domingo, 30 de novembro de 2025

TEXTO: SISTEMAS AGROFLORESTAIS - FRAGMENTO - CENTRO DE INTELIGÊNCIA EM FLORESTAS - COM GABARITO

 Texto: Sistemas agroflorestais – Fragmento

        Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas [...] com cultivos agrícolas e / ou criação de animais, de forma simultânea ou em sequência temporal e que promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresentam como principais vantagens, frente à agricultura convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle de ervas daninhas, entre outras coisas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpapwAwB5ooKD7g9kea1CRdM80JHgskqCQi0Cf3eb53vRv_5BU72it6AxilgcQMmAOAQHeOXMS2WeIu_EgaQHjvKDA9ZlJmYEkCLx51RWW4kyKienjbi0sHQPzOQlh5GPSsmxbIha-nH4KoSbJVE26HAr05bJcpdrbb47NU22KK-VAYvwQujKI8f1qNxo/s1600/AGRO.jpg


        A integração da floresta com as culturas agrícolas e com a pecuária oferece uma alternativa para enfrentar os problemas crônicos de degradação ambiental generalizada e ainda reduz o risco de perda de produção. Outro ponto vantajoso dos sistemas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as árvores podem servir como fonte de renda, uma vez que [...] os frutos das mesmas podem ser explorados e vendidos. A combinação desses fatores encaixa as agroflorestas no modelo de agricultura sustentável. [...]

        Os sistemas trazem uma série de vantagens econômicas e ambientais, tais como:

1 – Custos de implantação e manutenção reduzidos;

2 – Diversificação na produção aumentando a renda familiar, assim como a melhoria na alimentação;

3 – Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes;

4 – Redução da erosão [...];

5 – Aumento da diversidade de espécies;

6 – Recuperação de áreas degradadas.

        O modelo agroflorestal visa compatibilizar o desenvolvimento econômico da população rural com a conservação do meio ambiente. [...]

        O sistema agroflorestal com grande mistura de espécies (ocupando estratos/camadas diferentes do ecossistema, tais como arbustos, árvores de pequeno e grande porte) [...] funciona de forma bem parecida com a floresta natural, em termos de ciclos de nutrientes, regulamentação do ciclo hídrico, interação com a atmosfera etc.

        [...] é importante ressaltar que o modelo agroflorestal não é uma solução integral para a proteção da biodiversidade. Certamente, ele reduz os impactos das queimadas e dos agrotóxicos e visa reduzir os impactos do desmatamento. [...].

Fonte: Centro de Inteligência em Florestas (CIFLORESTAS). Disponível em: http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=sistemas. Acesso em: 2 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 258.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Adubo verde: planta utilizada para melhoria das condições do solo.

-- Biodiversidade: diversidade de seres vivos de um local.

02 – O que são Sistemas Agroflorestais (SAFs), e quais elementos são combinados no manejo da terra?

      Sistemas Agroflorestais são formas de uso ou manejo da terra nas quais se combinam, de forma simultânea ou em sequência temporal, espécies arbóreas (floresta) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, visando promover benefícios econômicos e ecológicos.

03 – Comparado à agricultura convencional, quais são as três principais vantagens que os sistemas agroflorestais apresentam?

      As principais vantagens frente à agricultura convencional são: a fácil recuperação da fertilidade dos solos, o fornecimento de adubos verdes e o controle de ervas daninhas.

04 – De que maneira os sistemas agroflorestais se encaixam no modelo de agricultura sustentável e como podem servir como fonte de renda?

      Eles se encaixam no modelo de agricultura sustentável porque integram a floresta com culturas agrícolas e pecuária, enfrentando problemas de degradação ambiental e reduzindo riscos de perda de produção. Além disso, as árvores podem servir como fonte de renda, pois seus frutos podem ser explorados e vendidos.

05 – Cite três vantagens ambientais específicas que os sistemas agroflorestais trazem, além da recuperação de áreas degradadas.

      As vantagens ambientais incluem:

      Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de árvores que atuam na ciclagem de nutrientes.

      Redução da erosão.

      Aumento da diversidade de espécies.

06 – Como um sistema agroflorestal com grande mistura de espécies funciona em termos de ciclos naturais, e qual é a sua limitação em relação à proteção da biodiversidade?

      Um SAF com grande mistura de espécies (ocupando diferentes camadas) funciona de forma bem parecida com a floresta natural, em termos de ciclos de nutrientes, regulamentação do ciclo hídrico e interação com a atmosfera. Sua limitação é que ele não é uma solução integral para a proteção da biodiversidade, embora reduza os impactos de queimadas, agrotóxicos e vise reduzir o desmatamento.

