QUESTÕES DE VESTIBULARES -
MODERNISMO
01 – (UEL-PR) Assinale a alternativa que contém apenas
características da estética simbolista.
a) Temática social; hermetismo;
valorização dos tons fortes; materialismo; antítese.
b) Temática intimista; ocultismo;
valorização dos tons fortes; espiritualidade; sinestesia.
c)
Temática intimista; hermetismo; valorização do branco e da
transparência; espiritualidade; sinestesia.
d) Temática bucólica; hermetismo; valorização
do branco e da transparência; espiritualidade; antítese.
e) Temática bucólica; ocultismo;
valorização das tonalidades verdes; materialismo; sinestesia.
02 – (MACK-SP):
Nomear um
objeto é suprimir três quartos do poema, que é feito da felicidade em adivinhar
pouco a pouco; sugeri-lo, eis o sonho... deve haver enigma em poesia, e é o
objetivo da Literatura – e não há outro – evocar os objetos.
O trecho acima
resume parte da ideologia de importante movimento literário. Assinale a
alternativa em que se encontra o nome do mesmo.
a)
Simbolismo.
b) Romantismo.
c) Barroco
d) Parnasianismo.
e) Modernismo.
03 – (PUC-RS):
Noiva de Satanás,
Arte maldita,
Mago Fruto letal
e proibido,
Sonâmbulo do
além, do Indefinido
Das profundas
paixões, Dor Infinita.
A linguagem
do poema situa-o no:
a) Romantismo.
b) Parnasianismo.
c) Impressionismo.
d)
Simbolismo.
e) Modernismo.
04 – (ENC-SP):
CAMINHO
Tenho sonhos
cruéis; n’alma doente
Sinto um vago
receio prematuro.
Vou a medo na
aresta do futuro,
Embebido em
saudades do presente...
Saudades desta
dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao
desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o
coração dum véu escuro! ...
Porque a dor,
esta falta d’harmonia,
Toda a luz
desgrenhada que alumia
As almas
doidamente, o céu d’agora,
Sem ela, o
coração é quase nada:
Um sol onde
expirasse a madrugada,
Porque é só
madrugada quando chora.
(...)
Camilo
Pessanha, no contexto geral de sua obra, trata do sentimento de dor.
Com base
nisso, considere as seguintes afirmações a respeito do soneto acima:
I – O sentimento de dor, metaforizado pelo sol, é rejeitado
pelo sol, é rejeitado pelo poeta porque lhe provoca sonos cruéis.
II – O sentimento de dor, metaforizado pela madrugada, ainda
enquanto sofrimento, é essencial ao coração humano.
III – A dor, metaforizada pelo sol, é rejeitada pelo poeta
porque falta a ela um pouco de harmonia.
IV – O poeta experimenta um sentimento ambivalente em relação
à dor.
Interpreta corretamente o soneto o que se afirma apenas em:
a) I.
b) II.
c) I e IV.
d) II e III.
e)
II e IV.
05 – (CESESP) “O ___________ está para o Parnasianismo,
assim como a ______________ está para Simbolismo”.
A alternativa que não preenche as lacunas é:
a) Verso de ouro – dimensão mística.
b) Artesanato da palavra – liturgia.
c)
Culto da forma – musicalidade.
d) Lirismo exacerbado – realidade chã.
e) Perfeccionismo métrico –
flexibilidade.
06 – (ENC-SP):
Procuro
despir-me do que aprendi,
Procuro
esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os
sentidos,
Desencaixotar
as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me
e ser eu, não...
Mas um animal
humano que a natureza produziu.
No trecho acima,
de auto explicação de um poeta cuja marca é o desejo de libertação da carga
civilizatória, procurando conscientemente a espontaneidade através do contato
direto com a natureza (forma de “redescobrir o mundo”), deixamos um lacuna no
verso 5.
Ela deve ser preenchida por:
a) Fernando Pessoa.
b) Ricardo Reis.
c)
Alberto Caeiro.
d) Álvaro de Campos.
e) Mário de Sá-Carneiro.
07 – (ENC-SP):
Quando, Lídia,
vier o nosso outono
Com o inverno
que há nele reservarmos
Um pensamento,
não para a futura
Primavera, que é
de outrem,
Nem para o
estilo, de quem somos mortos,
Senão para o que
fica do que passa,
O amarelo atual
que as folhas vivem
E as torna
diferente.
Ricardo Reis.
Assinale a
alternativa correta sobre o texto acima:
a) Para as folhas há cores mais atuais e
outras mais antiquadas.
b) Não chegaremos vivos até a primavera.
c)
Cada verão, marcando o início do ano, marca também a esperança de
uma nova vida para nós.
d) Não há como impedir o fatal ciclo
solar das estações.
e) Só a vivência de cada momento
presente merece lembrança futura.
08 – (ENC-SP):
Não a ti, Cristo,
odeio ou te não quero.
Em ti como nos
outros creio deuses mais velhos.
Só te tenho por
não mais e nem menos
Do que eles, mas mais
novo apenas.
Odeio-os sim, e a
esses com calma aborreço,
Que te querem
acima dos outros teus iguais deuses.
Quero-te onde tu
‘stás, nem mais alto
Nem mais baixo
que elas, tu apenas.
Deus triste,
preciso talvez por que nenhum havia
Como tu, um a
mais no panteão e no culto,
Nada mais, nem
mais alto nem mais puro
Porque para tudo
havia deuses, menos tu.
Cura tu, idólatra
exclusivo de Cristo, que a vida
É múltipla e
todos os dias são diferentes dos outros,
E só sendo
múltiplos como eles
‘Staremos com
verdade e sós.
Essa postura de
Ricardo Reis frente à imagem de Cristo sugere que o poeta:
a) Aceita Cristo como um Deus a mais,
porque, apesar de pagão, considera-o uma divindade superior às da antiguidade
greco-latina.
b)
Aceita Cristo apenas como um Deus a mais, em nome de uma visão
múltipla da realidade, própria da mentalidade pagã.
c) Rejeita o Cristianismo, porque abraça
os ideais do Paganismo, que supunham a negação da existência de uma divindade
triste.
d) Divide-se entre os princípios pagãos
sensualistas e os princípios cristãos espiritualistas, criando com isso uma
tensão em sua poesia.
e) Se sente impedido a aceitar os
princípios cristãos, ainda que isto lhe custe a renúncia aos valores do
paganismo.
09 – (ENC-SP):
Frêmito de meu
corpo a procurar-te,
Febre das minhas
mãos na tua pele
Que cheira a
âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos
meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os
teus por todas a parte,
Sede de beijos,
amargos de fel,
Estonteante fome,
áspera e cruel,
Que nada existe
que a mitigue e a farte!
Considere as
afirmações a respeito das quadras de Florbela Espanca:
I – O recorrente apelo sensual na poesia de Florbela Espanca
indicia seu flagrante modernismo, pelo fato de desafiar as convenções morais da
sociedade da época.
II – O principal traço da modernidade em Florbela Espanca
mostra-se na audaciosa ruptura das convenções literárias, o que se verifica na
revolução sintática e na reinvenção da metáfora.
III – A confissão amorosa de Florbela Espanca, bastante
explícita, lembra o erotismo das cantigas de amigo, pelo fato de a mulher expor
abertamente os sentimentos ao amante.
Está correto o
que se afirma em:
a) II e III, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d)
I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
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