segunda-feira, 10 de setembro de 2018

MÚSICA: ORAÇÃO DE MÃE MENININHA - DORIVAL CAYMMI - COM QUESTÕES GABARITADAS


Música: Oração de Mãe Menininha
                               Dorival Caymmi
Ai! Minha mãe
Minha mãe Menininha
Ai! Minha mãe
Menininha do Gantoise

A estrela mais linda, hein
Tá no gantoise
E o sol mais brilhante, hein
Tá no gantoise
A beleza do mundo, hein
Tá no gantoise
E a mão da doçura, hein
Tá no gantoise
O consolo da gente, ai
Tá no gantoise
E a Oxum mais bonita hein
Tá no gantoise

Olorum quem mandou essa filha de Oxum
Tomar conta da gente e de tudo cuidar
Olorum quem mandou eô ora iê iê ô

                                            Composição: Dorival Caymmi
Entendendo a canção:
01 – Retire da canção palavras que indicam o nível de fala coloquial – popular.
      Hein, mandô, cuidá, tomar conta, tá.

02 – Qual seria a origem das palavras olorum e oxum, que aparecem na letra da canção?
      Origem africana usadas no Candomblé.

03 – Quem era mãe menininha?
      Foi uma grande líder espiritual que ajudou a tornar mais aceita a religião herdada de seus ancestrais africanos, sempre disponível para explicar o candomblé a quem se interessasse.

04 – Na canção o autor cita Gantoise, que lugar é este?
      Este era um dos terreiros mais procurados e respeitados da Bahia, localizado na antiga Rua Boa Vista, renomeada em 1986, como Rua Mãe Menininha do Gantois – no Alto do Gantois, bairro da Federação, em Salvador.

05 – Que característica da Mãe Menininha encontramos na letra da canção?
      Amorosa / generosa e sempre disposta a aconselhar quem a procurava.


CRÔNICA: A GRAMA DO VIZINHO - MARTHA MEDEIROS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Crônica: A GRAMA DO VIZINHO
            Martha Medeiros


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
        Estamos todos no mesmo barco.
        Há no ar certo queixume sem razões muito claras.
        Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
        De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antônio Cícero, uma música que dizia: “Eu espero / acontecimentos / só que quando anoitece / é festa no outro apartamento”.
        Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
        As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.
        Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.
        Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
        “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”.
        Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
        As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

                                                                                Martha Medeiros

Entendendo a crônica:

01 – Quando Martha Medeiros escreveu “Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma”, ela quis dizer que
a) as pessoas não devem se incomodar com a vida dos outros, mas com a sua.
b) a vida dos outros é sempre melhor do que a nossa.
c) a nossa vida é melhor do que a dos outros e nós não percebemos.
d) a vida dos outros nem sempre é melhor do que a nossa como, às vezes, nós pensamos.
e) ninguém deve julgar o comportamento de ninguém, pois não sabemos o que realmente acontece.

02 – Segundo a autora, a vida do outro parece sempre ser melhor, mais emocionante e animada porque
a) as pessoas buscam a felicidade a qualquer custo, mesmo que para isso seja necessário passar por cima dos outros.
b) as pessoas estão sempre insatisfeitas com as suas vidas e ficam com inveja da vida dos outros.
c) os problemas e angústias não são revelados, mantendo-se sempre a aparência de uma vida perfeita.
d) os seres humanos acreditam que a felicidade só será alcançada pela conquista de uma vida surreal.
e) a tristeza e a depressão estão tomando de conta das pessoas na atualidade.

03 – “Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores”. A expressão destacada significa
a) a opinião que a pessoa tem sobre si mesma.
b) o consumo exagerado da sociedade atual.
c) a imagem dos brasileiros no exterior.
d) o narcisismo estimulado pela mídia.
e) a imagem que é divulgada e exibida aos outros.

