terça-feira, 18 de março de 2025

POEMA: CONJUGAÇÃO - AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA - COM GABARITO

 Poema: Conjugação

             Affonso Romano de Sant’Anna 

Eu falo

tu ouves

ele cala.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1zzQdRD7Eq_JXhj3wXHQDWF6HQDxVnSwYnJyhwetJvA2mVlx4XWVBk-W-cxtB2XZHUwz87ndhOUNDo_zP2SKWuztaCJmEait-3Wyaok_RuC6uX0-aX3nHq7ss74iTeEJNHohPM4XUUfw3uTVkKEAAbOnefXf7umBbVg7QYkqLS6_3dNTN5dGbSsDl54A/s1600/CONJUGA%C3%87%C3%83O.jpg

Eu procuro

tu indagas

ele esconde.

 

Eu planto

tu adubas

ele colhe.

 

Eu ajunto

tu conservas

ele rouba.

 

Eu defendo

tu combates

ele entrega.

 

Eu canto

tu calas

ele vaia.

 

Eu escrevo

tu me lês

ele apaga.

SANT’ANNA, Affonso Romano de. Conjugação. In: _______. Intervalo amoroso e outras poesias. Porto Alegre: L&PM, 1999. (Coleção L&PM Pocket).

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 209.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O poema explora as diferentes ações e reações entre três pessoas, representadas pelos pronomes "eu", "tu" e "ele". Cada estrofe apresenta uma sequência de verbos conjugados que contrastam as atitudes de cada um.

02 – Como as ações do "eu" e do "tu" se diferenciam das ações do "ele"?

      O "eu" e o "tu" geralmente representam ações positivas e construtivas, como falar, procurar, plantar, ajuntar, defender e cantar. Em contraste, o "ele" representa ações negativas e destrutivas, como calar, esconder, roubar, entregar e vaiar.

03 – Qual é o efeito da repetição dos pronomes e da estrutura das estrofes?

      A repetição dos pronomes e a estrutura similar das estrofes enfatizam o contraste entre as ações dos personagens e criam um ritmo que reforça a mensagem do poema.

04 – O que a última estrofe revela sobre a relação entre os personagens?

      A última estrofe ("Eu escrevo, tu me lês, ele apaga") sugere uma relação de poder desigual, onde o "ele" tem a capacidade de anular o trabalho do "eu", mesmo com a cumplicidade do "tu".

05 – Qual é a possível interpretação da mensagem do poema?

      O poema pode ser interpretado como uma reflexão sobre as relações humanas, onde nem sempre há reciprocidade e justiça. Também pode ser visto como uma crítica social, onde as ações positivas de alguns são frequentemente anuladas pelas ações negativas de outros.

POEMA: NO ANO 3000 - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

 Poema: NO ANO 3000

             Roseana Murray

No ano 3000
os homens já vão ter
se cansado das máquinas
e as casas serão novamente românticas.
O tempo vai ser usado sem pressa:

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhebEd-pc15KyY6_HorjaYKur9DuzDg6uvuu27PvF3QSW2-fPkAoXdDihdmVBtlULxFmXKaip-Ookk1ZJl0UFNzIDb8GjKq059fsGSHf6xRC-htzn4izcgRw9AnDAJtdrl6kksOd7kIV7li4RMC7i7hVlGoJJ-DI8h4Zg_YGSru8Im34RjSc8FEB1w5TTw/s320/GERANIOS.jpg


gerânios enfeitarão as janelas,
amigos escreverão longas cartas.
Cientistas inventarão novamente
o bonde, a charrete.
Pianos de cauda encherão as tardes de música
e a Terra flutuará no céu
Muito mais leve, muito mais leve.

Roseana Murray. No ano 3000.In: ______. Casas. Belo Horizonte: Formato Editorial, 1994. p. 14.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 231.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a principal mudança que o poema prevê para o ano 3000?

      O poema prevê que os homens estarão cansados das máquinas e buscarão um estilo de vida mais romântico e lento.

02 – Como o tempo será utilizado no ano 3000, de acordo com o poema?

      O tempo será usado sem pressa, permitindo que as pessoas apreciem coisas simples como cultivar gerânios e escrever longas cartas.

