sexta-feira, 25 de março de 2022

NOTÍCIA: ALUNO ACUSADO DE FURTAR CADERNO É DETIDO - DA AGÊNCIA FOLHA NO VALE DO PARAÍBA - COM GABARITO

 Notícia: Aluno acusado de furtar caderno é detido

          Prisão gera protesto em frente à delegacia; estudante diz que foi agredido na cadeia e vítima de brincadeira

Da agência Folha no Vale do Paraíba

        O estudante Wilson da Silva, 19, foi preso anteontem acusado de furtar o caderno de uma colega de classe, em Campos do Jordão (175 km de São Paulo). Ele foi solto ontem e disse ter sido espancado na delegacia. À tarde, fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Taubaté. A polícia abriu inquérito para apurar a denúncia. O delegado Adib Jorge Filho, 28, acha “estranha” a versão da agressão.

        A prisão do estudante provocou uma manifestação em frente à delegacia de Campos. O advogado do estudante, José Carlos de Carvalho Santos, 37, disse que ele foi vítima da brincadeira de outros alunos. “Alguém colocou o caderno na mochila dele.”

        Silva foi preso às 10h30 em frente à estação de trem da Vila Abernéssia, no centro. A estudante Amanda Pereira da Silva, 15, dona dos cadernos furtados, disse que o rapaz começou a correr quando a viu. Ele foi preso por um policial de folga quando Amanda gritava “pega ladrão”.

        Segundo a polícia, os cadernos estavam na mochila do rapaz. Ele disse não saber como o material foi parar lá.

        Segundo o delegado, o estudante foi colocado em uma cela, separado de outros presos. O delegado Adib Jorge disse estranhar a história do espancamento. O rapaz teria sido agredido às 12h30 de anteontem por dois policiais, mas só contou ao pai depois das 19h30. Antes disso, ele conversou com seu advogado, mas não falou nada sobre a agressão. “Não posso confirmar nem afastar a hipótese da agressão”, disse o delegado.

        O advogado de Silva disse que ele deve fazer o reconhecimento de seus supostos agressores amanhã. Segundo o advogado, o estudante tem hematomas nas pernas e dores no estômago.

        A mãe de Amanda, Aracy Pereira da Silva, 51, disse que não esperava uma repercussão tão grande. “Está virando uma revolução social.” Aracy afirmou que sua filha está sendo discriminada na escola. Segundo ela, a menina tem recebido telefonemas anônimos dizendo que “vai haver troco”. Silva cursa o primeiro ano do segundo grau na escola estadual Theodoro Corrêa Cintra, no centro. Segundo a diretora, Shirley Cintra, 53, “furtos na escola são normais”.

Frederico Rozario. Folha de São Paulo, São Paulo, 14 de maio 1992.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 123-4.

Entendendo a notícia:

01 – D acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Furtar: roubar sem usar violência.

·        Hipótese: possibilidade, suposição.

·        Exame de corpo de delito: exame para determinar ferimento produzido por agressão.

·        Supostas: possíveis, hipotéticas.

·        Hematomas: marcas no corpo produzidas por golpes.

·        Inquérito: processo policial, sindicância.

·        Repercussão: consequência, divulgação.

·        Apurar: descobrir a verdade, averiguar.

·        Discriminada: rejeitada.

·        Cela: dependência de prisão, quarto.

·        Anônimos: sem identificação.

02 – O texto apresenta um fato principal. Qual é a causa desse fato?

      É a prisão do estudante Wilson da Silva, causada pela acusação de furto do material de uma colega.

03 – Onde aconteceu esse fato?

      Em Campos de Jordão, na escola estadual Theodoro Corrêa Cintra.

04 – A prisão de Wilson da Silva provocou que reação?

      Uma manifestação pública em frente à delegacia.

05 – Quem vai defender Wilson?

      Seu advogado. José Carlos de Carvalho Santos.

06 – Wilson diz ter sido espancado na delegacia. Na sua opinião é possível ter ocorrido a agressão?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Por que o delegado acha “estranha” a versão da agressão?

      Porque o Wilson conversou com o advogado e não lhe contou nada.

08 – Explique a afirmação do delegado: “Não posso confirmar nem afastar a hipótese da agressão”.

      Ele não quer se comprometer: vai abrir um inquérito para apurar. É comum o espancamento nas prisões.

09 – Para a menina Amanda, quais foram as consequências do caso?

      Passou a receber telefonemas anônimos e a ser discriminada na escola.

10 – Por que a notícia de um simples furto em escola foi publicada por um importante jornal brasileiro?

      Porque o acusado foi preso por algo muito banal, havendo inclusive suspeita de espancamento.

