QUESTÕES DE VESTIBULARES
1 – (UFRS) O gênero dramático, entre outros aspectos,
apresenta como característica essencial:
a) A presença de um narrador.
b) A estrutura dialógica.
c) O extravasamento lírico.
d) A musicalidade.
e) O descritivismo.
2 – (UFU-MG) Relacione as espécies literárias ao lado com
suas respectivas características dispostas abaixo e assinale a alternativa
correta:
I – Modalidade de texto literário que oferece uma amostra da
vida através de um episódio, um flagrante ou instantâneo, um momento singular e
representativo; possui economia de meios narrativos e densidade na construção
das personagens.
II – À intensidade expressiva desse tipo de texto literário,
à sua concentração e ao seu caráter imediato, associa-se, como traço estético
importante, o uso do ritmo e da musicalidade.
III – Essa modalidade de texto literário prende-se a uma
vasta área de vivência, faz-se geralmente de uma história longa e apresenta uma
estrutura complexa.
IV – Nos textos do gênero, o narrador parece estar ausente da
obra, ainda que, muitas vezes, se revele nas rubricas ou nos diálogos; neles
impõe-se rigoroso encadeamento causal.
V – Espécie narrativa entre literatura e jornalismo,
subjetiva, breve e leve, na qual muitas vezes autor, narrador e protagonista se
identificam.
(II) Poema Lírico.
(I)
Conto.
(V)
Crônica.
(III)
Romance.
(IV)
Texto teatral.
a)
II – I – V – III e IV.
b) II – I – V – IV e III.
c) II – I – III – V e IV.
d) I – II – V – III e IV.
e) I – IV – II – V e III.
3 – (UFMT) Sobre literatura, gênero e estilos literários,
pode-se dizer que:
a)
Tanto no verso quanto na prosa pode haver poesia.
b) Todo momento histórico apresenta um
conjunto de normas que caracteriza suas manifestações culturais, constituindo o
estilo da época.
c) O texto literário é aquele em que
predominam a repetição da realidade, a linguagem linear, a unidade de sentido.
d) No gênero lírico os elementos do
mundo do exterior predominam sobre os do mundo interior do eu poético.
4 – (UFRS) Assinale a alternativa incorreta com respeito ao
Trovadorismo em Portugal:
a) Nas cantigas de amigo, o trovador
escreve o poema do ponto de vista feminino.
b) Nas cantigas de amor, há o reflexo do
relacionamento entre senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema
submissão.
c) A influência dos trovadores
provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.
d)
Durante o trovadorismo, ocorre a separação entre poesia e música.
e) Muitas cantigas trovadorescas foram
reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
5 – (PUC-RS) O paralelismo, uma técnica de construção literária
nas cantigas trovadorescas, consistiu em:
a) Unir duas ou mais cantigas com temas
paralelos e recitá-las em simultaneidade.
b)
Um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se
procura dizer a mesma ideia.
c) Apresentar as cantigas, nas festas da
corte, sempre com o acompanhamento de um coro.
d) Reduzir todo o refrão a um dístico.
e) Pressupor que há sempre dois
elementos paralelos que se digladiam verbalmente.
6 – (UFMG) Interpretando historicamente a relação de
vassalagem entre homem amante/mulher amada, ou mulher amante/homem amado,
pode-se afirmar que:
a) O Trovadorismo corresponde ao
Renascimento.
b) O Trovadorismo corresponde ao
movimento humanista.
c)
O Trovadorismo corresponde ao Feudalismo.
d) O Trovadorismo e o Medievalismo só
poderiam ser provençais.
e) Tanto o Trovadorismo como Humanismo
são expressões da decadência medieval.
