domingo, 11 de março de 2018

TEXTO: DIA DE PÁSCOA - SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS DA PÁSCOA - MENSAGEM DA PÁSCOA


Texto: Dia de Páscoa                                     
                 
                                    
        Próximo Páscoa 1 de Abril de 2018 (Domingo).
     A Páscoa é uma celebração cristã comemorada anualmente ao domingo, conhecido como Domingo de Páscoa. Em 2018, o Domingo de Páscoa será em 1º de abril.
      A palavra Páscoa deriva do termo hebraico Pessach, que significa “passagem”, uma referência ao episódio da libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio, narrado no Velho Testamento da Bíblia Sagrada.
        A Páscoa é considerada uma das mais importantes festas cristãs, pois celebra a ressurreição de Jesus Cristo.
        É uma festa móvel, ou seja, a data de comemoração varia dependendo do ano. Porém, por norma, costuma acontecer entre os dias 22 de março e 25 de abril.
    A Páscoa marca o fim da chamada Semana Santa, composta pelo Domingo de Ramos, a Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão (que marca a morte de Cristo na cruz), e o Sábado de Aleluia (a vigília dos fiéis a espera pela ressurreição do Messias).
Saiba mais também sobre a Semana Santa.
Atualmente, a Páscoa é rodeada por diversos símbolos que caracterizam esta celebração e que são reconhecidos no mundo todo, tais como:
  • Coelho da Páscoa;
  • Ovos de Páscoa feitos de chocolate;
  • Cruz da ressurreição;
  • Cordeiro;
  • Pão e o vinho;
  • Círio pascal;
Significado dos Símbolos da Páscoa.
               O que são os Símbolos da Páscoa:
       Os Símbolos da Páscoa são representações que fazem parte dos rituais da Semana Santa.
        A Páscoa é uma festividade importante para os cristãos, pois celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo, um episódio bíblico interpretado como a passagem para novos tempos e novas esperanças para a humanidade.
        A Páscoa é comemorada em data móvel, sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril.
        A Páscoa para os judeus - Pessach (“passar além”, na tradução do hebraico) é comemorada pela conquista da liberdade pelos hebreus, que viviam como escravos no Egito, simbolizando o retorno à vida digna.

        Essa libertação coincidiu com o início da primavera, assim fundiram-se numa só festa, a renovação da natureza e o renascimento de Israel, como eram chamados os hebreus.
        Os rituais que precedem a Semana Santa começam 40 dias antes da Páscoa, período conhecido por "Quaresma" - quando os cristãos se dedicam à penitencia do jejum, para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e também o sofrimento que ele suportou na crucificação.
        A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, onde a estrada era enfeitada com folhas da palmeira.
        A Sexta Feira é o dia da celebração da morte de Jesus na Cruz. O Sábado de Aleluia é o dia da celebração da missa da meia noite, na passagem para o Domingo da Ressurreição.
        No domingo é celebrada a Páscoa - o Domingo de Páscoa, o dia da Ressurreição de Jesus e sua primeira aparição para seus discípulos.
        Durante a Semana Santa, vários símbolos fazem parte do ritual das comemorações, entre eles:

Os ramos de palmeira
        A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas de palmeira, para comemorar sua chegada.
        Atualmente, as folhas de palmeiras são usadas na decoração das Igrejas durante as comemorações da Semana Santa, como um sinal de “boas-vindas a Cristo”.
  • Cordeiro
        Este é um dos símbolos mais antigos da Páscoa, lembrando a aliança que Deus teria feito com o povo judeu no Antigo Testamento.
        Naquela época, a Páscoa era celebrada com o sacrifício de um cordeiro.
        Para os cristãos, Jesus Cristo é o “cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo”.
Círio Pascal

        O Círio Pascal é uma grande vela, decorada com as letras gregas alfa e ômega, que significam “início” e “fim”, respectivamente, e usada durante as missas da Semana Santa.
        Durante a Vigília Pascal é inserido na vela os cinco pontos das chagas de Cristo na cruz.
        É acesa no Sábado de Aleluia e sua Luz representa a Ressurreição de Cristo.
O Peixe
        O peixe é um símbolo trazido dos apóstolos que eram pescadores.
        É um símbolo de vida, usado pelos primeiros cristãos, no acróstico IXTUS - peixe em grego. 
        As letras são as iniciais de
        "Iesus Xristos Theos Huios, Sopter", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador".
        Faz parte do ritual da Semana Santa comer peixe na Sexta Feira Santa, para lembrar o ritual dos 40 dias de jejum de carne, seguidos pelos cristãos durante a Quaresma.

