sexta-feira, 17 de outubro de 2025

MÚSICA (ATIVIDADES): A TUA PRESENÇA MORENA - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

 Música (Atividades): A Tua Presença Morena

            Caetano Veloso

A tua presença
Entra pelos sete buracos da minha cabeça
A tua presença
Pelos olhos, boca, narinas e orelhas
A tua presença
Paralisa meu momento em que tudo começa
A tua presença
Desintegra e atualiza a minha presença
A tua presença
Envolve meu tronco, meus braços e minhas pernas
A tua presença
É branca verde, vermelha azul e amarela
A tua presença

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgetOqWqocEPmrFLW0lPPWZ-z8v11mXs8XQN4jldobMWHgVm8gzF_HHYnQUsY-yXRTHsvVj3CcOwvAZ6iWAhSWgVly_LKELDQTbMrtNGBvKUBoZV9y7kPjoze7rpT3L394MHgWOjVWA7xQPQXZQt2EdA_rsEhsjs7QAwnci5aGZxZ1JmrPa5DTj7AvZW0Y/s320/caetano-veloso.jpg


É negra, negra, negra
Negra, negra, negra
Negra, negra, negra
A tua presença
Transborda pelas portas e pelas janelas
A tua presença
Silencia os automóveis e as motocicletas
A tua presença
Se espalha no campo derrubando as cercas
A tua presença
É tudo que se come, tudo que se reza
A tua presença
Coagula o jorro da noite sangrenta
A tua presença é a coisa mais bonita em toda a natureza
A tua presença
Mantém sempre teso o arco da promessa
A tua presença
Morena, morena, morena
Morena, morena, morena
Morena.

Compositor: Caetano Veloso.

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 104.

Entendendo a música:

01 – Qual é a figura de linguagem central utilizada na música e como a sua repetição no início de quase todos os versos contribui para o tema?

      A figura central é a Anáfora, a repetição da expressão "A tua presença". Essa repetição é essencial para o tema, pois enfatiza a onipresença, a persistência e o efeito avassalador dessa presença na vida e na percepção do eu lírico, quase como uma obsessão ou uma verdade incontestável.

02 – De que forma a presença da pessoa amada é descrita como uma experiência sensorial total no início da música?

      A presença é descrita como invadindo o eu lírico por todos os canais sensoriais, mencionados metaforicamente como os "sete buracos da minha cabeça," e explicitamente como "Pelos olhos, boca, narinas e orelhas." Isso sugere que a percepção do eu lírico é dominada e absorvida completamente pela presença, sem escapatória.

03 – De que maneiras a "tua presença" afeta o sentido de tempo e a identidade do eu lírico?

      A presença tem um efeito paradoxal e transformador: ela "paralisa meu momento em que tudo começa" (suspende o tempo e a confusão, mas marca um novo e decisivo início) e "Desintegra e atualiza a minha presença" (destrói o eu antigo e incompleto para, em seguida, construir um novo eu, transformado e renovado).

04 – Analise o significado da sequência de cores utilizada na canção ("branca verde, vermelha azul e amarela" e, em seguida, "negra, negra, negra").

      A primeira sequência, que mistura diversas cores, simboliza a totalidade, a plenitude e a diversidade da presença, como a soma de todas as luzes. A subsequente repetição intensa de "negra, negra, negra" confere a essa totalidade uma intensidade, profundidade, mistério e uma força fundamental e radical, sugerindo uma beleza que transcende a superfície.

05 – A música utiliza a hipérbole (exagero) para descrever o efeito da presença no mundo externo. Cite dois exemplos que ilustram como a presença transcende o eu lírico e afeta a realidade.

      Exemplos de hipérbole que transcendem o eu lírico:

      A presença "Silencia os automóveis e as motocicletas," sugerindo que a sua força e beleza são capazes de anular o barulho, o caos e a agitação do mundo moderno.

      A presença "Se espalha no campo derrubando as cercas," simbolizando a abolição de barreiras, limites e convenções, tanto sociais quanto geográficas.

06 – O que os versos "A tua presença / É tudo que se come, tudo que se reza" e "Coagula o jorro da noite sangrenta" sugerem sobre a função da presença na vida do eu lírico?

      Esses versos elevam a presença a uma função universal e vital. Ela é o sustento ("tudo que se come"), a fé e a esperança ("tudo que se reza"), e o elemento ordenador e pacificador ("Coagula o jorro da noite sangrenta" - estanca o caos, o perigo ou a turbulência da vida). A presença é, portanto, a base da existência.

07 – O poema culmina com o adjetivo repetido "Morena." Qual o significado ou importância desse adjetivo na construção da identidade e do tema da canção?

      "Morena" é o adjetivo que finaliza, materializa e personaliza toda a força cósmica e universal descrita. Ele ancora a intensidade espiritual e sensorial a uma identidade feminina, brasileira e concreta, transformando o conceito abstrato da "presença" em uma figura física de grande importância cultural, estética e afetiva para o eu lírico.