03 – Quais invenções do passado os cientistas do ano 3000 irão resgatar?

      Os cientistas irão reinventar o bonde e a charrete, trazendo de volta meios de transporte mais lentos e charmosos.

04 – Qual será a atmosfera das tardes no ano 3000?

      As tardes serão preenchidas com a música de pianos de cauda, criando um ambiente mais cultural e relaxante.

05 – Como a Terra será no ano 3000, segundo o poema?

      A Terra flutuará no céu muito mais leve, simbolizando um mundo com menos peso de preocupações e problemas.

 

HISTÓRIA: ROBIN HOOD - RUMO A SHERWOOD - FRAGMENTO - TELMA GUIMARÃES CASTRO ANDRADE - COM GABARITO

 História: Robin Hood – Rumo a Sherwood – Fragmento

              Telma Guimarães Castro Andrade

        [...]

        Robin, além de vingar a morte do pai, também queria ajudar o seu povo. Nunca tinha visto tanta gente passando fome, pedindo esmola.

        -- Vamos assaltar os ricos amigos do príncipe e do xerife que passam pelas estradas – explicou Robin. – Eles não tomam o dinheiro dos pobres? Pois então! Vamos tirá-lo dos seus amigos e devolver aos pobres. Que tal?

        -- Mas seremos só nós dois contra muitos soldados! – Will falou sério.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFX2EetZwHo5BzCg4QbVcwOQ99EOBRZuWmj-KjKrRLJ3KEMQg_9NnMeJocl8iZrcA0mMj5NjuerIOcboHzcBGk1YxzqXrUFCoiQUzMX0ezyyZi7ragiHVIJ7R8SMEQEV5Y2GlrFOB8oxNj0ZuG-YE4nBup1A-CWVvp9BjSAkgjwFlE7O6XcU_JVVu0JnA/s320/Robin_Hood_Alla_conquista_di_Sherwood_01.jpg


        -- Aposto que arrumaremos mais gente... – Robin puxou o capuz sobre a cabeça.

        Tinham achado uma grande clareira na floresta. Foi lá que começaram a praticar arco e flexa. Por sorte havia também uma caverna, para abrigo em dias de chuva.

        [...]

        Um assalto

        -- Precisamos de dinheiro! – Robin estava reunido com seus homens na caverna. – Há muita gente passando fome em Nottingham. Temos de ajuda-los.

        -- Soube que um amigo do príncipe está a caminho... – informou João Pequeno. – Parece que está trazendo muito dinheiro.

        -- Vamos assaltar o ricaço! – Robin chamou seus homens. – Precisamos de paus, arcos e muitas flechas. Não se esqueçam de cobrir a cabeça com o capuz.

        Preparariam uma armadilha bem no meio de uma estrada muito estreita. Alguns homens fingiriam consertar uma carroça para abrigar a comitiva a parar. Com isso, eles atacariam pelos lados, saindo do meio das árvores.

        A armadilha funcionou direitinho. Assim que o ricaço desceu da carruagem para ver o que estava acontecendo, Robin o atacou. Num minuto, seus homens dominaram o cocheiro e os demais empregados.

        -- Fiquei sabendo que o senhor carrega muitas moedas de ouro... – Robin saltou do cavalo.

        -- Eu não... – o homem, muito bem vestido, tentou esconder uma caixa.

        -- Vamos! Entregue o dinheiro! – Robin ordenou. – Tenho certeza de que não vai lhe fazer falta. Aposto que tem muito mais que isso! – Robin tomou a caixa do homem.

        -- Tenha piedade, moço... – o homem pediu.

        -- Pois eu tenho. Tenho pena dos pobres, dos miseráveis, dos esfomeados, das pessoas que estão sem casa para morar... Este dinheiro, senhor, vai ajudar os necessitados. É para uma boa causa! Ah, estou vendo que carrega um baú bem grande... Roupas!

        Robin pegou o baú com a ajuda de um de seus homens.

        -- Bondade sua dividir estas roupas com os pobres... – Robin sorriu.

        -- Mas... mas nós vamos ficar sem nada? – o homem estava furioso.