11 – Reescreva a frase abaixo, completando-a com a alternativa correta: O jornalista Frederico Rozario, ao apresentar os fatos dá razão ao delegado.

a)   Dá razão a Amanda.

b)   Dá razão a Wilson.

c)   Dá razão ao delegado.

d)   Procura ser imparcial.

 

NOTÍCIA: CRESCE NÚMERO DE MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA - PAULO SOTERO - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 Notícia: Cresce número de mulheres chefes de família

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEJaZtH_L3gUx2n5PkYcpgPp9FZzRLQMDVwPe-4b-dnvfa_W0L9ruHQx-66Ic3W93skISl5Kc9eEbe1NgOtwtXIWQInuoqrWyVD_HT9g1i8Ea1iliJfbH29stAyiGwF7X470rbMvx9mh7RsBPTNVB_eRhl4_jfddeqhSEwJBsSMxzKUVTsOKiVZN-M/s739/CHEFE.png

Paulo Sotero – Correspondente

   Segundo pesquisa de ONG internacional, no Brasil pelo menos 20% dos lares vivem essa situação

        Washington – A proporção de lares brasileiros chefiados por mulheres saltou de 14,4% para 20,1% entre 1980 e 1989. Esses números não refletem toda a realidade do papel da mulher como ganha-pão da família. Eles incluem apenas os casos em que a mulher vive sozinha com os filhos e é, legalmente, a chefe da casa. Não incorporam os das famílias nas quais o homem está presente mas a mulher é a principal provedora.

        A crescente responsabilidade econômica das mulheres por seus filhos não é um fenômeno brasileiro, mas mundial. Um dos reflexos mais evidentes da transformação da estrutura da família tradicional que está ocorrendo em todas as latitudes, ela ocorre em países ricos e pobres e confrontará governos e sociedades cada vez mais com um novo e delicado tipo de questão social.

        Esta é uma das principais conclusões do relatório Famílias em Foco, divulgado ontem pelo Population Council, uma ONG internacional com sede em Nova York que se especializa em pesquisas sobre saúde reprodutiva. Há outras importantes constatações no estudo, que ganhou espaço da grande imprensa americana e enriquecerá o debate preparatório da conferência internacional das Nações Unidas sobre a Mulher, que ocorrerá na China, em setembro.

        Os níveis globais de dissolução de casamentos são muito maiores do que se imagina. Seja por abandono, divórcio ou morte de um dos cônjuges, as separações estão em alta em todo o mundo. Nos EUA, os campeões mundiais da modalidade, 55 de cada 100 uniões terminam em divórcio. Entre 1970 e 1990, os casamentos desfeitos mais do que dobraram no Canadá, França, Grécia, Holanda, Inglaterra e na antiga Alemanha Ocidental.

        Para Douglas Besherov, especialista em política familiar do American Entreprise Institute, a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho e seu novo status econômico explica essa e outras transformações que estão ocorrendo na estrutura familiar.

O Estado de S. Paulo, 31 maio 1995.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 57-8.

Entendendo a notícia:

01 – Como aparece a família no texto? Qual é o elemento que a estrutura?

      No texto fala-se numa modificação em relação à estrutura familiar tradicional: a mulher aparece, em grande número de famílias, como a chefe da família. O pai está ausente.

02 – Onde está acontecendo o fenômeno descrito no texto? Como é a situação no Brasil?

      Está acontecendo no mundo inteiro, em países ricos e em países pobres, inclusive no Brasil, onde a proporção de lares chefiados pela mulher chegou a 20,1% em 1989.

03 – Qual é o outro dado importante apontado no relatório sobre a situação das famílias?

      O nível de dissolução do casamento (seja por abandono, divórcio ou morte de um dos cônjuges) é muito maior do que se imagina, no mundo todo.

04 – O estudo cita uma das causas para as grandes transformações que estão ocorrendo na estrutura familiar. Qual é?

      A entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho.

05 – Como você acha que se sentem as crianças nessa nova estrutura familiar? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

NOTÍCIA: O FUTURO DOS E-SPORTS NO BRASIL - EMANUEL NEGROMONTE - COM GABARITO

 Notícia: O futuro dos e-Sports no Brasil

       Muitas mudanças estão chegando ao Brasil nos últimos tempos. Uma dessas novidades é o projeto de lei que propõe o reconhecimento dos esportes eletrônicos no país. O projeto, atualmente, está tramitando no Senado, e pode fazer com que haja maior regulamentação e fomento para os conhecidos e-Sports. Esse tipo de ação é muito importante, já que o Brasil é o terceiro maior público do mundo a acompanhar a modalidade – e ainda assim, ainda não tem relevância para o governo.

