terça-feira, 10 de dezembro de 2024

CONTO: JANELA SOBRE HERANÇA - EDUARDO GALEANO - COM GABARITO

 CONTO: Janela sobre herança

                Eduardo Galeano

          Pola Bonilla modelava barros e crianças. Ela era ceramista de mão-cheia e mestre-escola, nos campos de Maldonado; e, nos verões, oferecia aos turistas suas esculturas e chocolate com churros.

          Pola adotou um negrinho nascido na pobreza, dos muitos que chegam ao mundo sem ter com que, e criou-o como se fosse um filho.

          Quando ela morreu, ele já era homem crescido e com ofício. Então, os parentes de Pola disseram a ele:

          - Entre na casa e pode levar o que quiser.

          E ele saiu com uma fotografia dela debaixo do braço e se perdeu nos caminhos.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm9eHzwubkBagoGZRMkjZGRI5pIe6K1ZYA0irmXMtehYnHNCRtE_E40OvbAq-8QZkZZyXwtdrd4v0aoxKR1cAec3PB6NOcZjll9P2Q1GO8t0j7UlnhLYvfVI7uM7GkU1FfBygx7mpGkl-b_kTjCNXLLh1kq037PGcMk-agx3bdAbZJb_wl6VIvFB82eik/s1600/CERAMISTA.jpg

(Galeano Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: L&PM,1994.p.170.)

 

Entendendo o texto

01- Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para os efeitos de sentidos não pertinentes:

     a-( V ) Percebe-se o discurso de valorização e legitimação da prática social da adoção;

     b-(  F ) Percebe-se o discurso de que as características físicas devem ser consideradas, no instante da adoção;

    c-( V ) Percebe-se o discurso de valorização do desapego aos bens materiais;

    d-( V ) Percebe-se o discurso de desvalorização da herança tal qual existe, em nossa cultura;

     e-( F ) Percebe-se o discurso de valorização da herança tal qual existe, em nossa cultura;

     f-( F ) Percebe-se o discurso de que a maioria das crianças a serem adotadas são negras

     g-(  F  ) Percebe-se o discurso da gratidão pelo bem recebido;

02- O título “Janela sobre herança”, usado para nomear o texto-discurso, sugere:

     a- um jeito diferenciado de ver a herança, em nossa cultura;

     b- uma maneira de convencer as pessoas a não deixarem herança aos seus/suas;

     c- uma forma humorística de encarar a herança.

03- No enunciado Quando ela morreu, ele já era homem crescido e com ofício ...”, a conjunção sublinhada indica circunstância de:

     a- comparação;

     b- causa;

     c- consequência;

     d-tempo.

04- No enunciado ”Entre na casa e pode levar o que quiser”, a conjunção sublinhada  estabelece relação de:

       a- adversidade;

       b- alternância;

       c- adição;

       d- conclusão.

05- No enunciado  “Ele já era homem crescido e com ofício. Então, os parentes de Pola disseram a ele...”, a conjunção sublinhada  estabelece relação de:

       a- adversidade;

       b- conclusão;

       c- adição;

       d- alternância.

06-No enunciado ”Ela era ceramista de mão-cheia e mestre- escola, nos campos de Maldonado...”, a expressão sublinhada indica circunstância de:

      a- tempo;

      b- lugar;

      c- dúvida;

      d- intensidade.

07- No enunciado ”E, nos verões, oferecia aos turistas suas esculturas e chocolate com churros.”, a expressão grifada indica circunstância de:

      a- tempo;

      b- lugar;

      c- dúvida;

      d- intensidade.

08-Em: “E, nos verões, oferecia aos turistas suas esculturas e chocolate com churros.”, o verbo grifado tem o mesmo sentido que o enunciado em:

      a- dava aos;

      b- vendia aos;

      c- colocava-se à disposição dos;

      d- presenteava.

09- Em: “Pola Bonilla modelava crianças”, o verbo grifado tem o mesmo sentido que o enunciado em:

       a- fazia o molde delas;

       b- enfeitava-as;

      c-   instruía-as/educava-as;                                

       d- criticava-as.