 

 

MÚSICA (ATIVIDADES): SAMBA DE ORLY - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

 Música (Atividades): Samba de Orly

            Chico Buarque

Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5u8G4FLJcc4La1XVwFboDu0MZmAEOV3kVufKXkmg5LWLTVNwGoMx4XPpcQdjse-cnmw2ALEY40Ivvzk2JA5NBWqEsQDD2heaXNM5s3U_oV2EyzkfbD2BOUJEeEGVWtvw8sp2DaPqvHXg_4UkhNsbdZCTDObuheqapCQcW7kB8kUNzxYQSiUIrXrcx9Oo/s320/ORLY.jpg


Pede perdão
Pela duração dessa temporada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa

Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão de correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão

Pede perdão
Pela duração dessa temporada
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa

Vai, meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão

Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando

Pede perdão
Pela duração dessa temporada

Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa.

Composição: Chico Buarque / Toquinho / Vinícius de Moraes. A arte de Chico Buarque.

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 110.

Entendendo a música:

01 – Qual é a provável localização do eu lírico (o falante) no início da canção e qual a implicação do nome "Orly" no título?

      O eu lírico está em um local frio e fora do Brasil, provavelmente em exílio. Orly é o principal aeroporto de Paris, na França. O título sugere que a canção é cantada em um momento de despedida, onde o "irmão" está prestes a embarcar, e alude diretamente à experiência de exílio de muitos artistas brasileiros durante a Ditadura Militar (período em que a canção foi criada).

02 – Qual é o papel do eu lírico e qual é a função do "irmão" na narrativa da canção?

      O eu lírico é aquele que permanece na situação de dificuldade, sendo o portador da tristeza e da saudade. Ele é o elo de ligação com a terra natal. O "irmão" é o mensageiro e o emissário, a pessoa que consegue ir embora (do exílio) ou retornar ao Brasil, a quem o eu lírico confia pedidos e instruções.

03 – O que a frase "Beija o meu Rio de Janeiro / Antes que um aventureiro / Lance mão" sugere no contexto da canção de Chico Buarque?

      A frase contém uma advertência de natureza política. No contexto da época, o "aventureiro" é uma metáfora para uma força externa ou autoritária (implica-se o regime militar) que pode tomar, corromper ou danificar o país. O eu lírico pede ao irmão que vá logo, antes que seja tarde demais para a pátria.

04 – O eu lírico dá duas instruções principais ao "irmão" relacionadas ao seu próprio estado emocional e à sua imagem pública. Quais são elas?

      As duas instruções são:

      "Mas não diga nada / Que me viu chorando": O eu lírico pede para que o irmão esconda sua vulnerabilidade e tristeza.

      "E pros da pesada / Diz que eu vou levando": O eu lírico pede para que o irmão transmita uma imagem de resiliência e força aparente às autoridades ou aos oponentes ("os da pesada"), mostrando que ele está suportando a situação.

05 – Analise o contraste entre o pedido para "Vê como é que anda / Aquela vida à toa" e a realidade histórica implícita na canção.

      A expressão "vida à toa" remete à alegria, à despreocupação e à leveza que são características culturais do Rio de Janeiro e do samba. O contraste é irônico: o eu lírico pede que o irmão verifique se o Brasil ainda mantém sua essência alegre, sugerindo que a realidade da ditadura militar e a censura provavelmente sufocaram ou limitaram essa vida livre e "à toa" no país.

06 – Por que o eu lírico pede especificamente por uma "notícia boa" ao invés de apenas pedir informações sobre amigos ou família?

      O pedido por uma "notícia boa" é um pedido de esperança que transcende o pessoal. O eu lírico não quer apenas detalhes do cotidiano; ele anseia por uma confirmação de que a situação política ou social do Brasil está melhorando, de que a liberdade retornou ou de que o perigo cessou. Essa seria a verdadeira "notícia boa" para alguém sofrendo com o exílio ou a repressão.

07 – Qual é o recurso de repetição mais notável e como ele se relaciona com a forma musical do samba?

      O recurso mais notável é a Anáfora ("Vai, meu irmão," "A tua presença") e a repetição integral das estrofes centrais. Ele é eficaz porque imita o ritmo cíclico e insistente do samba e da canção popular, reforçando a mensagem principal (o lamento, a despedida e as instruções) de forma a dar à canção um tom de súplica constante e a sensação de que a saudade e o sofrimento do eu lírico se repetem.

 

 

MÚSICA (ATIVIDADES): EXPRESSO 2222 - GILBERTO GIL - COM GABARITO

 Música (Atividades): Expresso 2222

            Gilberto Gil

Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghMoY5k4-XnBd7uVPxrOMYX9r9KUgz9758CcwDHJg0CeOkpK4OzycegD7tKyLNGYY4JOagfkmsw4TrcxXMlVCkUIO8z-gKE3uT1mpw0Wv9luwcE3TeXWv2_-Lp8RqolLcASOz3NIia1KAn6Qs5afA-f4uKYq91vtl3aqHMHejs9ra0hKc52eoPOffHTrQ/s320/GILBERTO.jpg


Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai

Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal, de água e sal
Ô, menina, de água e sal

Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000

Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim
Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim

Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Oi, subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu

Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000.