        O peso do e-Sports

        É considerado um e-Sports a atividade competitiva envolvendo jogos de videogame, computador ou celular. Isso não significa que todos os jogos de vídeo game podem ser considerados um e-Sports. Na verdade, para se enquadrar na modalidade, é necessário que haja práticas de competição nas partidas, como o que acontece no Dota, CS:GO, Overwatch, leovegas entre outros.

        Para o autor do projeto de lei, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), os e-Sports oferecem as mesmas características do esportes tradicionais, como a socialização, diversão e aprendizagem. Por isso mesmo, ao reconhecer o esporte eletrônico, os times brasileiros profissionais poderão seguir regras nacionais e internacionais aceitas pelas entidades que administram a modalidade.

        O e-Sports no mundo

        Se por aqui ainda é necessário um projeto de lei para que o e-Sports seja reconhecido como uma categoria esportiva, ao redor do mundo a modalidade já arrasta verdadeiras multidões por onde passa. São fãs que torcem pelos times de vários países que competem entre si em estádios e arenas. O Brasil já foi palco de algumas dessas etapas, e em 2019 será sede do DreamHack Open de Counter-Strike: Global Offensive, no Rio de Janeiro. Já existem alguns times profissionais brasileiros, como é o caso do “KaBuM! e-Sports”, vencedor como Melhor Equipe de e-Sports do Brasil no Brazil Game Awards.

        Além disso, o que não faltam são entusiastas que praticam de forma amadora um e-Sports. Funciona como qualquer outra atividade esportiva, como o futebol por exemplo. Conta com equipes profissionais, torcedores e até é possível apostar no seu time preferido em sites de apostas online. É claro que o ideal é escolher um site seguro, como é o caso do Betboo. O Betboo é confiável e possui uma área dedicada à apostas de e-Sports. O usuário pode apostar no resultado final, no resultado por etapa, na conquista de mapas, entre outros. Quem gosta da modalidade deve conferir esse tipo de plataforma.

        Outro indício da importância dos e-Sports no mundo é a discussão que já está acontecendo para incluir o esporte como uma modalidade Olímpica. Para os jogos de Tóquio, cinco novos esportes foram incluídos, como o caratê, o surfe e o skate. Por isso, muitos jogadores tem esperança que a edição de 2024 conte com algum e-Sports na sua lista. Entretanto, em entrevista recente, o presidente do Comitê Olímpico Internacional Thomas Bach afirmou que a modalidade só entra para as Olimpíadas quando remover qualquer sinal de violência. Segundo ele, jogos de assassinato são “contraditórios aos valores olímpicos, e portanto, não podem ser aceitos”.

        O que o futuro reserva

        Enquanto no Brasil o projeto de lei ainda está em andamento, o futuro do e-Sports tende a ser de maior crescimento. Nos últimos anos, o aumento de consumidores da modalidade, seja enquanto torcedores ou praticantes, teve uma curva acentuada, o que demonstra que o público tem um claro interesse pelo esporte. Além disso, é inegável que não é qualquer modalidade que lota estádios nos dias de hoje – na verdade, são poucas aquelas que conseguem esse feito. Por isso, não é de se surpreender que o futuro dos e-Sports seja muito bom e alcance cada vez mais pessoas. E, quem sabe, vire mesmo modalidade Olímpica.

                            NEGROMONTE; Emanuel. O futuro dos e-Sports no Brasil. SempreUpdate, 25 jan. 2019. Disponível em: https://sempreupdate.com.br/0-futuro-ddos-e-sports-no-brasil. Acesso em: 11 jan. 2020.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 98-9.

Entendendo a notícia:

01 – O texto trata dos e-Sports. Você conhece essa modalidade esportiva? Já jogou algum e-Sports?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Por que, de acordo com o texto, seria importante a lei brasileira reconhecer os e-Sports como esporte?

      É muito importante a regulamentação, o Brasil é o terceiro maior público do mundo a acompanhar a modalidade.

03 – Que critérios justificam a classificação dos e-Sports como esporte, segundo o texto?

      É necessário que haja práticas de competição nas partidas, como o que acontece no Dota, CS:GO. Overwatch, entre outros.

04 – Qual seria a condição para que os e-Sports se tornassem esportes olímpicos?

      O presidente do Comitê Olímpico Internacional Thomas Bach afirmou que a modalidade só entra para as Olimpíadas quando remover qualquer sinal de violência. Segundo ele, jogos de assassinato são “contraditórios aos valores olímpicos, e portanto, não podem ser aceitos”.

