segunda-feira, 4 de junho de 2018

TEXTOS CURTOS PARA O ENSINO MÉDIO - COM GABARITO


TEXTO I

 
     Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...Não há calendário para a saudade.

                                                Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil.

                                          
01 – Segundo o texto, a saudade:
a) aumenta a cada ano.
b) é maior no primeiro ano.
c) é maior na data do falecimento.
d) é constante.
e) incomoda muito.
02 – A segunda oração do texto tem um claro valor:
a) concessivo
b) temporal
c) causal
d) condicional
e) proporcional
03 – A repetição da palavra não exprime:
a) dúvida
b) convicção
c) tristeza
d) confiança
e) esperança
04 – A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada membro da frase, como no caso da palavra não, chama-se:
a) anáfora
b) silepse
c) sinestesia
d) pleonasmo
e) metonímia

TEXTO II
“Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores.”
                                                 José Sarney, na Veja, dez/97.

01 – Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:
a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental
e) religiosa
02 – O autor do texto sugere estar passando de:
a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) senador a escritor
e) político a escritor
03 – Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:
a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta
e) coerente
04 – O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:
a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores
e) busco
05 – A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é:
a) no momento
b) ora
c) presentemente
d) neste instante
e) recentemente

TEXTO III
        Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles.
                            Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96.
01 – O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é:
a) fé
b) respeito
c) solidariedade
d) amor
e) tolerância.

02 – O autor do texto é:
a) um treinador atento
b) um adestrador frio
c) um treinador qualificado
d) um adestrador consciente
e) um adestrador filantropo
03 – Segundo o texto, os animais:
a) são obrigados a todo tipo de treinamento.
b) fazem o que não lhes permite a natureza.
c) não fazem o que lhes permite a natureza.
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor.
e) são treinados dentro de determinados limites.

TEXTO IV

        Estou com saudade de ficar bom. Escrever é consequência natural.
                             Jorge Amado, na Folha de São Paulo, 22/10/96.

01 – Segundo o texto:
a) o autor esteve doente e voltou a escrever.
b) o autor está doente e continua escrevendo.
c) O autor não escreve porque está doente.
d) o autor está doente porque não escreve.
e) o autor ficou bom, mas não voltou a escrever.

02 – O autor na verdade tem saudade:
a) de trabalhar
b) da saúde
c) de conversar
d) de escrever
e) da doença

03 – “Escrever é consequência natural.” Consequência de:
a) voltar a trabalhar.
b) recuperar a saúde.
c) ter ficado muito tempo doente.
d) estar enfermo.
e) ter saúde.

TEXTO V

        A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.
                                        Américo Barbosa, na Folha de São Paulo.

01 – No texto, o autor compara:
a) Deus e internet
b) Deus e mundo todo
c) internet e qualquer um
d) mente e internet
e) mente e qualquer um

02 – O que justifica a comparação do texto é:
a) a modernidade da informática
b) a bondade de Deus
c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet
d) a globalização das comunicações
e) O desejo que todos têm de se comunicar com o mundo.

03 – O conectivo comparativo presente no texto só não pode ser substituído por:
a) tal qual
b) que nem
c) qual
d) para
e) feito

04 – Só não constitui paráfrase do texto:
a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.
b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet.
d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um.
e) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet.

TEXTO VI

        Marx disse que Deus é o ópio do povo. Já sabemos que não entendia nem de Deus nem de ópio. Deus é uma experiência de fé. Impossível defini-lo.
                                                 Paulo Coelho, em O Globo, 25/2/96.

01 – Segundo o período inicial do texto, para Marx Deus:
a) traz imensa alegria ao povo.
b) esclarece o povo.
c) deixa o povo frustrado.
d) conduz com segurança o povo.
e) tira do povo a condição de raciocinar.

02 – Segundo o autor, Marx:
a) mentiu deliberadamente.
b) foi feliz com suas palavras.
c) falou sobre o que não sabia.
d) equivocou-se em parte.
e) estava coberto de razão, mas não foi compreendido.

