domingo, 18 de dezembro de 2022

CONTO: PEDRO MALASARTES E O PÁSSARO LAPÃO - PARTE 2 - GLAUTER BARROS - COM GABARITO

 CONTO: PEDRO MALASARTES E O PÁSSARO LAPÃO

               Glauter Barros

PARTE 2

           Finalmente, o valentão surgiu. Foi chegando, chegando, chegando... e vendo o caipira agachado ali no meio da estrada, perguntou:

          - Ó Pedro Malasartes! O que é que tu tá fazendo aí, home de Deus?

          - Ih, seu coroné, o sinhó num vai nem acredita no que me aconteceu. Estava passeando por estas bandas, quando de repente avistei um pássaro lapão!

           O coronel, curioso como ele só, quis logo saber:

            - Pássaro lapão? Que diacho é isso, Pedro Malasartes?

            - Ué, o sinhô nunca ouviu falar do pássaro lapão? É uma ave muito rara, seu coroné! Ele tem o canto mais bonito do mundo; muito mais bonito que o canto daquele tal do uirapuru. As suas penas têm as cores do arco-íris e são tão suaves quanto a brisa da manhã. Mas são poucas as pessoas que conseguem pegar um pássaro lapão. Ele é muito arisco! Esse aqui estava distraído e eu ó... consegui prendê ele aqui embaixo do meu chapéu. Ele vale uma fortuna, seu coroné, uma fortuna! Vou ganhar muito dinheiro com ele.

           Pedro Malasartes ia falando e inventando cada vez mais maravilhas sobre o pássaro lapão. E o coronel só ia enchendo os olhos de cifras imaginando o quanto poderia ganhar com aquela raridade.

          Após ouvir todas as “explicações” de Malasartes sobre o animal, o coronel sugeriu, mas daquele modo mandão que todo mundo ali da região já conhecia:

         - Malasartes, vamos fazer um combinado: vamos nós dois ganhar muito dinheiro com essa preciosidade. Nós vamos exibir esse pássaro lapão na feira. As pessoas que quiserem ver vão ter de pagar ingresso. E é aí que a gente vai faturar uma boa soma. Tome aqui esse dinheiro e vá agorinha mesmo lá no armazém comprar uma gaiola para esse pássaro, enquanto isso eu fico tomando conta do bichinho.

          Pedro Malasartes, percebendo que seus planos estavam dando certo, respondeu ao coronel:

          - Ah, num sei não! Eu não tô acreditando que o sinhô vai cuidar desse pássaro como ele merece. Além do mais, esse dinheirinho aí é pouco demais. Um pássaro raro como esse carece de uma gaiola muito bonita, imponente, folheada a ouro.

           - Mas, Pedro, que gaiola imponente que nada! Isso é só um pássaro.

           - Já falei pru sinhô que esse pássaro lapão é muito sensível, não pode ficar preso em qualquer lugar, senão ele para de cantar, as penas murcham e caem. Aí ele acaba morrendo de tristeza.

           Depois de muita argumentação de um lado e de outro, o coronel, já bem nervoso e contrariado, aceitou o que Malasartes pediu:

            - Tá bão, tá bão, Pedro! Então leve todo esse dinheiro que eu tenho aqui e vá lá comprar essa tal gaiola imponente. Não se preocupe que eu vou saber cuidar muito bem desse pássaro cheio de salamaleques... Vá logo!

            Mais do que depressa, Pedro Malasartes desapareceu com o dinheiro, correu em direção à casa do velho Piaçava, que, sabendo do ocorrido, pôde comprar meia dúzia de novas cabras. A quantia que o coronel entregou ao Malasartes era mais do que suficiente para cobrir esse prejuízo. E o espertalhão ainda ficou com um bom “troco”!

         Enquanto isso, lá naquela estradinha, o coronel aguardava a chegada da encomenda. Esperando, esperando, esperando... e sonhando de olhos abertos com os lucros que iria ter. Com o tempo passando, a paciência já esgotada, suando em bicas por causa do forte sol do meio-dia em sua moleira, ele decidiu:

         - Quer saber de uma coisa? Eu vou é ganhar dinheiro sozinho. Deixa o Pedro pra lá! Eu mesmo levo essa raridade lá pra feira!