 

NOTÍCIA: ÁREA DE SÃO PAULO E US$ 25 MILHÕES POR ANO SALVARIAM ANFÍBIOS DA MATA ATLÂNTICA - LOPES, R. J. - COM GABARITO

 Notícia: Área de São Paulo e US$ 25 milhões por ano salvariam anfíbios da mata atlântica

        Proteger quase toda a diversidade de anfíbios (sapos, rãs, pererecas e cobras-cegas) da mata atlântica brasileira exigiria uma área um pouco maior que a do município de São Paulo e um investimento anual relativamente modesto, em torno de US$ 25 milhões.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0E5JTxGZKpe-iYHUDw-WSV4n82StmycnzJm9DTl6JVuibHqrEC6C69wXucjj53kcLsZZv4xpkQdgBKWZDuBN8aoCTLRfrKLlfjiRlbWvFmdFJLpsgLfWLaVYLWqWoKULc_96fzvF2U39qNK_ZexXuLF0xrfraxOtcYUL2z01y0d-JJPDTiGeRDoMWBGI/s320/17172121.jpeg


        A conta, feita por pesquisadores brasileiros e espanhóis, é a primeira a colocar na ponta do lápis tanto os aspectos biológicos únicos dos bichos quantos os fatores necessários para que a conservação deles funcione do ponto de vista econômico.

        “Se a gente ficasse só na questão biológica, o trabalho não seria tão inovador”, explica Felipe Siqueira Campos, goiano que faz doutorado no Departamento de Biologia Evolutiva da Universidade de Barcelona. “A sacada da pesquisa é levar em consideração os aspectos de custo-benefício também.”

        Campos e seus colegas do Brasil e da Espanha acabam de publicar a análise na revista especializada “Science Advances”. Os resultados obtidos pelo grupo de cientistas indicam que a área-chave para evitar o sumiço em massa dos anfíbios da mata atlântica abrange basicamente a serra do Mar de São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como áreas do Espírito Santo e do sul da Bahia correspondentes ao chamado Corredor Central do bioma.

        PRESTADORES DE SERVIÇOS

        Pensar nos benefícios econômicos da preservação de sapos e companhia pode parecer estranho, mas o fato é que tais bichos são relevantes prestadores de serviços ambientais -sua presença e diversidade ajudam a manter funcionando aspectos do ambiente que são vitais também para os seres humanos.

        Além do estereótipo do sapo comedor de moscas -ou seja, um bicho que ajuda no controle da população de insetos, inclusive os nocivos para a população-, os anfíbios ajudam a reciclar os nutrientes do solo, tornando-o mais fértil, e a eliminar detritos dos rios e outros corpos d’água, o que contribui para que a água se torne potável.

        Essas e outras funções de espécies nativas motivaram a ideia de pagamento por serviços ambientais. Segundo essa lógica, produtores rurais que mantêm em bom estado as reservas de floresta em suas propriedades poderiam ser compensados financeiramente para que elas continuem assim, sem virar plantação ou pasto.

        A ideia é um dos pilares da conta feita por Campos e seus colegas. Levando em consideração os valores que já são gastos em iniciativas-piloto de pagamento por serviços ambientais Brasil afora, eles estimaram uma remuneração anual de US$ 13 mil por quilômetro quadrado de área preservada.

        O valor é cerca de um quarto do valor médio que um fazendeiro dessas regiões poderia obter com atividades agrícolas tradicionais. “Não estamos falando em restauração florestal nessas áreas, o que seria bem mais caro. A ideia é apenas manter o que já existe”, explica o pesquisador brasileiro.

        Além de considerar esse custo, a análise leva em conta ainda o número de espécies de anfíbios identificadas na mata atlântica (mais de 500, correspondendo a cerca de metade de todos os tipos de anfíbios encontrados no país), os diferentes grupos nos quais os bichos foram se dividindo ao longo de sua evolução e seus aspectos funcionais (coisas como o tamanho, o tipo de habitat, o sistema de reprodução etc.).

        Ao cruzar todos esses dados com informações sobre o custo da terra e do pagamento dos serviços ambientais, foi possível estabelecer quais locais “cobririam” de forma mais ampla a diversidade de anfíbios da mata atlântica e ajudariam a protegê-los.

        Estima-se que um terço dos anfíbios do planeta estejam ameaçados de extinção. Além da perda de habitat trazida pelo desmatamento, infecções por fungos e alterações climáticas estão entre os principais fatores que colocam esses animais em risco.

Fonte: LOPES, R. J. Folha de São Paulo, 21 jun.2017. disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2017/06/1894719-area-de-sao-paulo-e-us-25-por-ano-salvariam-anfibios-da-mata-atlantica.shtml. Acesso em: 22 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 304-305.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a área de preservação e o investimento financeiro anual estimados necessários para proteger quase toda a diversidade de anfíbios da Mata Atlântica?

      A área necessária é um pouco maior que a do município de São Paulo, e o investimento anual seria de aproximadamente US$ 25 milhões.

02 – Quem realizou a pesquisa e em qual revista científica especializada os resultados foram publicados?

      A pesquisa foi realizada por pesquisadores brasileiros e espanhóis, e publicada na revista "Science Advances".

03 – De acordo com Felipe Siqueira Campos, o que torna o trabalho inovador, indo além da simples questão biológica?