        -- Vão ficar com a roupa do corpo. Muitos não têm nem isso, senhor... – Robin apontou a espada para o corpo do homem.

        -- Vou com... contar tu... tudo ao pri... príncipe... – ele gaguejava.

        Pois conte tudo. Conte que foi... assaltado.

        [...].

Telma Guimarães Castro Andrade. Robin Hood. Telma Guimarães Castro Andrade. (Adap.). São Paulo: Scipione, 1998. p. 7-8. (Reencontro infantil).

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 213-214.

Entendendo a história:

01 – Qual era o principal objetivo de Robin Hood?

      Além de vingar a morte do pai, Robin Hood queria ajudar o povo que passava fome.

02 – Qual era o plano de Robin Hood para ajudar os pobres?

      O plano era assaltar os ricos amigos do príncipe e do xerife que passavam pelas estradas e devolver o dinheiro aos pobres.

03 – Onde Robin Hood e seus homens praticavam arco e flecha e se abrigavam?

      Eles praticavam em uma clareira na floresta e se abrigavam em uma caverna em dias de chuva.

04 – Qual foi o primeiro alvo do assalto de Robin Hood e seus homens?

      O primeiro alvo foi um amigo do príncipe que estava trazendo muito dinheiro.

05 – Como Robin Hood e seus homens prepararam a armadilha para o ricaço?

      Eles fingiram consertar uma carroça em uma estrada estreita para obrigar a comitiva a parar, e então atacaram pelos lados, saindo das árvores.

06 – O que Robin Hood pegou do homem rico além do dinheiro?

      Robin Hood também pegou um baú com roupas, alegando que seriam divididas com os pobres.

07 – Qual foi a reação do homem rico ao ser assaltado?

      O homem ficou furioso e ameaçou contar tudo ao príncipe.

 

POEMA: NÃO - JOSÉ DE NICOLA - COM GABARITO

 Poema: NÃO

             José de Nicola

Não corra!

Não pule!

Não grite!

Não me amole!

Não coma de boca aberta!

Não faça isso!

Não faça aquilo!

-- Chega!...

Não quero mais ouvir essa palavra!

--Oh! Não... eu também falei...

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAaGqMArkyaB7iCuMuHLHt72c6qTsFIRvLjl5s9bXiSlpOSxDYGbh8hAaceEXDKlX11fZda0-0cBiQ80KnwSnHdAZUDp5i6DHM0pPkwcBoV5ONG9LGMbiw9gyGRS-5uQ393MrmXAFbpZxszZUcyohKe9O4-SqP_WHzBuzU3AzVGM5QXV2qfP69LKGbQGU/s1600/images.jpg


José de Nicola. Não. In: _______. Alfabetário. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2002. p. 29. (Hora da Fantasia).

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 249.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema principal do poema?

      O poema aborda a frustração e o cansaço de uma pessoa diante de uma série de proibições e ordens, expressas repetidamente pela palavra "não".

02 – Qual é o efeito da repetição da palavra "não" no poema?

      A repetição da palavra "não" cria um ritmo monótono e sufocante, transmitindo a sensação de opressão e irritação que o eu lírico sente.

03 – O que o verso "Chega!... Não quero mais ouvir essa palavra!" revela sobre o estado emocional do eu lírico?

      Esse verso revela que o eu lírico atingiu o limite da sua paciência e está exausto de tantas proibições. Ele expressa um desejo de liberdade e autonomia.

04 – Qual é o significado do último verso do poema: "Oh! Não... eu também falei..."?

      O último verso revela um toque de ironia e humor. O eu lírico, que se queixava de ouvir a palavra "não", acaba usando-a também, mostrando como essa palavra está presente em nosso dia a dia.

05 – O eu lírico reproduz discursos que ouvimos em nosso dia a dia. Quem normalmente diz essas frases?

      Representa a fala de um adulto (pai, mãe, tios, avós). Ordenando ações a uma criança.

06 – Ao expor essas ideias, o eu lírico também acaba agindo de maneira parecida. Como isso acontece?

      Apesar de criticar essas ações imperativas negativas, o eu lírico também as realiza.

07 – O poema foi construído em torno de um advérbio. Transcreva-o e classifique-o.