         Então, o coronel levantou rapidamente o chapéu, enfiou a mão naquela “coisa” e...

          Bem, o que se sabe é que naquele momento, naquela cidadezinha do sertão, todos ouviram o grito do coronel:

          - Pedro Malasartes...EU TE MATO!!!

          Todos, menos o Pedro Malasartes, que a essa altura já estava longe, muito longe, aproveitando muito bem o dinheiro do coronel.

Vocabulário

Carece: precisa de.

Cifra: quantia em dinheiro.

Moleira: no texto quer dizer cabeça.

Uirapuru: pássaro da Amazônia, de penas muito coloridas e de canto que impressiona por sua beleza.

 Glauter Barros. Pedro Malasartes e o pássaro lapão. In: Lenice Gomes, Fabiano Moraes (Org).

Histórias de quem conta histórias. São Paulo: Cortez, 2010.p.106-111.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.237-41..

Entendendo o texto

01. O conto Pedro Malasartes e o pássaro lapão é um conto popular de artimanha é ter um personagem astuto, que usa a esperteza para trapacear, e outro personagem que é enganado pelo primeiro.

Responda:

a)   Quem é o personagem que usa a esperteza para enganar?

               Pedro Malasartes.

         b)   Quem é o personagem enganado? E qual o motivo de enganação?

           O amigo de Pedro Malasartes, Piaçava. Porque o coronel da cidade havia roubado as cabras de Piaçava.

        c)   Qual foi o plano de Pedro Malasartes para a enganação?

            O plano de Pedro Malasartes foi: comer muito, tomar laxante para soltar o intestino, fazer cocô, cobrir com seu chapéu e inventar para o coronel que debaixo do chapéu havia um pássaro raro e valioso, que os faria ganhar muito dinheiro.

         d)   O plano de Pedro Malasartes deu certo? Por quê?

         Sim, pois Malasartes conseguiu dinheiro para que o amigo Piaçava comprasse outras cabras e, além disso, conseguiu pregar uma peça no coronel.

02. Releia o trecho: e copie abaixo a palavra que foi repetida.

   Trecho A     Enquanto isso, lá naquela estradinha, o coronel aguardava a chegada da encomenda. Esperando, esperando, esperando... e sonhando de olhos abertos com os lucros que iria ter.

a)   Copie abaixo a palavra que foi repetida.

Esperando, esperando, esperando...

b)   Qual a intenção dessa repetição?

A repetição tem o objetivo de evidenciar a longa espera do coronel pela volta de Malasartes com a gaiola.

·        Nesse trecho, as reticências (...) foram usadas para ressaltar  a ideia de que a espera foi longa.

               Agora releia outro trecho do conto e responda.

              Trecho B    Então, o coronel levantou rapidamente o chapéu, enfiou a mão naquela “coisa” e...

·        Nessa frase, as reticências foram usadas com a mesma finalidade que no trecho A? Justifique.

No trecho B, as reticências não foram usadas com a mesma intenção que no trecho A, pois foram empregadas com o objetivo de evidenciar uma interrupção na história para que o leitor imaginasse o final da cena, causando ainda mais humor ao desfecho do plano de Pedro Malasartes.

03. Copie do texto a parte em que Pedro Malasartes descreve o pássaro lapão.

É uma ave muito rara, seu coroné! Ele tem o canto mais bonito do mundo; muito mais bonito que o canto daquele tal do uirapuru. As suas penas têm as cores do arco-íris e são tão suaves quanto a brisa da manhã. Mas são poucas as pessoas que conseguem pegar um pássaro lapão. Ele é muito arisco.

 

04. Escreva com que intenção Malasartes descreveu o pássaro com tantos detalhes.

A intenção de Malasartes era dar mais veracidade à história que ele inventou, fazer o coronel acreditar que se tratava de uma ave muito valiosa e, assim, deixa-lo curioso e entusiasmado.