05 – E você? Acredita que os e-Sports devam ser considerados esportes? Converse com um colega sobre o tema e levantem argumentos sobre a posição de vocês.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – A mundialização dos jogos eletrônicos e o fato de, geralmente, eles serem produzidos em inglês traz o desafio de praticar esse idioma não apenas para entender o jogo, mas também para se comunicar com os adversários on-line. Você joga esses jogos on-line? Sente que aprendeu inglês jogando? Sente falta de aprender mais? Que estratégias usa para se comunicar enquanto joga? Troque ideias com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Muitos praticantes de e-Sports costumam também assistir a vídeos de jogos on-line. E você? Assiste? Acredita que essa prática é semelhante à das pessoas que assistem a jogos de futebol e outros esportes pela TV ou é diferente? Registre suas ideias no caderno.

      Resposta pessoal do aluno.

 

NOTÍCIA: CRESCE NÚMERO DE BRASILEIROS QUE DENUNCIAM TER SOFRIDO DISCRIMINAÇÃO EM PORTUGAL - O GLOBO - COM GABARITO

 Notícia: Cresce número de brasileiros que denunciam ter sofrido discriminação em Portugal

Falta de informação e medo de prestar queixa ainda inibem vítimas no país

Gian Amato, especial para O Globo

28/05/2019 - 09:50 / Atualizado em 29/05/2019 - 04:59

       Em abril de 2019, estudantes portugueses colocaram caixa com pedras e paus para atirar nos "zucas" (ou seja, brasileiros) na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foto: Reprodução

        LISBOA — As denúncias de xenofobia feitas por brasileiros em Portugal aumentaram 150% em 2018. Em 2017, apenas 18 brasileiros fizeram queixas à Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR). Já no último ano, 45 procuraram o órgão, que é subordinado ao Alto Comissariado para as Migrações (ACM) do governo português.

        Os dados constam no Relatório Anual sobre Situação da Igualdade e Não Discriminação Racial e Étnica em Portugal. O documento revela que o total das reclamações aumentou 93%, passando de 179 para 346. Os brasileiros ocupam a terceira posição no ranking das queixas recebidas, com 13%, atrás dos denunciantes negros que se consideram discriminados pela cor da pele (17%, que podem incluir brasileiros) e ciganos, com 21%.

        Diante de uma colônia imigrante que é a maior do país — hoje com mais de 85 mil residentes oficiais, podendo ultrapassar os 100 mil ainda neste ano, segundo estimativas —,  o número de reclamantes é pequeno. No entanto, muito brasileiros não prestam queixa porque têm vergonha ou temem perder o emprego, sofrer represálias do empregador e também dos vizinhos. Ou simplesmente não acreditam que haverá punição.

        — Além da falta de informação e do medo de dar queixa, há o sentimento de ineficácia, porque as pessoas não encontram resposta se fizerem queixa. Então, para que, se não vai resolver nada? Desmotiva se não há condenação. E as pessoas têm medo. Os brasileiros estão em situação de precariedade trabalhista aguda e têm medo de retaliação. Há chantagens e falta fiscalização das entidades. Isso não facilita a vida de quem é vítima, seja por fator de origem nacional ou racial. No caso dos brasileiros, as duas coisas podem se combinar — diz Mamadou Ba, dirigente da ONG SOS Racismo.

        Com a mais recente leva de imigração brasileira em Portugal, iniciada em 2017 após três anos de estagnação, aumentaram nas redes os relatos de discriminação sofrida por brasileiros. As queixas envolvem o aluguel de imóveis — portugueses teriam preferência — e o uso do sistema público de saúde português, no qual brasileiros dizem ter tido dificuldade de marcar consulta ou conseguir o médico de família.

        Um casal de português e brasileira, que pediu para não ser identificado, contou que a mulher não conseguiu atendimento no sistema público desde que soube que está grávida, em janeiro deste ano. Nascida em Salvador, mas com visto de residência europeu obtido na Espanha, ela procurou o centro de saúde, mas não conseguiu atendimento porque ainda depende de uma entrevista no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para regularizar sua documentação em Portugal. Ela e o marido, que é português, já pagaram mais de €400 em consultas em um hospital particular e dizem não ter dinheiro para o parto de €3 mil.

        No fim de 2018, Sophia Velho, de 26 anos, contou que foi agredida por quatro portugueses. A confusão começou quando portuguesas em um bar começaram a chamar as brasileiras de “vadias” que vão a Portugal para “roubar os homens”. Na época, a gaúcha contou ao Extra que “a sensação que passa de um episódio como esse é de impunidade total”.