03 – O sentimento que Marx teria demonstrado e que justifica a resposta ao
item anterior é:
a) leviandade
b) orgulho
c) maldade
d) ganância
e) egoísmo

04 – Infere-se do texto que Deus deve ser:
a) amado
b) conceituado
c) admirado
d) sentido
e) estudado

05 – A palavra que justifica o item anterior é:
a) ópio
b) Io
c) fé
d) povo
e) experiência

06 – A figura de linguagem presente no primeiro período é:
a) metáfora
b) metonímia
c) prosopopeia
d) pleonasmo
e) hipérbole

07 – A palavra que poderia ter sido grafada com letra maiúscula é:
a) ópio
b) povo
c) experiência
d) fé
e) lo

TEXTO VII

Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.

                 Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante.

01 – O sentimento predominante no texto é:
a) orgulho
b) saudade
c) fé
d) esperança
e) ansiedade.

02 – Infere-se do texto que o autor:
a) não saiu de sua terra.
b) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado.
c) logo esqueceu sua terra.
d) saiu de sua terra apenas fisicamente.
e) pretende voltar logo para sua terra.

03 – Por “perdi-me no espaço” pode-se entender que o autor:
a) ficou perdido na nova terra.
b) ficou confuso.
c) não gostou da nova terra.
d) perdeu, momentaneamente, o sentimento por sua terra natal.
e) aborreceu-se com a nova situação.

04 – Pelo último período do texto, deduz-se que:
a) ele continuou ligado à sua terra.
b) ele vai voltar à sua terra.
c) ele gostaria de deixar sua cidade, mas nunca conseguiu.
d) ele se alegra por não ter saído.
e) ele nunca saiu da terra onde vive atualmente.

05 – A expressão “ai de mim” só não sugere, no poema:
a) amargura
b) decepção
c) tristeza
d) vergonha
e) nostalgia

TEXTO VIII

        Enquanto o Titanic ainda flutua, tentemos o impossível para mudar o seu curso. Afinal, quem faz a história são as pessoas e não o contrário.
                        Herbert de Souza, na Folha de São Paulo, 17/11/96.

01 – Infere-se do texto que o Titanic:
a) é um navio real.
b) simboliza algo que vai mal.
c) é um navio imaginário.
d) simboliza esperança de salvação.
e) sintetiza todas as tragédias humanas.

02 – Pelo visto, o autor não acredita em:
a) transformação
b) elogio
c) desgraça
d) favorecimento
e) determinismo

03 – A palavra “afinal” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
a) conquanto
b) porquanto
c) malgrado
d) enquanto
e) apenas

04 – Infere-se do texto que:
a) há coisas que não podem ser mudadas.
b) se tentarmos, conseguiremos.
c) o que parece impossível sempre o é.
d) jamais podemos desistir.
e) alguns têm a capacidade de modificar as coisas, outros não.

05 – Para o autor, as pessoas não devem:
a) exagerar
b) falhar
c) desanimar
d) lamentar-se
e) fugir.

TEXTO IX

        A função do artista é esta, meter a mão nessa coisa essencial do ser humano, que é o sonho e a esperança. Preciso ter essa ilusão: a de que estou resgatando esses valores.
                                           Marieta Severo, na Folha de São Paulo.

01 – Segundo o texto, o artista:
a) leva alegria às pessoas.
b) valoriza o sonho das pessoas pobres.
c) desperta as pessoas para a realidade da vida.
d) não tem qualquer influência na vida das pessoas.
e) trabalha o íntimo das pessoas.

02 – Segundo o texto:
a) o sonho vale mais que a esperança.
b) o sonho vale menos que a esperança.
c) sonho e esperança têm relativa importância para as pessoas.
d) não se vive sem sonho e esperança.
e) têm importância capital para as pessoas tanto o sonho quanto a esperança.

03 – A palavra ou expressão que justifica a resposta do item anterior é:
a) ilusão
b) meter a mão
c) essencial
d) ser humano
e) valores

04 – A expressão “meter a mão”:
a) pertence ao linguajar culto.
b) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por intrometer-se.
c) tem valor pejorativo.
d) é coloquial e significa, no texto, tocar.
e) é um erro que deveria ter sido evitado.

05 – Só não se encontra no texto:
a) a influência dos artistas
b) a necessidade da autora
c) a recuperação de coisas importantes
d) a conquista da paz
e) a carência de sentimentos das pessoas

06 – A palavra “esses” poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por:
a) bons
b) certos
c) tais
d) outros
e) muitos.

TEXTO X

          Um prêmio chamado Sharp, ou Shell, Deus me livre! Não quero. Acho esses nomes feios. Não recebo prêmios de empresas ligadas a grupos multinacionais. Não sou traidor do meu povo nem estou à venda.
                                                  Ariano Suassuna, na Veja, 3/7/96.