      Não. Advérbio de negação.

 

 

NOTÍCIA: CAPITÃO SETE - MARCELO DUARTE - COM GABARITO

 Notícia: Capitão Sete

             Marcelo Duarte

        Foi o primeiro super-herói brasileiro. Pergunte a seu pai. Ele surgiu no começo dos anos 60 e era vivido na TV por um ator chamado Aires Campos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6JA4aPA2Bvp2b-PLgcOWLjAbu7DOOowk3IkX1ecjn8EwWcgsOq99g9_2ab1RQCu2IOnAgJ6MuyRB0TXiT0YfYby-iDjGjRxHoIeJLA8TX0ZjbnE-mel8Q8ar8ZIi3GOJlu6uwDpAeDrLLf9GHjeGYwaMWgu1Ef_sX18Wv-zZJ2M-z0yENj7xwccamoOg/s1600/unnamed.jpg


 Algum tempo depois virou história em quadrinhos. Capitão Sete, quase uma cópia do Super-Homem, era a identidade secreta de Carlinhos, um menino que foi levado para o Sétimo Planeta. Lá, desenvolveu habilidades como sua superforça, capacidade de voar e uma inteligência extraordinária. Seu nome era Capitão Sete (e foi levado para o Sétimo Planeta) porque a série era exibida na TV Record, canal 7 em São Paulo.

Marcelo Duarte. O guia dos curiosinhos – Super-heróis. São Paulo: Panda Books, 2006.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 251.

Entendendo a notícia:

01 – Quem foi o “Capitão Sete” e qual a sua importância?

      O Capitão Sete foi o primeiro super-herói brasileiro, criado no início dos anos 60. Ele foi interpretado pelo ator Aires Campos na televisão e depois ganhou vida nos quadrinhos. Sua importância reside em ter sido um pioneiro no gênero de super-heróis no Brasil, abrindo caminho para outras criações nacionais.

02 – Qual a origem do “Capitão Sete” e quais seus poderes?

      O Capitão Sete era a identidade secreta de Carlinhos, um menino que foi levado para o Sétimo Planeta. Lá, ele desenvolveu superforça, capacidade de voar e inteligência extraordinária.

03 – Qual a relação entre o nome "Capitão Sete" e a emissora de televisão?

      O nome "Capitão Sete" foi escolhido porque a série era exibida na TV Record, que era o canal 7 em São Paulo. Essa é uma curiosidade interessante sobre a origem do personagem.

04 – Em que mídias o Capitão Sete esteve presente?

      O Capitão Sete teve sua primeira aparição na televisão, interpretado por Aires Campos. Posteriormente, o personagem também ganhou vida nos quadrinhos, expandindo seu alcance e popularidade.

05 – Quais as semelhanças entre o Capitão Sete e outros super-heróis?

      O texto menciona que o Capitão Sete era "quase uma cópia do Super-Homem". Isso indica que o personagem foi inspirado em super-heróis clássicos, como o Super-Homem, compartilhando alguns de seus poderes e características.

 

POEMA: O QUE SE DIZ - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: O que se diz

            Carlos Drummond de Andrade

        Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que frieza! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada...

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWy-ijGDL6BdULbXmWxXk4D-CedhTd9NX1sA6QXw__wuGpaBHJbwB8Ae8vxHKVgxf33DzANnFG71QH1TQDjZaCOWWfEPjlKmPR6y8ZYTAtpvCbzMLgCgHxI1IySEtjK0NXh1M5IPJq4xd21yYhg4B7hlPz5DODM9qtY1qwwO1AVQmuUTjLSZjpja6nuUk/w235-h235/8819420.png


        Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente.

Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. p. 1379.

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 16.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a principal característica da linguagem utilizada no poema?

      A principal característica é o uso abundante de exclamações, que expressam uma variedade de emoções e impressões sobre o mundo. A linguagem é fragmentada e rápida, refletindo a agitação da vida moderna.

02 – Qual é o significado da expressão "floresta de exclamações"?

      A "floresta de exclamações" representa a profusão de sentimentos e opiniões que bombardeiam o indivíduo no dia a dia. É uma metáfora para a intensidade e a diversidade das experiências humanas.