7 – (UFMG) Nas mais importantes novelas de cavalaria que
circularam na Europa medieval, principalmente como propaganda das cruzadas,
sobressaem-se:
a) As namoradas sofredoras, que fazem
bailar para atrair o namorado ausente.
b)
Os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja
Católica (por quem lutam).
c) As namoradas castas, fieis,
dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado.
d) Os namorados castos, fieis, dedicados
que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras.
e) Os cavaleiros sarracenos, eslavos e
infiéis, inimigos da fé cristã.
8 – (PUC-RS) As narrativas que descrevem as lutas dos
cruzados envolvem sempre um herói muito engajado na luta pela cristandade,
podendo ser a um só tempo frágil e forte, decidido e terno, furioso e cortês.
No entanto, com relação à mulher amada, esse herói é sempre:
a) Pouco dedicado.
b) Infiel.
c)
Devotado.
d) Indelicado.
e) N.D.A.
9 – (OSEC-SP) Assinale a alternativa incorreta: O Classicismo
a) É o estilo dominante na literatura
ocidental durante o século XVI ou Quinhentismo.
b) Corresponde à época do Renascimento
em que se observa a recuperação dos valores culturais gregos e latinos.
c) É o estilo que incorpora os valores
humanistas do Renascimento: antropocentrismo, racionalismo, universalismo.
d) Começa no Brasil em 1500, com a
Carta, de Pero Vaz de Caminha.
e)
É a época caracterizada pela rejeição dos valores religiosos da cultura medieval.
10 – (OSEC-SP) Relacionar:
( 1 ) Autor
humanista.
( 2 ) Autor
clássico.
( 1 ) Erasmo de Rotherdan.
( 2 ) Luís Vaz de Camões.
( 1 ) Gil Vicente.
( 1 ) Dante Alighieri.
( 2 ) Sá de Miranda.
( 1 ) Giovani Boccaccio.
11 – (PUC-SP) O Auto da Barca do Inferno pertence ao
movimento literário do humanismo, em Portugal, porque Gil Vicente:
a) Critica a igreja pela venda
indiscriminada de indulgências e pela vida desregrada dos padres.
b) Preocupa-se somente com a salvação do
homem após a morte, sem se voltar para os problemas sociais da época.
c)
Equilibra a concepção cristã da salvação após a morte com a visão
crítica do homem e da sociedade do seu tempo.
d) Tem como única preocupação criticar o
homem e as mazelas sociais do momento histórico em que está inserido.
e) Critica a Igreja, ao defender com
entusiasmo os princípios reformistas disseminados pela Reforma protestante.
12 – (OSEC-SP) Relacionar autor e obra:
1- Gil Vicente.
2- Luís Vaz de Camões.
3- Giovanni Boccaccio.
4- Dante Alighieri.
5- Erasmo de Rotherdan.
6- Ariosto.
( 2 ) Os lusíadas.
( 3 ) Decameron.
( 6 ) Orlando Furioso.
( 5 ) O elogio de Loucura.
( 1 ) Auto da Visitação.
( 4 ) A Divina Comédia.
13 – (ENC-SP) Se o teatro vicentino é acentuadamente
religioso e medievalizante, como se explica sua classificação nos limites do
Humanismo?
Se partir de O
Auto da Barca do Inferno, responda mediante a alternativa correta:
a)
Analise o homem em suas relações sociais, nas buscas do melhor
caminho para o encontro com Deus e a moralidade religiosa.
b) Analise o homem em suas relações com
Deus, na busca do melhor caminho para o encontro com o semelhante.
c) Investiga o homem em suas relações
com a igreja, destacando a crítica aos padres que não se voltam para os valores
humanos.
d) Analisa o homem em suas relações com
a nobreza, o clero e o povo, tendo em vista a vida transitória a religião e do
mercado ascendente.
e) Critica a igreja, ao defender com
entusiasmo os princípios reformistas disseminados pela Reforma protestante.
14 – (UNIFAP-SP) As primeiras peças teatrais portuguesas
escritas com objetivo de serem levadas a público são de autoria de:
a) Manuel Maria Barbosa du Bocage.
b) Paio Soares de Taveirós.
c) D. Diniz.
d) Camões.
e)
Gil Vicente.