10- Em: “Pola Bonilla modelava barros”, o verbo grifado tem o mesmo sentido que o enunciado em:

       a- fazia o molde deles;

       b- enfeitava-os;

       c- instruía-os/educava-os;

       d- criticava-os.

11-No argumento ”Quando ela morreu, ele já era homem crescido e com ofício...”, a expressão grifada sugere que ele era:

       a- jovem e com profissão definida;  

       b- belo e sem profissão indefinida;

       c- adulto e profissional definido;

       d- adolescente e profissional indefinido.

12- No enunciado ”Ela era ceramista de mão-cheia...”, a palavra destacada significa:

       a- razoável;

       b- ruim;

      c- excelente;

      d- mais ou menos

13- No enunciado “Dos muitos que chegam ao mundo, sem ter com que...”, a expressão destacada significa:

       a- em boa condição socioeconômica;

       b- em condição socioeconômica razoável;

       c- em condição socioeconômica excelente;

       d- em péssima condição socioeconômica.

14-Produza um texto-discurso sobre qual a herança principal que pretende dos seus pais.

A Herança Intangível

Ao refletir sobre a herança que desejo receber de meus pais, percebo que os bens materiais, por mais valiosos que sejam, ocupam um lugar secundário. A verdadeira riqueza que busco está nos valores, ensinamentos e exemplos que me foram transmitidos ao longo da vida.

A herança que mais almejo é a de caráter, a força interior que me permite enfrentar os desafios da vida com resiliência e integridade. A capacidade de amar, de perdoar, de ser solidário são tesouros que transcendem qualquer bem material.

Gostaria de herdar a curiosidade intelectual que me impulsiona a buscar conhecimento e a paixão pela vida que me faz apreciar cada momento. A humildade, a empatia e a capacidade de aprender com os erros são outras qualidades que considero essenciais.

Acredito que a maior herança que meus pais podem me deixar é o legado de uma família unida e amorosa, onde os valores éticos e morais são cultivados. Um lar onde posso encontrar apoio, conforto e inspiração para construir meu próprio caminho.

 

FÁBULA: A RAPOSA E A PARREIRA - COM GABARITO

 Fábula: A raposa e a Parreira

“É fácil desdenhar daquilo que não se alcança”

 

Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito altos, em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas, mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:

- Estão verdes...

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLypEPsRunX8hE7DF7pds1Yx6Z0SaeiyODrckNKPWQ1AL0-NK7RuhSvvAWSoYZgJrFcKfAW_Q0gRDpVkxY2WcXmMrnZ1-iN4JeyvFlqZ8e2IDiaZ-JwrvnUxHCndOp2O2Xi06w0fRWdGuf-He4kDZRTOLZNTUQBDhhvXT7Sj_ZA4SAr1KqR6W3rhP2fys/s1600/uva.jpg


Entendendo o texto

01-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

     a-( F  ) Percebe-se o discurso de aceitação perante os objetivos não realizados;

     b-( V  ) Percebe-se o discurso de frustração perante os objetivos não realizados;

     c-( F  ) Percebe-se o discurso de admiração ao objeto de desejo, mesmo face a impossibilidade de realizá-lo;

     d-( V   ) Percebe-se o discurso de desvalorização do objeto de desejo, face a impossibilidade de realizá-lo;

02-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

     a- Que algumas pessoas convivem bem com a não realização de seus desejos;

     b- Que algumas pessoas lutam para conseguir realizar seus desejos;

     c- Que algumas pessoas desvalorizam o objeto de seu desejo, quando percebem que não podem alcançá-lo;

     d- Que algumas pessoas são ingratas.

03-Qual argumento representa desdenho?

      a- “Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira...”

     b- “...cachos se penduravam, muito altos, em cima de sua cabeça”

     c- “Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos...”

     d- “- Estão verdes...”