        Em agosto de 2017, foi publicada a Lei de Combate à Discriminação, que estipula multas de até €8420 e enquadra como crime de discriminação casos como recusa de aluguel de casa ou proibição de entrada em estabelecimentos em razão da origem nacional e racial.

        No fim de abril, um grupo de estudantes da Universidade de Lisboa pôs pedras dentro de uma caixa para serem atiradas nos brasileiros, ou “zucas”, “que passaram à frente no mestrado”. O episódio aconteceu na Faculdade de Direito. Dias depois, os brasileiros fizeram manifestações em universidades, onde distribuíram poesias e flores contra a xenofobia.

                         AMATO, Gian. Cresce número de brasileiros que denunciam ter sofrido discriminação em Portugal. O Globo, 28 maio 2019. Disponível em: https://oglobo.com/mundo/crece-numero-de-brasileiros-que-denunciam-ter-sofrido-descriminacao-em-portugal-23698853. Acesso em: 23 jan. 2020.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 177-8.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com a matéria, o que motivou o aumento da xenofobia contra brasileiros em Portugal?

      Fatores como o aumento crescente da imigração brasileira no país e o fato de os portugueses se sentirem “roubados” em seus direitos pelos imigrantes.

02 – Além dos ataques dirigidos a brasileiros em geral, há um ataque específico às mulheres brasileiras. Que outro tipo de preconceito esse ataque revela?

      O esperado é que os estudantes percebam que, além da xenofobia direcionada aos brasileiros, as mulheres brasileiras enfrentam o preconceito de gênero, já que são consideradas “vadias” e acusadas de irem para lá roubar os homens.

03 – De que forma o governo português tem buscado combater ações de xenofobia no país?

      Por meio da criação da Lei de Combate à discriminação, que estipula multas e enquadra como crime de discriminação casos como recusa de aluguel de casa ou proibição de entrada em estabelecimentos em razão da origem nacional e racial.

04 – Com base nos dados relatados na notícia, que outras ações vocês acreditam que poderiam ajudar a superar enfrentamentos e preconceitos?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Incentive os estudantes a discutir alternativas para a superação da xenofobia, como atividades que desenvolvam a empatia e o olhar respeitoso para com o outro.

05 – A reação dos brasileiros à violência de um grupo de estudantes da Universidade de Lisboa foi criativa e pacífica. Você já enfrentou episódios de preconceito contra você ou alguém que conheça? Como reagiu? Discuta a questão com os colegas e pensem alternativas pacíficas de resistência ao problema.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Incentive a troca de ideias entre os estudantes partindo da perspectiva da cultura de paz. A denúncia aos órgãos oficiais e a busca por direitos, aliada a ações que promovam convivência e trocas culturais, podem ser boas formas de superar conflitos.

 

NOTÍCIA: BASQUETE DE RUA VENCENDO PRECONCEITOS - ANNA VIRGÍNIA CUNHA - COM GABARITO

 Notícia: Basquete de rua vencendo preconceitos

             Por Anna Virgínia Cunha

Anna Virgínia Cunha é aluna da Universidade católica de Brasília – UCB | 18/09/2006 11:29

        A juventude é um momento de grandes conflitos. Para muitos é hora de falar sério, de ter maturidade; em outros casos, são os últimos momentos de diversão antes de realmente se assumir uma postura de adulto.

        Entre os desejos mais íntimos dessa fase, está a liberdade, motivo de conflitos na família, tema de conversas entre amigos, assunto de livros direcionados à faixa etária, motivo de reflexões.

        O que é ser livre? Será que a liberdade existe?

        Esse talvez seja o principal motivo que desperta entre os jovens a vontade de conhecer uma nova modalidade do basquete: o streetball, capaz de conciliar a sensação de liberdade e entretenimento.

        "O movimento de basquete de rua" nasceu na década de quarenta, nos guetos nova-iorquinos com o objetivo de propiciar diversão e entretenimento aos bairros mais pobres. O Streetball, associado a outro movimento de expressão das classes sociais mais baixas, o Street dance, cresceu rapidamente nos países da Europa e América Latina.

        Para melhor compreensão do que seria o Streetball, é necessário explicar algumas expressões: Streetball, do inglês, bola de rua, basquete de rua; Streetballer, praticante do Streetball; firulas, acrobacias, palhaçadas; ringues, quadras ou espaços onde acontece o jogo.

        O "Street", como diz o nome, é evento de rua, com o objetivo de deixar para trás as regras das modalidades, libertando os jogadores para o espetáculo de acrobacias, o que faz com que esses logo esqueçam as faltas e bolas fora.

