terça-feira, 4 de setembro de 2018

TEXTO: O BOM HUMOR FAZ BEM PARA SAÚDE - FÁBIO PEIXOTO - COM GABARITO


Texto: O BOM HUMOR FAZ BEM PARA SAÚDE

           O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem
                                                                          Por Fábio Peixoto

        “Procure ver o lado bom das coisas ruins.” Essa frase poderia estar em qualquer livro de autoajuda ou parecer um conselho bobo de um mestre de artes marciais saído de algum filme ruim. Mas, segundo os especialistas que estudam o humor a sério, trata-se do maior segredo para viver bem.
        (...)
        O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Ele depende de fatores físicos e culturais e varia de acordo com a personalidade e a formação de cada um. Mas, mesmo sendo o resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com uma visão otimista do mundo. “Um indivíduo bem humorado sofre menos porque produz mais endorfina, um hormônio que relaxa”, diz o clínico geral Antônio Carlos Lopes, da Universidade Federal de São Paulo. Mais do que isso: a endorfina aumenta a tendência de ter bom humor. Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem-humorado você fica. Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de “feedback positivo”. A endorfina também controla a pressão sanguínea, melhora o sono e o desempenho sexual. (Agora você se interessou, né?)
        Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes para justificar uma busca incessante de motivos para ficar feliz. Novamente Lopes explica por quê: “O indivíduo mal-humorado fica angustiado, o que provoca a liberação no corpo de hormônios como a adrenalina. Isso causa palpitação, arritmia cardíaca, mãos frias, dor de cabeça, dificuldades na digestão e irritabilidade”. A vítima acaba maltratando os outros porque não está bem, sente-se culpada e fica com um humor pior ainda. Essa situação pode ser desencadeada por pequenas tragédias cotidianas – como um trabalho inacabado ou uma conta para pagar -, que só são trágicas porque as encaramos desse modo.
        Evidentemente, nem sempre dá para achar graça em tudo. Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim. “Você precisa de tristeza e de alegria para ter um convívio social adequado”, diz o psiquiatra Teng Chei Tung, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “A alegria favorece a integração e a tristeza propicia a introspecção e o amadurecimento.” Temos de saber lidar com a flutuação entre esses estágios, que é necessária e faz parte da natureza humana.
        O humor pode variar da depressão (o extremo da tristeza) até a mania (o máximo da euforia). Esses dois estados são manifestações de doenças e devem ser tratados com a ajuda de psiquiatras e remédios que regulam a produção de substâncias no cérebro. Uma em cada quatro pessoas tem, durante a vida, pelo menos um caso de depressão que mereceria tratamento psiquiátrico.
        Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas, não faz muito tempo que a comunidade científica passou a pesquisar os efeitos benéficos do bom humor. O interesse no assunto surgiu há vinte anos, quando o editor norte-americano Norman Cousins publicou o livro Anatomia de uma Doença, contando um impressionante caso de cura pelo riso. Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral, chamada espondilite ancilosa, e sua chance de sobreviver era de apenas uma em quinhentas.
        Em vez de ficar no hospital esperando para 70 virar estatística, ele resolveu sair e se hospedar num hotel das redondezas, com autorização dos médicos. Sob os atentos olhos de uma enfermeira, com quase todo o corpo paralisado, Cousins reunia os amigos para assistir a programas de “pegadinhas” e seriados cômicos na TV. Gradualmente foi se recuperando até poder voltar a viver e a trabalhar normalmente. Cousins morreu em 1990, aos 75 anos. Se Cousins saiu do hospital em busca do humor, hoje há muitos profissionais de saúde que defendem a entrada das risadas no dia a dia dos pacientes internados.
       Uma boa gargalhada é um método ótimo de relaxamento muscular. Isso ocorre porque os músculos não envolvidos no riso tendem a se soltar – está aí a explicação para quando as pernas ficam bambas de tanto rir ou para quando a bexiga se esvazia inadvertidamente depois daquela piada genial. Quando a risada acaba, o que surge é uma calmaria geral. Além disso, se é certo que a tristeza abala o sistema imunológico, sabe-se também que a endorfina, liberada durante o riso, melhora a circulação e a eficácia das defesas do organismo. A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.
        Evidências como essa fundamentam o trabalho dos Doutores da Alegria, que já visitaram 170.000 crianças em hospitais. As invasões de quartos e UTIs feitas por 25 atores vestidos de “palhaços-médicos” não apenas aceleram a recuperação das crianças, mas motivam os médicos e os pais. A psicóloga Morgana Masetti acompanha os Doutores há sete anos. “É evidente que o trabalho diminui a medicação para os pacientes”, diz ela.
        O princípio que torna os Doutores da Alegria engraçados tem a ver com a flexibilidade de pensamento defendida pelos especialistas em humor – aquela ideia de ver as coisas pelo lado bom. “O clown não segue a lógica à qual estamos acostumados”, diz Morgana. “Ele pode passar por um balcão de enfermagem e pedir uma pizza ou multar as macas por excesso de velocidade.” Para se tornar um membro dos Doutores da Alegria, o ator passa num curioso teste de autoconhecimento: reconhece o que há de ridículo em si mesmo e ri disso. “Um clown não tem medo de errar – pelo contrário, ele se diverte com isso”, diz Morgana. Nem é preciso mencionar quanto mais de saúde haveria no mundo se todos aprendêssemos a fazer o mesmo.

