quarta-feira, 15 de novembro de 2023

FILME(ATIVIDADES): VIVA, A VIDA É UMA FESTA - DIRETORES: ADRIAN MOLINA, LEE UNKRICH - COM GABARITO

 FILME(ATIVIDADES): VIVA, A VIDA É UMA FESTA

Data de lançamento: 4 de janeiro de 2018 (Brasil)

Diretores: Adrian MolinaLee Unkrich

Indicações: Oscar de Melhor Filme de AnimaçãoMAIS

Em Portugal: Coco

 


 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYD7tNjAjT-TC8Wg5DbxVNkQnYKkN7rP_0If5E0Jn3vm0B8EIXXozIs4GlF5iBqS0YwgwrsZJnImC0YC7TPC_Zs4R_pasqUTaYwa1SehyQPBQBQ8Dz5SykPFKl80DoF4KEXhO5mDCJKdmBKHNyHLt-ED4No_J9_ttHlm8qFGgBrYjxCCprM8-lBikNP_o/s320/VIVA.jpg

SINOPSE

 

Apesar da proibição da música por gerações de sua família, o jovem Miguel sonha em se tornar um músico talentoso como seu ídolo Ernesto de la Cruz. Desesperado para provar seu talento, Miguel se encontra na deslumbrante e colorida Terra dos Mortos. Depois de conhecer um charmoso malandro chamado Héctor, os dois novos amigos embarcam em uma jornada extraordinária para desvendar a verdadeira história por trás da história da família de Miguel.

 

Experimentação prática:

Depois de termos assistido ao filme, responda a partir da sua observação:

Marque a alternativa correta

01. Qual é o nome do protagonista do filme?

a.      Miguel.

b.     Héctor.

c.      Ernesto.

d.     Dante.

02. Qual é a data em que a celebração do Dia dos Mortos acontece no filme?

a.      1 e 2 de novembro.

b.     2 de dezembro.

c.      24 de outubro.

d.     15 de setembro.

03. O que é necessário para que um espírito falecido possa cruzar para o mundo dos vivos durante a celebração do Dia dos Mortos no filme?

a.      Uma fotografia.

b.     Um objeto pessoal.

c.      Uma oferta.

d.     Um cantor famoso.

04. Qual é a profissão da família de Miguel no filme?

a.      Músicos.

b.     Sapateiros.

c.      Pintores.

d.     Advogados.

05. O que Miguel busca no mundo dos mortos durante a história do filme?

a.      Um tesouro escondido.

b.     O seu tataravô.

c.      Um instrumento musical perdido.

d.     Um portal para outro mundo.

06. Quem é o tataravô de Miguel?

a.      Ernesto de la Cruz.

b.     Héctor.

c.      Henrique.

d.     Papá.

07. Quem é o único do mundo dos vivos que vê a Miguel quando ele está com os mortos?

a.      Dante, o cão.

b.     Mamá Coco.

c.       Pepita, el alebrije (figura feitas de papelão, camadas de papel machê e tiras de jornal).

d.      Ernesto de la Cruz.

08. Quem é Mamá Coco?

a.      Mãe de Miguel.

b.     Avó de Miguel.

c.      Bisavó de Miguel.

d.     Tataravó.

09. Quem compôs/escreveu a canção “Recuérdame” (Lembra de mim)?

a.      Miguel.

b.     Ernesto de la Cruz.

c.      Héctor.

d.     Mamá Coco.

10. Qual é a mensagem do Filme?

a.      Esquecer as pessoas que morrem.

b.     Não esquecer de seus parentes, seus amigos.

c.      Não lembrar dos avós.

11. Quem é Héctor, e qual é sua importância para a trama do filme?

Ele é o tataravô de Miguel e revela toda a trama do filme.

12.  Qual é o animal de estimação de Miguel?

Dante, o cão.    

13.  O que fez a bisavó de Miguel relembrar de seu amado pai?

Quando Miguel canta a música que o pai fez pra ela, quando era criança.

 

14. O menino Miguel agiu certo em ir a busca de sua aspiração para ser músico? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

 

15. Como o menino Miguel agiu quando descobriu que seu ídolo não era o que ele pensava?

Ficou decepcionado ao saber a verdade.

 

16. Em sua opinião, porque as pessoas devem seguir suas aspirações e lutar para conseguir o que sonha?

Resposta pessoal.

 

17. Cite algumas atitudes que devemos ter para nos relacionarmos bem com as pessoas idosas.

Cuidado, carinho, respeito, comprometimento, amizade.

18. Por que a família do menino não queria que ele se tornasse músico?

Porque achavam que o Héctor havia abandonado a família pela música.    

19. Expresse sua opinião sobre o desfecho da história.

Resposta pessoal.