      A inovação da pesquisa é o fato de ela levar em consideração os aspectos de custo-benefício (econômicos) da conservação.

04 – Cite as quatro regiões/estados brasileiros que formam a área-chave para evitar o sumiço dos anfíbios, segundo o estudo.

      A área-chave abrange a serra do Mar de São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como áreas do Espírito Santo e do sul da Bahia (Corredor Central do bioma).

05 – Além de controlar a população de insetos (como o "sapo comedor de moscas"), cite dois outros "serviços ambientais" cruciais que os anfíbios prestam.

      Os anfíbios ajudam a reciclar os nutrientes do solo (tornando-o mais fértil) e a eliminar detritos dos rios e outros corpos d'água (contribuindo para a potabilidade da água).

06 – Qual é a ideia ou lógica que motiva o pagamento por serviços ambientais (PSA), fundamental para a conta feita pelos pesquisadores?

      A lógica é que produtores rurais que mantêm reservas de floresta em bom estado em suas propriedades devem ser compensados financeiramente para continuar a preservação, em vez de converter a área em plantação ou pasto.

07 – Além da perda de habitat causada pelo desmatamento, quais são os outros dois principais fatores de risco que colocam um terço dos anfíbios do planeta em ameaça de extinção?

      Os outros fatores são infecções por fungos e alterações climáticas.

 

NOTÍCIA: LARVAS DE INSETOS NA PERÍCIA CRIMINAL - FRAGMENTO - BERNARDES, J. - COM GABARITO

 Notícia: Larvas de insetos na perícia criminal – Fragmento

        [...]

        O estudo das larvas de moscas encontradas em cadáveres fornece informações que podem ajudar os peritos e médicos legistas a esclarecerem as circunstâncias da morte, aponta pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em conjunto com o Instituto Adolfo Lutz. O trabalho de doutorado da bióloga Maria Luiza Cavallari demonstra que os insetos podem servir como marcadores do local em que a morte ocorreu.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs-xNIt0IZyDnYpj2acltDsbZenoNAwut8B1GCjFW15ONAf6Zstdege0LnMcYwWCHF-3mzBAJXf9jDKxDrh11zQSSD5PWZDzTpy31n1RXZXuzC41zY-yAoFEKj8YD7oJSgdWhKCJC3tlJWQksnHVlEWV6Q3l7rCxIF3RY5-aBR9IFWai6Dq6LH-bNGFYA/s320/Extracao-de-DNA-a-partir-de-fragmento-de-corpo.-Marcos-Solivan-Sucom-2017.jpg


        O estudo é [...] coorientado por Daniel Romero Muñoz, professor da FMUSP. Muñoz conta que a linha de pesquisa [...] com os insetos surgiu devido a um caso de perícia que terminou em dúvida. “O corpo de um homem foi encontrado num apartamento em adiantado estado de decomposição, o que impediu que a necrópsia e o exame toxicológico apontassem as causas da morte”, afirma.

        “O exame das larvas no cadáver mostrou que elas eram de mosca-de-estábulo, inseto que não é endêmico em áreas urbanas. Se houvesse um estudo indicando a região de origem, seria possível investigar se o corpo foi trazido de outro local e averiguar a possibilidade de homicídio”.

Fonte: BERNARDES, J. Jornal da USP, 2 set. 2016. Disponível em: http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/larvas-de-moscas-em-cadaveres-podem-ajudar-peritos-a-esclarecer-casos-de-morte. Acesso em: 22 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 289.

Entendendo a notícia:

01 – O que o estudo das larvas de moscas encontradas em cadáveres, conduzido pela FMUSP e pelo Instituto Adolfo Lutz, pode fornecer aos peritos e médicos legistas?

      O estudo fornece informações que podem ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte. A pesquisa aponta que os insetos podem servir como marcadores do local em que a morte ocorreu.

02 – Quem é a principal pesquisadora por trás do trabalho de doutorado que investiga o uso de insetos como marcadores no local da morte?

      A principal pesquisadora é a bióloga Maria Luiza Cavallari.

03 – Qual foi a situação específica que motivou o surgimento da linha de pesquisa com insetos na perícia criminal, conforme relatado pelo professor Daniel Romero Muñoz?

      A linha de pesquisa surgiu devido a um caso de perícia que terminou em dúvida, onde um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado em um apartamento, e a necrópsia e o exame toxicológico não conseguiram determinar a causa da morte.

04 – Qual tipo de larva foi encontrado no cadáver do caso que inspirou a pesquisa, e o que a presença dessa larva sugeriu sobre o local da morte?

      Foi encontrada a larva de mosca-de-estábulo. A presença sugeriu que, como esse inseto não é endêmico em áreas urbanas, o corpo poderia ter sido trazido de outro local, levantando a possibilidade de homicídio.

05 – Caso houvesse um estudo indicando a região de origem da mosca-de-estábulo, como isso poderia auxiliar na investigação do caso citado?