Super.abril.com.br/saúde/bom-humor-faz-bem-saude-441550.shtml
 - acesso em 11 de abril de 2015, às 11h.
Entendendo o texto:

01 – A expressão “em qualquer livro de autoajuda” e “saído de algum filme ruim”, revela, segundo o autor, a concepção de que:
a) é possível receber aconselhamentos sobre bom humor e saúde somente através de estudos feitos por especialistas.
b) os livros de autoajuda e os filmes, mesmo os considerados de má qualidade, utilizam-se, com seriedade, do tema do ‘bom humor versus saúde’.
c) os gêneros de qualidade duvidosa, também se apropriam de temas como “bom humor versus saúde.”
d) os livros e filmes ruins se apropriam de temas sérios como “humor e saúde” para terem mais credibilidade junto ao mercado consumidor.

02 – Segundo o texto, sobre os efeitos do mau humor no corpo, é correto afirmar que:
a) justificam pequenas tragédias do dia a dia, que poderiam ser evitadas.
b) impossibilitam o relacionamento entre as pessoas e o mal-humorado se isola cada vez mais.
c) favorecem um convívio social saudável, uma vez que equilibram as relações entre pessoas.
d) desencadeiam um círculo vicioso em que o mal humorado passa a ficar cada vez mais mal-humorado.

03 – A ideia principal do texto pode ser sintetizada na seguinte frase:
a) “Rindo, corrigem-se os erros.”
b) “Rir é o melhor remédio.”
c) “Quem ri por último, ri melhor.”
d) “Rir de tudo é desespero.”

04) Assinale a opção cuja expressão em destaque introduz um juízo de valor (julgamento) do locutor do texto.
a) “Mas, mesmo que não houvesse tantos benefícios no bom humor, os efeitos do mau humor sobre o corpo já seriam suficientes...”
b) “Há situações em que a tristeza é inevitável – e é bom que seja assim.”
c) “A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina.”
d) “Ou seja, quanto mais bem-humorado você está, maior o seu bem-estar e, consequentemente, mais bem humorado você fica.”

05 – Sobre o texto, pode-se afirmar que:
a) bom humor é indício de saúde física e psicológica.
b) o otimismo é causado pelo bom humor e o pessimismo é resultado do mau humor.
c) bom humor e mau humor são variações de caráter que tendem a se manter em equilíbrio.
d) a cultura é fator crucial na manifestação dos humores.

06 – Leia o enunciado abaixo: “O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem.” Sobre ele é correto afirmar que:
a) a expressão “antes de tudo” enfatiza um aspecto temporal.
b) o vocábulo “bem” exerce a função sintática de predicativo do sujeito.
c) a segunda oração do período complementa o sentido da palavra “expressão”.
d) o verbo “ser e estar” são verbos de ligação.