15 – (UFU-MG) Na Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente:
a) Retoma a análise do amor do velho
apaixonado, desenvolvida em O velho da horta.
b) Mostra a humilhação da jovem que não
pode escolher seu marido, tema de várias peças desse autor.
c)
Denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que
confere atualidade à obra.
d) Conta a história de uma jovem que
assassina o marido para se livrar dos maus tratos.
e) Aponta, quando Lianor narra as ações
do clérigo, uma solução religiosa para a decadência moral de seu tempo.
16 – (UFSC) Marque a alternativa incorreta a respeito do
Humanismo:
a) Época de transição entre a Idade
Média e o Renascimento.
b) O teocentrismo cede lugar ao
antropocentrismo.
c) Fernão Lopes é o grande cronista da
época.
d) Garcia de Resende coletou as poesias
da época, publicadas em 1516 com o nome de Cancioneiro Geral.
e)
A Farsa de Inês Pereira é a obra de Gil Vicente cujo assunto é
religioso, desprovido de crítica social.
Este famoso soneto corresponde às questões 17 e 18.
Amor é fogo
que arde sem se ver;
É ferida que
dói e não se sente;
É um
contentamento descontente;
É dor que
desatina sem doer;
É um não
querer mais que bem querer;
É andar
solitário por entre a gente;
É nunca
contentar-se de contente;
É cuidar que
se ganha em se perder.
É querer
estar preso por vontade;
É servir a
quem vence, o vencedor;
É ter com quem
nos mata lealmente.
Mas como
causar pode seu favor
Nos corações
humanos amizade,
Se tão
contrário a si é o mesmo Amor?
17 – (MACK-SP) Este soneto, um dos mais perfeitos que foram
produzidos em Língua Portuguesa, pertence ao estilo de época do Renascimento,
portanto criado no século:
a) XV.
b)
XVI.
c) XVII.
d) XVIII.
e) XIX.
18 – (MACK-SP) Indique o nome do autor desse soneto:
a) Bocage.
b) Camilo Pessanha.
c)
Camões.
d) Gil Vicente.
e) Manuel Bandeira.
19 – (FUVEST) Assinale a(s) alternativa(s) incorreta(s) sobre
Os Lusíadas:
a) (
) Herói coletivo – o povo português; herói individual – Vasco da Gama.
b) (
) Modelo: A Eneida de Virgílio; seguido das epopeias de Homero: A llíada
e A Odisséia.
c) (
) Estrutura clássica, 5 partes, dez contos, 1.102 estrofes, em oitava-rima(ABABABCC),
versos decassílabos heroicos.
d) (
) Concomitância do “maravilhoso”, pagão e cristão; da ideologia
burguesa, expansionista e do espírito de cruzada medieval; do épico e do
lírico; do plano histórico e do mitológico.
e) (
) A narrativa inicia-se já no meio da ação (viagem de Vasco da Gama às
Índias).
f)
( ) Na proposição o poeta privilegia: Os
navegadores (“as armas e os barões”); os reis de Portugal (“e as memórias
gloriosas daqueles Reis que foram dilatando a fé”); e os heróis pátria (“aqueles
que se vão da lei da morte libertando”).
g)
( X ) Apesar de refletir a ideologia do renascimento há em alguns
episódios como Os doze Pares da
Inglaterra e O Velho do Restelo
forte presença da mentalidade e gosto medievais.
h) (
) Na Literatura Brasileira, obras como: Prosopopeia (Bento Teixeira),
Vila Rica (Cláudio M. da Costa), Caramuru (Santa Rita Durão), Uruguai (Basílio
da Gama – de forma não-sistemática), A Confederação dos Tamoios (Gonçalves de
Magalhães) e até Invenção do Orfeu (do modernista Jorge de Lima) – refletem, em
maior ou menor grau, a influência de Os Lusíadas.