01 – A palavra que melhor define o autor do texto é:
a) megalomaníaco
b) revoltado
c) narcisista
d) nacionalista
e) decepcionado

02 – Se aceitasse algum tipo de prêmio de empresas multinacionais, o autor, além de traidor, se sentiria:
a) infiel
b) venal
c) pusilânime
d) ingrato
e) ímprobo

03 – O autor não recebe prêmios de empresas multinacionais porque:
a) seus nomes são feios.
b) estaria prestando um desserviço ao Brasil.
c) detesta qualquer empresa que não seja brasileira
d) esses prêmios não têm valor algum.
e) não quer ficar devendo favores a esse tipo de empresa.

04 – O último período do texto tem claro valor:
a) causal
b) temporal
c) condicional
d) comparativo
e) proporcional

05 – A expressão “Deus me livre!” demonstra, antes de tudo:
a) revolta
b) desprezo
c) ironia
d) certeza
e) ira.

TEXTO XI

        Inserto entre o 16° e o 18°, o século XVII permanece em meia luz, quase apagado, nos fastos do Rio de Janeiro, sem que sobre esse período se detenha a atenção dos historiadores, sem que o distingam os que se deixam fascinar pelos aspectos brilhantes da história.
                                              Vivaldo Coaracy, in O Rio de Janeiro.

01 – Segundo o texto, o século XVII:
a) chamou a atenção dos historiadores por ser meio apagado.
b) foi uma parte brilhante da história do Rio de Janeiro.
c) assemelha-se aos séculos XVI e XVIII.
d) foi importante, culturalmente, para o Rio de Janeiro.
e) transcorreu sem brilho, para o Rio de Janeiro.

02 – A palavra ou expressão que pode substituir sem prejuízo do sentido a palavra “fastos” é:
a) anais
b) círculos culturais
c) círculos políticos
d) administração
e) imprensa

03 – A expressão “quase apagada”:
a) retifica a palavra meia-luz.
b) complementa a palavra meia-luz.
c) reforça a palavra meia-luz.
d) explica a palavra meia-luz.
e) amplia a palavra meia-luz.

04 – Infere-se do texto que:
a) os historiadores detestaram o século XVII.
b) os mais belos momentos da história encantam certas pessoas.
c) o século XVI foi tão importante quanto o século XVIII.
d) a história do Rio de Janeiro está repleta de coisas interessantes.
e) os historiadores se interessam menos pelos séculos XVI e XVIII do que pelo século XVII.

TEXTO XII

        Acho que foi uma premonição, uma vez que ele já tinha declarado que “A Fraternidade é Vermelha” seria seu último filme. Foi o cineasta contemporâneo que conseguiu chegar mais perto do conceito de Deus. Poderia ter feito muito mais filmes, mas foi vítima do totalitarismo socialista.
                                       Leon Cakoff, no Jornal da Tarde, 14/13/96.

01 – O totalitarismo socialista:
a) atrapalhou a carreira do cineasta.
b) manteve-se alheio à carreira do cineasta.
c) interrompeu a carreira do cineasta.
d) incentivou a carreira do cineasta.
e) fiscalizou a carreira do cineasta.

02 – “A Fraternidade é Vermelha”:
a) foi um filme de repercussão nos meios religiosos.
b) foi o primeiro filme de sucesso do cineasta.
c) não abordava o assunto Deus.
d) foi o melhor filme do cineasta.
e) foi o último filme do cineasta.

03 – Provavelmente, o cineasta:
a) agradou, por ser materialista.
b) agradou por falar de Deus.
c) desagradou por falar de Deus.
d) desagradou por não falar de Deus.
e) não sabia nada sobre Deus.

04 – Levando-se em conta o caráter materialista usualmente atribuído aos socialistas, o título do filme seria, em princípio:
a) uma redundância
b) uma ambiguidade
c) um paradoxo
d) uma qualificação
e) uma incoerência

05 – A palavra “premonição” se justifica porque:
a) seu filme foi um sucesso.
b) o cineasta falava de Deus.
c) o cineasta não quis fazer mais filmes.
d) a “Fraternidade é Vermelha” foi seu último filme.
e) o cineasta foi vítima do totalitarismo socialista.

06 – A palavra “Vermelha” equivale no texto a:
a) totalitária
b) comunista
c) socialista
d) materialista
e) espiritualista.