07 – Assinale a alternativa que associa corretamente o trecho do texto à função da linguagem em predominância.
a) “Procure ver o lado bom das coisas ruins.” – (Função Emotiva)
b) “Um indivíduo bem-humorado sofre menos porque produz mais endorfina...” – (Função Conativa)
c) “Agora você se interessou, né?” – (Função Fática)
d) “Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral ...” – (Função Expressiva)

08 – Assinale a alternativa em que a preposição de estabelece a mesma relação semântica presente na frase abaixo. “...num curioso teste de autoconhecimento: ...”
a) “...as pernas bambas de tanto rir.”
b) “Você precisa de tristeza e de alegria...”
c) “Sob os olhos atentos de uma enfermeira.”
d) “...há muitos profissionais de saúde...”

09 – Assinale a opção cuja palavra entre parênteses NÃO substitui corretamente a destacada nas alternativas.
a) “Enquanto as consequências deletérias do mau humor são estudadas há décadas...” - (NOCIVAS)
b) “Eis aqui um círculo virtuoso, que Lopes prefere chamar de “feedback positivo” (EFICAZ)
c) “Nos anos 60, ele contraiu uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral, (...)” (FATAL)
d) “A alegria favorece a integração e a tristeza propicia a introspecção e o amadurecimento.” – (INTERIORIZAÇÃO)

10 – Assinale a alternativa que NÃO apresenta infrações no que diz respeito à regência e à concordância.
a) Grande parte das pessoas prefere lamentar do que buscar soluções para complexos problema e situação.
b) Os doutores da alegria já assistiram a 170.000 mil crianças nas UTIs, noventa por cento delas apresentou melhoras.
c) Não agrada ninguém um trabalho inacabado ou uma conta a pagar, mas encará-los como tragédia cotidiana desencadeia o mau humor.
d) Aversões ao erro e ao ridículo são fatores favoráveis para o surgimento do mau humor.

CONTO: RECEITA DE UM LAR FELIZ - COM GABARITO


Conto: Receita de um lar feliz

Ingredientes:       
                                                          
04 xícaras de amor.  
02 xícaras de lealdade.
03 xícaras de deixa para lá.        
01 xícara de amizade.
05 colheres de esperança.
02 colheres de ternura.
04 partes de paciência.
01 barril de alegria.
01 pitada de fé.

Modo de Preparo:

Pegue o amor e lealdade, misture com a alegria.
Adicione ternura, bondade e compreensão;
Tempere com paciência,
Refogue com amizade e esperança.
Aqueça tudo no fogo da fé.
Sirva com fartura.
Fonte: Momentos de Reflexão, p.50.
(Com adaptações feitas pela autora desta atividade).

Entendendo o conto:

01 – Identifique o objetivo do texto e explique a forma com que ele foi construído:
      O texto é construído por meio da estrutura de uma receita culinária. Além disso, apresenta recursos linguísticos próprios do gênero citado: formas de medidas (xícaras, colheres, pitada) e modo verbal inerentes ao campo semântico da culinária, mas que mensagem se metaforizam, indicando como proceder para que o lar seja feliz.

02 – Observe os verbos utilizados na composição do texto.
a) Transcreva-os:
      Pegue, misture, adicione, tempere, refogue, aqueça e sirva.  

b) Identifique o modo em que foram empregados:
      Os verbos, elencados acima, foram empregados no Modo Imperativo.  

c) Justifique o emprego do referido modo verbal:
      O Modo Imperativo foi empregado, pois expressa a ideia de ordem, pedido, sugestão ou orientação. Mais especificamente no texto em questão, exerce a função de orientar as pessoas sobre o que não se pode faltar em um lar para que ele seja considerado feliz.

03 – De quantos ingredientes é utilizado nesta receita de um lar feliz?
      Foram utilizados 09 ingredientes.    

04 – Para você, quais são os mais importantes?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – No verso: “03 xícaras de deixa para lá.”, o que o autor quis dizer?
      Ele quis dizer que o que não é bom, o melhor é deixar fora, ou seja, deixar pra lá.

06 – Quais os dois ingredientes que refogado nos deixará mais feliz?
      São amizade e esperança.

07 – Com a receita pronta, como deve ser servida?
      Deverá ser servida com fartura.