        O ambiente que se vive nos ringues é de muita euforia. O público reage ao espetáculo, fazendo cada vez mais barulho quando se tem a bola a dançar. Claro que não falta um ambiente musical bem ao estilo do rap e hip-hop para rechear as partidas.

        Segundo os Streetballers, antes, o Streetball era só bagunçar o time adversário. Contudo, descobriu-se que é importante fazer as firulas e palhaçadas, mas é muito importante também fazer tudo isso e ainda jogar na defesa, no ataque, contra-ataque...

        Para os jovens, jogar "Street" é sentir-se mais relaxado, mais à vontade, sem se preocupar com o que tem que fazer o certo ou o errado. É sentir-se mais livre, poder fazer todo tipo de coisa, porque não há regras... Tem mais jogo, mais emoção mais dribles e enterradas.

        Poder brincar, disputando e ao mesmo tempo curtindo uma música e dançando, dá satisfação aos jogadores, tornando a partida interessante e diferente; neste jogo é fácil perceber que mais importante é competir do que ganhar, pois muitas vezes a melhor jogada pode ser a do time que perde.

        Poder enganar o adversário fazendo-o até mesmo de bobo, sem ser motivo de agressões, discussões e sim motivo de alegria e diversão, torna o jogo uma nova mania. A liberdade de passes e acrobacias, a ausência das inúmeras regras existentes no basquete profissional são as razões dessa modalidade ser cada dia mais popular.

        O Streetball é um jogo para a juventude e além de ser importante pela prática esportiva, para a saúde do corpo, ajuda no comportamento social, dá noção de limites de regras, de valores como o respeito ao adversário.

        Porém, essa nova modalidade causa inúmeras discussões por parte da Federação Internacional de Basquete Amador (FIBA) ou da Federação Paulista de Basquete (FPB), porque o "Street" não segue as mesmas regras do basquete e esses regulamentos definem espaço na quadra, as cestas que valem pontos, os passes, quantidade de jogadores...

        Todavia, isso vai melhorar com o tempo. O mais importante de toda essa história é que o Street finalmente ganhou espaço merecido, na sociedade e tem conseguido muito destaque na mídia, o que pode favorecer ainda mais o esporte.

CUNHA, Ana Virgínia. Basquete de rua vencendo preconceitos, por Anna Virgínia Cunha. Portal Imprensa, 18 set. 2006. Disponível em:http://www.portalimprensa.com.br/noticias/carreira/1398/basquete+de+rua+vencendo+preconceitos+b+por+anna+virginia+cunha. Acesso em: 22 jan. 2019.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 54-5.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, o basquete de rua, ou Streetball, surgiu na década de 1940, nos guetos de Nova York. Que outra manifestação das culturas juvenis estudada neste projeto também é originária de lá?

      A Street dance ou dança de rua.

02 – Segundo a autora do texto, a juventude é um momento de grandes conflitos cercado pelo desejo de liberdade. Você concorda com essa afirmação? Converse com seus colegas sobre o tema e proponham juntos uma definição para o que seria a juventude.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Por que o Streetball estaria ligado à ideia de liberdade?

      Porque tem menos regras que o basquete convencional, libertando os jogadores para o espetáculo. Como não há pressão por resultado, há mais jogadas bonitas e menos cobranças.

04 – De que modo o fato de a modalidade ser disputada nas ruas torna o contexto mais relaxado e convidativo?

      Os jogos acontecem próximos à torcida; muitas vezes há música e dança como pano de fundo.

05 – Que aspectos educativos essa prática agregaria para o jovem?

      A prática do basquete de rua contribuiria para a saúde do corpo, ajudaria no comportamento social, daria noção de limites, regras e valores como o respeito ao adversário.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): CAPOEIRA DE VERDADE - MESTRE FANHO - COM GABARITO

 Música(Atividades): Capoeira De Verdade

                                                                    Mestre Fanho

Se você faz um jogo ligeiro
dá um pulo pra lá e pra cá
não se julgue tão bom capoeira
Que a capoeira não é tão vulgar

Para ser um bom capoeirista
pra ter muita gente que lhe dè valor
você tem que ter muita humildade
Tocar instrumentos, ser um bom professor

O capoeira faz chula bonita
canta um lamento com muita emoção
quando vê seu mestre jogando
Sente alegria no seu coração

Ele joga angola miudinho
se a coisa esquenta não corre do pau
Tem amigos por todos os lados
um grande sorriso também não faz mal

Isso é coisa da gente
ginga pra lá e pra cá

mexe o corpo ligeiro a mandinga não pode acabar

isso é coisa da gente
ginga pra lá e pra cá

mexe o corpo ligeiro a mandinga não pode acabar

isso é coisa da gente,
ginga pra lá e pra cá.