20. Escreva a parte do filme que você mais gostou?

Resposta pessoal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FILME(ATIVIDADES): O DUELO DE TITÃS - DIRETOR: BOAZ YAKIN - COM GABARITO

 FILME(ATIVIDADES): O DUELO DE TITÃS

Data de lançamento: 9 de fevereiro de 2001 (Brasil)

Diretor: Boaz Yakin

Música composta por: Trevor Rabin

Companhia(s) produtora(s): Jerry Bruckheimer Films; Run It Up Productions Inc. Technical Black; Walt Disney Pictures

Diretor de fotografia: Philippe Rousselot

Edição: Michael Tronick

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_j5vu1a2JTJ54pDo9o6linwvNxXhXVGDY5O7N6xZ1KNtHZeL_7sxxJxcWjYUHlILl6PeaA_yrxQvJ1iYAYi67R4wX3dY4kk5gb0Qr3GwQX_1HT5S8kK6nDE8xnQZmpGwVa_0ANoJO4Jg15pqj9cNkZw_v5m2gqZ_EawA6P_xgYWozPeTC5KnbiyWKNWY/s1600/titas.jpg

  Entendendo o filme

01. Qual é o tema central de "O Duelo de Titãs"?

a) Ficção científica.

b) Romance histórico.

c) Drama esportivo.

d) Comédia romântica.

02. Em que esporte o tempo do filme compete?

a) Futebol.

b) Basquete.

c) Beisebol.

d) Futebol Americano.

03. Qual é o principal conflito racial abordado no filme?

a) Conflito entre asiáticos e africanos.

b) Conflito entre brancos e negros.

c) Conflito entre latinos e europeus.

d) Conflito entre indianos e africanos.

04. Quem é o treinador do time no filme?

a) Herman Boone.

b) Gerry Bertier.

c) Bill Yoast.

d) Julius Campbell.

05. Qual foi o objetivo principal do Plano de Ação desenvolvido pelo treinador Boone no filme "O Duelo de Titãs"?

a) Aumentar as horas de treinamento físico.

b) Promover a integração racial entre os jogadores.

c) Melhorar a comunicação entre a equipe técnica.

d) Reforçar a importância da competitividade individual.

 

06. Qual foi o principal desafio que motivou a implementação do Plano de Ação no filme "O Duelo de Titãs"?

a) Falta de habilidades técnicas dos jogadores.

b) Conflitos raciais e sociais na equipe.

c) Problemas de comunicação entre treinador e jogadores.

d) Ausência de recursos financeiros para o tempo.

07. Qual é a mensagem central transmitida pelo filme?

a) Amor proibido.

b) Unidade e superação de preconceitos.

c) Vingança e justiça.

d) Corrupção no esporte.

08. O filme "O Duelo de Titãs" é baseado em fatos reais?

a) Sim.

b) Não.

09. Qual foi o evento desencadeador que levou o treinador Boone a implementar um Plano de Ação no filme "O Duelo de Titãs"?

 a) Lesões graves de jogadores chave.

b) Crise financeira no departamento esportivo.

c) Fusão de duas escolas com culturas diferentes.

d) Decisão de abandonar o campeonato estadual.

10. Quem é o jogador que sofre uma lesão importante durante o filme?

a) Julius Campbell

b) Gerry Bertier

c) Petey Jones

d) Ray Budds

 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

REPORTAGEM:AS VIÚVAS DO SERTÃO - LEONARDO SAKAMOTO - COM GABARITO

 Reportagem: As viúvas do sertão

                      Leonardo Sakamoto – 01/06/99

        Visita, em maio de 1998, às cidades que convivem com o drama das “viúvas de marido vivo”. O jequitinhonha expulsa homens, deixando mulheres sozinhas contra a realidade do nordeste de Minas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzaKE6CLQaQNPgN8Js5w4ldq0Y_9ntA0rbFLYvM7HMcpiWb64q_kukveXF1inrTir3RJwxS4EKDWMv_YtzTAB32eiVJmYRwIvr5-VoSZ1_MCPp_6h7SrTkhOW1ayEt5IRPT3MxUm3ykgtNygQ-v9rxUkY_4rygwG_csOz5ZR-20t1qDUl3-c7voJiP_c8/s320/BONECAS.jpg


        Rosto sulcado pelo tempo, como os leitos dos rios fantasmas que assombram a região. Pele e corpo ressecados, feito a terra, outrora fértil que hoje se desfaz em areia levada pelo vento. Olhar profundo e vazio, o mesmo vazio a que está acostumado o prato do sertanejo. A baixa estatura quase não deixa sombra. Também, pudera! O sol a pino fica a caçoar de sua cabeça e, se não ofusca diretamente, cintila em todo o chão até onde a vista alcança. Resta proteger a moleira, então em um passe de mágica balde d’água vira cartola. E assim como surgiu, lenta e pacientemente, desaparece por entre galhos retorcidos, vacas magras e ossudas, morros brancos e poeira da estrada.

        Aos 72 anos, Maria José é uma mulher de sorte. Afinal de contas, apesar de caminhar mais de 10 quilômetros em busca de água, sabe que não é sozinha. Maria José possui um companheiro que estará lá quando ela voltar, brigando com a terra na luta pelo sustento.

        Infelizmente, ela é a exceção, não a regra. O chão, há vários meses, não vê chuva que dê para o cultivo. A seca que atinge todo o Nordeste expulsou maridos, pais e filhos do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Para sobreviver foram obrigados a migrar, principalmente para o interior do Estado de São Paulo, servindo como mão-de-obra barata às usinas no corte da cana-de-açúcar.

        Como os homens passam a maior parte do tempo trabalhando fora, as “viúvas de marido vivo” – como são chamadas a contragosto suas esposas – acabam se tornando a duras penas chefes de família. Esse fenômeno ocorre com mais frequência na região do médio Jequitinhonha – compreendendo cidades como Araçuaí, Itinga, Coronel Murta, Chapada do Norte e Virgem da Lapa, além de uma série de povoados e vilarejos sertão adentro.