03 – Quais são os temas abordados no poema?

      O poema aborda uma ampla gama de temas, desde questões existenciais ("Que vida!") até situações cotidianas ("Que pão!"). Ele captura a complexidade e a imprevisibilidade da vida, com seus altos e baixos, alegrias e tristezas.

04 – Qual é a mensagem transmitida pelo último verso do poema: "Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente"?

      O último verso sugere que, apesar do caos e da confusão da vida, as pessoas continuam seguindo em frente, enfrentando os desafios e buscando sentido em meio à "floresta de exclamações".

05 – Como o poema reflete o estilo de Carlos Drummond de Andrade?

      O poema reflete o estilo característico de Drummond, com sua linguagem coloquial, ironia sutil e reflexões sobre a condição humana. Ele captura a essência da vida moderna, com sua velocidade e complexidade, e a transforma em poesia.

 

CONTO: O VERGALHO - CAPÍTULO LXVIII - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 Conto: O VergalhoCapítulo LXVIII

           Machado de Assis

        Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu mas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras:

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPsaEOwfiOIUKezRyjOw0MqEwkhqHPhVk1hC8Oxk7s-K-HQJ9CeA4pI_U8GLQWcTl7SOZTpeniZ4oBm9DImxHB3kFwCuAwPFm6QH5ijFnKqZD0s4Ya-bJpFGX_BDLyBjITnzjnCxAc5Z6xmDJg-NSIFDF0Jo04_e2UPlQwarAcQCBMwpUWJEDmFSIt1s/s1600/o%20vergalho-crop%203.png


        – “Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão!” Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.

        – Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!

        – Meu senhor! gemia o outro.

        – Cala a boca, besta! replicava o vergalho.

        Parei, olhei... Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque Prudêncio, – o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediu-me a bênção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.

        – É, sim, nhonhô.

        – Fez-te alguma coisa?

        – É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.

        – Está bom, perdoa-lhe, disse eu.

        – Pois não, nhonhô. Nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!

        Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui caminho, a desfiar uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente perdido; aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos capítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo; mas só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino, e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das pancadas recebidas, – transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe um freio na boca, e desancava-o sem compaixão; ele gemia e sofria. Agora, porém, que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar, dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava: comprou um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam as sutilezas do maroto!

Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1995. p. 100-101.

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 21.

Entendendo o conto:

01 – Qual a situação presenciada pelo narrador no início do capítulo?

      O narrador se depara com um homem negro chicoteando outro em plena praça pública. O homem chicoteado implora por perdão, mas o agressor ignora seus apelos e continua a castigá-lo.

02 – Quem é o agressor e qual a sua relação com o narrador?

      O agressor é Prudêncio, um ex-escravo que pertenceu ao pai do narrador. Prudêncio foi libertado anos antes e agora possui seu próprio escravo.

03 – Qual o motivo da agressão?

      Prudêncio explica que o escravo é um vadio e bêbado. Ele o havia deixado na quitanda enquanto foi à cidade, mas o escravo desobedeceu e foi beber em uma venda.

04 – Qual a reação do narrador diante da cena?

      O narrador, inicialmente, sente-se chocado com a violência da cena. No entanto, logo em seguida, ele começa a refletir sobre a ironia da situação e a natureza humana.

05 – Qual a interpretação do narrador sobre o comportamento de Prudêncio?

      O narrador percebe que Prudêncio está apenas repetindo o ciclo de violência que sofreu quando era escravo. Ele está, de certa forma, "descontando" no seu escravo as humilhações e os maus-tratos que sofreu no passado.

06 – Qual o significado do título do capítulo: "O Vergalho"?

      O título faz referência ao instrumento de tortura utilizado por Prudêncio para castigar seu escravo. O vergalho simboliza a violência e a opressão presentes na sociedade escravocrata.

07 – Qual a crítica social presente no conto?

      Machado de Assis utiliza a figura de Prudêncio para criticar a perpetuação da violência e da opressão. O conto revela como as vítimas de um sistema opressor podem se tornar opressoras quando alcançam o poder. Além disso, o autor critica a falsa ideia de liberdade concedida aos escravos, mostrando que, mesmo libertos, eles continuam presos a um ciclo de violência e exploração.

