquises, em praças, embaixo de viadutos e pontes são consideradas pessoas em situação de rua.

      Os “moradores de rua” são um grupo heterogêneo, isto é, pessoas que vêm de diferentes vivências e que estão nessa situação pelas mais variadas razões.

05 – Assinale a expressão que remete a elemento pertencente ao universo fora do texto:

a)   Um pobre.

b)   Coração apertado.

c)   Deviam dar.

d)   Bem-estar.

06 – Encontra-se registro da informalidade em:

a)   “Quando eu vejo um pobre […]”.

b)   “[…] fico com o coração apertado!”.

c)   “Pra que tudo isso?”.

d)   “Era só escondê-los!”.

07 – Transcreva a fala em que se percebe a omissão de uma continuidade oracional. Em seguida, cite-a:

     Fala: “Eu também”. Omissão: “fico com o coração apertado, quando vejo um pobre”.

08 – Em “Era só escondê-los!”, o pronome junto à forma verbal, grifado, substitui, considerando-se o contexto.

      Em “Era só escondê-los!”, o pronome junto à forma verbal, grifado, substitui, considerando-se o contexto: os pobres.

09 – Em sua opinião, essa tirinha é mais engraçada ou mais irônica?

      Resposta pessoal do aluno.

10 – Separe as orações que compõem a fala da personagem Mafalda no segundo quadrinho, classifique-as e explique o sentido que a conjunção subordinativa expressa nesse período. Veja:

        “Quando eu vejo um pobre, fico com o coração apertado!”

      Oração principal: [...] fico com o coração apertado!

      Oração subordinada adverbial temporal: Quando eu vejo um pobre [...]. Nesse período, a conjunção “quando” expressa temporalidade.

TIRINHA: ARMANDINHO TIJOLINHO - ALEXANDRE BECK - COM GABARITO

 Tirinha: Armandinho tijolinho


 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir2fSbXkcWowAjCNDs7gcdABxD9Nt_TT9XQrxwDX7OphCcxAXn5FJ5SLlyT7tM7dFncdLAqyaLEDq6VTyoYHE9KtXUbHpnpjcQY1XQ4d_EF95aX2-uY-fJGC3WeuNR36HRzDMpoU2Qijk/s273/tijolinho.jpg 


BECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em:
https://bit.ly/2rlTTnw. Acesso em: 24 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 137-8.

Entendendo a tirinha:

01 – Que sentido você infere nas falas “podemos construir os maiores muros!” e “podemos construir pontes!” dos personagens, nos dois últimos quadrinhos?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: As falas dos personagens são opostas, sendo possível inferir que a construção de muros, embora sirva de proteção, significa também limites, barreiras que se colocam entre as pessoas, distanciando-as umas das outras; já a expressão “construir pontes” pode significar elo, meio de ligação entre as pessoas para diminuir as distâncias e aproxima-las.

02 – De que modo essa tirinha conversa com o texto “Paz social”, de Gilberto Dimenstein, quando ele afirma que “paz é não ter medo de sequestradores. É nunca desejar comprar uma arma para se defender ou querer se refugiar em Miami”?

      A expressão “[...] construir os maiores muros!” pode estar associada a uma estratégia que muitas pessoas usam por pensarem que, construindo muros altos em suas casas, estarão mais seguras, protegidas contra a violência e menos expostas a sequestros, a roubos e a outros crimes.

03 – Como podem ser interpretados os dois primeiros quadrinhos se suprimirmos a fala de Armandinho e considerarmos apenas a fala da menina, transcrita a seguir, de modo que passem uma ideia positiva? Veja:

        “Pode parecer pouco, mas de tijolinho em tijolinho podemos construir os maiores muros!”

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Quantas orações compõem o período que constitui essa fala?

      Duas orações.

05 – Como podemos classifica-lo: composto por coordenação, composto por subordinação ou composto por coordenação e subordinação (período misto)?

      Composto por coordenação.

06 – A conjunção mas estabelece que tipo de relação entre as orações “Pode parecer pouco” e “mas de tijolinho em tijolinho podemos construir os maiores muros”?

      Relação de oposição, contraste.