Ovo de Páscoa
        Por representar o nascimento e a vida, presentear com ovos era um costume antigo entre os povos do Mediterrâneo.
            Durante as festividades para comemorar o início da primavera e a época de plantio, os ovos eram cozidos, pintados e presenteados, para representar a fertilidade e a vida.
        O costume passou a ser seguido durante as festividades dos cristãos, onde eram pintados com imagens de Jesus e Maria, representando simbolicamente o nascimento do Messias.
       Muitas culturas mantêm até hoje esse costume. No mundo moderno, o ovo fabricado com chocolate virou uma tradição de presente no Domingo de Páscoa.

        Coelho de Páscoa
        O coelho de Páscoa tornou-se o símbolo da fertilidade e da vida, devido a particularidade deste animal de se reproduzir em grandes ninhadas.
        Está relacionado com a Páscoa por representar a esperança de vida na Ressurreição de Jesus Cristo.
        Vários povos da antiguidade já consideravam o coelho como símbolo da fertilidade, pois com a chegada da primavera, eram os primeiros animais a saírem de suas tocas.
        Com o passar dos tempos, os coelhinhos de chocolate entraram para os costumes das festividades da Semana da Páscoa.
        Assim como os ovos de chocolate, os coelhinhos viraram tradição de presente no Domingo de Páscoa.

  Mensagem de Páscoa

        Nesta Páscoa não quero chocolate, quero as bênçãos e promessas de dias melhores para todos os que estão necessitando, seja de amor ou de um pouco mais de esperança em suas vidas! Feliz Páscoa para todos!
        O Coelhinho da Páscoa está muito ocupado, então me pediu para te dar um recado: dias melhores virão e serão tão doces e gostosos como os chocolates que trago comigo! Feliz Páscoa!
        Que a Páscoa de toda a sua família seja abençoada! Feliz Páscoa!
        Jesus morreu na cruz para nos salvar… Neste dia especial, antes de correr atrás dos “ovinhos de chocolate”, reúna a sua família e agradeça Aquele que se sacrificou pela felicidade de toda a humanidade! Feliz Páscoa, meus amigos!

Origem da Páscoa Cristã

        De acordo com a bíblia cristã, depois de ser crucificado e morrer na cruz, o corpo de Jesus Cristo foi colocado em um sepulcro, onde permaneceu por três dias até a sua ressurreição.
        Para os cristãos, a ressurreição de Cristo consiste no verdadeiro significado da Páscoa, pois foi um momento considerado como um “ritual de passagem". Quando tudo isso aconteceu, os judeus estavam comemorando a tradicional Páscoa judaica.

Páscoa Judaica

        A Páscoa também é celebrada pela religião judaica, durante 8 dias, onde se comemora o êxodo dos israelitas no Egito, da escravidão para a liberdade, e também é um ritual de passagem. Originalmente, a Páscoa judaica é conhecida por Pessach.
        A história da primeira Páscoa celebrada pelos judeus pode ser lida no livro de Êxodo, capítulo 12, na Velho Testamento da Bíblia.


sábado, 10 de março de 2018

FILME: TEMPOS MODERNOS - CHARLES CHAPLIN - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


FILME: TEMPOS MODERNOS

Dicas e sugestões de atividades pedagógicas para o uso do filme em sala de aula.

Tempos Modernos
Ficha técnica do filme                                   Título original: Modern Times 
Gênero: Comédia                                            Duração: 1h27min 
Ano de lançamento: 1936        
Estúdio United Artists/Charles Chaplin Productions 
Distribuidora: United Artists         
Direção: Charles Chaplin 
Roteiro: Charles Chaplin            
Produção: Charles Chaplin 
Música: Charles Chaplin            
Fotografia: Ira H. Morgan e Roland Totheroh

Sinopse

        Um clássico da sétima arte que aborda de forma cômica a mecanização da mão de obra, o capitalismo dos anos 30 e a desigualdade social.
        A revolução industrial é retratada em um ambiente de uma fábrica com engrenagens gigantes que opera com processos de linha de montagem, baseado no modelo fordiano.
        Há uma crítica à desigualdade social, em que ficam claramente explícitas as diferentes realidades da burguesia e do proletariado.
        Ácido, porém engraçado, o filme é atemporal, profundo e confirma a genialidade de um dos maiores ícones do cinema mundial.