Composição: Gilberto Gil.

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 132.

Entendendo a música:

01 – Qual é o significado simbólico do "Expresso 2222" na música, considerando sua partida de um lugar real ("Bonsucesso") para um destino futurista ("pra depois do ano 2000")?

      O Expresso 2222 é uma metáfora para o Tempo, a Evolução ou o Caminho Espiritual/Existencial. Ele usa o cotidiano brasileiro (Bonsucesso, Central do Brasil) como ponto de partida para uma jornada que transcende o presente material e se dirige ao futuro, ao desconhecido e à busca pela transcendência.

02 – De que forma a letra enfatiza que o Expresso 2222 não é um trem comum, material?

      A letra deixa claro que o trem é um veículo imaginário ou espiritual. Ele é comparado ao bonde do morro, mas se distingue por ser inatingível: "não se pega e entra e senta e anda," e seu trilho é descrito poeticamente como um "brilho que não tem fim". Isso sublinha que a viagem é de natureza metafísica e infinita.

03 – Segundo o poema, onde fica a "Estação final do percurso-vida" e de quais elementos essa "terra-mãe" é concebida?

      A estação final do "percurso-vida" fica "Lá pelo ano 2000". Essa "terra-mãe" (que representa o destino final, a origem ou o paraíso) é concebida pelos quatro elementos primordiais e bíblicos: "De vento, de fogo, de água e sal."

04 – O que a repetição de versos como "Pra 2001 e 2 e tempo afora / Até onde essa estrada do tempo vai dar" sugere sobre a percepção do futuro na canção?

      Sugere uma percepção infinita e aberta do futuro. O ano 2000 é um marco significativo, mas a viagem vai "tempo afora," indicando que a evolução, o progresso ou a busca espiritual/temporal não têm um fim definitivo, mas se estendem para o desconhecido e o ilimitado.

05 – Por que Gilberto Gil escolhe lugares cotidianos do Rio de Janeiro, como Bonsucesso e a Central do Brasil, como ponto de partida para uma viagem tão metafísica?

      A escolha desses lugares comuns e populares (o ponto de partida da vida cotidiana, da realidade do povo) serve para ancorar a fantasia e a visão de futuro na cultura e na realidade brasileira. Gilberto Gil sugere que a transcendência e a jornada para o futuro devem começar no chão do presente, na experiência do povo.

06 – Como o poema trata a imagem do Cristo e o que essa descrição implica sobre a espiritualidade da jornada?

      O poema contrasta o "Cristo concreto" (a estátua material do Corcovado, que "nunca se chega") com a ideia de ascensão. Depois de 2000, o Cristo é a figura que "foi visto subindo ao céu / Num véu de nuvem brilhante". Isso implica que a jornada do Expresso busca uma espiritualidade desmaterializada, pura e transcendente, indo além da mera adoração de ícones físicos.

07 – A canção utiliza a repetição cíclica de toda a primeira estrofe (o refrão). Qual é a função poética e rítmica dessa repetição?

      A repetição tem uma função rítmica (típica do samba/música popular) e uma função poética de insistência. Ela reafirma continuamente a premissa da viagem e o seu ponto de partida, conferindo à jornada um caráter cíclico, inevitável e contínuo na mente e no destino do eu lírico.

 

 

NOTÍCIA: METRÔ DE SP TERÁ NOVO TÚNEL DA ESTAÇÃO CONSOLAÇÃO À PAULISTA - FRAGMENTO - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 Notícia: Metrô de SP terá novo túnel da Estação Consolação à Paulista – Fragmento

        Obra servirá para aliviar a superlotação na passagem entre as duas estações; 22,5 mil pessoas circulam pelo local nos horários de pico

        O Metrô de São Paulo vai construir um novo túnel para ligar as Estações Paulista, da Linha 4-Amarela, e Consolação, da Linha 2-Verde. O objetivo é tentar aliviar a superlotação no local. [...]

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQGi3Sdxj-Cn0DmBq_EI18-DppGQK0t8E-Osi3j-TQ0c5NH2Gwu468PVds3nKuFpIEchVAa9UiLlQJTmbEhRgSPvVM4giR4oYpY1CQLZGM8zKdhBivEr9XdSmXZF7b2eJWHnwh-UgF7bPGbB3aipYBEXI776v3GhU1swXb7X49kKV-5lhJ5LpZ2hVvjD4/s320/TUNEL.jpg
 

        A passagem – na verdade, são três túneis interligados – tem 171,6 metros de extensão. Hoje, afirma o Metrô, por lá circulam 22,5 mil pessoas nos horários de pico da manhã e da tarde.

