quarta-feira, 10 de outubro de 2018

FILME: O DIABO VESTE PRADA - DAVID FRANKEL - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS


Filme: O DIABO VESTE PRADA
  
Data de lançamento 22 de setembro de 2006 (1h 50min)
Direção: David Frankel
Gênero Comédia
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim.
Entendendo o filme:
01 – Faça uma análise sobre a cultura organizacional e seus principais valores no filme.
      No filme “O diabo veste Prada, percebe-se que a empresa tem uma cultura organizacional totalmente distorcida daquilo que deve-se ser, desprezando totalmente o funcionário e seus valores, percebe-se também que a organização é focada nos lucros.

02 – Que tipo de liderança tinha Meryl Streep a editora de moda da revista, e as principais consequências de sua liderança para a organização. Quais os pontos positivos e negativos de sua liderança.
      Miranda era uma líder autocrática, neste caso ela é o centro das decisões, causando assim conflitos entre funcionários dentro da organização, sua forma de liderança gera resultados para a empresa porem os funcionários acabam adoecendo de certa forma psicologicamente quanto fisicamente pela pressão sofrida por este tipo de liderança.

03 – O esforço de Anne Hathaway em conciliar a vida profissional e pessoal gerou um conflito de valores entre pessoa e organização. Explique.
      Certa parte do filme, Miranda decide impor tarefas quase que impossíveis a Andy, atividades escolares de suas filhas, uma cópia de livro que nem tinha sido lançado ainda, quando de repente Andy se vê distante de seus parentes e amigos, deixando para trás seus valores.

04 – Qual o mecanismo de defesa utilizado por Anne Hathaway, na sua em não se tornar o que mais repugnava. Explique por que a utilização do mecanismo.
      No filme, percebe-se que Andy usa alguns mecanismos de defesa, tais como os de racionalização, formação reativa e projeção.

05 – A mensagem central do filme é pautada na Andy passa grande parte do filme privando-se de tomar decisões por conta própria, depositando, nos outros a responsabilidade por tornar-se o ser desprezível que ela tanto criticava. Comente essa afirmação.
      Certa parte do filme Miranda deixa bem claro para Andy que ela também terá que tomar decisões difíceis e terá que fazer escolhas difíceis também para ela poder chegar lá, é quando Andy decide não mais continuar, pois percebe que seus valores eram mais importantes que sua vontade.

06 – A personagem de Anne Hathaway se percebeu parecida com sua chefa Miranda, que deixa claro em uma cena do filme ser workaholic convicta. Explique o que é ser workaholic e sua evolução para uma patologia.
      Quando uma pessoa é viciada em trabalho, este indivíduo geralmente não consegue se desligar do trabalho, acaba levando trabalho para casa e esquecendo da família e amigos, este trabalho incessante pode trazer doenças psicossomáticas como transtorno de ansiedade, estresse, e até mesmo depressão.

07 – Miranda por outro lado a motiva de forma rígida seu funcionário a buscar o seu melhor, mas ao mesmo tempo desmotiva-o por não elogiar, não deixando que o mesmo reconheça suas qualidades, desmerecendo o seu serviço. Comente essa afirmação.
      Várias vezes Andy, se sente desmotivada pois não tinha o reconhecimento de sua chefe, isso fez com que ela quase desistisse, pois já não sabia mais como tentar ter o reconhecimento de sua chefa.

08 – Uma das maiores e mais notáveis características da contemporaneidade é a contradição que nos enreda, e, com certeza, confunde. No filme “O Diabo veste Prada”, evidenciam-se questões tão complexas como felicidade e sofrimento, que, em nosso século. Tornam-se cada vez menos discutidos e mais difundidos em meio a uma rotina compulsória que deixa de ser vivida, apreciada e passa a ser consumida freneticamente. Comente essa afirmação de acordo com sua compreensão do filme.
      Nos dias atuais é mais visível essa rotina compulsória por trabalho e por dinheiro, por causa disso deixamos de apreciar a vida e o que ela tem para nos oferecer de melhor, o filme retrata bem essa questão, será que temos que trocar nossa saúde em prol de outra pessoa, precisamos estar com o bem estar físico e mental para encarar os desafios diários, crer que nossos valores são o que mais importa e aprender a não adotar valores de outras pessoas.