04-O desdenho da raposa ocorreu, porque:

     a- a raposa estava faminta;

     b- as uvas estavam verdes;

     c- a raposa não alcançou as uvas;

     d- a parreira estava cheia de uvas.

05-No enunciado “Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira...”, o adjetivo grifado qualifica/caracteriza qual substantivo?

    a- raposa;

    b- terreno;

    c- entrou;

    d- parreira.

06-No enunciado “Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira...”, o verbo grifado pode ser substituído por qual outro verbo sem sofrer alteração do sentido?

     a- acontecia;

     b- ocorria;

     c- existia;

     d- plantava.

07-No enunciado “Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito altos, em cima de sua cabeça.”, o adjetivo grifado qualifica/caracteriza qual substantivo?

     a- parreira;

     b- uvas;

     c- cachos;

     d- cabeça.

08-No enunciado “Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse...”, o substantivo grifado foi qualificado positivamente:

      a- pelo adjetivo cansada;

      b- pelo verbo pular;

      c- pelo verbo olhou;

      d- pelo adjetivo apetitosos.

09-No enunciado “A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas, mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las.”, a conjunção grifada é adversativa, pois:

      a- introduz um acontecimento negativo para personagem raposa, depois de mencionar uma expectativa negativa da raposa;

       b- introduz um acontecimento positivo para personagem raposa, depois de mencionar uma expectativa negativa da raposa;

      c- introduz um acontecimento positivo para personagem raposa, depois de mencionar uma expectativa positiva da raposa;

    d- introduz um acontecimento negativo para personagem raposa, depois de mencionar uma expectativa positiva da raposa.

10-Qual argumento revela desistência:

     a- “A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas”;

     b- “Cansada de pular...”;

     c- “- Estão verdes...”;

     d- “por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las”.

11-Produza um texto-discurso, refletindo e argumentando sobre o que você faria perante um desejo não realizado.

 Reflexão sobre Desejos Não Realizados

Diante de um desejo não realizado, é natural sentir frustração. A fábula da raposa nos mostra que, muitas vezes, reagimos de forma negativa, desvalorizando o que não podemos ter. No entanto, existem outras formas de lidar com essa situação.

Em vez de desdenhar ou mentir para si mesmo, podemos:

  • Aceitar a realidade: Nem sempre conseguimos tudo o que queremos. Aceitar essa verdade é um primeiro passo para superar a frustração.
  • Aprender com a experiência: As dificuldades podem ser oportunidades de aprendizado. A frustração pode nos impulsionar a buscar novos caminhos ou a desenvolver novas habilidades.
  • Redirigir o foco: Em vez de se concentrar no que não tem, podemos direcionar nossa energia para outras metas e objetivos.
  • Agradecer pelo que temos: Valorizar o que já conquistamos pode nos ajudar a manter uma perspectiva mais positiva.

A história da raposa nos ensina que a frustração é uma emoção humana e natural. No entanto, a forma como lidamos com ela define quem somos. Ao escolher a atitude correta, podemos transformar uma experiência negativa em uma oportunidade de crescimento.

 

 

 

CONTO: LISETTA - ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO - COM GABARITO

 CONTO: Lisetta

                Antônio de Alcântara Machado

 

       Quando Lisetta subiu no metrô (um passageiro atencioso a ajudou), viu logo o urso. Felpudo, felpudo e amarelo. Tão engraçadinho.

       Dona Mariana sentou-se, colocou a filha em pé diante dela.
       Lisetta começou a namorar o bicho. Pôs o pirulito de coração, na boca. Pôs, mas não chupou. Olhava o urso. O urso não ligava. Seus olhinhos de vidro não diziam absolutamente nada. No colo da menina de pulseirinha de ouro, vestido engomadinho e meias finas, parecia um urso importante e feliz.
        -Olha o ursinho que lindo, mamãe.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRpxccTWEnrAGXvkoaUtcUnlPxGIffO2K1xD8RdRhgH0UtMKi00w0w3nZi3xNLOZlXiGY8ueSkVLuG1qSOhLdcV0NH0cLLV71OcXKV0Lo1Y9iXSHINpe9H8_v7rkHTHvkFnyIIka7T1WlMk7M8sk0I-ne_N0iubLYY8QuMsksbwQyzAxe526aeyx6pQvQ/s320/LESETA.jpg