      Isso permitiria aos peritos investigar se o corpo foi trazido de outro local (não o apartamento onde foi encontrado) e, consequentemente, averiguar a possibilidade de homicídio.

 

NOTÍCIA: QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS MARES E OCEANOS? - FRAGMENTO - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - COM GABARITO

 Notícia: Quais são as consequências das mudanças climáticas nos mares e oceanos? – Fragmento

        As mudanças climáticas e a elevação da temperatura global podem causar impactos como o aumento do nível dos mares e da temperatura das águas, o que pode ameaçar de extinção algumas espécies.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgECLyYmoUDsxyZX6cm_Pua_ds6ZKgBUS5HpSCA4vcRa8PpUBqKa5S_CcwNFDbRBVbykMiAQM43C_lU6WoWHlBXgsDyFjymxsYEgmNFzQPBhjfx8yvQVrotodDNpy75psLSsLKGgZr5_SNyNBiVYoYI1359YI3pGCzkls8xkQwYBYP3qEmLJNVo4K4VV7U/s320/shutterstock_73195684_1920.jpg


        Os recifes de coral constituem um dos ecossistemas que podem ser afetados pelas mudanças climáticas. São estruturas rochosas rígidas e submersas nos oceanos constituídas por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueletos calcários.

        Os recifes de coral são considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas da Terra. Sendo assim, sua importância ecológica, social e econômica é indiscutível. Os ambientes recifais são considerados, juntamente com as florestas tropicais, uma das mais diversas comunidades naturais do planeta.

        Essa enorme diversidade de vida pode ser medida quando constatamos que uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes de coral, incluindo 65% das espécies de peixes. Eles são ecossistemas marinhos encontrados em regiões de águas quentes e claras e formados pela deposição do esqueleto calcário de organismos como corais, algas e moluscos. São habitats importantes para peixes e outros recursos pesqueiros como lagosta, caranguejo, ostra, dando suporte e abrigo às espécies ameaçadas de extinção como a tartaruga marinha e o peixe-boi marinho.

        A palavra se refere a “rochedo ou série de rochedos situados à costa ou a ela diretamente ligados, submersos ou a pequena altura do nível do mar. Os recifes podem ser constituídos de arenito, resultantes da consolidação de antigas praias ou de formações coralíneas, resultantes do acúmulo de carapaças de certos animais marinhos associado a crostas de algas calcárias” [...]. Um recife de coral é uma estrutura rochosa, rígida, que resiste à ação mecânica das ondas e das correntes marinhas e é construída por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueleto calcário [...].

        Muitas vezes os corais são confundidos com pedras ou plantas, uma vez que são formados por uma grossa camada morta de material calcário, com uma fina camada de tecido vivo na sua superfície. Quando falamos coral, estamos nos referindo a esses animais e aos esqueletos que eles deixam mesmo depois que morrem. Existem diferentes grupos de corais em recifes de águas rasas e podemos classificar vulgarmente as principais espécies encontradas em: corais pétreos e corais de fogo, octocorais e corais negros. Nem todos os corais constroem recifes, somente os que apresentam esqueleto calcário maciço, como algumas espécies de corais pétreos, destacando-se os corais cérebros, os corais estrela e os corais de fogo, predominantes nos recifes brasileiros.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conduta consciente em ambientes recifais. Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros. Brasília: MMA/SBF, 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/205/_publicacao/205_publicacao29112010034950.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 370.

Entendendo a notícia:

01 – Quais são os dois principais impactos das mudanças climáticas nos mares e oceanos, segundo o texto?

      Os dois principais impactos são o aumento do nível dos mares e o aumento da temperatura das águas.

02 – Por que os recifes de coral são considerados ecossistemas que podem ser afetados pelas mudanças climáticas?

      Os recifes de coral podem ser afetados porque o aumento da temperatura das águas ameaça a vida das espécies marinhas que os constituem e neles habitam.

03 – Qual a composição física dos recifes de coral?

      São estruturas rochosas rígidas e submersas constituídas por organismos marinhos (animais e vegetais) portadores de esqueletos calcários.

04 – Por que a importância dos recifes de coral é considerada indiscutível (ecológica, social e econômica)?

      Eles são considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas da Terra, comparáveis às florestas tropicais em diversidade.

05 – Qual a proporção de espécies marinhas que vive nos recifes de coral, demonstrando sua enorme diversidade?

      Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes de coral, incluindo 65% das espécies de peixes.

06 – Cite dois exemplos de espécies ameaçadas de extinção que utilizam os recifes de coral como suporte e abrigo.

      Duas espécies citadas são a tartaruga marinha e o peixe-boi marinho.

07 – Que característica um coral deve ter para ser considerado um coral que constrói recife?

      Somente os corais que apresentam esqueleto calcário maciço constroem recifes, como algumas espécies de corais pétreos (ex: corais-cérebros e corais-estrela).

NOTÍCIA: A ÁGUA - TEIXEIRA, W. - COM GABARITO

 Notícia: A água

        A água é um recurso natural fundamental para a vida. Porém, a disponibilidade de água doce, potável, é bastante limitada na Terra.