 

ROMANCE: ANA EM VENEZA - FRAGMENTO - JOÃO SILVÉRIO TREVISAN - COM GABARITO

 Romance: Ana em Veneza – Fragmento

                João Silvério Trevisan:

        Estavam agora diante de uma bandeja de queijos variados.

        — Ah, o Brasil, essa imensa ilha… — dizia o conde Basuccello, entretido em cortar um pedaço de sbrinz dos Alpes.

        — De fato — aparteou Nepomuceno — estamos muito isolados na América. A língua mas também…

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0d_wZn4-Hpe-5sHLSpBOAjDy3wpkZPp4XclAq5ZCbSYQRDjchzG-8nWeCUo7dK6WbzVCxA7h1VEQZ3MHm4LwT9NzjW2msSgrmdHft8YZAlbaTH_modPYqrz8wNL6GeGKstiHY1tH8Yp_sgNAJ3vU8PoKMz7DKoR33wgEMs5YG12z0yrw2sxnLB0ap0GM/s320/ANA.jpg


        — Oh, não. Não me refiro a isso, que não deixa de ser verdadeiro — retrucou o conde, acabando de mastigar. — Falo de uma dessas ilhas utópicas cuja lenda se perde na noite dos tempos. Os senhores talvez não saibam, mas o nome Brasil em geografia já existe desde o período medieval.

        — Mas o Brasil só foi descoberto bem depois… Não é mesmo, Herr Nepo? — admirou-se Júlia, entretida com um delicioso queijo stracchino lombardo.

        — Sim, mas antes do atual Brasil já existia na Idade Média uma ilha chamada Brasil — asseverou Basuccello. — Bem existiam muitas ilhas míticas imaginadas pelos povos de então. Todas representavam o paraíso terrestre, onde não haveria discórdia nem velhice nem doenças ou morte. Eram tão perfeitas que seus habitantes não precisavam sequer trabalhar para comer. Numa dessas ilhas, imaginem, as frutas caíam do pé pontualmente às nove horas, para poupar os homens do trabalho de colhê-las.

João Silvério Trevisan. Ana em Veneza. 2. ed. São Paulo, Best Seller, (1994). p. 465-6.

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 44.

Entendendo o romance:

01 – Qual o contexto da conversa entre os personagens?

      Os personagens estão em Veneza, apreciando queijos variados, e a conversa gira em torno do Brasil e sua história.

02 – Qual a visão do conde Basuccello sobre o Brasil?

      O conde Basuccello vê o Brasil como uma "ilha utópica", um lugar lendário que existiria desde a Idade Média, um paraíso terrestre onde não haveria sofrimento.

03 – Qual a surpresa de Júlia em relação à fala do conde?

      Júlia se surpreende ao ouvir que o nome "Brasil" já existia na Idade Média, questionando se isso seria possível, já que o Brasil "atual" só foi descoberto depois.

04 – O que o conde Basuccello afirma sobre a origem do nome "Brasil"?

      O conde afirma que, antes do Brasil que conhecemos, existia na Idade Média uma ilha mítica chamada Brasil, um paraíso terrestre imaginado pelos povos da época.

05 – Quais as características das ilhas míticas mencionadas pelo conde?

      As ilhas míticas eram vistas como paraísos terrestres, onde não havia discórdia, velhice, doenças ou morte. Seus habitantes não precisavam trabalhar, e a natureza lhes provia tudo o que precisavam.

06 – Qual o significado da expressão "ilha utópica" utilizada pelo conde?

      A expressão "ilha utópica" se refere a um lugar idealizado, perfeito, que não existe na realidade. O conde usa essa expressão para descrever o Brasil como um lugar lendário, que transcende a realidade histórica.

07 – Como a conversa sobre o Brasil se relaciona com o contexto da narrativa?

      A conversa sobre o Brasil em Veneza cria um contraste entre a realidade histórica e a idealização do país como um lugar mítico. Essa reflexão pode estar relacionada com a busca dos personagens por um ideal de perfeição ou com a própria natureza da narrativa, que mistura realidade e fantasia.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): PRA QUE MENTIR? NOEL ROSA - COM GABARITO

 Música(ATIVIDADES): Pra Que Mentir?