        Cidades como Itinga apresentam, de acordo com o censo 1996 do IBGE, 70% de sua população dispersa pela área rural. São empregados de grandes fazendas ou pequenos proprietários de terra em seus sítios de alguns alqueires.

        Quando chove, é possível arrumar um emprego na lavoura ou plantar a sua própria roça. Isso, quando acontece, é próximo ao mês de dezembro. Contudo, com a estiagem, a terra não consegue segurar o trabalhador no campo. E a busca na cidade é quase inútil. Não há vagas, nem no pequeno comércio local, nem na prefeitura – que muitas vezes já dedica mais verba do que é permitido por lei à folha de pagamentos dos funcionários.

        A solução aparece na forma dos ônibus mandados pela indústria canavieira paulista ou matogrossense. Em cidades como Sertãozinho, Bauru e Ribeirão Preto estão espalhadas as gentes do Jequitinhonha. E o processo de vai-e-vém não é recente, como a seca também não é. Tanto que, não raro, as pessoas rompem a corda desse iô-iô humano e acabam ficando no sul.

        “Tenho três filhos em São Paulo. Um foi há pouco tempo. E esse sei que volta. Agora, dois deles já estão morando lá com família e tudo”, conta Joaquim, que ganha a vida apanhando lenha e vendendo às padarias e fornos de barro. Com nove filhos no currículo e muito trabalho nas roças, ele e Geralda, sua mulher, moram em uma casa do Mutirão.

        De passagem

        Construído com a ajuda da prefeitura, em parceria com as associações religiosas e de moradores, esse conjunto de 20 casas coloridas à beira da BR-367 tem uma história peculiar. De acordo com Helena, da Associação das Mulheres do Bairro Porto Alegre (AMBAPA), em Itinga, o Mutirão foi erguido para abrigar as viúvas que ficavam sozinhas no campo enquanto seus maridos migravam.

        Hoje, boa parte dos homens está de volta – mas por pouco tempo. Emanuel está de passagem. Espera o pouco dinheiro que conseguiu juntar acabar para poder retomar o seu rumo em direção sul. Reclama que, apesar da carteira assinada, não consegue obter o salário desemprego. “As usinas não dão os papéis de que eu preciso. E o governo disse que sem os papéis nada feito.” Os papéis a que ele se refere é a rescisão do contrato de trabalho. Muitas empresas não emitem toda a documentação, burlando assim o fisco e pagando menos impostos. O que, é óbvio, afunda ainda mais o cortador de cana na lama, ou melhor, na areia seca do sertão.

        Durante o tempo em que estão fora, os homens mandam o pouco que recebem para a família. Três, cinco, sete têm que se virar às vezes com 80, 120 por mês. Francisca, mãe de dois filhos e com um terceiro no ventre, é uma privilegiada. Não tem que dar de comer a muitos com seus R$ 80,00.

        Mesma sorte não tem Pedro Maroto. Alto, voz de barítono, como um chefe de clã fala com orgulho de sua propriedade – um pequeno sítio próximo ao vilarejo de Teixeirinha. Apesar de não ser uma viúva, pena como tal. A sua aposentadoria e de sua mulher (uns R$ 250,00 no total) é responsável pela sobrevivência de 12 pessoas. Produção quase não há. O córrego que cortava sua terra secou há tempos. O jeito foi improvisar, através da solução mais comum na região: sangrar o leito seco até alcançar água. Contudo, até as cacimbas estão secando. “A gente vai cavando, cavando e cavando, cada vez mais fundo para achar água. Se fizesse um poço, teria água aqui. Mas com que dinheiro?” Se é que se pode chamar de água o caldo amarelo retirado dos buracos no chão. “E eu ainda tenho sorte. Moro em um vale de um rio, dá para cavar cacimbas. Tá vendo o sítio no alto daquela montanha? E eles, como é que ficam? Têm que descer até aqui e pegar água comigo. Caminhar muito.” Se não bastasse, Pedro Maroto ainda divide o parco caldo com os animais da propriedade.

        Apesar da aridez da paisagem é fácil identificar onde estão os leitos secos. É só seguir a estreita linha verde que vai fazendo seu caminhar sinuoso pelos vales. As cidades, por enquanto, não sofrem de falta de água. Em Itinga, o perene córrego Água Fria – que, diga-se de passagem, não é grande coisa – abastece a zona urbana. A pobreza, que se faz presente no campo, também encontra aqui lugar para crescer e se multiplicar. Se a seca bate forte em todo o Jequitinhonha, o desemprego é o problema que mais preocupa os moradores.

        Os efeitos da estabilização econômica do Governo Federal têm gerado uma desestabilidade emocional nos habitantes. Para fugir da realidade da miséria, vários se entregam à bebida. São muitos os casos de alcoolismo e, portanto, não raro as mortes por cirrose hepática. E em se tratando de doenças, o Vale está bem servido. As constantes pressões a que são submetidos os trabalhadores do corte da cana, aliadas às condições insalubres e às longas jornadas, têm provocado o aparecimento de uma doença até então reservada às metrópoles. A hipertensão atacou os maridos de Maria, Rosa, Geralda, Joana e os de um sem número de mulheres, que agora se entopem de medicamentos.