 

CONTO: PEDRO MALASARTES E O PÁSSARO LAPÃO - PARTE 1 - GLAUTER BARROS - COM GABARITO

 CONTO: PEDRO MALASARTES E O PÁSSARO LAPÃO

               Glauter Barros

PARTE 1

        Conta a história que, lá pelas bandas do interior desse Brasilzão, havia uma cidadezinha bem no meio do sertão. Seus moradores viviam das plantações e de cuidar das galinhas, porcos, cabras e outros animais de criação.

         Existia, nessa cidade, um coronel, que se achava muito poderoso, porque era homem de muitas posses, o mais rico daquela região.

          Um dia, esse valentão, coronel mandão, muito curioso e apropriador de coisas indébitas, resolveu roubar seis cabras do velho Piaçava. O velho, pobre, muito fraco, não podia fazer nada, porque, assim como os outros habitantes, tinha medo do tal coronel. Triste pelo prejuízo, a única coisa que o pobre Piaçava fez foi contar o ocorrido a seu compadre, o Pedro Malasartes. Pedro, que não gostava de injustiças, comprou a briga e prometeu que daria uma solução para o fato.

         Finda a visita, Piaçava retornou para sua casa, esperançoso e confiante na esperteza do seu compadre.

         Pedro Malasartes ficou matutando, matutando, matutando... Quando as ideias clarearam ele foi para a cozinha e começou a preparar um enorme caldeirão de feijoada, com muitas carnes e temperos variados. Depois, sentou-se diante de um imenso prato e comeu até não poder mais, dando cabo de todo o caldeirão da suculenta iguaria. Foi então para a sua rede descansar.

         Passadas algumas horas daquele farto jantar, levantou-se e bebeu um vidro inteirinho de laxante. E se recolheu...

         No dia seguinte, faltando 15 minutos para o meio-dia, estava lá Pedro Malasartes, para dar sequência a seus planos, no meio da estrada, bem no meio do caminho onde todos os dias naquela mesma hora o coronel passava, Pedro estava inquieto, andando com passos miudinhos de um lado para o outro, contorcendo-se e prendendo as pernas. Lá dentro de sua barriga parecia que tinha um formigueiro de tanta mexeção! Chegou um momento em que Pedro não aguentou mais. Imediatamente arriou as calças e, ali mesmo onde estava, resolveu obrar, como diziam os antigos.

           Depois, rapidamente colocou o seu velho chapéu de palha por cima daquela “bela produção”. Ficou segurando o chapéu pelas abas e observando para ver se o coronel aparecia lá na distante curva da estrada.

            [...]

Vocabulário

Finda: que chegou ao fim; encerrada, terminada.

Iguaria: comida apetitosa.

Indébitas: indevidas.

Laxante: remédio que induz à evacuação de fezes.

Glauter Barros. Pedro Malasartes e o pássaro lapão. In: Lenice Gomes, Fabiano Moraes (Org).Histórias de quem conta histórias. São Paulo: Cortez, 2010.p.104-106.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.234-.6.

Entendendo o texto

01. No conto lido, o narrador somente narra os fatos ou participa da história?

O narrador observa e conta o que acontece na cena.

02. Marque a alternativa correta.

O narrador desse conto é

( X ) narrador-observador

(    ) narrador-personagem

03. Releia o trecho a seguir. Depois, escreva o que estava acontecendo com Pedro Malasartes nesse momento da história.

       [...] Pedro estava inquieto, andando com passos miudinhos de um lado para o outro, contorcendo-se e prendendo as pernas. Lá dentro sua barriga parecia que tinha um formigueiro de tanta mexeção! [...]

Pedro estava com muita vontade de ir ao banheiro.

04. Releia um trecho do conto, observando a expressão em destaque.

       [...] Depois, rapidamente colocou o seu velho chapéu de palha por cima daquela “bela produção” [...]

- Marque a alternativa adequada.

Essa expressão foi escrita entre aspas para passar ideia de:

a)   Alegria.

b)   Ironia.

c)   Tristeza.

d)   Veracidade.

 

 

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

CONTO(TRECHO): O PRÍNCIPE SAPO - CLÁUDIO FRAGATA - COM GABARITO

 CONTO(TRECHO): O PRÍNCIPE SAPO

                Recontado por Cláudio Fragata, especialmente para esta obra.

           [...]

          A princesa, cheia de nojo, pegou o sapo pela ponta dos dedos e pôs sobre a mesa.