POEMA PARA SÉRIES INICIAIS: CRIANDO CLASSIFICADOS - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

Poema: CRIANDO CLASSIFICADOS
          Roseana Murray

Atenção! Compro gavetas,
compro armários,
cômodas e baús.

Preciso guardar minha infância,
os jogos de amarelinha,
os segredos que me contaram
lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças,
as viagens que me contaram
lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças,
as viagens que não fiz,
ciranda cirandinha
e o gosto de aventura
que havia nas manhãs.

Preciso guardar meus talismãs
o anel que tu me deste,
o amor que tu me tinhas
e as histórias que eu vivi.

                                           Roseana Murray

Entendendo o poema:
01 – Por que a poeta (ou quem fala) sente necessidade das gavetas, baús, etc.? O que ela estaria perdendo?
      Parece que ela está perdendo a infância (ou lembranças) e tudo o que esse tempo significa de aventura, quintais, brincadeiras, cantos, delicadezas – tudo que a vida adulta e os tempos modernos esquecem – e que não podem ser comprados – infelizmente! – pelos anúncios de jornal.

02 – A poeta faz alusão a vários textos e brincadeiras da infância. Vocês são capazes de cantar e dizer como eram as brincadeiras?
      A cantiga de roda, Ciranda cirandinha, está espalhada pelo texto. (Convide os alunos a cantar). O jogo amarelinha é o jogo de alcançar o céu, pulando, com um pé só, casas desenhadas. Peça que alguém desenhe amarelinha no quadro.

03 – No primeiro parágrafo quais são os móveis que o autor quer comprar?
      Gavetas, armários, cômodas e baús.

04 – Quantas estrofes há no poema?
      Possui 05 estrofes.

05 – Qual o título do poema? Quem é a autora?
      Criando Classificados. Roseana Murray.

06 – Quantos versos o poema “Criando Classificados”, possui?
      Possui 19 versos.

07 – No verso: “Preciso guardar meus talismãs” quais são?
      São: o anel – o amor – e as histórias.



POESIA: BEM-TE-VI... BEM-TE-VI... CORA CORALINA - COM GABARITO

Poesia: Bem-te-vi... Bem-te-vi...       

                        Cora Coralina

Que terás visto?
Há quanto tempo tu avisas, bem-te-vi...
Bem-te-vi da minha infância, sempre a gritar,
sempre a contar, fuxiqueiro,
e não viste nada.


Meu amiguinho, preto-amarelo.
Em que ninho nasceste, de que ovinho vieste,
e quem te ensinou a dizer: Bem-te-vi?...
Bem te vejo, queria eu também cantar e repetir
para ti: Bom dia, bem te vejo, te escuto.
Bem-te-vi sobrevivente
de tantos que já não voam sobre o rio,
nem pousam nas palmas dos coqueiros altos...

Mostra para mim,
meu velho companheiro de uma infância ultrapassada,
tua casa, tua roça, teu celeiro, teu trabalho, tua mesa de comer,
tuas penas de trocar,
leva-me à tua morada de amor e procriar.
Vamos ao altar de Deus agradecer ao criador
não desaparecerem de todo os Bem-te-vis
dos Reinos de Goiás.

Canta para mim, tão antiga como tu,
as estorinhas do passado.
Bem-te-vi inzoneiro, malicioso e vigilante.
Conta logo o que viste, fuxiqueiro do espaço,
sempre nas folhas dos coqueiros altos,
que também vão morrendo devagar como morrem os coqueiros,
comidos de velhice e de lagartas.

Entendendo a poesia:

01 – Procure no dicionário as palavras desconhecidas e transcreva, de o significado delas:
·        Fuxiqueiro: que(m) faz intrigas.

·        Roça: terreno de lavoura; plantação.

·        Inzoneiro: que(m) arma intrigas ou faz fuxicos; intrigante; mexeriqueiro.