        Riqueza em minérios

        O Vale do Jequitinhonha é uma das regiões mais ricas em minérios em todo o Brasil. Berilo, cassiterita, feldspato, lítio, água-marinha, nióbio, turmalina, ouro, diamante. Cidades com nomes de pedras é que não faltam em todo o Vale: Topázio, Turmalina, Berilo, Carbonita, Pedra Azul, Diamantina.

        E como não poderia deixar de ser, empresas mineradoras também não, como a Arqueana e a Sandspar. A mineração é outro grande empregador da região, mas também uma grande fonte de problemas. De acordo com Joaquim, médico em Itinga, a incidência da silicose em Taquaral é de 15%. A doença, causada pelo pó do interior das minas, literalmente destrói os pulmões. Este é o caso de Roberto – que teve que vir a São Paulo para se tratar de uma insuficiência respiratória que ganhou como recompensa por trabalhar nas minas. Isso sem contar a contaminação do rio por mercúrio – usado para separar o joio do trigo na mineração.

        E não para por aí. De acordo com Josimar, professor em Itinga, a mineração tem sido responsável pelo assoreamento do rio Jequitinhonha. Dragas lavram a terra em busca de minérios, atirando o cascalho no seu leito. Com isso, ele vai se tornando cada vez mais raso e largo – processo semelhante ao que ocorre nos rios Pinheiros e Tietê na cidade de São Paulo que, periodicamente, têm que passar por uma limpeza de suas calhas para que não transbordem. Segundo Josimar, previsões apontam para uma morte do Jequitinhonha em 20 anos se o despejo continuar.

        Porém a pior doença não é causada pelo ar, água ou trabalho e sim pela distância. As mulheres veem seus maridos irem embora e, apesar da tristeza, enchem-se de esperança. A esperança de que eles voltem bem e rápido para os seus braços. Dedicam-se então a criação da prole – grande na maioria das vezes, impossível de ser contada em mão só. Cartas são quase sempre o único meio de comunicação entre o casal por anos a fio.

        E o peito começa a apertar quando o número de páginas vai se escasseando, a frequência diminuindo, quando a saudade escrita já não convence. O coração fica mirradinho, mirradinho. Não são poucos os homens que, longe de casa, arrumam uma outra mulher.

        O marido de Ritinha foi trabalhar em São Paulo. No princípio ela foi junto, acompanhá-lo. Antes unidos nas dificuldades, do que separados. Pouco depois, ele a mandou de volta. Com o passar do tempo descobriu-se que tinha outra. Ficou arrasada. Inconstante, o homem mandou essa outra embora também. Justiça ou coincidência, adoeceu em seguida. Agora, está pedindo para voltar. A princípio Ritinha não queria. Mas, agora, repensa a possibilidade. “É difícil criar os filhos sozinha”, completa sua irmã.

        Sozinha com Deus

        E as novidades não ficam apenas em uma nova cama. Às vezes se estendem também para uma nova casa, novos filhos. Enfim, uma nova vida. Eliane passou por poucas e boas para ficar com o homem que amava. Com a família de seu marido a detestando, casaram-se. Como via de regra, ele foi obrigado a trabalhar no corte da cana no Mato Grosso. Veio a primeira filha e ele estava longe. No começo, ficava um tempão fora, mas voltava. Um dia foi e não voltou. Passaram-se meses, anos. No começo as cartas chegavam. Depois foram desaparecendo. O dinheiro idem. Eliane passava dificuldades, mas aguentava na esperança de rever o marido.

        De repente reapareceu. Fez um filho e sumiu de novo. Ela, cansada arranjou um companheiro. Pouco depois começou a frequentar a igreja evangélica. E então fizeram-na escolher: ou seu companheiro ou Deus, pois ela, uma mulher casada nos laços sagrados do matrimônio, não poderia viver em pecado com seu esposo ainda vivo. Ficou sozinha com Deus.

        O marido reapareceu mais uma vez e disse que desta vez seria para sempre. Eliane não quis – afinal de contas não era nenhuma palhaça –, mas devido a insistência da filha, voltou. Um tempo depois ele confessou que formou família em São Paulo, com outra filha e tudo. Ela enraiveceu, mas como, segundo ele, tudo tinha acabado, perdoou. As coisas apertaram e ele voltou às usinas de cana.

        Então Ritinha soube da notícia que o marido havia morrido de ataque cardíaco. Hoje, trabalhando como empregada, não sabe mais o que fazer para sustentar os quatro filhos, além das constantes crises de depressão da mais velha. Pensão, nem pensar. Provavelmente a outra família de seu marido é que a está recebendo do governo. Eliane tentou entrar na Justiça, mas não conseguiu. Faltam documentos que estavam com ele e “magicamente” desapareceram.

        A seca destrói a vida de todos. Contudo a natureza não pode ser a única a sentar no banco dos réus. Os governos têm uma grande parcela de culpa nessa história. Ao contrário de outras regiões do país em que se espera grandes projetos de transposição de águas para viabilizar a agricultura, no Vale seria necessário menos do que se imagina. O rio Jequitinhonha tem água em abundância, o local possui uma das melhores terras para o plantio de frutas no Brasil. A solução estaria em um programa decente de irrigação. Tanto é que nas pequenas áreas que possuem água para o plantio, florescem mangas, canas, melancias, uvas, amendoins, verduras, legumes. Verdadeiros oásis no meio do sertão.