20 – (FUVEST) Na lírica de Camões:
a) O metro usado para a composição dos
sonetos é a redondilha.
b) A mulher é vista em seus aspectos
físicos, despojada de espiritualidade.
c) Cantar a pátria é o centro das
preocupações.
d) Encontra-se fonte de inspiração de
muitos poetas brasileiros do século XX.
e)
Encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos.
O texto abaixo
corresponde às questões 21 a 23.
E vós,
Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em
verso humilde, celebrado
Foi de mim
vosso rio alegremente,
Dai-me agora
um som alto, e sublimado,
Um estilo
grandíloco e corrente
Porque de
vossas águas Febo ordene,
Que não tenha
inveja às de Hipocrene.
21 – (UFU-MG) Os versos acima pertencem aos Lusíadas. Pelo
que se lê, conclui-se que encerram:
a)
A proposição da epopeia.
b) O epílogo de um trecho lírico.
c) Uma invocação.
d) Uma dedicatória.
e) A narração do poema.
22 – (UFU-MG) Repare nas rimas e assinale a alternativa que
espelha seu esquema rimático:
a)
ab ab ab cc
b) aaa bbb cc.
c) abcd abcd.
d) aa bb aa bb.
e) abc abc dd.
23 – (UFU-MG) A Tágide e Febo aplicam-se os seguintes
conteúdos semânticos:
a) Filhas do amor e Deus das águas.
b) Filhas humildes e Deus do sol.
c)
Ninfas do rio Tejo e Deus da poesia, Apolo.
d) Inspirações e Deus da lua.
e) Ninfas do rio Tejo e Deus dos mares.
24 – (OSEC-SP) Leia o texto com atenção:
Cessem do
sábio Grego e do Troiano
As navegações
grandes que fizeram;
Cale-se de
Alexandre e de Trajano
A fama das
vitórias que tiveram.
Que eu canto
o peito ilustre lusitano
A quem Netuno
e Marte obedeceram.
Cesse tudo
que a antiga Musa canta
Que outro valor mais alto se alevanta!
Camões, Os Lusíadas, Conto I, estrofe IV.
Assinale a alternativa incorreta acerca do texto acima:
a) A estrofe corresponde à 1ª parte do
poema (Proposição) e indica a matéria épica de Os Lusíadas.
b) O verso empregado na estrofe acima é
o decassílabo (ou verso de medida nova), verso tipicamente clássico.
c) A estrofe acima recebe o nome de
oitava rima ou oitava real (8 versos decassílabos com esquema de rima ab/ab/ab/cc).
d)
O subjetivismo do texto fica no emprego da 1ª pessoa (que
caracteriza a função emotiva da linguagem, típica do Classicismo).
e) Netuno e Marte são figuras
mitológicas que indicam que o maravilhoso presente no texto é o maravilhoso
pagão (mitologia grego-latina), índice do Classicismo do trecho.
25 – (OSEC-SP) Assinale a alternativa correta, em relação às
características do classicismo:
a) Subjetivismo, função emotiva da
linguagem, idealização, escapismo, mal do século e nacionalismo.
b) Objetivismo, descritivismo, busca da
forma perfeita, aproximação de poesia e arte plásticas, não-envolvimento
emocional, temas arqueológicos, estética de nomeação.
c)
Objetividade, racionalismo, universalismo, antropocentrismo,
retomada de valores grego-latinos, referencialidade, harmonia e equilíbrio.
d) Estética de sugestão, musicalidade,
temas vagos e místicos, conotação, sinestesia, não-separação de sujeito-objeto.
e) Dualismo, fusionismo, uso do
contraste, bifrontismo, metalinguagem, excesso de figuras de linguagem.
26 – (OSEC-SP) Coloque V
ou F com relação à estética
Clássica:
( V ) Os padrões
estéticos clássicos derivam de uma concepção de vida.