07 - Conectivo que não poderia substituir “uma vez que” no texto é:
a) porque
b) pois
c) já que
d) porquanto
e) se bem que.

TEXTO XIII

        Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano; por isso é preciso fazer uma estruturação dos canteiros a fim de manter-se o equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado, não faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas, legumes ou tubérculos.
                        Irineu Fabichak, in Horticultura ao Alcance de Todos.

01 – Segundo o texto:
a) todas as plantas hortícolas não se dão bem durante todo o ano.
b) todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
c) todas as plantas hortícolas se dão mal durante todo o ano.
d) algumas plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
e) nenhuma planta hortícola se dá mal durante todo o ano.

02 – Para manter o equilíbrio das plantações é necessário:
a) estruturar de maneira mais lógica e racional os canteiros.
b) fazer mais canteiros, mas ordenando-os de maneira lógica e racional.
c) fazer o plantio em épocas diferentes.
d) construir canteiros emparelhados.
e) manter sempre limpos os canteiros

03 – A conjunção “por isso” só não pode ser substituída por:
a) portanto
b) logo
c) então
d) porque
e) assim

04 – Segundo o último parágrafo do texto:
a) tubérculos não são verduras.
b) legumes são o mesmo que tubérculos.
c) folhas, legumes e tubérculos são a mesma coisa.
d) haverá verduras o ano todo, inclusive folhas, legumes e tubérculos.
e) haverá folhas, legumes e tubérculos o ano todo.

TEXTO XIV

        Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união - resultando numa espécie de AmBev dos panetones - melindre os varejistas.
                                                 Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99.
01 – As duas empresas (/. 4) de que fala o texto são:
a) Bauducco e Visagis
b) Visconti e Visagis
c) AmBev e Bauducco
d) Bauducco e Visconti
e) Visagis e AmBev

02 – A aproximação do Natal é a causa:
a) da compra da Visconti
b) do sigilo do negócio
c) do negócio da Bauducco
d) do melindre dos varejistas
e) do anúncio da união

03 – Uma outra causa para esse fato seria:
a) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de panetones
b) o fato de a Visconti ser uma multinacional
c) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones
d) o possível melindre dos varejistas
e) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco

04 – Por “aquisição à vista” entende-se, no texto:
a) que a negociação é provável.
b) que a negociação está distante, mas vai acontecer.
c) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela.
d) que a negociação dificilmente ocorrerá.
e) que a negociação está próxima. 

TEXTO XV

Um anjo dorme aqui; na aurora apenas,
disse adeus ao brilhar das açucenas
em ter da vida alevantado o véu.
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo
finou-se e no infantil sorriso passou do
berço pra brincar no céu!
                                          Casimiro de Abreu, in Primaveras.

01 – O tema do texto é:
a) a inocência de uma criança
b) o nascimento de uma criança
c) o sofrimento pela morte de uma criança
d) o apego do autor por uma certa criança
e) a morte de uma criança

02 – O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem conhecida como:
a) prosopopeia
b) hipérbole
c) pleonasmo
d) metonímia
e) eufemismo

03 – No âmbito do poema, podemos dizer que pertencem ao mesmo campo semântico as palavras:
a) aurora e véu
b) anjo e rosa
c) granizo e sorriso
d) berço e céu
e) cruel e infantil

04 – As palavras que respondem ao item anterior são:
a) uma antítese em relação à vida
b) hipérboles referentes ao destino
c) personificações alusivas à morte
d) metáforas relativas à criança
e) pleonasmos com relação à dor.

05 – Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende-se:
a) sem ter nascido
b) sem ter morrido cedo
c) sem ter conhecido bem a vida
d) sem viver misteriosamente
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas

06 – “Na aurora apenas” é o mesmo que:
a) somente pela manhã
b) no limiar somente
c) apenas na alegria
d) só na tristeza
e) só no final.
TEXTO XVI

        Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço.
                      José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96.

01 – Só não caracteriza os homens do Itamaraty:
a) o pragmatismo
b) a falta de sensibilidade
c) a luta contra a ditadura
d) a tranquilidade da vida
e) as raízes na elite do Brasil

02 – A palavra que não se liga semanticamente aos homens do Itamaraty é:
a) o segundo que
b) tiveram
c) vêm
d) eles
e) o terceiro que.