04 – Ao citar em seu texto versos da música de Marina Lima e Antônio Cícero e versos do poema de Fernando Pessoa, Martha Medeiros utiliza uma estratégia textual denominada
a) Ambiguidade.
b) Intertextualidade.
c) Ironia.
d) Polissemia
e) Referenciação

05 – Ao dizer que “As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento”, a autora deixou clara a lição de que
a) não devemos comparar a nossa vida com a de ninguém, pois cada sabe de si e de seus problemas.
b) mesmo com alegrias e tristezas, a nossa vida é a mais importante e, por isso, devemos valorizá-la.
c) os problemas dos outros não mais importantes do que os nossos.
d) todas as festas que nós fazemos, sendo grande ou pequena, sempre terão um significado maior.
e) devemos dar valor ao que as pessoas são e não ao que as pessoas têm.

06 – No penúltimo parágrafo do texto, Martha Medeiros fez várias perguntas com o objetivo de
a) levantar questionamentos que todos os seres humanos fazem a si mesmos.
b) expor aos leitores dúvidas existenciais que a autora guarda em seu íntimo.
c) defender que a vida das celebridades realmente é mais glamourosa do que a nossa.
d) provocar a reflexão dos leitores sobre o assunto comentado no texto.
e) saber dos leitores as respostas que a autora tanto busca em sua vida.

07 – Ao analisar a expressão destacada “Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma”, podemos afirmar que a autora fez uso da figura de linguagem denominada
a) Eufemismo
b) Ironia
c) Antítese
d) Metonímia
e) Metáfora

08 – “Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista”. O termo grifado foi empregado com o sentido de
a) uma vida de aparências e de exibicionismo.
b) uma vida centrada no ser e não no ter.
c) uma vida marcada por tragédias.
d) uma vida boa, tranquila e feliz.
e) uma vida cheia de dificuldades e problemas.

09 – Em: “...fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem”. O uso da conjunção “mas” deixa claro que autora:
a) concorda com a afirmação feita anteriormente.
b) acrescenta uma informação que complemente a anterior.
c) discorda com a afirmação feita anteriormente.
d) indica a finalidade da ação citada anteriormente.
e) conclui o pensamento exposto na oração anterior.

10 – No período “Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?”, o uso da conjunção “ou” foi feito com a função de
a) provocar uma reflexão no leitor sobre a exposição de artistas.
b) incluir uma ideia no período.
c) oferecer ideias para o leitor escolher a mais pertinente.
d) alternar ideias que têm a mesma relevância.
e) excluir uma ideia que contraria o pensamento anterior.


POEMA DE SETE FACES - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Poema: Poema de Sete Faces
                    
     Carlos Drummond de Andrade


Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida

As casas espiam os homens
Que correm atrás de mulheres
A tarde talvez fosse azul
Não houvesse tantos desejos

O bonde passa cheio de pernas
Pernas brancas pretas amarelas
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração
Porém meus olhos
Não perguntam nada

O homem atrás do bigode
É sério, simples e forte
Quase não conversa
Tem poucos, raros amigos
O homem atrás dos óculos e do bigode  

Meu Deus, por que me abandonaste
Se sabias que eu não era Deus
Se sabias que eu era fraco

Mundo mundo vasto mundo
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução
Mundo mundo vasto mundo
Mais vasto é meu coração

Eu não devia te dizer
Mas essa lua
Mas esse conhaque
Botam a gente comovido como o diabo.

                                  Composição: Carlos Drummond de Andrade

Entendendo o poema:
01 – Que relação se pode estabelecer entre o título do poema e o número de estrofes? 
      O título é "Poema de Sete Faces" e o poema tem sete estrofes, e cada estrofe corresponderia a uma "face" ou ponto de vista. 

02 – Que elemento comum identifica o poeta e o anjo? 
     O adjetivo "torto". 

03 – Há uma aparente desconexão entre as várias estrofes, como se o poeta registrasse flashes da realidade. Identifique cada uma das estrofes, a partir da ideia básica de cada uma delas, que assinalam a seguir: 
a) flash do adulto sério, reservado: 
      3ª estrofe.

b) nascimento do poeta: 
      1ª estrofe.

c) percepção de um mundo inquieto, que poderia ser mais belo: 
      2ª estrofe.

d) desajustamento entre a realidade interior e a exterior, aliado à percepção da sexualidade: 
      6ª estrofe.