        Inaugurado juntamente com a Estação Paulista em setembro de 2011, o túnel se mostrou subdimensionado desde o primeiro dia de operação no horário de pico. Grades tiveram de ser instaladas para separar o fluxo de passageiros e o piso tátil original, voltado para pessoas com deficiência visual, teve de ser alterado. 

        A ideia agora é que o túnel existente seja de mão única, apenas para passageiros que vão para a Estação Consolação, na Avenida Paulista. A nova passagem subterrânea será usada para aqueles que seguem para a Estação Paulista, que fica na Rua da Consolação. 

        Para o ano que vem, é prevista a abertura da extensão da Linha 5-Lilás, na zona sul, com a promessa de ajudar a melhorar a distribuição de passageiros na rede e desafogar o túnel. Mesmo assim, o Metrô estima que, em 2030, esse volume de passageiros pule para 34 mil pessoas nos horários de pico.

        “Quando fica muito cheio, a gente demora muito para passar. É muita gente. Pego ele todos os dias por volta das 7 horas, e é sempre superlotado”, conta a professora Ana Claudia de Assis, de 28 anos. 

        [...]

Bruno Ribeiro. Metrô de SP terá novo túnel da estação Consolação à Paulista. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 9 nov. 2017. Metrópole. p. A14.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 104.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é o principal objetivo da construção do novo túnel no Metrô de São Paulo?

      O principal objetivo é tentar aliviar a superlotação na passagem que liga as Estações Paulista (Linha 4-Amarela) e Consolação (Linha 2-Verde).

02 – Qual é o volume de passageiros que circula atualmente pelo túnel interligando as estações nos horários de pico?

      Hoje, circulam pelo local 22,5 mil pessoas nos horários de pico da manhã e da tarde.

03 – Por que o túnel existente se tornou um problema de superlotação, e que medidas emergenciais tiveram de ser tomadas após sua inauguração?

      O túnel se mostrou subdimensionado (pequeno) desde o primeiro dia de operação no horário de pico. Medidas emergenciais incluíram a instalação de grades para separar o fluxo de passageiros e a alteração do piso tátil original.

04 – Qual é a extensão atual da passagem (que são três túneis interligados) entre as Estações Consolação e Paulista?

      A passagem tem 171,6 metros de extensão.

05 – Como será o novo esquema de fluxo de passageiros após a construção do novo túnel?

      O túnel existente será de mão única, apenas para passageiros que vão para a Estação Consolação (na Avenida Paulista). A nova passagem subterrânea será usada para aqueles que seguem para a Estação Paulista (na Rua da Consolação).

06 – Qual obra está prevista para o próximo ano que tem a promessa de ajudar a desafogar o túnel, e qual é a projeção de volume de passageiros para 2030, mesmo com essa obra?

      Está prevista para o ano que vem a abertura da extensão da Linha 5-Lilás, na zona sul. Mesmo assim, o Metrô estima que o volume de passageiros do túnel pule para 34 mil pessoas nos horários de pico em 2030.

07 – Em que ano a Estação Paulista e o túnel de interligação foram inaugurados?

      A Estação Paulista e o túnel foram inaugurados em setembro de 2011.

 

NOTÍCIA: ILHA HENDERSON TEM A MAIOR QUANTIDADE DE LIXO DO MUNDO - JOCA - COM GABARITO

 Notícia: ILHA HENDERSON TEM A MAIOR QUANTIDADE DE LIXO DO MUNDO

        Cientistas da Universidade da Tasmânia (Austrália) alertaram que uma ilha paradisíaca e deserta no Pacífico Sul, a 5,5 mil km do Chile, é o lugar com mais lixo plástico no mundo. Pesquisadores acreditam que lá existam mais de 37 milhões de detritos. É que todos os dias, poderosas correntes marítimas levam para as praias o lixo jogado no mar, o que fez com que a Ilha Henderson acumulasse, por metro quadrado, cerca de 17 toneladas de resíduos, ou 671 itens (como garrafas plásticas, escovas de dentes, isqueiros etc.) por metro quadrado.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHGYD2FmfGxXeIlvSB2HoVn5ZgCCLXPUi9MoRiiUsiUnxK3BvnJclujpBOPFnFIIPnLp8GTGXxEZjvpb2v6H7qBetnzBamwmijjZglQqze9mhsAu12e0RD_g-4BQd-fgKcDBU5wI-tFeTqskeDu6KstmmumudaYPc5GALYHCV-1rs6hSkX2oeswgnrbmw/s320/praia-de-Gana.jpg


        A ilha fica perto de um "ralo" chamado Giro do Pacífico Sul – o maior sistema de correntes marítimas do globo, que arrasta todo o lixo para lá e fica abaixo do "Sétimo Continente", uma enorme ilha de lixo entre a Califórnia e o Havaí.