        É paradoxal: como famílias inteiras passam fome, como esse Vale pode ser pobre se sua terra é tão fértil? Ou mais, se uma artéria a céu aberto rasga a região? É absurdo pensar que Maria José tenha que andar tanto em busca de água se não muito longe de sua casa o Jequi corre em direção ao mar. Projetos até existem, mas faltam dinheiro e boa vontade política.

        E a ajuda nunca vem. Por que, afinal de contas, olhar para o Vale do Jequitinhonha? Apesar da grande extensão territorial os votos não são tantos assim. É mais negócio concentrar esforços para agradar eleitores do Triângulo Mineiro, região da Grande Belo Horizonte ou Sul de Minas. A relação custo-benefício é mais vantajosa.

        E maridos, pais e filhos continuarão sendo retirados à força de suas terras para trabalhos insalubres. Esposas, filhas e irmãs continuarão a amargar a solidão da seca. Ao invés de fazer com que o trabalhador permaneça nas suas origens, gerando emprego, fazemos com que ele acabe vindo às grandes cidades do Sul e ser mais um nos bolsões de pobreza que salpicam as capitais.

        O futuro é incerto. Marias, Geraldas, Ritinhas, Elianes, Helenas, Rosas, Emílias, Joanas são várias e na verdade são uma ao mesmo tempo. Não precisam de sobrenome. Você as encontra ao longo de todo o Vale. As histórias são as mesmas, o sofrimento igual, as incertezas idem. Certo mesmo é o rio, que continuará a correr embalando a fome e a seca em suas águas num ciclo interminável na direção do mar.

Mulheres do mundo, uni-vos!

Baixinha, tranqüila, de fala calma e sossegada. Assim é Emília, coordenadora da Associação das Mulheres de Itinga (AMAI) que por onde passa é saudada. Na verdade, abordada. Emília ajuda a promover a distribuição das cestas básicas que chegam à cidade por intermédio do governo e de doações destinadas à seca. “As cestas não vem em número suficiente e é impossível servir a todos. Uma vez temos que ir à zona rural, outra, distribuir à cidade. Sabemos que passam fome mas não dá para fazer muito”. Enquanto fala em frente aos mantimentos, desaparece em meio à multidão que a cerca. “Esse trabalho assistencialista não é o ideal. O certo seria um jeito de dar emprego a essa gente”.

Se ainda não encontrou a saída para os seus problemas, Itinga já deu um grande passo na mobilização de suas mulheres. As duas associações possuem padarias, oficinas de costura, aulas de alfabetização e supletivo, fabriquetas de absorventes e fraldas descartáveis. Além das hortas comunitárias, divididas igualmente entre as famílias, com irrigação artificial. “Por enquanto tudo isso é insuficiente para garantir o sustento, mas todos estão vendo que é possível melhorar a situação”, completa Emília.

Itinga era conhecida como a cidade das viúvas, tamanho o número de incidências desse tipo. A prefeitura e a Igreja Católica têm realizado mudanças nas áreas de moradia popular, saneamento básico, saúde e cultura. A participação política dessa cidade mudou radicalmente. Com o segundo mandato consecutivo em vigor, o PT abriu um espaço maior para a discussão dos problemas. Para se ter uma idéia, os orçamentos da prefeitura e da câmara dos vereadores são pintados todos os anos nas fachadas desses prédios.

A eleição de um partido de esquerda tirou do poder as “famílias” que até então mandavam na política da cidade: os Murta, os Gusmão, os Evangelista, entre outros. Atualmente, a cidade vizinha, Araçuaí, também possui um governo do PT.

        Ao longo do rio, a arte brota da seca

        Ao longo da BR-367, no povoado de Pasmado, estendem-se fileiras de vasos, jarros, cumbucas, panelas e outras peças de barro feitos pelas mulheres da região. As “poteiras”, como são chamadas, moldam com as próprias mãos sem a ajuda de tornos. Os homens, dedicam-se à fabricação de artefatos de madeira. Infelizmente até nisso o povo da região é sacrificado: são obrigados a comprar o barro de uma propriedade particular.

        O artesanato em barro e madeira, característico da região, já alcançou renome internacional através de das mãos do artesão Ulisses, em Itinga.

        De acordo com Sebastião Rocha, pesquisador de cultura popular do Vale, o “artesanato local retrata, de um lado, a identidade cultural de sua diversificada população, dividida entre o sonho e a luta, o anseio de dias melhores e o fatalismo histórico da pobreza, da esperança e a submissão, à espera da vinda do Messias e busca armada pelos direitos humanos”.

        As tradições, a cultura e o folclore do vale do Jequitinhonha podem ser vistos no 18° Festival e, que deve acontecer entre os dias 22 a 26 de julho, em Itinga.

Vale do Jequitinhonha, junho de 1999.

Entendendo a reportagem:

01 – Quem é o autor da reportagem e qual é a data de publicação?

      Autor: Leonardo Sakamoto. Data de publicação: 01/06/99

02 – Qual é o tema principal abordado na reportagem?