( F ) Ao Misticismo e
Ascetismo Medievais substitui o Paganismo, introduzindo novamente a mitologia
greco-latina nas artes.
( F ) As obras
clássicas apresentam uma linguagem popular, sendo, por isso, acessíveis a
todos.
( V ) Por bifrontismo
da obra camoniana se entende a participação do ideário medieval e dos valores
clássicas.
a) V, V, F, V
b) V, V, V, V
c) F, F, V, V
d) V, F, V, F
e) V, F, F, V
b) V, V, V, V
c) F, F, V, V
d) V, F, V, F
e) V, F, F, V
27- (ENC-SP)
Lioanor pela
verdura;
Vai fermosa, e
não segura.
Leva na
cabeça o pote,
O texto nas
mãos da prata,
Cinta de fina
escarlata,
Sainho de
chamalote;
Traz a
vasquinha de cote,
Mais branca
que a neve pura;
Vai fermosa e
não segura.
Descobre a touca
da garganta,
Cabelos de ouro
entrançado,
Fita de cor de
encarnado,
Tão linda que o
mundo espanta,
Chove nela graça
tanta,
Que dá graça à
fermosura:
Vai fermosa, e
não segura.
Testo = tampa de pote;
Chama-lote = tecido de lã e seda;
Vasquinha = espécie de saia;
De cote = de uso cotidiano.
A poesia de
Camões é comumente classificada em “medida velha” e “medida nova”. É correto
afirmar que o poema abaixo insere-se na:
a)
“Medida velha”, porque expressa um ideal de beleza mais concreto,
por meio da valorização dos dotes físicos da mulher do povo.
b) “Medida velha”, porque se prende às
convenções da poesia greco-latina, entre elas, a do panteísmo.
c) “Medida velha” porque é composto em
redondilha menor, tipo de verso de origem popular.
d) “Medida nova”, porque se serve do
idealismo neo-platônico, para expressar a elevação espiritual da mulher do
povo.
e) “Medida nova”, porque é composto em
redondilha maior, tipo de verso introduzido em Portugal por Sá de Miranda.
28 – (ENC-SP) Em Os Lusíadas, Camões:
a) Homem do século XVI, abraçando o
Cristianismo e vivendo o pragmatismo de seu tempo, despreza a mitologia
greco-latina, que contraria sua fé e o cientificismo da época.
b) Como todo poeta do Renascimento,
recebendo influência dos gregos e romanos, concebe as divindades pagãs como
superiores à cristã.
c) Fiel a sua religião, faz que a
divindade cristã compareça de maneira física, intervindo e atuando ao longo do
poema, do mesmo modo que as divindades pagãs.
d) Recebendo influência direta de Homero
e Virgílio, elimina em sua apopéia quaisquer vestígio da concepção de mundo
cristã.
e)
Sensível aos valores do mundo clássico, vale-se da mitologia
grego-latina como um recurso retórico, que enriquece e embeleza os elementos
históricos.
29 – (FMABC-SP) Aponte a alternativa correta:
a) Eça de Queiroz é um dos maiores
prosadores românticos de Portugal.
b)
Camões, além de poeta épico, é notável como lírico.
c) Toda a poesia de Bocage se enquadra
no Arcadismo.
d) Vieira representa o melhor da poesia
barroca.
e) Camilo Castelo Branco é lembrado
sobretudo pelo romance histórico.
30 – (UFPR) Os trechos abaixo foram retirados,
respectivamente, das obras de Mário de Andrade e de Camões:
No outro dia o
herói acordou muito constipado. Era porque apesar do calorão da noite ele
dormia de roupa com medo da Caruviana que pega indivíduo dormindo nu. Mas
estava muito gangento com o discurso da véspera. Esperou impaciente os quinze
dias da doença resolvido a contar mais casos pro povo. Porém quando se sentiu
bom era manhãzinha e quem conta histórias de dia cria rabo de cutia.
(...)