02 – Identifique quantas estrofes têm a poesia e quantos versos têm a poesia toda.
      Possui quatro estrofes e vinte e oito versos.

03 – O eu lírico dala de eu velho companheiro de infância. Quem é?
      É um bem-te-vi.

04 – Na quarta estrofe o eu lírico qualifica seu amigo bem-te-vi com quais adjetivos?
      Inzoneiro, malicioso e vigilante.





FÁBULA: AS DUAS CABRAS - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: As Duas Cabras
                                    Autor:  Esopo

        Duas Cabras brincavam alegremente sobre as pedras, na parte mais elevada de um vale montanhoso. Na ocasião se encontravam separadas uma da outra por um abismo em cujo fundo corria um caudaloso rio que descia das montanhas.
        O tronco de uma árvore caída era o único e estreito meio de cruzar de um lado ao outro do despenhadeiro, e nem mesmo dois pequenos esquilos eram capazes de atravessar ao mesmo tempo a que caminho improvisado com segurança.
        De fato, embora aquele estreito e precário caminho fosse capaz de amedrontar até o mais bravo dos pretendentes à travessia, a regra não parecia se aplicar àquelas duas Cabras.
        Ocorre que o orgulho de cada uma delas não permitiria que uma permanecesse diante da outra, sem que isso não representasse uma afronta ou ameaça aos seus domínios, mesmo ocupando lugares distintos, espaços próprios, separados pela profunda garganta.
        Então resolveram atravessar ao mesmo tempo o estreito caminho. A intenção de ambas era decidir qual delas deveria permanecer naquele local, já que tratava-se de uma questão de honra, preservar seu espaço sagrado. E no meio da travessia, as duas se encontraram, e logo começaram a se agredir mutuamente com seus poderosos chifres.
        Desse modo, firmes na decisão de levar adiante o incondicional desejo pessoal de dominação e supremacia, nenhuma das duas mostrava disposição em ceder caminho à adversária. Assim, pouco tempo depois, acabaram por cair na profunda grota, e assim sucumbiram arrastadas pela forte correnteza do rio.
        Moral: O orgulho do ignorante é a vaidade que aflora naturalmente com o advento da burrice.

Entendendo a fábula:
01 – Explique com suas palavras o que entendeu da história.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É que para as cabras, só podia ficar uma naquele local.

02 – Segundo o texto, como que era o caminho que separava as duas cabras.
      O único meio para atravessar, era através de um troco de árvore que tinha caído, ligando um lado com o outro lado do despenhadeiro.

03 – O que significa a expressão grifada: “...E em seu fundo, corria um rio, caudaloso...?
      É que o rio tinha muita água.

04 – Aponte três substantivos simples do texto.
      Cabras, pedras, vale.   
  
05 – Ainda de acordo com o texto, no quarto parágrafo, a palavra “garganta” apresenta um sentido figurado. Qual o sentido literal da palavra?
      É a cavidade formada pela laringe.

06 – Crie uma frase com a palavra “garganta”, no sentido explicado na questão anterior.
      Estou com a garganta inflamada.

07 – Identifique os principais adjetivos citados no texto.
      Alegremente, pequenos, estreito, precário, bravo, orgulho, profunda.

08 – O que significa “grota”?
      Abertura feita pelas enchentes em ribanceira ou margens de rios.

09 – Os que as Cabras faziam no alto da montanha?
      Elas estavam brincando alegremente.

10 – Elas eram amigas entre si? Justifique com trecho do texto.
      Não. Ocorre que o orgulho de cada uma delas não permitiria que uma permanecesse diante da outra.

11 – O que aconteceu quando uma percebeu a presença da outra?
      Elas sentiram que seus domínios estavam sendo ameaçado.

12 – Por que resolveram atravessar ao mesmo tempo a trilha que cruzava o abismo?
      Então resolveram atravessar ao mesmo tempo o estreito caminho. A intenção de ambas era decidir qual delas deveria permanecer naquele local, já que tratava-se de uma questão de honra, preservar seu espaço sagrado.