        A menina rica viu o enlevo e a inveja de Lisetta deu a brincar com o urso. Mexeu-lhe com o toquinho do rabo: e a cabeça do bicho virou para a esquerda, depois para a direita, olhou para cima, depois para baixo. Lisetta acompanhava a manobra. Sorrindo fascinada. E com ardor nos olhos! O pirulito perdeu definitivamente toda a sua importância.
       Agora são as pernas que sobem e descem, cumprimentam, se cruzam, batem umas nas outras.
      -As patas também mexem, mamãe. Olha lá!
      -Stai zitta!(Fique quieta!)
      Lisetta sentia um desejo louco de tocar no ursinho. Jeitosamente procurou alcançá-lo. A menina rica percebeu, encarou a coitada com raiva, fez uma careta horrível e apertou contra o peito o bichinho que custara oitenta dólares na Disney.

      -Deixa eu pegar, um pouquinho, um pouquinho só nele, deixa?
      -Ah!
      - Perdone, signora. Desculpe, por favor. A senhora sabe, essas crianças são muito arteiras. Scusi. Desculpe.
      A mãe da menina rica não respondeu. Ajeitou a tiara de pérolas, no cabelo da filha, sorriu para o bicho, fez um carinho na cabeça dele, abriu a bolsa e pegou o celular.
      Dona Mariana, escarlate de vergonha, murmurou no ouvido da filha:
      -In casa me lo pagherai! (Em casa, você me paga!)
      E pespegou-lhe por conta um belo beliscão no bracinho magro. Um beliscão daqueles.
      Lisetta então perdeu toda a compostura de vez. Chorou. Soluçou. Chorou. Soluçou. Falando sempre.
      - Hã! Hã! Hã! Eu que... ro o ur...so. O urso...! Ai, mamãe! Ai, mamãe! Eu que... ro o ur...so o...o...o... Hã! Hã!
      -Stai ferma o ti amazzo, parola d’onore! (Pare  ou eu te mato, palavra de honra!)
      -Um pou...qui... nho... só! Hã! E...hã! Um pou...qui...
      -Senti,Lisetta.Non ti porteró piú in cittá! Mai piú! .(Escute, Lisetta. Não te trarei mais à cidade. Nunca mais!)
      Um escândalo. E logo, no banco da frente e dentro do metrô. O vagão inteiro testemunhou o feio que Lisetta fez.
       O urso recomeçou a mexer a cabeça. Para cima e para baixo. Da esquerda para a direita, para cima e para baixo.

      -Non piangere piú adesso! (Não chore mais agora!)
       Impossível.
       O urso lá se fora nos braços da dona. E a dona só de má, antes de entrar no prédio moderno e bem localizado, voltou-se e agitou o bichinho no ar. Para Lisetta ver. E Lisetta viu.
       O metrô deu um solavanco, sacudiu os passageiros, deslizou, rolou e continuou a viagem.

       Lisetta como compensação quis sentar-se no banco. Dona Mariana (havia pago uma passagem só) opôs-se com energia e outro beliscão.
       A entrada de Lisetta, em casa, marcou época, na história dramática da família Garbone.

       Logo na porta, um safanão. Depois um tabefe. Outro no corredor. Intervalo de dois minutos. Foi assim a vez das chineladas. Só para fechar. Que não acabava mais.
       O resto da gurizada (narizes escorrendo, pernas arranhadas) reunida, na sala de jantar, sapeava de longe.

       Mas o Hugo chegou da oficina.
       -Você assim machuca a menina, mamãe! Coitadinha dela!.
       Também Lisetta já não aguentava mais.