          - Agora – disse ele -, puxe o seu prato dourado para mais perto de mim e vamos comer juntos!

          Ela puxou o prato, mas não conseguiu dar uma garfada sequer. Depois de encher a pança, o sapo pediu:

        - Leve-me agora ao seu quarto. Quero dormir em seus lençóis de seda!

         A princesa achou que o sapo estava passando dos limites, mas o rei mandou que ela fizesse o que o bicho pedia.

          Segurando o sapo com uma careta de nojo, ela o levou até o quarto e colocou-o sobre os lençóis macios e foi lavar as mãos com muita espuma. Quando a princesa deitou em sua caminha macia, o sapo veio e disse:

         - Agora eu quero um beijinho seu!

         Muito contrariada, a princesa deu uma bitoca no sapo. Mas logo se arrependeu, pegou o sapo e atirou-o contra a parede.

         [...]

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano: componente curricular língua portuguesa: ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.135.

Responda

01. Quem está dialogando nesse trecho do conto?

A princesa e o sapo.

02. Quantos parágrafos tem esse trecho? Como você descobriu?

Resposta pessoal.

Sugestão: Esse trecho tem oito parágrafos, usando como argumento o fato de a linha dos parágrafos começar mais à direita que as outras.

 

CONTO(FRAGMENTO): O PRÍNCIPE SAPO - CLÁUDIO FRAGATA - COM GABARITO

 CONTO(FRAGMENTO): O PRÍNCIPE SAPO

                Recontado por Cláudio Fragata, especialmente para esta obra.

         Era uma vez um rei africano que tinha três filhas. A mais nova era a mais bonita. O sol, a lua e as estrelas perdiam um pouco de brilho diante de sua beleza. Até o leão, rei da floresta, fazia uma reverência quando ela passava com suas pulseiras de prata e sua gargantilha cravejada de pedras preciosas.

          Mas vida de princesa também pode ser chata, com tantos leques e salamaleques e sem nenhum amigo para brincar.

           Quando se sentia só e aborrecida, a princesinha ia até a beira do rio e se distraía com sua bola de ouro, jogando-a para cima e apanhando-a quando descia.

            Um dia, a bola escapou de suas mãos e foi parar no fundo do rio. Ela começou a chorar e disse em voz alta.

            - Eu faria qualquer coisa para ter minha bola de novo!

            Foi então que a princesa ouviu alguém perguntar:

            - O que você faria, minha princesa?

            [...]

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano: componente curricular língua portuguesa: ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.134.

Entendendo o texto

01. Em sua opinião, que personagem vai aparecer na história?

Resposta pessoal.

Sugestão: Levando em conta o título, conclui que um sapo vai aparecer como personagem da história.

02. O que você acha que vai acontecer entre a princesa e esse personagem?

Resposta pessoal.

 

 

CONTO: ...E O PRÍNCIPE FOI PRO BREJO! SUPPA - COM GABARITO

 CONTO: ... E O PRÍNCIPE FOI PRO BREJO!

                   Suppa

          O príncipe e a princesa se casaram e não foram felizes para sempre...

          Tudo começou quando o príncipe gritou e a princesa fingiu que nem escutou...

           Logo depois, à noite, ele roncou...

           RONC! RONC! RONC! RONC! RONC!

           No dia seguinte, à mesa, ele arrotou.

           BUUUUUURP!

           Certa vez, a princesa colocou seu vestido novo e ele nem notou.

           [...]

           Saiu, nem a beijou, e até um pum ele soltou! [...]

           Foi assim que tudo acabou.

Suppa. ...E o príncipe foi pro brejo! São Paulo: Folia de Letras,2014.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.132-3.

 Entendendo o texto

01. O título desse conto lembra uma expressão popular. Qual é ela? O que ela significa?

A expressão é “a vaca foi pro brejo”, que significa que algo ou alguma situação ficou muito ruim.

02. Esse príncipe se parece com os dos contos tradicionais? Por quê?

Não, pois os príncipes dos contos de fadas tradicionais são, geralmente, educados, gentis e atenciosos. Nesse conto, o príncipe é retratado como alguém sem educação e que não dá atenção para a princesa.