Que eu canto o
peito ilustre Lusitano
A quem Neptuno
e Marte obedecerão;
Cesse tudo o
que a Musa antiga canta,
Que outro valor
mais alto se alevanta.
E não menos
certíssima Christandade,
Vós, ó novo
temor da Maura lança,
Maravilha fatal
da nossa idade,
Dada ao mundo
por Deos, que todo o mande
(...)
Encontramos neles aspectos que caracterizam
o movimento modernista brasileiro e o classicismo português, tais como:
a) Miscigenação de superstições,
provérbios e anedotas – coexistência de entidades mitológicas com a tradição
monoteísta herdada da Idade Média.
b) Problematização social vista às
avessas através do humor – coexistência de entidades mitológicas com a tradição
politeísta herdada da Idade Média.
c) Ridicularização do homem através da
tradições históricas – exaltação do homem por seus feitos históricos.
d)
Problematização social vista às avessas através do humor – exaltação
do homem por seus feitos históricos.
e) Comparação do homem a seres
folclóricos – comparação do homem a seres mitológicos.
31 – (UFPA) Sobre a lírica camoniana, é incorreto afirmar
que:
a)
Boa parte de sua realização se encontra na poesia de inspiração
clássica.
b) Sua temática é variada,
encontrando-se desde temas abstratos até tradicionais.
c) No aspecto formal, é toda construída
em versos decassílabos em oitava rima.
d) Sonda o sombrio mundo do “eu” da
mulher, da Pátria e de Deus.
e) Muitas vezes, o poeta procura
conceituar o Amor, lançando mão de antíteses e paradoxos.
32 – (VUNESP):
Tanto de meu
estado me acho incerto,
Que em vivo
ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente
choro e rio,
O mundo todo
abarco e nada aperto.
É tudo quanto
sinto, um desconcerto;
Da alma um fogo
me sai, da vista um rio;
Agora espero,
agora desconfio,
Agora desvario,
agora acerto.
Estando em terra
chego ao céu voando,
Num’hora acho
mil anos, e é de jeito
Que em mil,
anos não posso achar um’hora.
Se me pergunta
alguém por que assi ando,
Respondo que
não sei: porém o suspeito
Que só porque
vos vi, minha Senhora.
O soneto acima
transcrito é de Luís Camões. Nele se acha uma característica da poesia clássica
renascentista. Assinale essa característica, em uma das alternativas:
a) A suspeita de amor que o poeta
declara na conclusão.
b)
O jogo de contradições e perplexidades que atormentam o poeta.
c) O fato de todos perguntarem ao poeta
por que assim anda.
d) O fato de o poeta não saber responder
a quem o interroga.
e) A utilização de um soneto para relato
das suas amarguras.
33 – (FUVEST) Indique a ideia que não está no texto:
Por isso, ó vós
que as famas estimais,
Se quiserdes no
mundo ser tamanhos,
Despertais já
do sono do ócio ignaro,
Que o ânimo de
livre faz escravo.
E ponde na
cobiça um freio duro,
E na ambição
também, que indignamente
Tomais mil
vezes, e no torpe e escuro
Vício da
tirania infame e urgente;
Porque essas
honras vãs, esse ouro puro
Verdadeiro
valor não dão à gente;
Melhor é
merecê-lo sem os ter,
Que possuí-los
sem os merecer.
CAMÕES.
a) A ambição é um vício torpe que leva à
tirania.
b) As falsas honras e a riqueza não dão
valor às pessoas.
c)
Os que aspiram à glória devem fugir ao ócio.
d) É preciso refrear a excessiva ambição
e o pendor para tirania.
e) É preferível merecer honras e
riquezas não conseguidas a obtê-las sem merecimento.
As questões 34 e 35 referem-se ao texto abaixo:
Busque Amor
novas artes, novo engenho,
Para matar-me,
e novas esquivanças;
Que não pode
tirar-me esperanças,
Que mal me
tirará o que eu não tenho.