03 – Pelo visto, o autor gostaria de que os homens do Itamaraty tivessem mais:
a) inteligência
b) patriotismo
c) vivência
d) coerência
e) grandeza

04 – A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de:
a) consequência
b) causa
c) comparação
d) condição
e) tempo

05 – A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente”, é:
a) necessariamente
b) realmente
c) justificadamente
d) evidentemente
e) comprovadamente

06 – Só não pode ser inferido do texto:
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
b) ter lutado contra o colonialismo é importante para a carreira de diplomata.
c) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
d) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
e) há diplomatas mais sensíveis que outros.

TEXTO XVII

        Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”.
        Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira.

01 – Segundo o texto, os historiadores:
a) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia.
b) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas.
c) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural.
d) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava.
e) consideram o campo mais importante que as cidades.

02 – Para o autor:
a) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada.
b) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades.
c) a evolução da língua falada dependia em parte dos pontos de comércio.
d) a evolução da língua falada independe da condição de Brasil colônia.
e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.

03 – A palavra “ojeriza” significa, no texto:
a) medo
b) admiração
c) aversão
d) dificuldade
e) angústia

04 – A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque:
a) as cidades eram pontos de festividades religiosas.
b) o Brasil se distanciava linguisticamente de Portugal.
c) faltavam universidades nos centros urbanos.
d) não se seguiam normas linguísticas.
e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa.

05 – Segundo o texto, a população do Brasil-colônia:
a) à vida do campo preferia a da cidade.
b) à vida da cidade preferia a do campo.
c) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade.
d) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação.
e) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo.

TEXTO XVIII

        Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos, que deverão ser aproveitados como consultores, a aposentadoria chegará a médio prazo.
                                             José Maria Furtado, na Exame, dez./99.

01 – Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem pronto...”, teremos, como sequência coesa e coerente:
a) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
b) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
c) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
e) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.

02 – Segundo o texto:
a) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo.
b) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos.
c) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo.
d) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos.
e) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.

03 – A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se:
a) precipitada
b) cautelosa
c) previdente
d) rígida
e) inflexível.

04 – Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar:
a) ocupa, no momento, a superintendência.
b) é um dos conselheiros.
c) será substituído por um dos 200 aspirantes.
d) está se afastando dos negócios da empresa.
e) será o primeiro dos 20 grandes executivos a se aposentar.

05 – Sobre a Andrade Gutierrez, não é correto afirmar:
a) é empresa de obras.
b) é do estado de Minas Gerais.
c) preocupa-se com seus funcionários.
d) mantém-se alheia a qualquer tipo de renovação.
e) procura manter vínculo com executivos aposentados.

TEXTO XIX

Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim.
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir.
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão
do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
                                                                    Gilberto Gil.

01 – Por “presença da ausência” pode-se entender:
a) ausência difícil
b) ausência amarga
c) ausência sentida
d) ausência indiferente
e) ausência enriquecedora

02 – Para o autor, a saudade é algo:
a) que leva ao desespero.
b) que só se suporta com fé.
c) que ninguém deseja.
d) que transmite coisas boas.
e) que ilude as pessoas.

03 – O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade antitética é:
a) presença / ausência.
b) não / sim.
c) ausência de luz / clarão.
d) sol / solidão.
e) que veda / traz a visão.

04 – Segundo o texto:
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas.
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas.
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins.
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que vivemos.
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em nosso passado.

05 – O que se guarda no coração é:
a) a saudade
b) o clarão
c) o que se deixou para traz
d) a visão
e) o que não se pode ver.

TEXTO XX
        Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
          Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas.

01 – Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral

02 – Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

03 – Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.
b) já morreu.
c) não quer morrer.
d) não vai morrer.
e) renasceu.

04 – A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.

05 – A diferença capital entre o autor e Moisés é que:
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.

06 – Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.

07 – Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
a) intróito
b) princípio
c) cabo
d) berço
e) fim

08 – Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):
a) conformismo diante da morte;
b) tristeza por se sentir morto
c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação
d) otimismo quanto ao futuro literário
e) atividade apesar de estar morto.










TEXTO: AS ENCHENTES DE MINHA INFÂNCIA - RUBEM BRAGA - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


Texto: As enchentes de minha infância

      Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
      Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara à enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
        Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.


Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de Janeiro:
Ed. Do Autor, 1962. P. 157.