       -Toma pra você, mas não se ache
       Lisetta deu um pulo de contente. Pequenino. Pequenino e de lata. Do tamanho de um passarinho. Mas urso.
       Os irmãos chegaram para ver. Pasqualino quis logo pegar no bichinho. Quis mesmo tomá-lo à força. Lisetta berrou como uma desesperada:
      -Ele é meu! O Hugo me deu!
       Correu para o quarto e fechou-se por dentro.

(MACHADO, Antônio de Alcântara. Modernizado de “Lisetta”- Brás, Bexiga e Barra Funda. Belo Horizonte. Notícias de São Paulo. Belo Horizonte: Itatiaia, 2001.p.48-50)

Entendendo o texto

 

01- Assinale (V) para aquilo que for pertinente e (F) para aquilo que não for pertinente ao texto-discurso:

      a-(  V  ) Percebe-se a prática social do egoísmo, uma vez que a personagem - menina rica -  não deixou sequer que a personagem - Lisetta -  tocasse seu ursinho;

       b-(  V  ) Percebe-se a enorme distância existente entre as classes sociais, no país;

       c-(  F  ) Percebe-se o discurso de que a família de classe média não estimula as crianças a dividirem o que têm;

       d-(  F  ) Percebe-se a prática social da caridade por parte da  personagem (mãe da menina rica);

       e-(  V  ) Percebe-se o discurso de que o castigo mal aplicado não educa a criança;

       f-(  F  ) Percebe-se o discurso de que as crianças não devem ser corrigidas nunca;

       g-(  F  ) Percebe-se a prática social da partilha;

       h-( V   ) Percebe-se que a ideologia da posse contamina ricos e pobres, visto que as meninas, tanto a rica, quanto a pobre, não deixavam outras crianças mexerem nos seus ursos;

       i-( F  ) Percebe-se o discurso de que as pessoas empobrecidas não impõem limites às crianças;

       j-( F  ) Percebe-se o discurso de que as crianças pobres são mal-educadas e invejosas.

02-Substitua as palavras sublinhadas e negritadas por outras sem alterar o sentido do texto-discurso.

 Felpudo, felpudo: macio, macio

 Engomadinho: bem passado

 Stai zitta!: Fique quieta!

 Scusi: Desculpe

 Signora: Senhora

 In casa me lo pagherai!: Em casa, você me paga!

 Stai ferma o ti amazzo, parola d’onore!: Pare ou eu te mato, palavra de honra!

 Senti,Lisetta.Non ti porteró piú in cittá! Mai piú!: Escute, Lisetta. Não te trarei mais à cidade. Nunca mais!

 Safanão: tapa

 Tabefe: bofetada

03-Identifique, na narrativa, a instalação do primeiro conflito:

     a- Quando a personagem – Lisetta – subiu ao metrô e deparou-se com o ursinho de pelúcia;

     b- Quando a personagem – a mãe de Lisetta – dá-lhe um beliscão;

     c- Quando a personagem - menina rica - exibe o ursinho de pelúcia à personagem – Lisetta;

     d- Quando a personagem - menina rica – desce do metrô e sacode o ursinho de pelúcia.

04-O clímax da narrativa acontece, quando:

     a- A personagem – mãe da menina rica – afaga a cabeça do usinho ;

     b- A personagem – a mãe de Lisetta – pede desculpas à personagem - mãe da menina rica;

     c- A personagem – Lisetta – leva um beliscão da mãe e faz um escândalo para pegar o usinho de pelúcia;

     d- A personagem - menina rica – desce do metrô e sacode o ursinho de pelúcia.

05-O desfecho da narrativa acontece quando:

      a- A personagem (a mãe de Lisetta) dá- lhe uma surra grande ;

      b- A personagem – Lisetta –  leva uma tremenda surra da mãe, por conta do comportamento que tivera, no metrô, mas ganha um ursinho;

      c- A personagem – Lisetta – é salva pelo personagem Hugo;

      d- A personagem – Lisetta – entra, no quarto.