13 – Era aquela travessia segura?
      Não, era muito perigosa.

14 – O desfecho da decisão foi satisfatório para ambas? O que ocorreu em seguida?
      Não. As duas terminaram caindo no abismo e foram levadas pelas correntezas.

15 – Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?
      Resposta pessoal do aluno.



CONTO: O GATO DE BOTAS (CHARLES PERRAULT) - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Conto: O Gato de Botas
                         
                       (Charles Perrault)

        Era uma vez um moleiro muito pobre, que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram preguiçosos e o caçula era muito trabalhador.
        Quando o moleiro morreu, só deixou como herança o moinho, um burrinho e um gato. O moinho ficou para o filho mais velho, o burrinho para o filho do meio e o gato para o caçula. Este último ficou muito descontente com a parte que lhe coube da herança, mas o gato lhe disse: 
        -- Meu querido amo, compra-me um par de botas e um saco e, em breve, te provarei que sou de mais utilidade que um moinho ou um asno. 
        Assim, pois, o rapaz converteu todo o dinheiro que possuía num lindo par de botas e num saco para o seu gatinho. Este calçou as botas e, pondo o saco às costas, encaminhou-se para um sítio onde havia uma coelheira. Quando ali chegou, abriu o saco, meteu-lhe uma porção de farelo miúdo e deitou-se no chão fingindo-se morto. 
        Excitado pelo cheiro do farelo, o coelho saiu de seu esconderijo e dirigiu-se para o saco. O gato apanhou-o logo e levou-o ao rei, dizendo-lhe:
        -- Senhor, o nobre marquês de Carabás mandou que lhe entregasse este coelho. Guisado com cebolinhas será um prato delicioso. 
        -- Coelho?! – exclamou o rei.
        -- Que bom! Gosto muito de coelho, mas o meu cozinheiro não consegue nunca apanhar nenhum. Diga ao teu amo que eu lhe mando os meus mais sinceros agradecimentos. 
        No dia seguinte, o gatinho apanhou duas perdizes e levou-as ao rei como presente do marquês de Carabás. 
        Durante um tempo, o gato continuou a levar ao palácio outros presente, todos dizia ser da parte do Marquês de Carabás. 
        Um dia o gato convidou seu amo para tomar um banho no rio. Ao chegarem ao local o gato disse ao jovem:
        -- De hoje em diante seu nome será Marquês de Carabás. Agora, por favor, tire sua roupa e entre na água.
        O rapaz não estava entendendo nada, mas como confiava no gato atendeu seu pedido. 
        O gato havia levado rapaz no local por onde devia passar a carruagem real. 
        O esperto gato ao ver uma carruagem se aproximando começou a gritar:
        -- Socorro! Socorro! 
        -- Que aconteceu? – perguntou o rei, descendo da sua carruagem. 
        -- Os ladrões roubaram a roupa do nobre marquês de Carabás! – disse o gato.
        -- Meu amo está dentro da água, ficará resfriado. 
        O rei mandou imediatamente uns servos ao palácio; voltaram daí a pouco com um magnífico vestuário feito para o próprio rei, quando jovem. 
        O dono do gato vestiu-se e ficou tão bonito que a princesa, assim que o viu, dele se enamorou. O rei também ficou encantado e murmurou: 
        -- Eu era exatamente assim, nos meus tempos de moço. 
        O rei convidou o falso marquês para subir em sua carruagem. 