Crítica do filme

        “O filme é repleto de informações e situações para serem analisadas. Porém, dadas as características técnicas (preto e branco e mudo), pode ser entediante para os alunos.
         O melhor modo de assistir, em minha humilde opinião, é dividindo em duas etapas. A primeira visando a análise do modelo de trabalho proposto da época da revolução industrial, com a mecanização que promoveu o desemprego, a grande depressão vivida nos EUA, os movimentos sociais dos trabalhadores e em um segundo momento a crítica à desigualdade social.”

Entendendo o filme:
01 – Qual é o tema central do filme?
      Revolução Industrial, expondo de forma clara e objetiva como tudo aconteceu, a grande evolução que ocorreu na sociedade, as mudanças ligadas ao desenvolvimento da tecnologia, a substituição do homem pela máquina, retrata também o que isso causou no ver da sociedade e as manifestações, greves que se propuseram à fazer.

02 – Quais as ameaças impostas pela vida moderna as quais o personagem de Charlie Chaplin fica exposto?
      Ficou exposto a perder o valor como trabalhador por uma máquina, a sua desvalorização na Indústria, pois com a ideia de uma forma nova e mais eficiente de trabalho, já não seria mais necessário efetuar seus serviços, porém ainda trabalhava, mas, o rendimento econômico próprio se perdia.

03 – O homem ainda é dominador ou será que as máquinas estão em processo de igualdade?
      Com certeza as máquinas entraram em processo de igualdade, desde da revolução industrial até hoje em dia o trabalho do homem já não mais tão procurado como fora no início dos tempos.

04 – Como é retratada a classe trabalhadora no filme?
        No início é retratada como a grande maioria, mas depois com o surgimento de novas formas de trabalho, muito mais acessíveis, essa grande maioria foi reduzida e passou a ser desvalorizada, justamente por não precisar mais de tanto trabalho artesanal e sim manual.

05 – Qual o sistema de trabalho é caracterizado e criticado no filme?
        A divisão do trabalho após a substituição quase total do homem por uma máquina, mais ágil e moderna, sendo assim a mudança do artesanato para o mecanizado.

06 – Na sua concepção os personagens caminham para onde?
       Como no final Charlie incentiva a mocinha a não parar de lutar pelo seus direitos, acredito que à partir dali, seguem o rumo para uma nova cidade/estado/país ou um vilarejo qualquer, onde possam reconstruir sua vida de uma forma digna e renegar a ideia de substituição total do seu trabalho por uma máquina, expondo dessa maneira à todos, não somente aos donos das máquinas e indústrias, que o homem com seu trabalho individual e artístico também é capaz de dar lucro, porque afinal a base para essa evolução não foi assim.

Sugestões pedagógicas

01) Contextualização.
        Para a perfeita compreensão do filme, é necessário contextualizá-lo com os alunos. Época da filmagem X contexto social X condições técnicas de filmagem. 

02) Depressão econômica de 1929.
        O filme mostra a vida urbana dos Estados Unidos após a grande depressão econômica de 1929. É possível abordar as consequências sociais que tal crise provocou: desemprego, fome, aumento dos índices de violência.

03) Impacto da revolução industrial.
        É possível retratar o impacto da revolução industrial com seus processos mecânicos que otimizaram a produção e os lucros, mas promoveram igualmente o desemprego.
        Enfoque a cena em que Chaplin fica parafusando as coisas, mesmo em horário de descanso e quando "parafusa" os botões da saia da secretária, e a cena antológica em que ele é "engolido" pelas engrenagens da fábrica.

04) Substituição homem x máquina.
        Questione os seus alunos se esta substituição do homem pela máquina ainda acontece nos dias atuais e como isso acontece.

05) A Televisão.
        Em alguns momentos, o diretor da empresa se comunica por uma tela de TV. Converse com seus alunos sobre esse tipo de liderança e também faça um link com a apologia à TV (leia-se consumo) que os jovens e crianças vivem todos os dias.