        Além de ser usada diretamente em muitas atividades do cotidiano, ela também é consumida em diferentes quantidades na produção de itens comuns no dia a dia, o que torna necessária uma reflexão sobre o consumo responsável.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Mdhxn712kILLpJanoB62FHOI6sqQzmww0l5xiUbXZwFfT1ERB6HxonvZf93TtRSVSeyo07V6yPgPa3TPdJj3B7uFKjWamHbZb08hPRZ4ky5sfSMUJ1f7EM-j2R9LiUjJas2TaoBniM2RiDHtOwBrFgaY0Xrj76KZVJvMtbShiS20UUUzQagPuY2M2rQ/s320/economia-agua-pixabay-believe-earth-1024x683.jpg


        O desperdício, o uso inadequado e a contaminação das águas de mares e rios contribuem para que a disponibilidade desse recurso seja cada vez menor no planeta.

        Reconhecer a importância da água para os seres vivos, para as atividades humanas e para a manutenção da saúde pode nos ajudar a perceber a necessidade de preservação desse recurso.

        A água nos seres vivos e na Terra

        Sem água no estado líquido, não seria possível a existência de vida tal como a conhecemos.

        A água e os seres vivos

        Acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram na água. Com o passar do tempo, originaram-se outras formas de vida capazes de sobreviver em ambientes terrestres. A água, entretanto, continua sendo o hábitat de muitos organismos, como as algas e os peixes.

        Grande parte do corpo dos seres vivos é composta de água. Os seres humanos, por exemplo, têm cerca de 75% do organismo constituído de água; um peixe, aproximadamente 65%. Em muitas frutas, entretanto, a quantidade também é significativa, como a maçã, cuja composição é de 80% de água.

        Além de compor os organismos, a água é necessária para mantê-los vivos. Nas plantas, por exemplo, ela é fundamental no processo de absorção dos sais minerais do solo. Já em alguns animais, auxilia no controle da temperatura corporal.

        A água é vital para os seres vivos. Quando o organismo perde mais água do que consegue repor, ocorre desidratação. Nos seres humanos, a desidratação representa uma das principais causas de mortalidade infantil.

        A água no planeta

        A água está presente nos mares e nos oceanos, nos rios, em lagos e lagoas, nas geleiras, no solo, em pequenas gotas suspensas no ar e nos seres vivos.

        Entretanto, a maior parte da água presente na Terra é salgada e, portanto, imprópria para o consumo de muitos animais, inclusive dos seres humanos.

        A hidrosfera

        O conjunto formado por toda a água existente no planeta, incluindo a que compõe os seres vivos, recebe o nome de hidrosfera. Podemos classificar as águas da hidrosfera em oceânicas, atmosféricas ou continentais.

        Águas oceânicas

        As águas oceânicas são as mais abundantes da hidrosfera e estão localizadas nos mares e oceanos. Essas águas são salgadas por conterem muitos sais minerais dissolvidos. Os sais minerais estão presentes em rochas da superfície da Terra e são transportados pela água dos rios até o mar.

        Outra fonte da salinidade dessas águas são os processos vulcânicos que ocorrem nas fontes hidrotermais nas profundezas do oceano. Alguns vulcões dessas regiões liberam constantemente um fluido, que pode ser escuro e quente ou branco e relativamente mais frio, dependendo de sua composição. O fluido hidrotermal é composto de água e de diversas substâncias, incluindo sais minerais e gases. Parte desses sais se dissolve na água, contribuindo para sua salinidade.

        O sal presente em maior quantidade nas águas oceânicas é o cloreto de sódio, principal constituinte do sal de cozinha.

        Águas atmosféricas

        As águas atmosféricas encontra-se na forma de vapor-d’água, de gotículas de água líquida, que constituem as nuvens e os nevoeiros, ou a água solidificada, que compõe cristais de gelo, também encontrados em nuvens.

        Águas continentais

        As águas continentais estão em rios, lagos e geleiras ou são subterrâneas. De modo geral, as águas continentais contêm menor quantidade de sais minerais dissolvidos que as águas oceânicas. Por esse motivo, elas são chamadas de água doce.

        As águas das chuvas podem escoar pela superfície do solo, chegando aos rios e lagos, ou podem se infiltrar no solo, preenchendo os espaços entre as rochas. Nesse último caso, elas são armazenadas em formações geológicas subterrâneas constituindo os aquíferos. Os locais onde as águas dos aquíferos atingem a superfície constituem as nascentes.

        Os rios e os lagos são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos. Entretanto, em muitas regiões esses recursos não estão disponíveis em quantidade suficiente para toda a população. Nesse caso, pode-se perfurar poços para explorar as águas subterrâneas ou buscar nascentes onde essas águas afloram. Porém, em alguns casos a água subterrânea é salobra e precisa passar por processos específicos para se tornar potável.