        Os animais sofrem com a poluição. Caranguejos usam tampas e potes de plástico como novas casas. Tartarugas ficam presas em redes, e muitas aves e espécies marinhas ingerem o material. "Se eu fosse um peixe, nadaria pelos sete mares e juntaria todos os animais para lutar para proteger o mar, que está sendo destruído pelos humanos. O mar compõe a maior parte do mundo e precisa da ajuda de todos para salvá-lo da poluição, pesca ilegal e todas as outras coisas que o destroem", diz em uma crônica o leitor Pedro M., do 8º ano da Chapel School.

        Henderson está na lista dos Patrimônios da Humanidade da Unesco, foi eleita por sua beleza e é mais um lugar do planeta que precisa ser preservado.

Ilha Henderson tem a maior quantidade de lixo do mundo. Joca, São Paulo, nº 97, jun. 2017. Mundo, p. 4.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 13.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a localização da Ilha Henderson e por qual motivo ela se tornou o lugar com mais lixo plástico no mundo?

      A Ilha Henderson é uma ilha paradisíaca e deserta localizada no Pacífico Sul, a 5,5 mil km do Chile. Ela se tornou o lugar com mais lixo plástico no mundo porque poderosas correntes marítimas (levadas pelo Giro do Pacífico Sul, um "ralo" do maior sistema de correntes marítimas do globo) arrastam todo o lixo jogado no mar para as suas praias.

02 – Qual é a estimativa da quantidade total de detritos plásticos existentes na Ilha Henderson e qual é a concentração média por metro quadrado?

      Os pesquisadores da Universidade da Tasmânia (Austrália) acreditam que existam mais de 37 milhões de detritos na ilha. A concentração média acumulada é de cerca de 17 toneladas de resíduos ou 671 itens (como garrafas plásticas, escovas de dentes, isqueiros, etc.) por metro quadrado.

03 – Qual é a relação da Ilha Henderson com o chamado "Giro do Pacífico Sul" e com o "Sétimo Continente"?

      A Ilha Henderson fica perto de um "ralo" chamado Giro do Pacífico Sul, que é o maior sistema de correntes marítimas do globo e que arrasta o lixo para lá. Este giro, por sua vez, fica abaixo do "Sétimo Continente", que é uma enorme ilha de lixo localizada entre a Califórnia e o Havaí.

04 – De que forma a poluição por lixo plástico afeta os animais na Ilha Henderson, segundo a notícia?

      A poluição afeta os animais de diversas formas, como: caranguejos usando tampas e potes de plástico como novas casas; tartarugas ficando presas em redes; e muitas aves e espécies marinhas ingerindo o material.

05 – Além de ser o lugar com mais lixo plástico, por que a Ilha Henderson é considerada um local importante que precisa ser preservado?

      A Ilha Henderson é um lugar importante que precisa ser preservado porque está na lista dos Patrimônios da Humanidade da Unesco, tendo sido eleita por sua beleza, apesar da atual condição de acúmulo de lixo.

 

CRÔNICA: O ABRIDOR DE LATAS - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO

 Crônica: O abridor de latas

             Millôr Fernandes

        Pela primeira vez, no Brasil, um conto escrito inteiramente em câmera lenta.

        Quando esta história se inicia, já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUC6Fih72nUaIBr1ficJzw2USrlNehy0obl3ZHghpM8JN7lyDR_fexIJMdP-DEoqQWUbt7iZth4v7CG1DzCmTjuKNfbiUEltFeH5vRnsEHUv1fSGdJZ41DCjyj1M9U-KXiRx_atvkNom4qCiGRwLoBx7uu6ZZCwFqmIuhdSJQawlDNl6vubrQMev153iU/s1600/TARTARUGAS.jpg


        — Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia desta vida?

        — Formidável! — disse a tartaruguinha mais nova, doze anos depois. — Vamos fazer um piquenique?

        Vinte e cinco anos depois, as tartarugas se decidiram a realizar o piquenique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinhas e várias dúzias de refrigerantes, elas partiram. Oitenta anos depois, chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um piquenique.

        — Ah — disse a tartaruguinha, oito anos depois —, excelente local este!

        Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente, elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.

        Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.

        — Está bem — concordou a tartaruguinha três anos depois —, mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.

        Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.

        Passaram-se cinquenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais dezessete anos e nada. Mais oito anos e nada ainda. Afinal uma das tartarugas murmurou:

        — Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?

        As outras não concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais dezessete anos. Aí outra tartaruga disse:

        — Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.

        As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, quinze anos depois, acharam que deveriam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:

        — Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.

        Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruga mais jovem apareceu:

        — Ah — murmurou ela —, eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora eu não vou mais buscar o abridor, pronto!

        FIM (trinta anos depois).

Millôr Fernandes. Trinta anos de mim mesmo. Rio de Janeiro, Ed. Nórdica, 1974.

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 298.

Entendendo a crônica:

01 – Qual é a característica principal e incomum da forma como a crônica foi escrita, segundo o próprio narrador?

      A crônica foi escrita "inteiramente em câmera lenta", o que justifica a extrema lentidão dos acontecimentos e diálogos.