Entendendo o texto:

01– A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” é:
a) Às vezes chegava alguém...
b) E às vezes o rio atravessava a rua...
c) E se tomava café tarde da noite!
d) Isso para nós era uma festa...

02 – Como era sua casa?
      Era uma casa muito bonita, verde e tinha uma tamareira junto a varanda.

03 – Por que as casas dos vizinhos de frente enchia d’água?
      Porque as casas fazia fundo com o rio. E quando chovia o rio enchia e a água invadia suas casas.

04 – De acordo com o texto; o que acontecia quando as casas dos vizinhos enchia d’água?
      Os vizinhos ficavam com medo e vinham dormir em sua casa.

05 – Por que os meninos ficavam tristes quando o dia clareava?
      Porque eles iam correndo ver a enchente do rio, chegando lá o rio já tinha baixado. Eles achavam uma traição e fraqueza do rio Itapemirim.





TEXTO: BUROCRATAS CEGOS - EDITORIAL O DIA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Texto: Burocratas cegos

        A decisão, na sexta-feira, da juíza Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, da 7a Vara Federal do Rio, determinando que a Light e a Cerj também paguem bônus aos consumidores de energia que reduziram o consumo entre 100 kWh e 200 kWh fez justiça. A liminar vale para todos os brasileiros. Quando o Governo se lançou nessa difícil tarefa do racionamento, não contou com tamanha solidariedade dos consumidores.
        Por isso, deixou essa questão dos bônus em suspenso. Preocupada com os recursos que o Governo federal terá que desembolsar com os prêmios, a Câmara de Gestão da Crise de Energia tem evitado encarar essa questão, muito embora o próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, já tenha dito que o bônus será pago. Decididamente, os consumidores não precisavam ter lançado mão da Justiça para poder ter a garantia desse direito. Infelizmente, o permanente desrespeito ao contribuinte ainda faz parte da cultura dos burocratas brasileiros.
       Estão constantemente preocupados em preservar a máquina do Estado. Jamais pensam na sociedade e nos cidadãos. Agem como se logo mais na frente não precisassem da população para vencer as barreiras de mais essa crise.
                                                                  Editorial de O Dia, 19/8/01.

Entendendo o texto:
01 –
De acordo com o texto:
a) a juíza expediu a liminar porque as companhias de energia elétrica se negaram a pagar os bônus aos consumidores.
b) a liminar fez justiça a todos os tipos de consumidores.
c) a Light e a Cerj ficarão desobrigadas de pagar os bônus se o Governo fizer a sua parte.
d) o excepcional retorno dado pelos consumidores de energia tomou de surpresa o Governo.
e) o Governo pagará os bônus, desde que as companhias de energia elétrica também o façam.

02 – Só não se depreende do texto que:
a)   Os burocratas brasileiros desrespeitam sistematicamente o contribuinte.
b) o governo não se preparou para o pagamento dos bônus.
     c) o chefe do executivo federal garante que os consumidores receberão o pagamento dos bônus.
     d) a Câmara de Gestão está preocupada com os gastos que terá o Governo com o pagamento dos bônus.
     e) a única forma de os consumidores receberem o pagamento dos bônus é apelando para a Justiça.

03 – De acordo com o texto, a burocracia brasileira:
a) vem ultimamente desrespeitando o contribuinte.
b) sempre desrespeita o contribuinte.
c) jamais desrespeitou o contribuinte.
d) vai continuar desrespeitando o contribuinte.
e) deixará de desrespeitar o contribuinte.

04 – A palavra que justifica a resposta ao item anterior é:
a) infelizmente
b) constantemente
c) cultura
d) jamais
e) permanente

05 – Os burocratas brasileiros:
a) ignoram o passado.
b) não valorizam o presente.
c) subestimam o passado.
d) não pensam no futuro.
e) superestimam o futuro.

06 – Pode-se afirmar, com base nas ideias do texto:
a) A Câmara de Gestão defende os interesses da Light e da Cerj.
b) O presidente da República espera poder pagar os bônus aos consumidores.
c) Receber o pagamento dos bônus é um direito do contribuinte, desde que tenha reduzido o consumo satisfatoriamente.
d) Os contribuintes não deveriam ter recorrido à Justiça, porque a Câmara de Gestão garantiu o pagamento dos bônus.
e) A atuação dos burocratas brasileiros deixou a Câmara de Gestão preocupada.


domingo, 3 de junho de 2018

MÚSICA: CERTAS COISAS - LULU SANTOS - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Música: Certas Coisas


                                                               Lulu Santos
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração
Silenciosamente eu te falo com paixão

Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz
Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e som
Tem certas coisas que eu não sei dizer

A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim

Cada voz que tanto amou não diz
Tudo o que quer dizer
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração
Silenciosamente eu te falo com paixão

Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz
Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e som
Tem certas coisas que eu não sei dizer.
Composição: Lulu Santos / Nelson Motta.