04 – Em que verso o poeta utiliza uma passagem bíblica? 
      "Meu Deus, por que me abandonaste".

05 – Em que estrofe o poeta descobre-se impotente diante do mundo? Transcreva o verso que evidencia essa sensação. 
      6ª estrofe; "seria uma rima, não seria uma solução."

06 – Na 4ª estrofe: “O homem atrás dos óculos e do bigode.” Qual é o sentimento do autor?
      Ele se sente isolado por ser sério de poucas palavras e poucos amigos.

07 – De acordo com a 5ª estrofe, o que o autor questiona a Deus?
      Porque Deus deixou ele no caminho errante, por isso ele é um fracasso diante da vida.

08 – O que o eu lírico confessa na última estrofe?
      O eu lírico confessa que fez tais revelações sobre si mesmo devido ter-se embriagado.

09 – Apesar de publicado em 1930, o poema apresenta certas características que o associam à produção dos primeiros modernistas, como a construção fragmentada, os flashes e a falta de pontuação no 2° verso da 3ª estrofe. Que correntes de vanguarda se associam a essas características?
      Cubismo e futurismo, principalmente. A imagem do bonde “cheio de pernas” lembra o Surrealismo.

10 – O gauchismo do eu lírico é anunciado por um “anjo torto”. Os anjos são comuns nas histórias religiosas, como na do anjo Gabriel, que aparece a José e ordena a ele que fuja de Jerusalém com o menino Jesus. O que diferencia os anjos das histórias religiosas do anjo do poema?
      Os anjos bíblicos são anjos de luz: são bons, prenunciam coisas boas e auxiliam as pessoas, Já o anjo que apareceu no eu lírico é “torto” e vive “na sombra”. Como um anjo do mal, prevê-lhe um futuro gauche, lançando sobre ele uma espécie de maldição.

11 – Releia a 2ª estrofe. Nela o mundo exterior é descrito pela ótica do eu lírico.
a)O eu lírico participa diretamente do mundo que descreve?
      Não.

b) O que parece interessar mais às pessoas que fazem parte do mundo exterior?
      As relações humanas parecem se reduzir ao desejo sexual, a uma espécie de “caça sexual”. 

12 – Na última estrofe, é introduzido um interlocutor, até então ausente, identificado pelo pronome te.
a)Levante hipóteses: Quem poderia ser esse interlocutor?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Entre elas a de que seja o leitor e, considerando-se o cenário romântico, a pessoa amada.

b) De acordo com a estrofe, o conhaque e a atmosfera noturna deixaram o eu lírico comovido. É como se todo o poema fosse fruto de bebedeira, não fosse coisa séria. Na sua opinião, o eu lírico estaria falando a sério ou blefando? Por quê?
      Blefando, pois os assuntos de que trata são profundos, existenciais, universais.

13 – O poema está organizado em sete estrofes. Observe a relação existente entre elas.
a)Por que o poema se intitula “Poema de sete faces”?
      Porque o poema apresenta sete estrofes, aparentemente sem relação umas com as outras.

b) Apesar de não explícito, existe um fio condutor que liga, no plano do conteúdo, todas as estrofes do poema. Qual é esse fio?
      É o gauchismo.

c) Alguns críticos defendem o ponto de vista que as estrofes do poema ilustram as faces da vida do eu lírico. Aceita essa hipótese, responda: Que estrofe corresponde à infância? Quais correspondem à adolescência? Quais correspondem à fase da maturidade e da reflexão sobre o “estar-no-mundo”?
      A 1ª estrofe corresponde à infância; a 2ª e a 3ª correspondem à adolescência; da 4ª estrofe em diante, haveria a fase da maturidade.