             Noel Rosa

Pra que mentir
Se tu ainda não tens
Esse dom
De saber iludir?
Pra quê?! Pra que mentir?
Se não há necessidade
De me trair?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglFRkvgkMnPjo-mnarHJv2sLH9nf3iGuozmA6D2VmTPiJvIJjihDQR3GzrRDaUHBgeE-B_bwc0foxJmB2B-AehtRC_L0Em4MMympR3btka1H5w8IqTZlb_ekzNbDCe0tylELlWFJooN8ja9jKfyKk-SYpXIT2JgoruTdNCirxD4vnJU08V-1wNrejpP7Y/s1600/nOEL.jpg


Pra que mentir?
Se tu ainda não tens
A malícia de toda mulher?
Pra que mentir?
Se eu sei que
Gostas de outro
Que te diz que
Não te quer?

Pra que mentir
Tanto assim?
Se tu sabes que eu sei
Que tu não gostas de mim?!
Se tu sabes
Que eu te quero
Apesar de ser traído
Pelo teu ódio sincero
Ou por teu amor fingido?!

Composição: Noel Rosa / Vadico. Noel – Songbook (produzido por Almir Chediak). CD Lumiar Discos, 1991.

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 53.

Entendendo a música:

01 – Qual é o tema central da música "Pra Que Mentir?"?

      O tema central da música é a frustração e o sofrimento de alguém que percebe a falsidade e a falta de amor da pessoa amada. O eu lírico questiona a necessidade da mentira, já que a verdade é evidente.

02 – Qual é o significado da frase "Se tu ainda não tens esse dom de saber iludir"?

      Essa frase indica que a pessoa amada não possui habilidade para mentir de forma convincente. Suas mentiras são óbvias e não enganam o eu lírico.

03 – Como o eu lírico se sente em relação à pessoa amada?

      O eu lírico se sente traído e magoado com as mentiras e a falta de amor da pessoa amada. No entanto, ele ainda a ama, mesmo sabendo que não é correspondido.

04 – Qual é a ironia presente na música?

      A ironia reside no fato de que, mesmo sabendo que a pessoa amada não o ama e que suas mentiras são evidentes, o eu lírico continua a amá-la. Ele se sente traído tanto pelo ódio sincero quanto pelo amor fingido da pessoa amada.

05 – Qual é a mensagem principal da música?

      A mensagem principal da música é a importância da sinceridade nos relacionamentos amorosos. A mentira, mesmo que bem-intencionada, causa sofrimento e frustração. A música também aborda a complexidade dos sentimentos humanos, mostrando que o amor pode persistir mesmo diante da dor e da decepção.

 

 

 

POEMA: QUANDO, LÍDIA, VIER O NOSSO OUTONO - FERNANDO PESSOA - COM GABARITO

 Poema: Quando, Lídia, vier o nosso Outono

             Fernando Pessoa

Quando, Lídia, vier o nosso Outono

Com o Inverno que há nele, reservemos

Um pensamento, não para a futura

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTQEhJ-SwnDL7q1SDDZW5AdRGGF4RmST3RK9rcksS43M5vu3FThbb8JZo2_96mGwOnD2rqsbJYhsHXBirb64KyKsYBzlI0dtQ-q8FGzYWjT5bijdcM4uppcK7vRhHuUuLnYERG7V_-ExCImWkZsouRQNSa_rrX6CLh1A5cX_TzZo-L4Y_vVlOYy9WsXwk/s320/800px-XN_Fruehjahrswiese_00.jpg


Primavera, que é de outrem,

Nem para o Estio, de quem somos mortos,

Senão para o que fica do que passa —

O amarelo atual que as folhas vivem

E as torna diferentes.

Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática, 1959. p. 108. 

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 91.

Entendendo o poema:

01 – Quem é "Lídia" e qual a relação dela com o eu lírico?

      Lídia é uma figura feminina que representa um interlocutor do eu lírico. A relação entre eles é de cumplicidade e reflexão sobre o tempo e a vida.

02 – Qual é a metáfora central do poema?