Entendendo a canção:
01 – Grife na letra da canção todas as antíteses que encontrar.
      Som, silêncio, luz, escuridão, dia, noite, não, sim, cala, fala.

02 – Você concorda que "Tudo que cala fala mais alto ao coração"? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Que mensagem se pode extrair após a leitura dessa música? 
      A mensagem é que estamos diante das decisões inadiáveis da existência, e nós seres humanos teimamos em querer ter o controle de tudo até de certas coisas que não nos cabe.

04 – Leia atentamente o trecho da música:
         “Não __________ som
          Se não ___________ o silêncio
          Não ___________ luz
          Se não ________ a escuridão
          A vida é mesmo assim
          Dia e noite, não e sim.”
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima. Escolha uma:
a)   Existiria; houvesse; haveria; fosse.
b)   Existiria; haja; há; fosse.
c)   Existia; houvesse; havia; fosse.
d)   Exista; haja; há; fosse.
e)   Existia; houvesse; haveria; era. 

05 – Você concorda que existem mesmo certas coisas que não sabemos dizer?
      Sim, a música mostra o quanto é difícil explicar certas coisas aparentemente simples e, que nos deixam sem palavras e sem explicação.

06 – Como você lida com as dualidades presentes em seu ser?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Por que o poeta usa a figura de linguagem chamada antítese?
      Porque há um confronto de situações contrárias.

08 – Qual a importância de sabermos valorizar o silêncio?
      Aprendermos com o silêncio a ouvir os sons interiores da nossa alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos. Aprendemos a respeitar a opinião dos outros, a respeitar a vida, enxergar em nós qualidades que possuímos, equilibrar nossos defeitos e tantas coisas mais.

09 – A respeito da letra da canção, marque a alternativa FALSA:
a)   A construção de seu sentido se dá a partir de oposições como silêncio / som; dia / noite; luz / escuridão.
b)   A refletir sobre o amor que sente, o eu lírico expressa uma constatação: o vazio entre o que existe e o que se opõe a essa existência é pleno de significado, embora as palavras não sejam suficientes para expressá-la.
c)   A letra da canção revela que o eu lírico está preocupado com reciprocidade em relação ao sentimento de amor.
d)   Os versos “nós somos medo e desejo / somos feitos de silêncio e som” expressam uma visão do ser humano bipartido, semelhante ao homem barroco.
e)   O eu lírico não consegue expressar com palavras seus sentimentos, o que não diminui seu amor.

10 – Onde podemos encontrar o antropocentrismo na canção?
      Na preferência de temas opostos: espírito / matéria; perdão / pecado; bem / mal; céu / inferno.




FILME(ATIVIDADES): A GUERRA DO FOGO - JEAN-JACQUES ANNAUD - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Filme(Atividades): A Guerra do Fogo

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.eovideolevou.com.br%2Fdetalhe%2Fcompleto.asp%3Fcp%3D55860&psig=AOvVaw1qr6DQUwPH5KQuRqlLsvR2&ust=1619303120589000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMi9x6-0lfACFQAAAAAdAAAAABAD

Fonte: Lanutti Capas.
Data de lançamento 29 de abril de 1982 (1h 40min)
Direção: Jean-Jacques Annaud
Gêneros AventuraHistóricoDrama
Nacionalidades FrançaCanadá

SINOPSE E DETALHES
        Na pré-história, a pouco desenvolvida a tribo Ulam é composta por membros que se comunicam por gestos e grunhidos e acreditam que o fogo é sobrenatural. Quando a fonte única de calor se apaga após um ataque, três guerreiros saem numa jornada em busca de outra chama e acabam conhecendo os Ivaka, grupo com hábitos avançados e comunicação complexa, além de domínio da produção do mítico fogo.