CAPOEIRA de verdade. Compositor e intérprete: Mestre Fanho. In: Tem raiz de dendê. Intérprete: Mestre Fanho. [s. l.] blhlaser, 2006. 1 CD, faixa 1.

Fonte: Da escola para o mundo – Projetos Integradores – volume único – Ensino médio – 1ª Edição, São Paulo, 2020, editora Ática. p. 58.

Entendendo a música:

01 – Que valores um capoeirista deve possuir, de acordo com a letra da canção?

      Ser humilde, saber tocar instrumentos e ser um bom professor.

02 – Que ações de um capoeirista em uma roda de capoeira são citadas na canção? Troque ideias com um colega e, se necessário, pesquise sobre o tema antes de responder.

      A ginga, o cantar, o tocar instrumentos, a luta (“não corre do pau”) o estar cercado de amigos, o sorrir.

03 – Usando um buscador de internet, digite o título da canção e pesquise algum vídeo ou áudio em que ela seja executada. Que instrumentos é possível identificar ao ouvir a música?

      O berimbau e o pandeiro são os instrumentos mais presentes na música, além do som de palmas, que ajudam a marcar o ritmo.

04 – Muitos jovens praticam esportes. Converse com os colegas sobre suas práticas corporais: Vocês estão felizes com elas? Gostariam de ser mais ativos? Em que medida essas práticas podem beneficiar sua saúde?

      Resposta pessoal do aluno.

 

ANÚNCIO: BICHO DE ESTIMAÇÃO - COM GABARITO

 Anúncio: Bicho de estimação

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        Um bichinho de estimação não é um objeto que você usa e depois joga fora.

        Ele tem sentimentos e pode ser um grande companheiro.

        Só o que ele precisa é de um pouco de atenção.

        Não descarte o seu companheiro. Cuide bem de seu bichinho.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 165-6.

Entendendo o anúncio:

01 – O que o anúncio acima promove?

      Promove uma ideia: a de que os bichos de estimação devem ser protegidos.

02 – A imagem principal do anúncio apresenta vários cestos de lixo reciclável. Contudo, há alguns elementos nessa imagem que chamam a atenção do leitor.

a)   Quais são esses elementos?

Em vez de os cestos serem destinados à coleta de metal, lixo orgânico, papel, plástico e vidro, como é comum, os desenhos indicam o tipo de animal que deve ser jogado em cada cesto.

b)   O enunciado verbal da parte superior do anúncio é coerente com a imagem dos cestos? Por quê?

Sim, pois reforça a ideia de que bicho de estimação não é descartável como o lixo.

03 – No texto da parte de baixo do anúncio, foram empregados vários pronomes.

a)   Identifique os pronomes empregados nesse texto.

Você, ele (duas vezes), seu (duas vezes).

b)   A que substantivo se refere o pronome empregado na segunda e na terceira frase desse texto?

Refere-se a bichinho, que é o núcleo da expressão bichinho de estimação.

04 – No trecho “Um bichinho de estimação não é um objeto que você usa e depois joga fora.”, o pronome você poderia ser substituído pelo pronome nós ou por outra palavra. Considerando a finalidade do anúncio, qual é a importância do emprego do pronome você, e não de outro?

      Como o objetivo do anúncio é atingir cada um dos seus leitores, o pronome você é mais direto e particulariza mais, ou seja, dá a entender que cada um dos leitores é responsável por seu bicho de estimação.

05 – No trecho “Não descarte o seu companheiro. Cuide bem de seu bichinho.”, o anunciante poderia ter substituído as expressões o seu companheiro e de seu bichinho por pronomes.

a)   Reescreva esse trecho, substituindo essas expressões por pronomes.

Não o descarte. Cuide bem dele.

b)   Compare a nova redação obtida com a redação original. Considerando a finalidade do anúncio, qual das redações é melhor e mais eficiente: a que emprega os substantivos ou a que emprega os pronomes? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Nesse caso, causa mais efeito empregar os substantivos, e não os pronomes, pois os substantivos companheiro e bichinho expressam uma ideia positiva e carinhosa sobre o bicho de estimação, ou seja, de que ele é amigo e gracioso.

06 – O que você acha da finalidade desse anúncio? Você conhece pessoas que têm descartado bichos de estimação? Troque ideias com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

 

CARTUM: MORDILLOFOOTBALL - COM GABARITO

 Cartum: Mordillofootball

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Mordillofootball. Grenoble: Glénat, 1981.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 176-7.

Entendendo o cartum:

01 – O cartum mostra alguns momentos de uma partida de futebol. Na primeira cena, um jogador se aproxima de uma bandeira.

a)   Como é essa bandeira? Onde ela fica, no campo de futebol?