03. Copie as onomatopeias e explique o que cada uma delas significa.

RONC representa o som de ronco e BUUUUUURP representa o som de arroto.

04. A história se passa em apenas um dia? Escreva o trecho que justifica sua resposta.

Não, a história dura mais de um dia: “No dia seguinte, à mesa, ele arrotou”.

05. Copie o trecho do conto que tenha as expressões que mostram a passagem de tempo na história.

...Certa vez...

domingo, 11 de dezembro de 2022

TEXTO: TODOS IGUAIS EM NOSSAS DIFERENÇAS - EDSON GABRIEL GARCIA - COM GABARITO

 TEXTO: TODOS IGUAIS EM NOSSAS DIFERENÇAS

               Edson Gabriel Garcia

        Não há nada mais triste para uma pessoa do que se sentir menosprezada.

         Não há como se sentir igual a todos se os olhos de alguns a veem como diferente e de menos valor, uma pessoa de segunda classe, por ela não estar dentro dos padrões.

         Pessoas discriminadas sentem-se diminuídas, abaladas em sua autoestima. Olham no espelho e pensam: “não sou bonita, mas sou importante, não tenho qualidades, os outros não me reconhecem como alguém de valor”.

          Isso leva a algumas consequências e dolorosas: a pessoa perde a autoconfiança em si mesma; a pessoa se entristece; a pessoa passa a pensar que tem menos valor, menos inteligência, menos capacidade; a pessoa acaba por se incomodar, ser infeliz e acostumar-se ao fracasso.

          Coisas assim não podem acontecer. Cada um, do seu jeito, tem o direito de ser diferente e crescer valorizado em sua diferença.

          Somos todos iguais em nossas diferenças.

 Edson Gabriel Garcia. O jeito de cada um: iguais e diferentes. São Paulo:FTD,2001. p.40.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.114-9.

Entendendo o texto

 01. Qual é o tema tratado no texto?

Preconceito.

02. Em sua opinião, esse tema está ultrapassado ou continua atual?

Resposta pessoal.

Espera-se que os alunos respondam que o tema continua atual, pois o preconceito ainda é presente no dia a dia. Ele aparece muitas vezes disfarçado de brincadeiras ou está escondido em uma falsa atitude de carinho.

03. Alguma pessoa próxima a você já passou por situação difícil, sendo discriminada em razão de algum preconceito? Conte o que aconteceu e qual foi a reação da pessoa.

Resposta pessoal.

04. Você concorda com a ideia de que Todos somos iguais em nossas diferenças?

Resposta pessoal.

05.  Escreva:

a)   o ponto de vista defendido no texto, ou seja, a opinião do autor do texto sobre o assunto.

O ponto de vista defendido no texto é de que a discriminação e o preconceito são inadmissíveis.

b)   dois argumentos usados para defender esse ponto de vista.

O preconceito não deve acontecer, pois ele causa infelicidade e baixa autoestima nas pessoas.

Além disso, cada um tem o seu jeito de ser e o direito de ser diferente e crescer valorizado em sua diferença.

06. Releia o quarto parágrafo, observando a função da palavra isso.

Essa palavra se refere a:

a)   algo que já foi dito no texto.

b)   algo que ainda será dito no texto.

07. Releia o segundo parágrafo.

     Não há como se sentir igual a todos se os olhos de alguns a veem como diferente e de menos valor, uma pessoa da segunda classe, por ela não estar dentro dos padrões.

·        O que você entendeu por:

a)   pessoa de segunda classe?

Espera-se que os alunos concluam que a expressão refere-se a uma pessoa considerada inferior aos olhos de outra.

b)   estar dentro dos padrões?

Espera-se que associem a expressão a estar dentro do que a sociedade convencional como modelo ideal.

 

ARTIGO DE OPINIÃO - NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO! DENISE ARAGÃO - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO- NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO VIRAR VÍCIO!

          Denise Aragão

          A internet e as tecnologias associadas a ela fazem parte do cotidiano atual de crianças e jovens, pois são instrumentos de pesquisa, conhecimento e lazer. No entanto, como o controle em relação ao tempo de uso é praticamente impossível, estão causando inúmeros problemas.