Fonte: TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 194-199.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Fonte hidrotermal: fratura ou fenda nas rochas do fundo do oceano por onde o magma (material do manto terrestre) sai e se solidifica. Ao se infiltrar nessas fendas, a água se aquece e sua capacidade de dissolver os minerais das rochas aumenta.

-- Salobra: água que apresenta sais minerais dissolvidos em menor quantidade do que a água salgada, mas em maior quantidade do que a água doce.

02 – Qual é a principal característica da disponibilidade de água doce, potável na Terra, de acordo com o texto?

      A disponibilidade de água doce, potável, é bastante limitada na Terra.

03 – Além do uso direto no cotidiano, em que outra área a água é consumida, tornando necessária uma reflexão sobre o consumo responsável?

      A água é consumida em diferentes quantidades na produção de itens comuns no dia a dia.

04 – Quais são os fatores que contribuem para a diminuição da disponibilidade de água no planeta, conforme o texto?

      O desperdício, o uso inadequado e a contaminação das águas de mares e rios.

05 – Por que a água no estado líquido é considerada fundamental para a existência de vida, tal como a conhecemos?

      Sem água no estado líquido, não seria possível a existência de vida tal como a conhecemos.

06 – Qual a porcentagem de água que compõe, aproximadamente, o organismo dos seres humanos e de um peixe, segundo o texto?

      Os seres humanos têm cerca de 75% do organismo constituído de água, e um peixe, aproximadamente 65%.

07 – O que acontece com o organismo quando ele perde mais água do que consegue repor, e qual é uma das consequências desse fenômeno nos seres humanos?

      Ocorre desidratação. Nos seres humanos, a desidratação representa uma das principais causas de mortalidade infantil.

08 – O que é a hidrosfera e como ela pode ser classificada?

      A hidrosfera é o conjunto formado por toda a água existente no planeta, incluindo a que compõe os seres vivos. Ela pode ser classificada em águas oceânicas, atmosféricas ou continentais.

09 – Qual é a principal fonte de salinidade das águas oceânicas e qual o sal presente em maior quantidade nessas águas?

      As fontes são os sais minerais presentes em rochas transportados pelos rios até o mar e os processos vulcânicos nas fontes hidrotermais no oceano. O sal presente em maior quantidade é o cloreto de sódio.

10 – O que são aquíferos e quais são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos?

      Aquíferos são formações geológicas subterrâneas onde as águas da chuva se infiltram e são armazenadas. Os rios e os lagos são as principais reservas de água doce utilizadas pelos seres humanos.

 

 

ARTIGO INFORMATIVO: DEGRADAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SOLO - ALTIERE, M.A. - COM GABARITO

 Artigo informativo: Degradação e conservação do solo

        O ser humano deve conservar o solo, mantendo a produtividade desse recurso.

        O que degrada o solo?

        Uma fina camada de solo pode demorar centenas de anos para se formar. Entretanto, o solo pode ser degradado rapidamente, como em poucos anos ou até em horas. Essa degradação pode ocorrer tanto na área rural quanto na urbana e é consequência de vários processos. Vamos conhecer alguns deles.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaZGHx54sFCSxYKQCVDiKa_aIcHiA91J_zJAbwWaEay8g0Hp694AeK6ZritSYL-cv4wyBl5eTfqnHlmkkqJPgIJ8WNKe5XcA8cciYJERr-0ExoE4-bBVvJXn3S6kPqk7QcaeA6BiwFjlSES4v02MfGZgJy4GitUrdpY2LLJxsrdQ5sMBMnrY4IFa2cm4/s320/SOLO.jpg

        Erosão

        A erosão é a perda de grãos minerais e material orgânico causada principalmente pela ação dos ventos e da água. Um dos fatores que favorecem a ocorrência da erosão é a retirada da cobertura vegetal. O solo fica exposto e sua camada superficial, que em geral é a mais fértil, acaba sendo arrastada.

      A erosão pode ser principalmente hídrica ou eólica.

        A erosão hídrica é causada pela ação da água da chuva, da irrigação, dos rios e dos mares. Em relevos inclinados, partículas de solo são arrastadas pela água que escorre (enxurrada). Por isso, a erosão hídrica é mais intensa nesse tipo de terreno.

        A erosão eólica é causada pelo vento. Ocorre principalmente quando o solo está seco e suas partículas podem ser facilmente levantadas e transportadas.

        A erosão do solo pode fazer com que os materiais arrastados pelas águas se depositam em leitos de rios, córregos, lagos e açudes. Esse processo, chamado de assoreamento, diminui a profundidade das reservas de água, fazendo com que elas transbordem facilmente.

        A desertificação e a arenização podem ser causadas pela erosão. com a perda da parte fértil do solo e sem a vegetação, as enxurradas carregam as partículas mais dinas (silte e argila), restando apenas grãos de areia. Esses processos tornam o solo improdutivo.