08 – Você gostou do conto? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno. 


NOTÍCIA: FREVO - COM GABARITO

NOTÍCIA: Frevo
              
         Frevo ganha título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO


        O frevo, ritmo musical e de dança do carnaval pernambucano, ganhou […] o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
        Dentre as razões para a escolha estão as cadeias de sociabilidade e diálogo, originárias dessa dança, geradas por jovens e que implicam formas criativas de interagir na dinâmica social e em suas releituras consequentes — como, por exemplo, o uso da arte do frevo em peças de teatro e na dança moderna.
        Além disso, o ritmo contribui para o respeito à diversidade cultural e a criatividade humana por ser formado pela mistura música, dança, capoeira, artesanato, entre outros. […].
        O frevo surgiu no final do século XIX em Olinda e Recife, como uma forma de expressão popular nessas cidades. Desde 2007, tem o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A proposta de inscrição na UNESCO do ritmo, único candidato brasileiro na seleção, foi realizada pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
        Outras 35 candidaturas foram feitas para ingressar na lista de patrimônio, como o canto budista de Ladakh (Índia), o trançado tradicional de chapéus de palha (Equador) e a luteria tradicional de violinos em Cremona (Itália). Segundo a UNESCO, o Patrimônio Cultural Imaterial refere-se a práticas e expressões transmitidas de geração em geração tais como tradições orais, artes performáticas, práticas sociais, rituais e eventos festivos. […]

                                           Disponível em: <http://www.onu.org.br>.
Entendendo o texto:
01 – O texto acima atende ao propósito de:
a) entreter o leitor.
b) informar o leitor.
c) formar uma opinião no leitor.
d) instruir o leitor.

02 – Releia o primeiro parágrafo do texto. Em seguida, identifique o trecho que contém a definição do “frevo”:
      “[...] ritmo musical e de dança do carnaval pernambucano”.

03 – O texto foi escrito porque o frevo:
a) ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
b) ganhou o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
c) foi o único candidato brasileiro com proposta de inscrição na UNESCO.
d) é uma forma de expressão popular em Olinda e Recife.

04 – O texto apresenta os dois fatos que levaram o frevo à conquista do título, concedido pela UNESCO. Assinale-os:
a) “[…] as cadeias de sociabilidade e diálogo, originárias dessa dança […]”
b) “[…] o ritmo contribui para o respeito à diversidade cultural e a criatividade humana […]”
c) “O frevo surgiu no final do século XIX em Olinda e Recife […]”
d) “A proposta de inscrição na UNESCO do ritmo […]”.

05 – Segundo o texto, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) concede o Patrimônio Cultural Imaterial a:
      “Práticas e expressões transmitidas de geração em geração”.

06 – No trecho “Além disso, o ritmo contribui para o respeito […]”, a expressão em destaque indica:
a) a conclusão de ideias.
b) o contraste de ideias.
c) a soma de ideias.
d) a explicação de ideias.

07 – Na passagem “[…] por ser formado pela mistura música, dança, capoeira, artesanato, entre outros.”, o termo “por” introduz:
a) uma ressalva
b) uma comparação
c) uma condição
d) um motivo.

08 – No segmento “O frevo surgiu no final do século XIX […]”, a parte sublinhada exprime a noção de:
a) tempo
b) lugar
c) modo
d) finalidade.