Entendendo o filme:
01 – Quais características vem sendo desenvolvidas que passam a diferenciar cada vez mais os seres humanos de outros animais, sobretudo quanto a sexualidade e alimentação?
      O raciocínio para criação e uso de armas, na comunicação onde a linguagem deixa de ser apenas com as mãos e é introduzida as vocalização, a sexualidade pelo incremento de relação sexual no quesito posições sexuais, e início da monogamia, e já na alimentação a utilização do fogo para preparo do alimento, e o consumo do tutano dos ossos longos (que possuem medula) parte rica em proteínas e essencial para a evolução.

02 – Descreva a diferença entre os três grupos humanos mostrados no filme (grupo I Principais; grupo II Canibais; grupo III Aldeia da Menina), no que diz respeito há:
Linguagem:
Grupo I – Através de vocalizações.
Grupo II – Através de vocalizações e sinais brutos de manejo de utensílios.
Grupo III – Através de vocalizações e sinais com as mãos.

Alimentação:
Grupo I – Caça e resto de animais predados.
Grupo II – Hominídeos prisioneiros.
Grupo III – Vegetarianos.
Sexualidade:
Grupo I – Poligamia com uso de força bruta para cortejo.
Grupo II – Não foi observada.
Grupo III – Seletiva, a partir de biótipos, onde os mais velhos tem prioridade.

03 – Descreva um momento do filme que indique:
·        Surgimento do Humor: Quando estão sobre a árvore e o prisioneiro começa a rir depois de um dos integrantes do bando tem a cabeça atingida pela pedra, resultando na primeira vivencia dos demais ao humor e posteriormente na tribo em que todos possuem humor demonstrado com gargalhadas. Próximo ao fim do filme, os três personagens já possuem a emoção do humor adquirido pela convivência com a prisioneira e com sua tribo.

·        A construção do surgimento do amor: Quando a prisioneira de outro povo os abandona, e o líder resolve voltar de onde já está em sua jornada de volta, para encontrá-la.

04 – No filme há quantos grupos humanos em níveis de desenvolvimento diferentes?
      Eram 04 grupos – Os canibais, o grupo mais parecido com primatas, o grupo intermediário ainda com muito pelo no corpo e o grupo mais parecido com os seres humanos atuais.

05 – Quais destes grupos é o mais desenvolvidos?
      O grupo com menos pelos e mais parecido com o homem atual.

06 – Por que ele poderia ser considerado como o mais desenvolvido?
      Porque sua comunicação embora rudimentar, era mais articulada que os outros grupos, suas armas eram mais evoluídas e eles construíam suas próprias moradias.

07 – Quais as principais diferenças entre esses grupos e os demais grupos?
      A linguagem, a fisionomia, os hábitos alimentares, o domínio da técnica de fazer o fogo, o nível de organização social e eles reconheciam uma certa hierarquia.

08 – Quais as relações entre as diferenças observadas e o desenvolvimento dos indivíduos que compõe o grupo?
      A socialização com outros grupos de acordo com Vygotsky, é a maneira mais fácil de se desenvolver. Assim em várias cenas do filme podemos confirmar esta afirmação, que o outro grupo aprendeu observando o grupo mais desenvolvido, tais como: fazer fogo, flechas, utilizar ervas para curar doenças, construir moradias, novas posições sexuais, a ser mais carinhosos entre outras coisas.

09 – Faça uma comparação do que representou em importância para humanidade, o controle do fogo no paleolítico, com quaisquer dos avanços tecnológicos atuais.
      O fogo no período Paleolítico era essencial para a vida humana e tornava extremamente necessário a corrida do homem pela sua conquista. Hoje podemos afirmar que a corrida do indivíduo para incluir-se no mundo digital, também é sinônimo de grande conquista.

10 – Pelo trabalho o homem se autoproduz. Tendo como base esta afirmação e o processo de trabalho mostrado pelo filme, reflita sobre como eram divididas as tarefas e os materiais coletados, sobre a vida em comunidade e sobre a produção de excedente, tecendo considerações sobre o modo de produção primitivo.
      Com o domínio do fogo e a confecção das primeiras ferramentas, o homem do Paleolítico foi vencendo várias barreiras. Percebeu que para conseguir alimentos tinham que haver cooperação e organização social. A medida que os humanos iam desenvolvendo soluções para superar os obstáculos da natureza, foram surgindo os primeiros clãs, com os conjuntos de famílias. A mulher tinha o papel importante de coesão, o modo de produção foi se modificando e a divisão de tarefas surgindo.