06) A Tecnologia.
        Uma temática bem atual, as tecnologias contemporâneas, pode ser abordada por meio da análise da máquina de refeições. Coisas simples devem ser substituídas por recursos tecnológicos? Onde a tecnologia é necessária?
        Exemplo: em uma sala de escritório trabalham 10 funcionários. Eles usam o MSN para convidarem uns aos outros para tomar um cafezinho... Não seria mais fácil falar com o colega ou ir até a mesa dele?

07) Movimentos sociais.
        Promova uma análise dos movimentos sociais dos trabalhadores como greves e passeatas. Analise com os alunos a prisão injusta de Chaplin por estar apenas segurando a bandeira do manifesto. Como estes movimentos sociais são vistos pela sociedade contemporânea?

08) Questionamento.
        Questione seu grupo: por que Chaplin insiste em voltar para cadeia?

09) Ideia de prosperidade.
        Depois que encontra a jovem órfã, a vida do personagem ganha novo sentido. Qual a ideia de prosperidade que ele manifesta?

10) Diferenças sociais.
        O emprego de Chaplin na loja de departamentos mostra claramente as diferenças sociais. Converse com seus alunos sobre como isso é mostrado e que outras situações do filme também abordam a mesma temática.



MÚSICA: O MUNDO - NEY MATOGROSSO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Música: O Mundo
                                          Ney Matogrosso
O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé milanesa
Tem coreano, japonês, japonesa
O mundo é uma salada russa,
Tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
O açúcar é doce, o sal é salgado
O mundo, caquinho de vidro
Tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente

Por que você me trata mal, se eu te trato bem?
Por que você me faz o mal, se eu só te faço o bem?

Todos somos filhos de Deus, só não falamos a mesma língua!

Entendendo a canção:

01 – Que tema é abordado nesta canção?
      A multiculturalidade de uma nação.

02 – Na letra da canção percebemos que linguagem é usada? Cite um verso.
      A linguagem é informal. “O mundo é pequeno pra caramba.”

03 – Que comidas são citadas?
      Filé milanesa, salada russa e esfiha de carne.

04 – Que nomes de países aparece na canção?
      Pérsia, Prússia, Zâmbia, Zaire e China.

05 – No verso: “O mundo é vermelho na China”.
Por que o autor disse isto sobre a China?
      Porque na China vermelho significa fortuna, alegria, bom, brilhante.
      A influência do vermelho é tão forte que as noivas costumam usar vermelho.

06 – Que significa o verso: “O mundo tá muito doente.”
      Significa que a doença somos nós quando fingimos achar normal comportamentos arrogantes, depreciativos ou abusivos. Essa coisa se alastra feito viroses ainda não catalogadas.

07 – Para finalizar a canção o autor diz: “Todos somos filhos de Deus, só não falamos a mesma língua!” Que podemos entender?
      Se realmente pensássemos assim e seguíssemos a máxima de JESUS, “Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo” todos perceberiam que somos irmãos, filhos de Deus.





POEMA: MEMÓRIA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

POEMA: MEMÓRIA
                Carlos Drummond de Andrade

Amar o perdido
Deixa confundido
Este coração.


Nada pode o olvido
Contra o sem sentido
Apelo do Não.

As coisas tangíveis
Tornam-se insensíveis
À palma da mão.

Mas as coisas findas,
Muito mais que lindas,
Essas ficarão.
                            ANDRADE, Carlos Drummond de, “Claro Enigma”,
                                                             Rio de Janeiro: Record, 1991.

Entendendo o poema:
01 – Sobre esse poema, é correto dizer que:
     A)   A passagem do tempo acaba por apagar da memória praticamente todas as lembranças humanas; quase nada permanece.
     B)   A memória de cada pessoa é marcada exclusivamente por aqueles fatos de grande impacto emocional; tudo o mais se perde.
     C)   A passagem do tempo apaga muitas coisas, mas a memória afetiva registra as coisas que emocionalmente tem importância; essas permanecem.
     D)   A passagem do tempo atinge as lembranças humanas da mesma forma que envelhece e destrói o mundo material; nada permanece.
     E)   O homem não tem alternativa contra a passagem do tempo, pois o tempo apaga tudo; a memória nada pode; tudo se perde.