TEXTO: CARNAVAL À MODA DA SELVA - ÉPOCA - COM GABARITO


Texto: Carnaval à moda da selva

     Parintins, no coração da Amazônia, explode em cores e paixões para comemorar o boi-bumbá, uma festança de rara beleza que encanta os turistas.
        É noite na floresta. A 420 quilômetros de Manaus, pelas águas do rio Amazonas, um caldeirão azul e vermelho, com o formato estilizado de um boi, acende em Parintins. Tudo ao redor está escuro. Tum-tum-tum. Os surdos começam a marcar o ritmo. Entra na arena amarujada de guerra, a bateria do boi Caprichoso. As 15 mil pessoas que estão de azul cantam, gritam, agitam-se como as águas de uma pororoca. Na metade de lá das arquibancadas, a galera de vermelho, que torce para o outro boi, o Garantido, mantém-se num silêncio amazônico. É o início da festa do boi-bumbá, realizada todos os anos, entre 28 e 30 de junho, no coração da selva. Nas três noites de espetáculo, os dois bois revezam-se no bumbódromo. E, num respeito assustador, há sempre silêncio de uma turma quando o adversário está evoluindo. Terminada a festa, o suspense: quem vencerá a disputa? O resultado foi anunciado: deu Caprichoso na cabeça.
        Apesar dos descontentes, a folia pede passagem e garante mais um dia de animação.
        É quase um milagre que, numa cidade pobre como Parintins, com renda per-capita de apenas um salário mínimo, se realize o magistral espetáculo de cor, luz e som do boi-bumbá.

ÉPOCA, Rio de Janeiro: Globo, n. 7,6Julho, 1998 (fragmento)

Entendendo o texto:   
      
01 – Qual é o tema central do texto:
(A)  Festa do boi-bumbá.
(B) Lazer na Amazônia.
(C) Noite na floresta.
(D) Riquezas do Amazonas.

02 – Por que o título do texto é: “Carnaval a moda da selva”?
      Porque é uma festa de rara beleza, colorida parecida como a festa do carnaval.

03 – Onde é realizado a festa do boi-bumbá?
      Na cidade de Parintins, no coração do Amazonas.

04 – A festa é representado por dois bois: qual o nome deles e a cor que representa cada um?
·        O boi Caprichoso, com a cor azul.
·        O boi Garantido, com a cor vermelho.

05 – Em que mês se realiza a festa do boi-bumbá, e quais os dias?
     Realizada todos os anos, entre 28 e 30 de junho.  

06 – Qual o nome do local onde acontece a festa?
      Chama-se Bumbódromo.   
   
07 – De acordo com o texto, quem foi o vencedor?
      O vencedor foi o boi Caprichoso.



     



TEXTO: DENTES LIMPINHOS - REVISTA RECREIO - COM GABARITO


Texto: Dentes limpinhos



        As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de pelos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pelos de cavalo, que não eram ainda o material ideal, pois juntavam umidade e criavam mofo. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje.
Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.

Entendendo o texto:
01 – As escovas de hoje são feitas de:            
a) Pelos de cavalo.
b) Cerdas de náilon.     
c) Cerdas da China.
d) Pelos de porco.

02 – Segundo o texto, as escovas de pelo de cavalo foram substituídas pelas de náilon porque:
a) havia pouca matéria prima.
b) os pelos de cavalo era anti-higiênicos.
c) os pelos de cavalo causavam dor na gengiva.
d) os pelos de cavalo juntavam umidade e criavam mofo.  

03 – De acordo com o texto, em que ano surgiu a escova de dente?
      Surgiram na China em 1498.    

04 – De que eram feitas as escovas na época?
      Eram feitas de pelos de porco.

05 – Em que revista foi publicado o texto?
      Fonte: Revista Recreio, nº 177, 31 de julho, 2003, p.26, Editora Abril.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MÚSICA: AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL - WILSON SIMONAL - COM QUESTÕES GABARITADAS


Música: Aqui É o País do Futebol
                                                       Wilson Simonal

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
Família fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e de alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A família fica lá fora
A vida fica lá fora
O salário fica lá fora
E tudo fica lá fora

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país
Ao longo das avenidas
Nos campos de terra e grama
Brasil só é futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora
                        Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento
Entendendo a canção:

01 – Que relação o autor propõe?
      Por meio de ironias ele propõe uma reflexão sobre como o povo brasileiro valoriza o futebol e “esquece” os problemas, caracterizando a alienação provocada pelo esporte.

02 – Nos versos: “A vida fica lá fora
                             Dinheiro fica lá fora
                             A família fica lá fora
                             A vida fica lá fora
                             E tudo fica lá fora.”
        Que nome se dá a figura de linguagem onde há a repetição proposital de um termo no início ou final de um verso?
      Anáfora.

03 – Na letra da canção “Aqui é o país do futebol”, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de
a) Reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.
b) Ser apresentado como uma atividade de lazer.
c) Ser identificado com a alegria da população brasileira.
d) Promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.
e) Ser associado ao desenvolvimento do país.