06-No enunciado”Correu para o quarto e fechou-se por dentro...”, a expressão grifada sugere que:

      a- A personagem Lisetta desejava esconder  dos irmãozinhos o presente que havia ganhado;

      b- A personagem Lisetta queria esconder-se da mãe, pois estava com raiva dela;

      c- A personagem Lisetta precisava analisar melhor o ursinho de lata;

      d- A personagem Lisetta adentrou, em um mundo particular,onde seus sonhos infantis  eram plenamente realizados.

07-O enunciado Pare ou eu te mato, palavra de honra...” revela:

     a- Uma ameaça sobre o que a personagem – mãe de Lisetta – seria capaz de fazer, caso ela não parasse de chorar;

      b- Um desejo da ´personagem  – mãe de Lisetta - naquele momento ;

      c- Uma hipérbole, pois mostrava um exagero da mãe, para demonstrar à Lisetta o quanto estava contrariada com aquela situação vexatória, na concepção dela;

      d-O medo que a personagem - mãe de Lisetta – sentia pela mãe da menina rica.

08- No enunciado ”Perdone, signora. Desculpe, por favor. A senhora sabe, essas crianças são muito arteiras. Scusi. Desculpe. A mãe da menina rica não respondeu..”, o fato da personagem ( mãe da menina rica) não ter respondido à mãe da personagem Lisetta  revela:

     a- compreensão pelo comportamento da personagem Lisetta;

     b- fingimento com a mãe de Lisetta;

     c- medo de que a personagem Lisetta tomasse o bichinho de sua filha;

     d- desprezo  tanto pelo sentimento da personagem Lisetta, quanto pela mãe dela.

09-No enunciado ”Deixa eu pegar, um pouquinho, um pouquinho só nele, deixa?...”, o uso do diminutivo nos advérbios destacados acentua:

       a- o medo de Lisetta;

       b- a dúvida de Lisetta;

       c- a súplica de Lisetta;

       d- a certeza de Lisetta.

10- No enunciado ”Pare ou eu te mato...”, a conjunção ou estabelece relação de:

        a- adição;

        b- conclusão;

        c- adversidade;

       d- alternância.

11- No enunciado Pôs o pirulito de coração, na boca. Pôs, mas não chupou...” A conjunção mas estabelece relação de:

      a- adição;

      b- conclusão;

      c-adversidade;

      d- alternância.

12- No enunciado ”Abriu a bolsa e pegou o celular...”, a conjunção e estabelece relação de:

      a- adição;

      b- conclusão;

      c- adversidade;

      d- alternância.

13- No enunciado ”E a dona só de má...”, a locução adverbial sublinhada pode ser trocada por:

       a- de bondade;

       b- de ingenuidade;

       c- de saudade;

       d- de maldade

14-No enunciado O urso lá se fora nos braços da dona. E a dona de má...”, a palavra grifada possui sentido semelhante ao empregado em:

      a- A menininha ficou , depois daquilo tudo.

      b- Chapeuzinho Vermelho caminhava pela floresta.

      c- “Dizei uma palavra e serei salva.”

      d- Eles estão sós.

15- No que se refere ao enunciado “Lisetta sentia um desejo louco de tocar no ursinho”, assinale (V) para verdade e (F) para falso:

    a- ( V )Ao se usar o adjetivo destacado, sugeriu-se, ao leitor e à leitora,  a sofreguidão da  personagem Lisetta pelo toque ou pela posse daquele ursinho.

      b- ( F) O adjetivo destacado qualifica positivamente o desejo da personagem Lisetta, segundo o contexto.

      c- ( F) O adjetivo destacado qualifica negativamente o desejo da personagem Lisetta, segundo o contexto.

      d-( F) Ao se usar o adjetivo destacado, sugeriu-se, ao leitor e à leitora, que o desejo da personagem Lisetta  era forte, porém podia ser controlado.