14 – Na 1ª estrofe, a introdução do nome Carlos parece situar o poema e o gauchismo no plano autobiográfico. Contudo, os temas abordados – o estar-no-mundo, o eu perante os valores sociais, a comunicação com o outro, etc. – São universais, e não particulares. Por que tais temas são universais?
      Porque todos nós, de alguma forma, estamos envolvidos com os problemas da adequação social, do papel social, do relacionamento com outras pessoas.










FÁBULA: O ASNO E A CARGA DE SAL - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O Asno e a carga de sal
          ESOPO


        Um asno carregado de sal atravessava um rio. Um passo em falso e ei-lo dentro da água. O sal então derreteu e o asno se levantou mais leve. Ficou todo feliz. Um pouco depois, estando carregado de esponja às margens do mesmo rio, pensou que se caísse de novo ficaria mais leve e caiu de propósito nas águas. O que aconteceu? As esponjas ficaram encharcadas e, impossibilitado de se erguer, o asno morreu afogado.
   

  MORAL: Algumas pessoas são vítimas de suas próprias artimanhas.

 Fonte: Esopo. Fábulas. Porto Alegre: L&M Pocket, 1997, p. 139-140.

Entendendo a fábula:
01 – Na expressão retirada do texto, “... pensou que se caísse de novo ficaria mais leve e caiu de propósito nas águas...”, a expressão em negrito pode significar também:
a) Casualmente
b) Intencionalmente.
c) Coincidentemente.
d) Proporcionalmente.

02 – As ações do Asno dão ideia de:
a) Certeza.
b) Fraqueza.
c) Estranheza.
d) Esperteza.

03 – Por que o Asno morreu afogado?
      Porque as esponjas ficaram encharcadas, e ficou muito pesado e ele não conseguiu sair do rio.


TEXTO: ALIMENTAÇÃO DAS CORUJAS - ADAPTADO CIÊNCIA HOJE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Texto: Alimentação das Corujas

        A maioria das corujas alimenta-se de roedores silvestres e insetos.
    Algumas, mais especializadas, capturam outras aves, morcegos e até peixes. Também se alimentam de aranhas, escorpiões e insetos, pererecas, cobras e gambás.
      Praticamente todas as espécies apresentam hábitos total ou parcialmente noturnos. Poucas são ativas durante o dia.
     As presas capturadas e mortas são quase sempre engolidas inteiras, a não ser as de tamanho relativamente grande. Mas essas aves de rapina têm um processo digestivo peculiar: as partes não-digeríveis dos animais consumidos – carapaças de insetos e outros invertebrados, pelos, penas, escamas, crânios e outros ossos de vertebrados – não são defecadas, e sim regurgitadas como uma “pelota” compacta.
    Junto a outros predadores silvestres, como gaviões, gatos-do-mato, cachorros-do-mato e cobras, as corujas ajudam a manter em níveis normais as populações de presas, especialmente ratos, que trariam consequências indesejáveis.
                          Adaptado de Ciência Hoje, v. 23, n. 136, mar. 1998.

Entendendo o texto:
01 – As corujas têm sido associadas à má sorte devido a seus hábitos noturnos e a seu canto típico. Você acha que essa fama se justifica? Explique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, pois as corujas contribuem para o equilíbrio das cadeias alimentares, não permitindo que determinadas populações cresçam muito.

02 – Em todos os ambientes que a coruja vivem, existem vegetais. Explique a importância dos vegetais para a alimentação desse animal.
      As corujas são carnívoras e por isso necessitam das plantas indiretamente. As plantas são o alimento dos herbívoros, no caso, roedores e pássaros. Estes servem de alimento para as corujas.

03 – Por que o aumento de ratos traria consequências consideradas indesejáveis?
      Porque eles podem atacar nossos alimentos nas plantações ou em casa.

04 – Que outros predadores citados no texto ajudam a manter estável a população de presas?
      Gaviões; gatos-do-mato, cachorros-do-mato, cobras.
   