     02 - Uma das características da poesia de Drummond é que ela passa por diversas fases, indo de textos mais convencionais a outros mais experimentais. Sobre a estrutura poética de “Memória”, é correto afirmar:
     (A) Cada uma das quatro estrofes apresenta três versos e cada um deles apresenta cinco sílabas poéticas.
     (B) Cada uma das quatro estrofes apresenta três versos e cada um deles apresenta um número de sílabas poéticas diferente do anterior.
     (C) O poema apresenta estrofes irregulares e versos com cinco sílabas poéticas cada.
    (D) É possível contar as estrofes, mas não é possível fazer a contagem das sílabas poéticas.
     (E) A organização dos versos e das estrofes não importa para a construção do sentido poético.

     03 – Reconhece-se em “Memória”:
     (A) utilização de versos livres e brancos, sem rimas.
     (B) as rimas mudam a cada estrofe, rompendo com a musicalidade poética.
     (C) rígido esquema rítmico, marcado por a/a/b.
     (D) a repetição do som “ão” não importa para os sentidos construídos pelo poema.
     (E) as rimas no poema são acidentais e não obedecem a nenhum tipo de regra.

     04 – A primeira estrofe permite inferir que:
     (A) as experiências amorosas significam aprendizado.
     (B) os sentimentos não obedecem à razão, mas a impulsos incontroláveis.
     (C) não se ama o que se possui, mas apenas o que não se tem.
     (D) o sentimento repousa sobre a razão do coração.
     (E) amar o que não se possui gera inquietação e tensão.

     05 – O termo “olvido” (segunda estrofe) significa:
     (A) ouvido.
     (B) sentido.
     (C) lembrança.
     (D) esquecimento.
     (E) riqueza.

     06 – Pode-se depreender da segunda estrofe:
    (A) O “Não” significa o consolo do eu-lírico diante do amor perdido.
    (B) O “apelo do Não” se refere à perda do ser amado.
    (C) É possível esquecer o amor perdido.
    (D) O “apelo do Não” significa a superação da perda.
    (E) Não há sentido em amar, porque a perda do que se ama é inevitável.

      07 – Segundo o contexto, “As coisas tangíveis tornam-se
  insensíveis à palma da mão”, quando:
      (A) esquece-se de um amor.
      (B) ama-se o que foi perdido.
      (C) nega-se o objeto amoroso.
      (D) confunde-se a razão, pela perda da possibilidade de amar.
       (E) aceita-se a vida e as suas perdas.

       08 – A última estrofe, em diálogo com o texto como um todo,   permite afirmar que:
       (A) as coisas terminam definitivamente, mesmo se lindas.
       (B) tudo na vida é passageiro e termina, mesmo quando parece eterno.
       (C) as coisas que acabam são as coisas lindas.
       (D) as coisas lindas permanecem, mesmo quando parecem ter terminado.
       (E) as coisas lindas estão predestinadas a acabarem.

       09 – O autor do poema é estudado em qual das escolas literárias?
      (A) Simbolismo
      (B) Romantismo
      (C) Modernismo
      (D) Arcadismo
      (E) Barroco.

     10 – Carlos Drummond de Andrade é contemporâneo a:
     (A) Manuel Bandeira
     (B) Cruz e Sousa
     (C) Gonçalves Dias
     (D) Machado de Assis
     (E) Padre Anchieta.

     11. O poema, lido em diálogo com seu título “Memória”, sugere que:
      (A) a fé em alguma religião permite que se conceba a eternidade.
      (B) tudo o que existe perde seu valor com a passagem do tempo.
      (C) as coisas se desmancham e definham rapidamente no dia-a-dia.
      (D) a memória guarda mais momentos ruins do que bons.
      (E) a memória eterniza as belezas da vida.





TEXTO: COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO - JUAN E. DÍAZ BORDENAVE - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO


        Lembre-se o leitor como se fez gente: sua casa, seu bairro, sua escola, sua patota. A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua cultura foram-lhe transmitidos, pelo qual aprendeu a se “membro” de sua sociedade – de sua família, de seu grupo de amigos, de sua vizinhança, de sua nação. Foi assim que adotou a sua “cultura”, isto é, os modos de pensamento e de ação, suas crenças e valores, seus hábitos e tabus. Isso não ocorreu por “instrução”, pelo menos antes de ir para a escola: ninguém lhe ensinou propositadamente como está organizada a sociedade e o que pensa e sente a sua cultura. Isso aconteceu indiretamente, pela experiência acumulada de numerosos pequenos eventos, insignificantes em si mesmos, através dos quais travou relações com diversas pessoas e aprendeu naturalmente a orientar seu comportamento para o que “convinha”. Tudo isso foi possível graças à comunicação. Não foram os professores na escola que lhe ensinaram sua cultura: foi a comunicação diária com pais, irmãos, amigos, na casa, na rua, nas lojas, no ônibus, no jogo, no botequim, na igreja, que lhe transmitiu, menino, as qualidades essenciais da sociedade e a natureza do ser social.
        Contrariamente, então, ao que alguns pensam, a comunicação é muito mais que os meios de comunicação social. Esses meios são tão poderosos e importantes na nossa vida atual, que às vezes esquecemos que representam apenas uma mínima parte de nossa comunicação total.
        Alguém fez, uma vez, uma lista dos atos de comunicação que um homem qualquer realiza desde que se levanta pela manhã até a hora de deitar-se, no fim do dia. A quantidade de atos de comunicação é simplesmente inacreditável, desde o “bom-dia” à sua mulher, acompanhado ou não por um beijo, passando pela leitura do jornal, a decodificação de número e cores do ônibus que o leva ao trabalho, o pagamento ao cobrador, a conversa com o companheiro de banco, os cumprimentos aos colegas no escritório, o trabalho com documentos, recibos, relatórios, as reuniões e entrevistas, a vista ao banco e as conversas com seu chefe, os inúmeros telefonemas, o papo durante o almoço, a escolha do prato no menu, a conversa com os filhos no jantar, o programinha de televisão, o diálogo amoroso com sua mulher antes de dormir, e o ato final de comunicação num dia cheio dela: “boa-noite”.
        A comunicação confunde-se, assim, com a própria vida. Temos tanta consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua essencial importância quando, por um acidente ou uma doença, perdemos a capacidade de nos comunicar. Pessoas que foram impedidas de se comunicar durante longos períodos enlouqueceram ou ficaram perto da loucura.
        A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social.
                                Díaz Bordenave, Juan E. O que é comunicação.
                          São Paulo, Nova Cultura/Brasiliense, 1986. p. 17-9.

Entendendo o texto:
01 – Releia atentamente o primeiro parágrafo e responda: Qual a relação entre comunicação e cultura?
       A cultura é adquirida por meio da comunicação, numa infindável sequência de pequenos atos comunicativos cotidianos. Destacar que o texto lido com um conceito de cultura amplo: A cultura é entendida como o conjunto dos hábitos, padrões e valores de um grupo social.

02 – O segundo parágrafo nos fala em “meios de comunicação social”. O que você sabe sobre eles.
        Essa expressão se relaciona com os meios de comunicação de massa, aos quais normalmente se remete quando se pensa em comunicação.

03 – O que pensa o autor sobre os meios de comunicação social?
       O autor deixa claro que os meios de comunicação de massa, apesar de poderosos, constituem apenas uma parte mínima da nossa comunicação.

04 – O terceiro parágrafo é construído por enumeração: uma longa série de atos de comunicação cotidianos nos é apresentada pelo autor. Como podemos relacionar esses atos com os meios de comunicação social do parágrafo anterior?
        Essa enumeração coloca em evidência aquilo que o autor havia declarado no parágrafo anterior: note-se que, nessa lista bastante extensa, a maioria absoluta dos atos de comunicação escapa do circuito dos meios de comunicação de massa, realizando-se nos níveis mais pessoais do cotidiano.

05 – O quarto parágrafo nos coloca uma conclusão sobre o assunto levantado e discutido pelo texto. Qual a frase ou passagem que sintetiza essa conclusão?
        “A comunicação confunde-se, assim, com a própria vida”. Destacar o valor da palavra assim nesse momento conclusivo do texto.

06 – Relendo cuidadosamente as questões anteriores, é possível detectar o percurso seguido pelo autor para atingir sua conclusão no quarto parágrafo. Comente esse percurso.
       O autor principia seu texto relacionando cultura e comunicação;
Alude aos meios de comunicação social; mostra que a comunicação vai muito além desses meios, sendo parte de cada pequeno ato cotidiano, e se encaminha assim para a conclusão de que a comunicação se confunde com a própria vida, pois é uma necessidade básica do ser humano. O aluno deve opinar sobre a eficiência argumentativa desse percurso.