        -- Será que a vossa majestade nos dá a honra de visitar o palácio do Marquês de Carabás? – perguntou o gato, diante do olhar aflito do rapaz.
        O rei aceitou o convite e o gato saiu na frente, para arrumar uma recepção para o rei e a princesa. 
        O gato estava radiante com o êxito do seu plano; e, correndo à frente da carruagem, chegou a uns campos e disse aos lavradores: 
        O rei está chegando; se não lhes disserem que todos estes campos pertencem ao marquês de Carabás, o rei mandará cortar-lhes a cabeça. 
        De forma que, quando o rei perguntou de quem eram aquelas searas, os lavradores responderam-lhe:
        -- Do muito nobre marquês de Carabás. 
        -- Que lindas propriedades tens tu! – elogiou o rei ao jovem.
        O moço sorriu perturbado, e o rei murmurou ao ouvido da filha: 
        -- Eu também era assim, nos meus tempos de moço. 
        Mais adiante, o gato encontrou uns camponeses ceifando trigo e lhes fez a mesma ameaça: – Se não disserem que todo este trigo pertence ao marquês de Carabás, faço picadinho de vocês.
        Assim, quando chegou a carruagem real e o rei perguntou de quem era todo aquele trigo, responderam: 
        -- Do mui nobre marquês de Carabás. 
        O rei ficou muito entusiasmado e disse ao moço:
        -- Ó marquês! Tens muitas propriedades! 
        O gato continuava a correr à frente da carruagem; atravessando um espesso bosque, chegou à porta de um magnífico palácio, no qual vivia um ogro muito malvado que era o verdadeiro dono dos campos semeados. O gatinho bateu à porta e disse ao ogro que a abriu: 
        Meu querido ogro, tenho ouvido por aí umas histórias a teu respeito. Dizei-me lá: é certo que te podes transformar no que quiseres? 
        -- Certíssimo – respondeu o ogro, e transformou-se num leão. 
        -- Isso não vale nada – disse o gatinho. – Qualquer um pode inchar e aparecer maior do que realmente é. Toda a arte está em se tornar menor. Poderias, por exemplo, transformar-te em rato? 
        -- É fácil – respondeu o ogro, e transformou-se num rato.
        O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o e desceu logo a abrir a porta, pois naquele momento chegava a carruagem real. E disse:
        -- Bem-vindo seja, senhor, ao palácio do marquês de Carabás. 
        -- Olá! – disse o rei.
        -- Que formoso palácio tens tu! Peço-te a fineza de ajudar a princesa a descer da carruagem. 
        O rapaz, timidamente, ofereceu o braço à princesa e o rei murmurou-lhe ao ouvido:
        -- Eu também era assim tímido, nos meus tempos de moço. 
        Entretanto, o gatinho meteu-se na cozinha e mandou preparar um esplêndido almoço, pondo na mesa os melhores vinhos que havia na adega; e quando o rei, a princesa e o amo entraram na sala de jantar e se sentaram à mesa, tudo estava pronto.
Depois do magnífico almoço, o rei voltou-se para o rapaz e disse-lhe: 
        -- Jovem, és tão tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que não a pedes em casamento? 
        Então, o moço pediu a mão da princesa, e o casamento foi celebrado com a maior pompa. O gato assistiu, calçando um novo par de botas com cordões encarnados e bordados a ouro e preciosos diamantes. 
        E daí em diante, passaram a viver muito felizes. E se o gato às vezes ainda se metia a correr atrás dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente não mais precisava de ratos para matar a fome... 