05 – Escreva a cadeia alimentar de cada um dos conjuntos a seguir:
a)   Ratos / cobras / cereais / gaviões.
Cereais – ratos – cobras – gaviões.

b)   Coruja / barata / papéis / lagartixa.
Papéis – barata – lagartixa – coruja.

06 – Quais elementos ocupam o lugar de produtores nas cadeias da questão anterior? Justifique sua resposta.
      Os cereais e os papéis. Apesar de não serem identificados como “seres verdes”, os cereais são originários de plantas e, portanto, são produtores. Já os papéis são originários da celulose da madeira, portanto, também têm origem vegetal.

07 – De que maneira a planta carnívora (Nepentes), captura suas presas.
      Nessa estrutura parecida com um jarro há um líquido. A presa que cair nela acaba se afogando e depois é digerida.

CONTO: A LEITEIRA E O BALDE DE LEITE - HANS GARTNER & ZWERGER - COM GABARITO


Conto: A leiteira e o balde de leite

       Joana, carregando na cabeça um balde de leite, dirigia-se rapidamente para a aldeia. A fim de andar mais depressa, tinha posto uma roupinha ligeira e sapatos bem cômodos. Ia leve como o vento. Em seu pensamento, já estava vendendo o leite e empregando o dinheiro.
        – Compro cem ovos e ponho a chocar. Posso muito bem criar pintos ao redor da casa. Quando crescerem, vendo todos e tenho um bom lucro. Com esse dinheiro, compro um leitãozinho. Em pouco tempo, terei um porco bem gordo, pois só comprarei se o leitão já for gordinho. Cobro um bom preço pelo porco e compro uma vaca. Terá que vir acompanhada de seu bezerrinho. Será uma graça vê-lo saltar pelo quintal.
        Joana entusiasmada, saltou também. O balde caiu da sua cabeça, e o leite derramou-se no chão. Adeus bezerro, vaca, porco, leitão, ninhada de pintos!
        A pobre Joana voltou para casa, com medo que o marido brigasse com ela.
        – É fácil fazer castelos no ar, pensava. Nada mais gostoso. Na minha imaginação posso virar rainha, usar uma coroa de diamantes e ter súditos que me adorem. Nada disso dura muito: uma coisa à-toa acontece, e volto a ser Joana Leiteira.
GÄRTNER, Hans & ZWERGER, Lisbeth. 12 fábulas de Esopo.
Trad. ALMEIDA, Fernanda Lopes de. 7. ed. Rio de Janeiro: Ática, 2003.

Entendendo o conto:
01 – Na parte inicial da história, o termo “rapidamente” indica:
a) o modo com que Joana se dirigia à aldeia.
b) o meio com que Joana se dirigia à aldeia.
c) o tempo com que Joana se dirigia à aldeia.
d) a intensidade com que Joana se dirigia à aldeia.

02 – Segundo o texto, Joana ia, em seu pensamento, vendendo o leite e empregando o dinheiro, enquanto se dirigia à aldeia. Ao final de suas negociações, ela teria:
a) uma ninhada de pintos.
b) um leitão.
c) uma vaca.
d) uma vaca com um bezerrinho.

03 – De acordo com o narrador, um fato interrompeu os planos de Joana. Identifique-o:
      Quando Joana deu um salto, o balde caiu da sua cabeça e o leite foi derramado no chão. 

04 – Após o fato ocorrido, Joana conclui que “É fácil fazer castelos no ar, pensava”. O que ela quis dizer com essa afirmação? Explique:
      Segundo Joana, é fácil sonhar, pois tudo acontece em nossa imaginação. Porém, um fato, por mais bobo que pareça, pode impedir a realização dos sonhos e tudo volta ao normal.

05 – Na história, os travessões anunciam:
a) as falas da Joana.
b) as falas do narrador.
c) uma fala da Joana e uma fala do narrador.
d) as falas de dois personagens.

06 – Na frase “Ia leve como o vento.”, a palavra “como” introduz:
a) uma condição.
b) uma exemplificação.
c) uma comparação.
d) uma conclusão.