        Poluição e contaminação

        Outra causa da degradação do solo é o lançamento de resíduos e produtos químicos que causam sua poluição ou contaminação. Poluição é qualquer alteração do solo original que pode ou não causar doenças, como a retirada da cobertura vegetal; já a contaminação envolve a presença de agentes patogênicos ou químicos, em quantidades nocivas aos seres vivos.

        Nas áreas rurais, a principal fonte de contaminação do solo são os agrotóxicos, utilizados para combater as pragas que ameaçam lavouras, e os adubos químicos, usados para corrigir a falta de nutrientes do solo.

        Nas áreas urbanas, a poluição e a contaminação do solo ocorrem principalmente pelo descarte de esgoto e / ou lixo doméstico que não passam por tratamento. As indústrias que lançam produtos químicos no solo também contribuem par sua contaminação.

        Plásticos, pneus, lâmpadas, materiais de construção, garrafas, baterias, pilhas, material hospitalar, entre tantos outros, precisam receber destinação adequada. A redução do consumo, o reaproveitamento e a reciclagem de produtos são alternativas para diminuir a quantidade de lixo gerada.

        A poluição e a contaminação atingem a camada superficial do solo. Mas os agentes causadores podem ser levados pela água e, assim, chegar ao lençol subterrâneo ou ao leito de rios e lagos. Por essa razão, a poluição e a contaminação do solo podem atingir a água, causando danos à fauna e à flora que dependem dela.

        Há casos em que a contaminação do solo impede a construção de moradias e o plantio, além de aumentar o risco de transmissão de diversas doenças.

        Compactação e impermeabilização

        O tráfego intenso de máquinas, de pessoas e de outros animais provoca a compactação do solo, ou seja, a redução do espaço entre seus grãos.

        Com isso, o solo torna-se impermeável. Não há espaço para a água e o gás oxigênio penetrarem entre as partículas do solo, que assim não chegam às raízes das plantas. As raízes também têm dificuldade em penetrar no solo compacto. O reabastecimento dos reservatórios de água subterrânea também fica comprometido.

        Nas áreas urbanas, a impermeabilização também é causada pela pavimentação, principalmente por concreto ou asfalto, que impede a penetração da água da chuva no solo. Ela se acumula na superfície, podendo provocar enchentes.

        Queimadas

        A queimada de pastagens ou matas nativas é uma técnica muito antiga usada para iniciar uma atividade agrícola, pastoril ou mesmo uma construção. Atualmente, essa prática é proibida, pois causa diversos impactos ambientais, como a redução da umidade e da quantidade de húmus no solo, além de prejudicar diversos seres vivos que vivem no local. Em decorrência do aumento da quantidade de poluentes no ar, as queimadas causam danos à saúde e contribuem para a intensificação do efeito estufa e o consequente aumento da temperatura global.

        Em algumas regiões, principalmente com baixa umidade, ocorrem queimadas naturais e por incidência de raios ou por seca prolongada. Essas queimadas costumam causar menos impactos e são até essenciais para alguns ecossistemas, como o Cerrado.

        O que conserva o solo?

        Vimos que diversos tipos de ação humana provocam a degradação do solo. Para conservá-lo, é preciso que as atividades sejam planejadas, de modo que o aproveitamento do solo não comprometa seu uso pelas gerações futuras.

        A seguir vamos conhecer algumas atitudes que cooperam para a conservação dos solos.

        Cobertura vegetal

        Manter a cobertura vegetal evita a erosão, o empobrecimento do solo e preserva a biodiversidade.

        A cobertura vegetal impede que as chuvas e os ventos atinjam o solo diretamente, o que causaria erosão. Além disso, as raízes das plantas fixam o solo e abrem espaço para a entrada de água e ar, tornando o solo mais poroso. Isso diminui o risco da ocorrência de enxurradas, que arrastam a camada mais superficial do solo, intensificando a erosão.

        Em terrenos inclinados, a cobertura vegetal ajuda a prevenir desmoronamentos. É o que acontece nas encostas dos morros e à beira de nascentes, rios e lagos. A preservação da mata ciliar, que cresce nas margens dos corpos d’água, evita o assoreamento e, por isso, é fundamental para diversos seres vivos.

        Em ambientes urbanos, além de tornar a paisagem mais agradável, a presença de áreas verdes reduz a impermeabilização do solo, ajudando a evitar enchentes, e diminui a temperatura local.

        Técnicas adequadas de plantio

        A agricultura é um dos fatores que pode contribuir para a degradação do solo. No entanto, algumas práticas agrícolas simples podem ser adotadas para conservar o solo. Veja a seguir alguns exemplos.

        O plantio direto é aquele feito sem que os restos de cultivos anteriores, como a palha, sejam retirados ou queimados. Essa camada, rica em matéria orgânica, também ajuda a evitar a erosão e a perda de água do solo por evaporação.

      Na adubação verde são acrescentadas ao cultivo plantas que melhoram as condições do solo. É comum realizar a adubação verde com leguminosas, que se associam a bactérias fixadoras de nitrogênio, tornando o solo rico nesse nutriente necessário ao crescimento das plantas.