Entendendo o conto:
01 – Quando o moleiro morreu, como sua herança foi dividida entre seus três filhos?
      O mais velho ficou com o moinho; o burrinho ficou com o filho do meio; e para o caçula ficou o gato.

02 – Qual foi a preocupação do filho mais novo? Por quê?
      A preocupação foi a herança que recebeu, como ele iria conseguir sobreviver.

03 – Quais os objetos que o gato pediu a seu amo?
      Ele pediu um saco e um par de botas.

04 – Entre as três herança, qual delas você escolheria?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Qual foi o título que o gato inventou para o seu amo?
      Marquês de Carabás.

06 – Que animal o gato caçava para presentear o rei?
      Ele caçava coelhos.

07 – Onde o rei conheceu o dono do gato?
      No rio, onde o gato inventou que tinha sido assaltado e o amo tinha ficado sem roupas.

08 – Procure no dicionário o que significa Marquês.
      É um título que acompanha a posse de um marquesado.
      Senhor ou chefe militar a quem estava confiada a guarda das marcas ou fronteiras de um Estado.

09 – Em qual animal pequeno o bruxo ogro, se transformou?
       Ele se transformou num rato.

10 – E como o gato de botas se livrou do bruxo ogro?
       O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o.

11 – Qual foi a fala do rei, para poder encorajar o rapaz a pedir sua filha em casamento? 
      “-- Jovem, és tão tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que não a pedes em casamento?” 





HISTÓRIA: OS NEGÓCIOS DA EMÍLIA - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

História: OS NEGÓCIOS DA EMÍLIA
             Monteiro Lobato


      Havia chegado ao Rio de Janeiro um circo de cavalinhos que era uma verdadeira arca de Noé. Trazia enorme bicharada – seis leões, três girafas, quatro tigres, zebras, hienas, focas, panteras, cangurus, jiboias e um formidável rinoceronte. Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo. Quis ir ao Rio ver as feras, chegando a escrever a Dona Tonica, sua mãe, pedindo licença e meios. Antes, porém, de receber qualquer resposta, um fato sensacional se deu no Rio: o rinoceronte arrebentou as grades da jaula durante certa noite de temporal e fugiu. Fugiu para as matas da Tijuca, tomando depois rumo desconhecido.
        Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro. Os jornais não tratavam de outra coisa. Até uma revolução que estava marcada para aquela semana foi adiada, porque os conspiradores acharam mais interessante acompanhar o caso do rinoceronte do que dar tiros nos adversários.
        “UM RINOCERONTE INTERNA-SE NAS MATAS BRASILEIRAS”, era o título da notícia que vinha em letras graúdas em todos os jornais. Durante um mês ninguém cuidou de mais nada. Grande número de bombeiros e soldados da polícia foram mobilizados. Os melhores detetives do Rio aplicavam toda a sua esperteza em formar planos para a captura do misterioso animal. As forças do Norte que andavam caçando o Lampião deixaram em paz esse bandido para também se dedicarem à caça do monstro. Dizem até que o próprio Lampião e seus companheiros pararam de assaltar as cidades para se entregarem ao novo esporte – a caça ao rinoceronte.
        Onde estaria ele? Nas florestas do Amazonas? Nas matas virgens do Espírito Santo? Ninguém sabia. Telegramas chegavam de toda parte, sugerindo pistas. Um de Manaus dizia: “Numa floresta, a dez léguas desta cidade, foi visto, dentro de taquaruçus, o vulto negro de um monstro que parece ser o tal rinoceronte. Pedimos providências”.
        Cinco detetives e numerosos bombeiros foram mandados de avião para aquele ponto, a fim de investigar. Descobriram tratar-se de uma vaca preta que ficara entalada na moita de taquaruçus...
        Outro telegrama do mesmo gênero veio da cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo. “Nas matas vizinhas ouvem-se urros que não são de onça nem de nenhum animal conhecido por aqui. Pedimos enérgicas providências.”
        O avião de detetives voou para lá. Era um papagaio que fugira de um jardim zoológico, no qual aprendera a imitar o urro de todos os animais.
        Onde estará o rinoceronte? – eis a pergunta que da manhã à noite se repetia pelo país inteiro. Onde poderia ter se escondido a tremebunda fera?
        Ninguém possuía elementos para responder. Ninguém sabia. Ninguém – exceto... Emília!
        Parecerá absurdo. Parecerá invenção de gente sem serviço, e no entanto é a verdade pura. Só a pequenina boneca do sítio de Dona Benta sabia realmente onde estava escondido o monstro! ...

         Adaptado. LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho.
São Paulo, Globo, 2008.
Glossário:
Tremebunda – que faz tremer

Entendendo o texto:
01 – Com a chegado do circo, quais eram os bichos que tinha na arca de Noé. De acordo com o texto.
      Tinha seis leões; três girafas; quatro tigres, zebras, hienas, focas, panteras, cangurus, jiboias e um rinoceronte.

02 – No 1º parágrafo “Quando Pedrinho leu nos jornais a notícia do grande acontecimento, ficou assanhadíssimo.”, que relação o trecho destacado estabelece com o restante da frase?
      Que a felicidade dele foi tão grande, e queria ir ao circo.