      O tema principal é a situação das "viúvas de marido vivo" no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, que enfrentam as consequências da seca e da migração dos homens para trabalhar nas usinas de cana-de-açúcar em São Paulo.

03 – Como a seca afeta as comunidades do Vale do Jequitinhonha?

      A seca no Vale do Jequitinhonha expulsa homens das comunidades, que migram em busca de trabalho nas usinas de cana-de-açúcar, deixando as mulheres conhecidas como "viúvas de marido vivo" para lidar com os desafios da falta de chuva e sustento.

04 – Quais são as condições de vida descritas na reportagem para as famílias afetadas pela seca?

      A falta de chuva impede o cultivo, levando à escassez de empregos na agricultura. Muitos homens são obrigados a migrar para o trabalho nas usinas, deixando as mulheres como chefes de família. A falta de empregos nas cidades agrava a situação, levando a condições de pobreza, desemprego e problemas de saúde.

05 – Como as mulheres lidam com a ausência dos homens na região?

      As mulheres enfrentam a solidão devido à migração dos homens em busca de trabalho. Elas muitas vezes se tornam chefes de família e enfrentam dificuldades econômicas, emocionais e sociais, enquanto aguardam o retorno de seus maridos.

06 – Quais são os impactos da mineração na região do Vale do Jequitinhonha?

      A mineração na região é descrita como uma fonte de emprego, mas também é associada a problemas de saúde, como a incidência da silicose causada pelo pó das minas. Além disso, a atividade mineradora contribui para o assoreamento do rio Jequitinhonha.

07 – Como as mulheres tentam melhorar a situação em meio à seca e à migração dos homens?

      As mulheres participam de associações que buscam soluções para os desafios enfrentados, como a criação de projetos de geração de renda, como padarias, oficinas de costura, e hortas comunitárias. Essas iniciativas visam melhorar as condições de vida das comunidades.

08 – Qual é a atuação política destacada na reportagem?

      O Partido dos Trabalhadores (PT) é mencionado como tendo assumido o governo em algumas cidades da região, trazendo mudanças políticas e sociais. A participação política das mulheres é destacada, especialmente em associações que buscam melhorar as condições de vida.

09 – Como a falta de recursos e a falta de vontade política são apontadas como obstáculos para solucionar os problemas na região?

      Projetos de transposição de águas e programas de irrigação são citados como soluções viáveis para enfrentar a seca, mas a falta de recursos financeiros e o foco político em regiões mais populosas tornam essas iniciativas difíceis de serem implementadas.

10 – O que a reportagem destaca sobre a cultura e o artesanato na região do Vale do Jequitinhonha?

      A reportagem menciona a produção de artesanato em barro e madeira, destacando a identidade cultural da região. Também destaca a fama internacional alcançada pelo artesão Ulisses de Itinga. O 18º Festival que acontecerá em Itinga é citado como uma oportunidade de mostrar as tradições, cultura e folclore local.

 

 

CONTO: INFÂNCIA E POESIA - PABLO NERUDA - COM GABARITO

 Conto: Infância e poesia

           Pablo Neruda

        Havia em minha casa também um baú com objetos fascinantes. No fundo resplandecia um maravilhoso papagaio de calendário. Um dia em que minha mãe remexia aquela arca sagrada, caí de cabeça dentro ao tentar alcançar o papagaio. Mas quando fui crescendo abri-a secretamente. Havia lá uns leques preciosos e impalpáveis.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrfCP5xFsqxTI8TQam5KvOdbif4KAi4mdQ9RpEKH4CzgpA8z2l6Tn04xtD63rsxVfNJshhLunANI6reNRqoKlZ5-IRbVojTuE4eiwROMTVcVmghvcLCRXASFsVf2YkMpuQM3Np7pyimwfDkSsp3m9gw4Vm3GmXlL21Hv102fLagIvQrHh9Px3vOOSJlww/s320/BAU.jpg


        Conservo outra lembrança daquele baú. A primeira história de amor que me apaixonou. Eram centenas de cartões-postais, enviados por alguém que os assinava não sei se Henrique ou Alberto, e todos dirigidos a Maria Thielman. Estes cartões eram maravilhosos. Eram retratos das grandes atrizes da época com pedacinhos de vidro engastados e às vezes com cabeleira colada. Havia também castelos, cidades e paisagens distantes. Durante anos me contentei somente com as figuras. Mas, à medida que fui crescendo, fui lendo aquelas mensagens de amor escritas com uma caligrafia perfeita. Sempre imaginei que o galã era um homem de chapéu-coco, bengala e brilhante na gravata. Mas aquelas linhas eram de paixão arrebatadora. Foram enviadas a todos os pontos da Terra pelo visitante, cheias de frases deslumbrantes, de audácia enamorada. Comecei a enamorar-me também de Maria Thielman. Imaginava-a como uma atriz desdenhosa, coroada de pérolas. Como haviam chegado ao baú de minha mãe essas cartas? Nunca pude saber.

        O ano de 1910 chegou à cidade de Temuco. Nesse ano memorável entrei no liceu, um vasto casarão com salas desarrumadas e subterrâneos sombrios. Do alto do liceu, na primavera, se divisava o ondulante e delicioso rio Cautín, com suas margens cheias de maçãs silvestres. Fugíamos das aulas para mergulhar os pés na água fria que corria sobre as pedras brancas.