       Esse é um tema muito relevante, pois já é possível perceber sintomas de vício em eletrônicos nos jovens e até nas crianças, como, por exemplo: o isolamento, o afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre, a queda do rendimento escolar, a irritabilidade, a agressividade, a necessidade de passar um tempo cada vez maior conectado e a angústia quando são impedidos.

        Além disso, o costume de jogarem ou conversarem nas redes sociais antes de irem para a cama está adiando o horário dessa turma ir dormir. Eles deveriam dormir por volta das 21h30, três horas depois que escurece. Quem adia esse momento está mais exposto ao vício e à insônia.

      Outro ponto importante é o de que, como deixam de fazer exercícios físicos, é comum o ganho de peso, a obesidade e até a hipertensão precoce. Também já é possível observar problemas psicológicos. Durante a infância e a juventude, atividades variadas são indispensáveis para a formação psíquica do indivíduo. Por ser um ambiente muito atrativo, a internet pode gerar o desinteresse pela vida real e, muitas vezes, sua substituição pela vida virtual. Os efeitos dessa dependência vão da irritabilidade à alienação social, uma vez que a vida familiar, escolar e pessoal é prejudicada.

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

 Denise Aragão. A Era Digital e os impactos na educação infantojuvenil. Coluna Bernadete Alves. Disponível em: http://www.bernadetealves.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3049%3Acoluna-bernadete-alves-dia-31072017&catid=4%3Abernadetealves&Itemid=1. Acesso em: 30 ago.2017.

Fonte: Encontros língua portuguesa, 4º ano:componente curricular língua portuguesa:ensino fundamental, anos iniciais/Isabella Pessoa de Melo Carpaneda, Angiolina Domanico Bragança – 1 ed. São Paulo: FTD, 2018, p.276-9.

 

GLOSSÁRIO

Hipertensão: pressão alta demais dentro do corpo.

Relevante: de muita importância, importante.

 Entendendo o texto

 01.Qual o ponto de vista defendido nesse artigo de opinião?

      Esse artigo defende que o uso excessivo das tecnologias tem causado inúmeros problemas em crianças e jovens.

02. Para defender seu ponto de vista, a autora listou alguns problemas causados pelo uso excessivo das novas tecnologias. Escreva três deles.

- Isolamento;

- Afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre;

- Baixa no rendimento escolar;

- Agressividade;

- Angústia quando não se está conectado;

- Perda do sono;

- Hipertensão;

- Desinteresse pela vida real.

03. Releia o início do quarto parágrafo do artigo de opinião.

   a) Qual foi a intenção da autora ao começar o quarto parágrafo com a expressão outro ponto importante? Marque.

  ( x ) Reafirmar as ideais dos parágrafos anteriores e acrescentar novas justificativas para defender seu ponto de vista.

   (    ) Iniciar uma ideia contrária ao parágrafo anterior.

   b) Encontre outro modo de começar o quarto parágrafo, substituindo as palavras outro ponto importante por outros termos que tenham o mesmo sentido.

Sugestões de resposta: e não é só isso/ e não para por aí/além disso/ e tem mais.

04. Releia um trecho do último parágrafo do artigo

      Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com seus familiares.

a)   Que palavra pode substituir a que está em destaque sem mudar o sentido da frase?

Sugestões de resposta: desligados, afastados, desvinculados.

b)   Na sua opinião, qual a intenção da autora em usar a palavra desconectados?

É provável que a autora tenha escolhido a palavra “desconectados” para fazer referência ao tema do artigo.

05. Leia.

            Conectado  - desconectado

a)   Essas palavras têm sentido semelhante ou sentido contrário?

    Sentido contrário.

b)   Faça o mesmo com as seguintes palavras, escrevendo o sentido contrário delas.

Cuidar      - descuidar

Fazer       - desfazer

Abrigar     - desabrigar

Congelar  - descongelar

Conhecer – desconhecer

Costurar  descosturar

Crença    descrença

Embarcar – desembarcar

06. A autora desse artigo ressaltou que um dos problemas causados pelo uso excessivo de tecnologias é a insônia.

       Em sua opinião, por que o sono é importante?

       Resposta pessoal.