 

 

ANÁLISE DE UMA FRASE SOBRE BULLYING - DEMI LOVATO - COM QUESTÕES AVALIATIVAS

 

ANÁLISE DE UMA FRASE SOBRE BULLYING - DEMI LOVATO 


Entendendo o texto

 01- Qual prática social está sendo denunciada pela cantora Demi Lovato nesse texto-discurso?

      a- o bullying;

      b- a falta de atenção que as escolas dão ao bullying;

      c- as diferentes razões que levam à prática do bullying;

      d- a vergonha sofrida pelas vítimas de bullying.

02- Qual a tese central defendida pela cantora nesse texto-discurso?

      a- é preciso investigar as razões que levam ao bullying;

      b- é preciso entender porque as escolas são locais preferenciais do bullying;

      c- é preciso parar com a prática social do bullying;

      d- é preciso enxergar o bullying com naturalidade.

03 - A palavra usada como adjetivo para qualificar negativamente a prática social do bullying, no discurso da cantora Demi Lovato, foi:

     a- simplesmente;

     b- tão;

     c- horrível;

     d- isso.

04 -  No enunciado “Bullying é simplesmente tão horrível, e alguém tem que parar isso.”, a palavra grifada refere-se:

      a- ao Bullying simplesmente;

      b- à prática muito horrível do bullying;

      c- ao bullying que ocorre nas escolas;

      d- ao alguém que tem de parar o bullying.

05 -  No enunciado “Bullying é simplesmente tão horrível, e alguém tem que parar isso.”, a palavra grifada:

      a- intensifica o sentido da palavra simplesmente;

      b- intensifica o sentido da palavra Bullying;

      c- intensifica o sentido da palavra horrível;

      d- explica o sentido da palavra Bullying.

06 - No enunciado “Bullying é simplesmente tão horrível, e alguém tem que parar isso.”, a conjunção grifada:

      a- explica o que foi dito antes;

      b- adiciona informação ao que foi dito antes;

      c- mostra a finalidade do que foi dito antes;

      d- aponta o momento de acabar com o que foi dito antes.

07-  Qual dos enunciados abaixo apenas descreve um fato sem revelar a opinião da cantora?

     a- Bullying é simplesmente tão horrível, e alguém tem que parar isso.

     b- Acontece nas escolas por várias razões diferentes.

     c- É realmente uma vergonha.

     d- Nenhuma das respostas anteriores.

08 - No enunciado “O Bullying é simplesmente tão horrível”, a palavra grifada modificaria o sentido se fosse substituída por:

     a- sinceramente;

     b- abertamente;

     c- naturalmente;

     d- infelizmente.

09 - No enunciado “É realmente uma vergonha”, a palavra grifada é sinônima de:

     a- obrigatoriamente;

     b- nesse caso;

     c- verdadeiramente;

     d- simplesmente.

10 - Em sua postura crítica, você concorda com o discurso da cantora Demi Lovato? Ela está correta ou equivocada acerca da prática social do Bullying? Sim? Não? Justifique sua tomada de posição.

A concordância com o discurso de Demi Lovato sobre o bullying é amplamente compartilhada. A prática do bullying causa danos psicológicos e emocionais profundos às vítimas, e é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combatê-la. A cantora está correta em denunciar essa prática e em chamar atenção para a necessidade de medidas para erradicá-la.

11 - Agora é sua vez. À semelhança da cantora Demi Lovato, produza um pequeno texto-discurso, tecendo sua avaliação, emitindo sua opinião, sobre a prática social do Bullying. Divulgue seu texto-discurso junto aos colegas e também nas suas redes sociais. Seja criativo.

Exemplo de texto-discurso:

"O bullying não é apenas uma brincadeira de mau gosto. É uma ferida profunda que marca vidas. Nas escolas, nos ambientes de trabalho e até mesmo no mundo virtual, a violência psicológica e física se manifesta de diversas formas, causando sofrimento e exclusão. É preciso que todos nós, como sociedade, nos unamos para combater essa prática cruel. Denuncie o bullying, seja um aliado das vítimas e construamos um mundo mais justo e humano para todos."