03 – Que fato sensacional ocorrido no Rio de Janeiro é relatado no texto?
      A fuga do rinoceronte. Ele arrebentou as grades da jaula durante uma noite de temporal e fugiu.

04 – Qual é o sentido do termo destacado no trecho “Esse fato causou o maior rebuliço no Brasil inteiro.” (2º parágrafo).
      Causou uma grande agitação; uma confusão; um tumulto exagerado.

05 – No texto, quem o avião levava para fazer a investigação?
      Levava cinco detetives e inúmeros bombeiros.

06 – Retire do texto o trecho que revela de quem eram os urros ouvidos na cidade de Cachoeiro, no Espírito Santo.
      “Era um papagaio que fugira de um jardim zoológico, no qual aprendera a imitar o urro de todos os animais.”

07 – Qual pergunta que era feita da manhã à noite que se repetia pelo país inteiro?
      Onde estará o rinoceronte?

08 – Ao longo do texto, observamos que foram utilizados termos diferentes para se referir ao rinoceronte desaparecido. Quais? Registre-os abaixo.
·        O vulto negro de um monstro.
·        O urros de animais estranhos.

09 – No penúltimo parágrafo, diz que alguém sabia onde o rinoceronte estava. Quem era esta pessoal?
      A boneca Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

10 – Volte ao texto e indique em que parágrafos estão os trechos nos quais as aspas foram utilizadas. Justifique o emprego deste sinal de pontuação nos trechos.
      Estão no 4° e 6° parágrafos.
      No 4° parágrafo, está falando do local e as características do bicho que está na cidade de Manaus.
      No 6° parágrafo, está indicando o local e os barulhos que não eram típicos na região da cidade de Cachoeiro.



TEXTO PARA SÉRIES INICIAIS: A VIDRAÇA - LUÍS PIMENTEL - COM GABARITO

Texto: A VIDRAÇA


     — Oi, dona Laura.
     — Oi, Zezinho.
     — Dona Laura, eu preciso de um favor.
     — Pois não.
   — Sabe o que é? Preciso entrar em sua casa. Quer dizer, no seu quintal. É para apanhar a minha bola que caiu lá.


     — Ah, foi?
     — Foi. E aconteceu um pequeno acidente.
     — Acidente?
     — Ao cair, sem querer, minha bola acertou sua vidraça dos fundos, dona Laura. E quebrou.
     — Minha vidraça, Zezinho?
     — Mas pode ter certeza de que foi sem querer. Minha bola não costuma fazer essas coisas.
     — Sem querer, não foi?
     — Sei como a senhora deve estar se sentindo, dona Laura. Posso pegar minha bola?
     — Não. Você só pega a bola depois que seus pais pagarem a minha vidraça.
     — Não precisa envolver os meus pais nessa história, dona Laura. Eu mesmo vou pagar a vidraça.
     — Você?
     — Vou. Mas antes preciso pegar a bola.
     — De jeito nenhum. A bola não sai daqui, enquanto você não pagar a vidraça.
     — Tem que sair, dona Laura.
     — Não sai.
     — Então não posso pagar a vidraça.
     — Essa eu não entendi, Zezinho.
     — Para pagar sua vidraça, dona Laura, vou ter que vender minha bola.

PIMENTEL, Luís. A gente precisa conversar.
Belo Horizonte: Lê, 1995.
Entendendo o texto:
01 – Onde aconteceu a história?
      Na rua.

02 – Quem é o(a) autor(a)?
      Luís Pimentel.

03 – Quantos parágrafos tem o texto?
      23 parágrafos.

04 – O que Zezinho aprontou?
      Quebrou a vidraça da vizinha.

05 – Qual foi a condição de Dona Laura para o menino pegar a bola?
      Que ele só pegaria a bola depois que os pais pagassem a vidraça.

06 – Por que Zezinho não queria que Dona Laura envolvesse seus pais?
      Porque ele mesmo ia pagar.

07 – O que ele iria fazer para reparar sua travessura?
      Vender sua bola.