07 – Na passagem “Será uma graça vê-lo saltar pelo quintal.”, Joana refere-se:
a) ao pinto.
b) ao leitãozinho.
c) ao porco.
d) ao bezerrinho.

08 – No fragmento “Joana entusiasmada, saltou também.”, o adjetivo destacado exprime:
a) uma ação de Joana.
b) um estado de Joana.
c) uma característica de Joana.
d) um modo de ser de Joana.

09 – Podemos concluir que predomina no texto:
a) a exposição de ideias.
b) a descrição de cenários.
c) a narração de acontecimentos.
d) a defesa de um ponto de vista.



TEXTO: OLHA O ARRAIÁ! FERNANDA TURINO - COM QUESTÕES GABARITADAS


Texto: Olha o arraiá!
          Conheça as celebrações por trás das festas juninas de ontem e de hoje
                   
                                                              Fernanda Turino

        Olha a chuva! É mentira! Olha a cobra! É mentira! Olha a canjica! Oba, é verdade! Essa época do ano é uma delícia, não é? Uma porção de festas juninas acontecendo com um monte de tradição bacana! Mas você sabe a origem desse festejo todo?
        “As origens das comemorações de festas juninas na Europa remontam às culturas dos povos arianos e romanos da Idade Antiga, quando estas celebrações faziam parte dos ritos de passagem destinados a marcar a transição do inverno para o verão, no hemisfério norte”, explica o professor Wallace de Deus Barbosa, do Departamento de Arte da Universidade Federal Fluminense.
        Já na Idade Média, a Igreja Católica transformou as festas juninas em celebrações religiosas em homenagem a São João, Santo Antônio e São Pedro, cujas datas de comemoração coincidem com o período dos festejos juninos.
        A tradição de fazer fogueiras também vem da Europa. “As fogueiras juninas fazem parte de uma antiga tradição de celebrar o solstício de verão, ou seja, o dia mais longo do ano”, conta Wallace.
        No Brasil, surgiram algumas tradições, como a dança de quadrilha, que surgiu como uma tentativa de imitar a dança da corte francesa, mas, na verdade, acabou virando uma paródia da dança surgida na França.  Aqui surgiram também as diversas comidas típicas feitas de milho, além de cocada, pé de moleque, paçoca… Mas a mais famosa delas é a canjica, que não pode faltar em nenhuma festa junina!
Disponível em: http://chc.org.br/olha-o-arraia/.
Acesso em: 17 de maio de 2016.
Entendendo o texto:
01 – “Conheça as celebrações por trás das festas juninas de ontem e de hoje”. Essa passagem textual funciona como:
a) uma ordem
b) uma sugestão
c) uma invocação
d) um convite

02 – O texto tem por objetivo:
a) destacar a influência religiosa na construção das tradicionais festas juninas.
b) justificar a presença da fogueira nos festejos juninos.
c) explicar a origem das festas juninas.  
d) apresentar os quitutes típicos das celebrações juninas.

03 – Na passagem “[…] as festas juninas em celebrações religiosas em homenagem a São João, Santo Antônio e São Pedro, cujas datas de comemoração coincidem com o período dos festejos juninos.”, a forma pronominal destacada indica:
a) continuidade
b) posse
c) tempo
d) abrangência.

04 – Em “Oba, é verdade!”, a palavra sublinhada exprime:
a) alívio
b) alegria     
c) comoção
d) complacência.

05 – Identifique os referentes dos termos destacados a seguir:
a) “Essa época do ano é uma delícia, não é?”.
      Refere-se às festas que são realizadas no mês de junho.  

b) “Aqui surgiram também as diversas comidas típicas feitas de milho […]”.
      Refere-se ao Brasil. 

c) “Mas a mais famosa delas é a canjica, que não pode faltar em nenhuma festa junina!”.
      Refere-se às comidas típicas.

06 – Reescreva o título “Olha o arraiá!”, em consonância com a norma culta:
      Olhe o arraial!