        Outras formas conservacionistas de cultivo são o plantio em nível e o terraceamento. Elas são realizadas em terrenos inclinados para diminuir a velocidade da água em seu caminho morro abaixo. No plantio em nível, o cultivo é feito em linhas que cortam o trajeto de descida da água. No terraceamento, são construídos terraços no solo, que reduzem a velocidade de escoamento da água. Ao diminuir a velocidade da água, essas técnicas facilitam sua infiltração no solo. Assim, evitam a erosão e a perda de nutrientes do terreno.

        A rotação de culturas alterna o plantio de diferentes culturas vegetais em uma mesma área para evitar que os nutrientes do solo se esgotem. É comum, por exemplo, alternar o cultivo de leguminosas, que enriquecem o solo, e de plantas como o milho e os cereais, que podem esgotá-lo.

Fonte: ALTIERE, M. A. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba: Agropecuária. 2002.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 248-253.

Entendendo o artigo:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Leguminosa: planta como o feijão, a soja, a ervilha e a lentilha, cujas sementes ficam dentro de vagens.

-- Gleba: porção de terra própria para cultivo.

02 – Quanto tempo uma fina camada de solo pode demorar para se formar e em quanto tempo o solo pode ser rapidamente degradado?

      Uma fina camada de solo pode demorar centenas de anos para se formar. Entretanto, o solo pode ser degradado rapidamente, em poucos anos ou até em horas.

03 – O que é a erosão do solo, e qual é um dos principais fatores que a favorecem?

      A erosão é a perda de grãos minerais e material orgânico causada principalmente pela ação dos ventos e da água. Um dos fatores que favorecem sua ocorrência é a retirada da cobertura vegetal.

04 – Quais são os dois tipos principais de erosão mencionados no texto, e onde a erosão hídrica é mais intensa?

      Os dois tipos principais são a erosão hídrica (causada pela água da chuva, irrigação, rios e mares) e a erosão eólica (causada pelo vento). A erosão hídrica é mais intensa em relevos inclinados.

05 – O que é o assoreamento, e qual é a sua consequência para as reservas de água (rios, lagos, açudes)?

      Assoreamento é o processo em que os materiais arrastados pela erosão (pelas águas) se depositam em leitos de rios, córregos, lagos e açudes. Sua consequência é a diminuição da profundidade dessas reservas de água, fazendo com que elas transbordem facilmente.

06 – Qual é a diferença entre poluição e contaminação do solo, de acordo com o texto?

      Poluição é qualquer alteração do solo original que pode ou não causar doenças (ex.: retirada da cobertura vegetal). Contaminação envolve a presença de agentes patogênicos ou químicos em quantidades nocivas aos seres vivos.

07 – Quais são as principais fontes de contaminação do solo nas áreas rurais e nas áreas urbanas, respectivamente?

      Nas áreas rurais, a principal fonte de contaminação do solo são os agrotóxicos e os adubos químicos. Nas áreas urbanas, a contaminação ocorre principalmente pelo descarte de esgoto e/ou lixo doméstico sem tratamento e pelo lançamento de produtos químicos por indústrias.

08 – O que causa a compactação do solo e qual é o efeito dessa compactação sobre a penetração de água, oxigênio e raízes?

      A compactação do solo é causada pelo tráfego intenso de máquinas, pessoas e outros animais, provocando a redução do espaço entre seus grãos. O efeito é que o solo se torna impermeável, dificultando ou impedindo a penetração de água e gás oxigênio nas raízes, e impedindo as raízes de penetrarem no solo.

09 – Qual é a principal crítica feita à prática de queimadas para fins agrícolas ou de construção, e quais são os impactos ambientais causados por elas?

      A prática de queimadas é criticada e atualmente proibida por causar diversos impactos ambientais. Estes incluem a redução da umidade e da quantidade de húmus no solo, o prejuízo a diversos seres vivos, danos à saúde devido aos poluentes no ar e a contribuição para a intensificação do efeito estufa e aumento da temperatura global.

10 – De que formas a manutenção da cobertura vegetal contribui para a conservação do solo, especialmente em terrenos inclinados e em ambientes urbanos?

      A cobertura vegetal conserva o solo, pois impede que chuvas e ventos atinjam o solo diretamente (evitando erosão), e suas raízes fixam o solo, tornando-o mais poroso. Em terrenos inclinados (como encostas e margens de rios), ajuda a prevenir desmoronamentos e o assoreamento (preservação da mata ciliar). Em áreas urbanas, reduz a impermeabilização e ajuda a evitar enchentes.

11 – Explique resumidamente o Plantio Direto e a Rotação de Culturas como práticas conservacionistas.

      O Plantio Direto é a prática de cultivo onde os restos de cultivos anteriores (como palha) não são retirados ou queimados, formando uma camada rica em matéria orgânica que evita a erosão e a perda de água por evaporação. A Rotação de Culturas é a alternância do plantio de diferentes culturas vegetais em uma mesma área para evitar que os nutrientes do solo se esgotem.