07 – O último parágrafo sintetiza todo o conteúdo do texto. Reflita sobre o que ele diz e responda: sua experiência de vida comprova essa afirmação? Por quê?
        Incentivar o aluno a relacionar o conteúdo do texto estudado com sua própria vivência. É importante que ele se habitue a justificar suas posições.

CRÔNICA: BILHETE AO FUTURO - AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA - COM GABARITO

Bilhete ao Futuro

Bilhete ao Futuro de Affonso Romano de Sant´Anna.

        Bela ideia essa de Cristóvam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília e ex-ministro da Educação, de pedir às pessoas do nosso país que escrevessem um “bilhete ao futuro”. O projeto teve a intenção de recolher, no final dos anos 80, no século passado, uma série de mensagens que seriam abertas em 2089, nas quais os brasileiros expressariam suas esperanças e perplexidades diante do tumultuado presente do fabuloso futuro.
        Oportuníssima e fecunda ideia.
        Ela nos colocou de frente ao século XXI, nos incitou a liquidar de vez o século XX e a sair da hipocondria político-social. Pensar o futuro sempre será um exercício de vida.
        O que projetar para amanhã? (...)

Entendendo o texto:

01 – Os dois parágrafos acima fazem parte do texto cujo autor é Affonso Sant’Anna. Esse tipo de produção textual é chamado de crônica, porque:
a) defende um tema.
b) tenta ludibriar o leitor.
c) faz o registro do dia-a-dia.
d) conta uma história antiga.
e) exalta as belezas do país amado.

02 – O acontecimento que originou esse texto está relacionado:
a) à promoção do reitor da Universidade de Brasília.
b) à realização do reitor como mestre da Universidade de Brasília.
c) ao pedido feito pelo reitor da Universidade às pessoas de Brasília.
d) à liquidação dos problemas do século XX.
e) ao pedido feito pelo ex-reitor da Universidade de Brasília aos brasileiros.

03 – Segundo o cronista, o bilhete ao futuro:
a) incitaria as pessoas a “sair da hipocondria político-social”.
b) incitaria as pessoas à revolta social e política no presente e no futuro.
c) incitaria as pessoas a liquidarem de vez com as ideias do século XX e do século XXI.
d) incitaria as pessoas a escreverem mensagens de desilusão.
e) incitaria as pessoas a se comunicarem por bilhetes, algo incomum nos dias atuais.

04 – Segundo o cronista:
a) futuro jamais deverá ser pensado pelos hipocondríacos político-sociais.
b) o amanhã é algo imprevisível; sempre haverá momentos tumultuados.
c) o estímulo à fuga da hipocondria político-social seria a oportunidade que a redação do bilhete oferece.
d) o povo não queria se comprometer com as políticas sociais da década.
e) a população tinha muita dificuldade para redigir o bilhete do futuro.

05 – A frase que exprime a conclusão do cronista sobre o significado de escrever um bilhete ao futuro é:
a) “O futuro e o presente só interessam ao passado.”
b) “O passado é importante e, no futuro, seja o que Deus quiser.”
c) “O presente é hoje e não é necessário preocupação com o futuro.”
d) “Pensar o futuro é um exercício de vida.”
e) “O futuro, a gente deixa para pensar amanhã.”

06 – As mensagens que as pessoas enviariam ao futuro são representadas, no texto, pelas palavras:
a) belezas e possibilidades
b) esperanças e perplexidades
c) angústias e esperanças
d) realizações e lembranças
e) frustrações e melancolias

07 – O tratamento adequado para se referir ao reitor de uma Universidade é:
a) Ilustríssimo Senhor
b) Vossa Magnificência
c) Excelentíssimo Senhor
d) Vossa Senhoria
e) Vossa Excelência

08 – As duas vírgulas que aparecem na primeira frase foram empregadas para expressar uma:
a) explicação
b) contrariedade
c) adversidade
d) enumeração
e) oposição.

09 – Um ser humano que sofra de hipocondria, segundo o texto, e considerando o sentido conotativo, é assim conhecido por:
a) apresentar obesidade descontrolada
b) possuir seríssimos  problemas de saúde
c) ser extremamente romântico
d) isolar-se socialmente
e) ser dependente de medicamentos.

10 – O pronome ela, destacado no texto, relaciona-se à palavra:
a) mensagem
b) hipocondria
c) esperança
d) intenção
e) ideia.