        Mas o liceu era um território de perspectivas imensas para meus seis anos de idade. Tudo tinha possibilidade de mistério: o laboratório de Física (onde não me deixavam entrar), cheio de instrumentos deslumbrantes, de retortas e pequenas cubas; a biblioteca, eternamente fechada. (Os filhos dos pioneiros não gostavam da sabedoria.) No entanto, o lugar de maior fascínio era o subterrâneo. Havia ali um silêncio e uma escuridão muito grandes. A luz das velas brincávamos de guerra, os vencedores amarravam os prisioneiros nas velhas colunas. E conservo na memória o cheiro de umidade, de lugar escondido, de túmulo, que emanava do subterrâneo do liceu de Temuco.

        Fui crescendo. Os livros começaram a me interessar. Nas façanhas de Buffalo Bill, nas * In: William J. Bennett, O livro das virtudes. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993. viagens de Salgari, foi se estendendo meu espírito pelas regiões do sonho. Os primeiros amores, os puríssimos, se desenvolveram em cartas enviadas a Blanca Wilson. Esta menina era filha do ferreiro e um dos rapazes, perdido de amor por ela, pediu-me que escrevesse por ele suas cartas amorosas. Não me lembro de como seriam estas cartas que foram talvez meus primeiros trabalhos literários, pois, certa vez, ao encontrar-me com a estudante, esta me perguntou se era eu o autor das cartas que seu namorado lhe levava.

        Não me atrevi a renegar minhas obras e muito perturbado respondi que sim. Então ela me deu um doce de marmelo que, é claro, não quis comer e guardei como um tesouro. Afastado assim meu companheiro do coração da menina, continuei escrevendo intermináveis cartas de amor e recebendo doces de marmelo.

        Os meninos no liceu não conheciam nem respeitavam minha condição de poeta. A fronteira tinha esse caráter maravilhoso de far west sem preconceitos. Meus companheiros se chamavam Schnakes, Schlers, Hausers, Smiths, Taitos, Seranis. Éramos iguais entre os Aracenas e os Ramirez e os Rayes. Não havia sobrenomes bascos. Havia sefarditas: Albalas, Francos. Havia irlandeses: McGyntis. Poloneses: Yanichewkys. Brilhavam com luz escura e sobrenome araucanos, com um perfume de madeira e água: Melivilus, Catrileos.

        Combatíamos, às vezes, no grande galpão fechado, com bolotas de azinheira. Só quem levou um bolotaço sabe o quanto dói. Antes de chegar ao liceu enchíamos os bolsos de munição. Eu tinha habilidade escassa, nenhuma força e pouca astúcia. Sempre levava a pior. Enquanto me entretinha observando a maravilhosa bolota, verde e perfeita com sua carapuça rugosa e cinzenta, enquanto tratava desajeitadamente de fabricar com ela um desses pitos que logo me arrebatavam, já me havia caído um dilúvio de bolotaços na cabeça. Quando estava no segundo ano me ocorreu usar um chapéu impermeável verde bem vivo. Este chapéu pertencia a meu pai, assim como sua manta de lã, suas lanternas de sinais verdes e vermelhos que estavam carregados de fascínio para mim que, sempre que podia, levava ao colégio para me pavonear [...]. Certa vez chovia implacavelmente e nada parecia mais formidável que o chapéu de oleado verde como um papagaio. Apenas cheguei à sacada meu chapéu voou como um papagaio. Eu o perseguia e quando ia pegá-lo, voava de novo entre a gritaria mais ensurdecedora que jamais escutei. Nunca mais voltei a vê-lo.

        Nestas recordações não vejo bem a precisão periódica do tempo. Confundem-me acontecimentos minúsculos que tiveram importância para mim e parece que esta foi a primeira aventura erótica, estranhamente misturada à história natural. Talvez o amor e a natureza foram desde muito cedo as jazidas de minha poesia.

        Em frente à minha casa viviam duas meninas que continuamente lançavam olhares que me ruborizavam. O que tinha eu de tímido e de silencioso, tinham elas de precoces e diabólicas. Uma vez, parado na porta de minha casa, tratava de não olhar para elas, mas tinham nas mãos algo que me fascinava. Aproximei-me com cautela e me mostraram um ninho de pássaro silvestre, tecido com musgo e pluminhas, que guardava em seu interior maravilhosos ovinhos de cor turquesa. Quando fui tomá-lo, uma delas disse que primeiro deviam tirar minhas roupas. Tremi de terror e escapuli rapidamente, perseguido pelas jovens ninfas que exibiam o instigante tesouro. Na perseguição entrei por um beco até uma padaria fechada de propriedade de meu pai. As assaltantes conseguiram me alcançar e começaram a tirar minhas calças quando pelo corredor se ouviam os passos de meu pai. Era uma vez um ninho. Os maravilhosos ovinhos se quebraram na padaria abandonada enquanto, debaixo do balcão, assaltado e assaltantes contínhamos a respiração.

        Lembro-me também de que uma vez, buscando os pequenos objetos e os minúsculos seres de meu mundo no fundo da casa, achei um buraco na tábua da cerca. Olhei através do vão e vi um terreno igual ao de minha casa, baldio e silvestre. Recuei uns passos porque adivinhei que ia acontecer alguma coisa. Súbito apareceu uma mão. Era a mão pequenina de um menino da minha idade. Quando me aproximei, a mão já não estava e, em seu lugar, havia uma pequena ovelha branca.