Olhai de que
esperanças me mantenho!
Vêde que
perigosas seguranças:
Que não temo
contrastes nem mudanças,
Andando em bravo
mar perdido o lenho.
Mas, conquanto
não pode haver desgosto
Onde esperança
falta, lá me esconde
Amor um mal,
que mata e não se vê;
Que dias há que
na alma me tem posto
Um não sei quê,
que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei por quê.
34 – (PUC-RS) Neste poema é possível reconhecer que uma
dialética amorosa trabalha a oposição entre:
a) O bem e o mal.
b) A proximidade e a distância.
c)
O desejo e a idealização.
d) A razão e sentimento.
e) O mistério e a realidade.
35 – (PUC-RS) Uma imagem de forte expressividade deixa
implícita uma comparação com o arriscado jogo do amor. Assinalar a alternativa
que contém essa imagem:
a) O engenho do amor.
b) O perigo da segurança.
c)
Naufrágio em bravo mar.
d) Mar tempestuoso.
e) Um não sei quê.
36 – (CESGRANRIO-RJ) Apontam-se a seguir algumas
características atribuídas pela crítica à epopeia de Luís Vaz de Camões, Os
Lusíadas. Uma dessas características está incorreta. Trata-se de:
a) Concepção da história nacional como
consequência de proezas de heróis aristocráticos e militares.
b) Apologia dos poderes humanos,
realçando o orgulho humanista de auto determinação e do avanço no domínio sobre
a natureza.
c) Efabulação mitológica.
d) Contraposição da experiência e da
observação direta à ciência livresca da antiguidade.
e)
Eliminação do pan-erotismo, existente em parte da lírica, em favor
de uma ênfase mais objetiva na narração dos feitos lusitanos.
37 – (CESGRANRIO-RJ) Sobre Os Lusíadas, é incorreto afirmar
que:
a) Quando a ação do poema começa, as
naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico, portanto a meio da
viagem.
b) Na invocação, o poeta se dirige às
tágides, musas do Rio Tejo.
c) Na Ilha dos Amores, após o banquete,
Tethys conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe desvenda “a
máquina do mundo”.
d) Tem como núcleo narrativo a viagem de
Vasco da Gama a fim de estabelecer contato marítimo com às índias.
e)
É composto em sonetos decassílabos, mantendo, em 1102 estrofes, o
mesmo esquema de rima.
38 – (FUVEST):
Não mais, Musa,
não mais, que a Lira tenho
Destemperada e
a voz enrouquecida,
E não do canto,
mas de ver que venho
Cantar a gente
surda e endurecida.
O favor com que
mais se acende o engenho
Não no dá a
pátria, não, que está metida
No gosto da
cobiça e na rudeza
De uma austera,
apagada e vil tristeza.
Os versos acima pertencem a que parte dos Lusíadas?
a) Proposição.
b) Invocação.
c) Dedicatória.
d) Narração.
e)
Epílogo.
39 – (UNIJUÍ-RS) O digno representante do povo português,
herói de Os Lusíadas, foi:
a) Alexandre, o Grande.
b) Trajano.
c)
Vasco da Gama.
d) Ulisses.
e) Virgílio.
40 – (UNIJUÍ-RS):
Os bons vi
sempre passar
No mundo graves
tormentos
E, para mais me
espantar,
Os maus vi
sempre nadar
Em mar de
contentamento.
Cuidando
alcançar assim
O bem tão mal
ordenado,
Fui mal. Mas
fui castigado.
Assim que só
para mim
Ainda o mundo
concentrado.
O texto
anterior:
a) É parte de um auto de Gil Vicente.
b) É um soneto camoniano.
c) É composto de redondilhas, que se encaixam na obra lírica de Camões.
d) Pode ser encaixado em Os Lusíadas,
devido à estrutura das estrofes.
e) É uma cantiga de amigo.
gabarito da questão 26?
ResponderExcluir