02 – Quantas tartarugas estão reunidas à beira da estrada e qual a idade da tartaruga mais velha?

      Estão reunidas cinco tartarugas (três jovens, uma velha e uma pequenina). A tartaruga mais velha tem 1.200 anos.

03 – Qual foi a sugestão inicial da tartaruga mais velha para "quebrar a monotonia" e quanto tempo levou para ela fazer essa sugestão?

      A sugestão foi: "Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia desta vida?". Levou vinte e oito anos depois do começo da história para ela dizer isso.

04 – Após decidirem fazer o piquenique, quanto tempo levou para as tartarugas chegarem ao local "mais ou menos aconselhável"?

      Levou quarenta anos para partirem após a decisão, e mais oitenta anos para chegarem ao local. (Total de 120 anos após a decisão de realizar o piquenique).

05 – Qual foi o objeto crucial que as tartarugas perceberam que faltava para o piquenique e quanto tempo levou para essa percepção?

      Elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas. A percepção ocorreu três anos após terem arrumado tudo para o convescote (piquenique).

06 – Qual foi a promessa que a tartaruguinha menor exigiu para ir buscar o abridor de latas, e quem foi escolhida para a tarefa?

      A tartaruga menor concordou em ir buscar o abridor de latas, mas só se as outras prometessem que não tocariam em nada (pão, doces, etc.) enquanto ela não voltasse. A escolhida foi a tartaruga menor.

07 – O que as tartarugas que ficaram esperando fizeram que quebrou a promessa, e qual foi a revelação da tartaruga menor ao reaparecer?

      As tartarugas que ficaram esperando, depois de um século, resolveram comer os docinhos. A tartaruga menor revelou que sabia que elas não cumpririam o prometido e, por isso, ficou escondida atrás da árvore e, em punição, não iria mais buscar o abridor.

 

HISTÓRIA: QUINCAS BORBA - CAP. XXVIII - FRAGMENTO - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 História: Quincas Borba cap. XXVIII – Fragmento

               Machado de Assis

        [...]

        — Quincas Borba! exclamou, abrindo-lhe a porta.   

        O cão atirou-se fora. Que alegria! que entusiasmo! que saltos em volta do amo! chega a lamber-lhe a mão de contente, mas Rubião dá-lhe um tabefe, que lhe dói; ele recua um pouco, triste, com a cauda entre as pernas; depois o senhor dá um estalinho com os dedos, e ei-lo que volta novamente com a mesma alegria.   

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3mBV9w6VUQgIUpkQ6-lpGUibt6lSXzlyHdfU4J6pGjmUqrochMIGRmX4PETIfwTgJhfuzUrlJrhnunYbIMU33t-cLQmCZMgV1yCUVncXsOuybdByOjawxm5Z_HZrWLPPjNcCQvrwdv3FBA7NZiYHYkkFAtvxrPxdLn2QiqtXlG0nw9mXOZDr3hMEDbkY/s1600/QUINCAS.jpg


        — Sossega! sossega!   

        “Quincas Borba” vai atrás dele pelo jardim fora, contorna a casa, ora andando, ora aos saltos. Saboreia a liberdade, mas não perde o amo de vista. Aqui fareja, ali pára a coçar uma orelha, acolá cata uma pulga na barriga, mas de um salto galga o espaço e o tempo perdido, e cose-se outra vez com os calcanhares do senhor. Parece-lhe que Rubião não pensa em outra coisa, que anda agora de um lado para outro unicamente para fazê-lo andar também, e recuperar o tempo em que esteve retido. Quando Rubião estaca, ele olha para cima, à espera; naturalmente, cuida dele; é algum projeto, saírem juntos ou coisa assim agradável. Não lhe lembra nunca a possibilidade de um pontapé ou de um tabefe. Tem o sentimento da confiança, e muito curta a memória das pancadas. Ao contrário, os afagos ficam-lhe impressos e fixos, por mais distraídos que sejam. Gosta de ser amado. Contenta-se de crer que o é.   

        [...]

Quincas Borba – Coleção Romances Brasileiros. São Paulo, Edigraf, s/d.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 173.

Entendendo a história:

01 – Como o narrador descreve a reação inicial do cão Quincas Borba ao ser libertado por Rubião?

      A reação do cão é de extrema euforia e dedicação. O narrador usa uma série de exclamações para descrever seu entusiasmo: "Que alegria! que entusiasmo! que saltos em volta do amo!". O cão se atira para fora e chega a lamber a mão de Rubião, expressando total felicidade pela liberdade e reencontro.

02 – O que a atitude de Rubião (dar um tabefe no cão) e a subsequente reação de Quincas Borba revelam sobre a dinâmica de poder e afeto na relação entre eles?

      A atitude revela uma dinâmica de poder abusiva por parte de Rubião e uma submissão incondicional do cão. Apesar de sentir dor e tristeza ("recua um pouco, triste, com a cauda entre as pernas"), a alegria e a lealdade de Quincas Borba são imediatamente restauradas com um simples gesto (um "estalinho com os dedos"). Isso mostra a curta memória das pancadas do animal e a fixação na possibilidade de afeto.