É uma bandeira lilás, que fica num dos cantos do campo.

b)   O que ela marca?

Ela marca o lugar onde devem ser cobrados os escanteios.

02 – Observe as ações do jogador nas três primeiras cenas.

a)   O que o jogador faz na primeira cena?

Ele põe a bola na marca de escanteio.

b)   E na segunda cena?

Ele toma distância para cobrar o escanteio.

c)   E na terceira cena?

Ele chuta a bola.

03 – Observe a cena final do cartum.

a)   O que os jogadores normalmente fazem à frente do gol, na situação retratada no cartum?

Aguardam a bola ser lançado pelo jogador que cobra o escanteio.

b)   Qual é a surpresa e o humor do cartum?

Em vez de chutar a bola, o jogador chuta à bandeira.

c)   O que esse fato permite supor sobre as qualidades técnicas desse jogador?

Permite supor que ele joga muito mal.

04 – Observe a expressão facial dos jogadores na última cena. Como eles ficaram ao ver o resultado da cobrança?

      Ficaram surpresos.

TEXTO: O QUE É PROJETO DE VIDA? - O MUSEU DOS MENINOS - COM GABARITO

 Texto: O que é Projeto de Vida?

      

 Fonte de imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.vozdascomunidades.com.br%2Fcomunidades%2Fmuseu-dos-meninos-a-narrativa-de-jovens-pretos-moradores-de-favela%2F&psig=AOvVaw3GkI28zgnCJP2VXyxwXBAM&ust=1648320771382000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCNCdmt-E4vYCFQAAAAAdAAAAABAD

  O Museu dos Meninos

          O Museu dos Meninos é um projeto artístico, transdisciplinar, de mapeamento e preservação de memória, que traz uma série de depoimentos em vídeos realizada com jovens, com idades entre 15 e 29 anos, moradores das favelas que compõem o Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Diferentes gerações refletem o passado, o presente e a possibilidade de futuro, evidenciando a poesia existente no cotidiano da vida em seu território. Além da construção do museu virtual, o projeto também propõe uma série de intervenções urbanas artísticas realizadas nas ruas do Complexo do Alemão.

O Museu dos Meninos. Disponível em: https://www.instagram.com/omuseudosmeninos/. Acesso em: 18 dez. 2019.

        A importância da memória coletiva nas periferias é valorizar a necessidade de recriar o mundo, as estéticas e afetos. O Museu dos Meninos cria uma espécie de acervo humano de memórias. O conjunto dessas narrativas serve para que possamos construir um panorama do que é ser jovem e negro na periferia de grandes cidades.

O Museu dos Meninos. Disponível em: https://www.instagram.com/omuseudosmeninos/. Acesso em: 18 dez. 2019.

        O processo de filmagem dos depoimentos do Museu dos Meninos durou duas semanas. Foram dias de muita intensidade. Encontrar o outro é encontrar um pouco de si. Através dos olhares, os silêncios, choros e risadas. Se reconhecer nos medos e desejos.

        [...] Quanto de ficção existe em cada um de nós? Como eu me vejo? Como eu vejo o outro? E como o outro me vê?

O Museu dos Meninos. Disponível em: https://www.instagram.com/omuseudosmeninos/. Acesso em: 18 dez. 2019.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p.12.

Entendendo o texto:

01 – “Quanto de ficção existe em cada um de nós? Como eu me vejo? Como eu vejo o outro? E como o outro me vê?” Conversem sobre esses questionamentos de um dos trechos acima.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os estudantes reflitam sobre as compatibilidades e discrepâncias entre a forma como se veem e como os outros os veem, assim como o olhar do outro auxilia a criar uma imagem de nós mesmos.

02 – Um dos trechos fala em “ser dono da nossa própria história”. Cada um de vocês se considera dono da própria história?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Provoque os alunos a refletir sobre quem toma as decisões em suas vidas e como eles enxergam as suas autonomias na construção de suas próprias histórias e das narrativas sobre suas histórias.

03 – Como podemos, no encontro com o outro, nos reconhecer nos medos e desejos?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos podem referir o quanto pode ser difícil reconhecer e/ou manifestar os seus medos nas relações com o outro, por receio de serem considerados fracos ou de demonstrar fragilidades, assim como seus desejos, por medo de não conseguir realiza-los.

04 – Na opinião de vocês, como os trechos acima se relacionam à noção de projeto de vida? O que vocês esperam desenvolver ao falar de “projeto de vida”?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Esta pergunta pode auxiliar o mapeamento de expectativas e receios dos estudantes sobre este componente curricular.