        Era uma ovelha de lã desbotada. As rodas com que deslizava haviam sumido. Nunca tinha visto uma ovelha tão linda. Fui em casa e voltei com um presente que deixei no mesmo lugar: uma pinha de pinheiro entreaberta, cheirosa e balsâmica, que eu adorava.

        Nunca mais vi a mão do menino. Nunca mais voltei a ver uma ovelhinha como aquela. Perdi-a num incêndio. E ainda agora, nestes anos todos, quando passo por uma loja de brinquedos, olho furtivamente as vitrinas. Mas é inútil. Nunca mais se fez uma ovelha como aquela.

Entendendo o conto:

01 – Qual foi o incidente que ocorreu quando o narrador tentou alcançar o papagaio no baú de sua casa?

      O narrador caiu de cabeça dentro do baú.

02 – O que o baú da mãe do narrador continha além do papagaio de calendário?

      O baú continha leques preciosos e cartões-postais, incluindo uma série de cartas de amor endereçadas a Maria Thielman.

03 – Quem eram os remetentes das cartas de amor encontradas no baú?

      Os remetentes eram alguém que assinava como Henrique ou Alberto, enviando as cartas para Maria Thielman.

04 – Como o narrador descreve as cartas de amor encontradas no baú?

      O narrador descreve as cartas como cheias de frases deslumbrantes e audácia enamorada, enviadas a vários lugares da Terra.

05 – Qual era a visão do narrador do liceu que ele frequentou em 1910?

      O liceu era visto como um território de perspectivas imensas, com o laboratório de Física, a biblioteca e, especialmente, o subterrâneo, que fascinava o narrador.

06 – O que o narrador fazia no subterrâneo do liceu durante a primavera?

      No subterrâneo, o narrador brincava de guerra com seus colegas, amarrando os prisioneiros nas velhas colunas.

07 – Quem era Maria Thielman no contexto das cartas de amor?

      Maria Thielman era a destinatária das cartas de amor encontradas no baú.

08 – Como o narrador se envolveu nos primeiros amores literários?

      O narrador escrevia cartas de amor em nome de um rapaz apaixonado por Blanca Wilson, e isso levou a uma situação constrangedora quando Blanca descobriu a verdade.

09 – O que aconteceu com o chapéu verde do narrador durante um dia chuvoso?

      O chapéu verde voou como um papagaio durante uma chuva, e o narrador nunca mais o viu.

 

FILME (ATIVIDADES): COMO FAZER CARREIRA NA PUBLICIDADE - BRUCE ROBINSON - COM GABARITO

 Filme (ATIVIDADES): COMO FAZER CARREIRA NA PUBLICIDADE

Data de lançamento: 1989 (1h 35min)

Gênero: Comédia, fantasia.

Direção: Bruce Robinson.

Roteiro: Bruce Robinson.

Elenco: Richard E. Grant, Rachel Ward, Richard Wilson.

Título original: How to Get Ahead in Advertising

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPvn5nmMmUDKvfK4beY8A21c3NiD1h0Oh36wj9PP8H78E2G8sC_5wPTK1iiSY98E2lC49UdtlnS7lpD0mm6q2LXcNvHXCcX3IcIMxJYVb9gZszbdNWgrZaaEbjuRaAZ-AOHqAF9UXM8es9XU_OCduBloTv7u-BwP1wdDJqDhszBcaHJW_CliY7wQJYYk8/s1600/publicidade.jpg 

SINOPSE

        Dennis Dimbleby Bagley é um brilhante executivo de publicidade que enfrenta um sério problema: não consegue chegar a um slogan para vender um novo e revolucionário creme contra espinhas. Sua tensão pelo trabalho atrapalha seu relacionamento com sua esposa, seus amigos e seu chefe, e com seu próprio corpo, já que estranha bolha aparece em seu ombro. Mas quando a bolha cresce e cria olhos e uma boca, ele acredita que ficou totalmente louco.

Entendendo o filme:

01 – Quem é o diretor do filme "Como Fazer Carreira na Publicidade" e quando é seu lançamento?

      O diretor do filme é Bruce Robinson. O filme foi lançado em 1989.

02 – Quais são os gêneros cinematográficos abordados no filme?

      O filme aborda os gêneros de Comédia e Fantasia.

03 – Quem é o responsável pelo roteiro do filme?

      Bruce Robinson é também o roteirista do filme.

04 – Quem são os principais membros do elenco?

      O elenco principal inclui Richard E. Grant, Rachel Ward e Richard Wilson.

05 – Qual é o título original do filme?

      O título original do filme é "How to Get Ahead in Advertising."

06 – Descreva brevemente a trama do filme com base na sinopse.

      O filme segue a história de Dennis Dimbleby Bagley, um talentoso executivo de publicidade que enfrenta desafios ao tentar criar um slogan para um novo creme contra espinhas. Sua pressão no trabalho afeta seus relacionamentos e sua saúde, culminando em uma situação surreal quando uma bolha em seu ombro ganha vida. Essa transformação leva o protagonista a questionar sua sanidade.