03 – O trecho afirma que o cão "não lhe lembra nunca a possibilidade de um pontapé ou de um tabefe." O que, segundo o narrador, sustenta essa confiança e esquecimento da dor?

      A confiança do cão é sustentada pela sua memória seletiva e pelo seu desejo de ser amado. O narrador explica que o cão tem "muito curta a memória das pancadas," enquanto "os afagos ficam-lhe impressos e fixos". Ele "Gosta de ser amado" e se contenta de crer que o é, mesmo que essa crença seja baseada em afagos "distraídos" e na simples atenção do amo.

04 – No jardim, o narrador descreve as ações de Quincas Borba como ora "fareja," ora "coçar uma orelha," ora "cata uma pulga." Como o cão equilibra sua liberdade momentânea com a lealdade ao seu dono?

      O cão saboreia a liberdade ("Saboreia a liberdade"), dedicando-se a atividades caninas normais, mas nunca perde Rubião de vista ("não perde o amo de vista"). Ele usa a expressão "de um salto galga o espaço e o tempo perdido" para indicar que, após suas distrações, ele rapidamente anula a distância e volta a se "coser outra vez com os calcanhares do senhor," priorizando a proximidade e o acompanhamento do amo.

05 – A que tipo de característica humana a descrição da memória e da confiança de Quincas Borba pode estar fazendo alusão, considerando o estilo de Machado de Assis?

      A descrição alude ironicamente à capacidade humana de autoengano, de idealização e de fixação em pequenas migalhas de afeto, mesmo diante do abuso ou da indiferença. Machado de Assis frequentemente usa a perspectiva ingênua ou limitada de seus personagens para criticar a vontade de crer e a tendência a esquecer o sofrimento em troca da ilusão de ser amado ou de pertencer a algo, como um mecanismo de defesa psicológico ou de submissão social.

 

NOTÍCIA: PI É A LETRA DO ALFABETO GREGO QUE VIROU NÚMERO - SUPERINTERESSANTE - COM GABARITO

 Notícia: Pi é a letra do alfabeto grego que virou número

        O que é o pi?

        E como ele passou a ser usado também pela Matemática?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkjiWDCavP3ey4YEumF5dDfHLQTJJX-zMwojqN94ZK5X2IZwU7VIQGVM36hYFwVs7B43e-5XHVj8W-zGr_hxGvg8dtv3Pw6Igaiq7Eas7EevxNEea27QFtArhKGSRX7gpP39p_8FPyuXATxRLS6WxaOY9YskC7gp9eCUg7e6TfvEAKxeKhYLYD4AcE6k4/s320/PI.jpg


        O pi é a 16ª letra do alfabeto grego e corresponde ao som fonético “p” no alfabeto latino. Ele é, também, a inicial da palavra grega periphéreia, que significa circunferência. Por isso passou a ser usado para designar a divisão (razão) entre o valor da circunferência de um círculo e o seu diâmetro (o comprimento da reta que atravessa o seu centro). Se pegarmos vários objetos circulares (moedas, botões, pratos), medirmos com uma corda o tamanho da sua circunferência e dividirmos pelo diâmetro do objeto, sempre vamos obter um número bastante próximo a 3,14159. O matemático Arquimedes (cerca de 280 a.C. a cerca de 211 a.C.)foi o primeiro a estabelecer o valor do pi. O que ele não conseguiu descobrir é que era um número irracional, ou seja, tem um número indefinido de casas decimais (sabe-se hoje que ultrapassam as 2000). Quem descobriu isso foi o cientista alemão Johann Heinrich Lambert, em 1766.

Superinteressante, ano 10, nº 6, junho 1996.

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 275.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a origem do símbolo π (Pi) e a qual som fonético ele corresponde no alfabeto latino?

      π é a 16ª letra do alfabeto grego e corresponde ao som fonético "p" no alfabeto latino.

02 – Qual palavra grega deu origem ao uso do π na Matemática, e qual é o seu significado?

        O π é a inicial da palavra grega "periphéreia", que significa circunferência.

03 – Na Matemática, o que o π designa formalmente (qual razão ele representa)?

      O π designa a razão (divisão) entre o valor da circunferência de um círculo e o seu diâmetro (o comprimento da reta que atravessa o seu centro).

04 – Quem foi o primeiro matemático a estabelecer o valor do π, e o que ele não conseguiu descobrir sobre esse número?

      O matemático Arquimedes (cerca de 280 a.C. a cerca de 211 a.C.) foi o primeiro a estabelecer o valor do π. O que ele não descobriu é que o π é um número irracional (tem um número indefinido de casas decimais).

05 – Quem foi o cientista que descobriu que o π era, de fato, um número irracional, e em que ano isso ocorreu?