04 – Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal como modalidade falada da língua é:
a)   Predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
b)   Vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
c)   Realização do plural conforme as regras da tradição gramatical.
d)   Ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
e)   Presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.




POESIA: A ESTRELA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poesia: A Estrela
          Manuel Bandeira

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

                              Manuel Bandeira. A estrela. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1967. p. 300-1.
Entendendo a poesia:
01 – Que elemento do mundo exterior aparece com destaque na poesia?
      A estrela.

02 – Qual é a função desse elemento num poema lírico?
      O elemento do mundo exterior funciona como símbolo, como força que desencadeia a emoção do poeta, levando-o à confissão.

03 – Na terceira estrofe, qual é o objetivo do eu lírico?
      Enfatizar a impossibilidade de a estrela diminuir a solidão dele.

04 – De acordo com o texto, qual o significado de luzir?
      Emitir luz, irradiar claridade, brilhar.

05 – Que elemento comum caracteriza o eu lírico e a estrela? Que versos das duas primeiras estrofes justificam a resposta?
      A solidão. “Na minha vida vazia” e “Era uma estrela sozinha”.

06 – Que características do poesia demonstram a permanência de alguns elementos do Romantismo na poesia de Bandeira?
      O lirismo, o tom confessional, o subjetivismo, a consciência da solidão, a melancolia.

07 – A beleza de um poema não depende da quantidade de meios empregados: rimas ricas, vocabulário erudito e pomposo, hipérbatos, raras figuras de linguagem, etc. Como Manuel Bandeira demonstra isto em seu poema?
      Usando um vocabulário simples, versos de sete sílabas, quadras e repetições (anáfora).

08 – Que versos contêm um paradoxo e reforçam a atmosfera melancólica do poema? Explique esse paradoxo.
      Os dois últimos. O paradoxo reside em “dar uma esperança triste”.




CONTO: NOME, COLEIRA E LIBERDADE - ORÍGENES LESSA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Conto: Nome, coleira e liberdade

Eu sempre me orgulhei da condição de vira-lata.
Sempre fui um cachorro de focinho para cima.
Fujo de pedrada, que eu não sou besta.
Fujo de automóvel, que não sou criança.
Trato gente na diplomacia: de longe!


Não me deixo tapear. Comigo não tem “não-me-ladres”.
Se precisar, eu ladro e mordo!
E coleira, aceitar eu não aceito, de jeito nenhum!
Quando vejo certos colegas mostrando com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço, como se não fosse coleira, mas colar, chego a ter vergonha de ser cão.
Palavra de honra!
A coleira é o dono!
A coleira é escravidão!
Coleira é o adeus à liberdade!
Dirão vocês: a coleira pode livrar o cachorro da carrocinha.           
Posso falar com franqueza?
Cachorro que não sabe fugir da carrocinha pelas próprias patas, que não é capaz de autografar a canela de um caçador com os seus próprios dentes, não tem direito de ser cão.
E é por isso que eu sempre fui contra o nome que os homens me impingem. Porque é símbolo, também, de escravidão.


LESSA, Orígenes. Podem me chamar de Bacana.
Rio de janeiro: Tecnoprint, 1977, p. 25
Entendendo o conto:
01 – No texto, o cão é:
(A)  Covarde 
(B)  Tolo
(C)  Livre 
(D)  Envergonhado.

02 – Qual é o significado de coleira para o vira-lata?
      Coleira é o dono, é escravidão, é o adeus a liberdade.  

03 – “A coleira pode livrar o cachorro da carrocinha.” O que o vira-lata pensa sobre isso?
      “Cachorro que não sabe fugir da carrocinha pelas próprias patas, que não é capaz de autografar a canela de um caçador com os seus próprios dentes, não tem direito de ser cão.”

04 – “Eu sempre me orgulhei da condição de vira-lata.”, por que o cachorro diz isso?
      Ele sempre se orgulhou por ser um animal livre.

05 – Como o vira-lata, trata as pessoas?
      Trata as pessoas com diplomacia, de longe.