      A metáfora central é a do Outono como representação do envelhecimento e da passagem do tempo. O Outono, com seu "Inverno que há nele", simboliza a fase da vida em que a beleza e a vitalidade começam a declinar.

03 – Por que o eu lírico sugere não pensar na Primavera ou no Estio?

      O eu lírico sugere não pensar na Primavera, que representa a juventude e o futuro, pois essa fase já não lhes pertence ("é de outrem"). O Estio, que simboliza a plenitude da vida, também é descartado, pois já se foi ("somos mortos").

04 – Qual é o significado do "amarelo atual que as folhas vivem"?

      O "amarelo atual" representa o presente, o momento fugaz que deve ser apreciado em sua beleza efêmera. As folhas amarelas, diferentes das verdes da Primavera, simbolizam a individualidade e a beleza única da fase atual da vida.

05 – Qual é a mensagem principal do poema?

      A mensagem principal do poema é a importância de apreciar o presente, o momento atual, mesmo que ele seja marcado pela transitoriedade e pela melancolia. O eu lírico convida a refletir sobre a beleza da decadência e a individualidade que surge com o tempo.

 

 

LIVRO(FRAGMENTO): NOVELAS PAULISTANAS - A SOCIEDADE - ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO - COM GABARITO

 Livro: Novelas paulistanas – A sociedade – Fragmento

           Antônio de Alcântara Machado

        [...]

        O capital levantou-se. Deu dois passos. Parou. Meio embaraçado. Apontou para um quadro.

        – Bonita pintura.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0-i-nTbiahOdRlI7PxyyUnU0yJwxVhanHe6qlNSUVvBDxFJ5R-RCpzlB6gtBWCKhqGgplGAoOolQ10Aq8k036WH_rLwyhRWK9OIT3j6n3d6wSYqo085GeT8yTjrzVeioJalSX5Zx_k4-g9o3YKiQkiip4gWgVtbGBwplYRr10XoDygXICifI1yG_HfAM/s1600/NOVELA.jpg


        Pensou que fosse obra de italiano. Mas era de francês.

        – Francese [Francês]? Não é feio non [não]. Serve.

        Embatucou. Tinha qualquer coisa. Tirou o charuto da boca, ficou olhando para a ponta acesa. Deu um balanço no corpo. Decidiu -se.

        – Ia dimenticando [esquecendo] de dizer. O meu filho fará o gerente da sociedade… Sob a minha direção, si capisce.

        – Sei, sei… O seu filho?

        – Si [Sim]. O Adriano. O doutor… mi pare [parece-me]… mi pare que conhece ele?

        [...].

Antônio de Alcântara Machado. Novelas paulistanas. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. 27.

Fonte: Lições de texto. Leitura e redação. José Luiz Fiorin / Francisco Platão Savioli. Editora Ática – 4ª edição – 3ª impressão – 2001 – São Paulo. p. 109.

Entendendo o livro:

01 – Quem é o personagem que fala no trecho e qual a sua origem?

      O personagem que fala é um capitalista, provavelmente um imigrante italiano, como sugerem as expressões em italiano presentes em sua fala ("francese", "non", "si capisce", "si", "mi pare").

02 – Qual o tema central da conversa entre os personagens?

      O tema central da conversa é a sociedade e a gestão dos negócios. O capitalista revela que seu filho, Adriano, será o gerente da sociedade, sob sua direção.

03 – Qual a importância da pintura mencionada no trecho?

      A pintura serve como um pretexto para o capitalista iniciar a conversa. Ele a utiliza para quebrar o gelo e, em seguida, revelar sua decisão sobre a gerência da sociedade.

04 – Qual a relação entre o capitalista e seu filho, Adriano?

      O capitalista demonstra ter grande influência sobre o filho, Adriano, ao decidir que ele será o gerente da sociedade. A relação entre eles parece ser baseada em poder e controle.

05 – Qual a visão do autor sobre a sociedade paulistana da época?

      O trecho revela uma sociedade marcada pela presença de imigrantes, pela ascensão do capital e pela importância dos laços familiares nos negócios. A linguagem utilizada pelo autor, com expressões em italiano, busca retratar a diversidade cultural e a influência dos imigrantes na sociedade paulistana da época.