      O cientista que descobriu que o π é um número irracional foi o alemão Johann Heinrich Lambert, em 1766.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): ESTA TARDE - OS PARALAMAS DO SUCESSO - COM GABARITO

 Música (Atividades): Esta Tarde

             Os Paralamas do Sucesso

Alguma invenção
Que faça o tempo parar esta tarde

Quando se for o sol
Que a luz desse dia nunca acabe

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPs9RevUihbvGr6x_RiIlhknOypeR3cvPyTm-nLu7R-HKz-7DyZuKKlajKxKJOINqR7dpVimCzRAZB7oOzG8Yf9OVt1wlPr-PZ3h2fXU-18_xYfVLWfuvOMpzWZMspruuC8KEj7IT0bv7u3eT486FqwD-9nHprPbG1kgrgDN3rI3fyg6M0AlgVJLMhC9E/s1600/PARALAMAS.jpg



Esteja sempre perto, sempre longe dos covardes

O errado e o certo, pra ter raiva e ter piedade
Arcos de toda cor vão escrever teu nome
Na paisagem
Te levo pela mão

E o viajar já é mais que a viagem

Esteja sempre perto

Sempre longe dos covardes.

Composição: Herbert Vianna. 

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 262.

Entendendo a música:

01 – O que o eu lírico deseja que uma "invenção" pudesse fazer em relação ao tempo e à luz do dia?

      Ele deseja uma invenção "Que faça o tempo parar esta tarde" e, quando o sol se for, "Que a luz desse dia nunca acabe".

02 – Qual é a atitude de posicionamento moral que o eu lírico aconselha ("Esteja sempre perto, sempre longe...")?

      O eu lírico aconselha a pessoa a estar "sempre perto" do que é certo e "sempre longe dos covardes".

03 – Além da dualidade entre "covardes" e a atitude correta, que outros sentimentos contraditórios ele menciona como necessários para se ter?

      Ele menciona que é preciso ter "raiva e ter piedade".

04 – Qual imagem poética o eu lírico usa para expressar que o nome da pessoa amada será registrado na natureza?

      Ele usa a imagem de que "Arcos de toda cor vão escrever teu nome / Na paisagem".

05 – O que o eu lírico afirma sobre a diferença entre o ato de viajar e a própria viagem, ao dizer que "o viajar já é mais que a viagem"?

      Ao dizer "Te levo pela mão / E o viajar já é mais que a viagem", o eu lírico sugere que a experiência compartilhada com a pessoa amada (o ato de viajar/percorrer o caminho) é mais significativa, valiosa ou importante do que o destino final (a viagem em si).

 

MÚSICA (ATIVIDADES): A PRIMEIRA VISTA - CHICO CÉSAR - COM GABARITO

 Música (Atividades): A Primeira Vista

            Chico César

Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgky8-b-CeSgcaMC8L0f2KuSGpJNIOSZItzIJzVTHV8ZUlYcYTjB_VxyJQrefGUCIR3ZkzguY8nrgkTX1qK8IsgJy4hWnn3w6Za5GT1nzTtaqQXuapHeFNrGF23x2Htj7aRSKJvDPPzJ0jriPbEabMa8zoMVYelWDt2-tZgEsOzhg3hcnjiMb-E3At0azM/s320/CHICO.jpg


Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã
Oooh!
Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã

Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei

Quando chegou carta, abri
Quando ouvi Salif Keita, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã
Oooh!
Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã
Oooh!
Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia
Aí, iii, iinga dunrã
Oooh!
Ô, amarrara dzaia soiê, dzaia, dzaia

Composição: Chico César. 

Fonte: Gramática da Língua Portuguesa Uso e Abuso. Suzana d’Avila – Volume Único. Editora do Brasil S/A. Ensino de 1º grau. 1997. p. 260.

Entendendo a música:

01 – Qual é a estrutura principal utilizada pelo eu lírico para expressar suas experiências e reações na primeira parte da música?

      A estrutura principal é baseada em pares de causa e consequência, geralmente iniciados por "Quando" (ex.: "Quando não tinha nada, eu quis"; "Quando tive frio, tremi"), mostrando uma reação imediata a uma condição ou evento.

02 – Que reação física ou emocional o eu lírico teve quando sentiu frio e quando teve coragem?

      Quando teve frio, ele tremi; quando teve coragem, ele ligou.

03 – O que fez o eu lírico dançar nas duas primeiras estrofes que descrevem suas experiências?

      Na primeira estrofe, ele dançou "Quando ouvi Prince"; na estrofe repetida, ele dançou "Quando ouvi Salif Keita".

04 – Qual é a sequência de ações paradoxais que o eu lírico descreve ao encontrar a pessoa amada?

      A sequência é: "Quando lhe achei, me perdi". Encontrar a pessoa resultou em uma perda de si mesmo.

05 – Qual é o verso que sintetiza o tema principal da canção, que é a experiência súbita do amor?

      O verso que resume o tema da paixão repentina é: "Quando vi você, me apaixonei".