AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO
Leia o texto e responda à questão 01.
Música: Azul da Cor do Mar
Tim Maia
Tenho
muito pra contar, dizer que aprendi
E
na vida a gente tem que entender
Que
um nasce pra sofrer enquanto o outro ri
[...]
Disponível
em:<https://www.letras.mus.br/tim-maia/48917/>. Acesso em: 17 dez.
2018. (adaptado) |
Reconhecer os usos da norma-padrão ou de outras variações linguísticas em um texto. |
Questão
01
Em “E na vida a gente tem que entender/ Que
um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”, a palavra em destaque “pra”
representa uma forma de linguagem
(A)
sofisticada e correta.
(B) informal e coloquial.
(C)
culta e simples.
(D) errada e fácil.
Leia o poema e responda à questão 02.
Poema:
Retrato
Cecília Meireles
Eu
não tinha este rosto de hoje,
assim
calmo, assim triste, assim magro,
nem
estes olhos tão vazios,
nem
o lábio amargo.
Eu
não tinha estas mãos sem força,
tão
paradas e frias e mortas;
eu
não tinha este coração
que
nem se mostra.
Eu
não dei por esta mudança,
tão
simples, tão certa, tão fácil:
-
Em que espelho ficou perdida
a
minha face?
Disponível em:<https://www.pensador.com/textos_descritivos_de_cecilia_meireles/>. Acesso em: 17 out. 2019. Habilidade |
Reconhecer marcas linguísticas em um texto do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe. |
Questão
02
A
autora realiza a descrição de um rosto, por meio de
(A) adjetivos.
(B)
conjunções.
(C)
interjeições.
(D) substantivos.
Leia
o texto a seguir e responda à questão 03.
[...] Vacinas são substâncias que possuem
como função estimular nosso corpo a produzir respostas imunológicas a fim de
nos proteger contra determinada doença. Elas são produzidas a partir do próprio
agente causador da doença, que é colocado em nosso corpo de forma enfraquecida
ou inativada. Apesar de não causar a doença, as formas atenuadas e inativadas
do antígeno são capazes de estimular nosso sistema imunológico.
[...]
Disponível
em:<https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/importancia-vacinacao.htm>.
Acesso em: 17 out. 2019. (adaptado)
Habilidade
|
Reconhecer os usos da norma-padrão ou de outras variações linguísticas em um texto. |
A linguagem utilizada no texto é
(A) informal, com o uso incorreto da língua portuguesa.
(B) formal, seguindo a norma-padrão
da língua portuguesa.
(C)
científica, com termos específicos que apenas cientistas utilizam.
(D) regional, com variações linguísticas, características
de uma região do país.
Leia o texto e responda à questão 04.
Poema: A
namorada
Manoel de Barros
Havia um muro alto entre
nossas casas.
Difícil de mandar recado
para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete
numa pedra presa por um cordão
E pichava a pedra no
quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse
pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete
enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era
assim.
Disponível
em:<http://www.releituras.com/manoeldebarros_namorada.asp>. Acesso em: 17
out. 2019.
Habilidade
|
Localizar informação explícita em um texto. |
Questão
04
O
casal se comunicava com
(A)
e-mail.
(B) bilhetes em pedras.
(C)
os galhos de uma goiabeira.
(D) bolinhas de papel na árvore.
Leia
o texto e responda à questão 05.
Biografia
de Marie Curie
As conquistas de Marie incluem a teoria da
radioatividade (termo que ela mesma cunhou), técnicas para isolar isótopos
radioativos e a descoberta de dois elementos, o polônio e o rádio. Sob a
direção dela foram conduzidos os primeiros estudos sobre o tratamento de
neoplasmas com o uso de isótopos radioativos. A cientista fundou os Institutos
Curie em Paris e Varsóvia, que até hoje são grandes centros de pesquisa médica.
Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os primeiros centros militares no
campo da radioatividade.
[...]
Disponível
em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Marie_Curie>. Acesso em: 21 out. 2019.
(adaptado).
Habilidade
|
Estabelecer
relações
lógico-discursivas presentes no texto por meio de elementos de referenciação.
|
Questão
05 No
trecho “[...] que conduziu [...]”, o termo destacado faz referência à (A)
“teoria”. (B)
“radioatividade”. (C)
“Universidade de Paris”. (D) “Marie Skłodowska Curie”. |
|
Leia
o texto e responda às questões 07, 08 e 09.
Conto:
As aventuras de Malazarte
Clarice Lispector
Como o pai tinha morrido, a mãe dividira em
pedaços a casa toda, dando-os a cada filho. A Pedro Malazarte coube uma porta.
Ele pensou: com esta porta conquistarei o mundo. Realmente, em breve viu um
urubu pousado num burro morto. Mais que depressa jogou a porta em cima deles –
e como o urubu ficou manco, foi fácil pegá-lo. Para que queria ele um urubu? Lá
disso sabia ele. E quando sentiu no ar o cheiro de um jantar magnífico, bateu à
porta da casa de uma senhora, gulosa e sabida, que estava preparando para si
mesma um banquete, escondido do marido que fora viajar. Malazarte foi
irritadamente expulso pela sabidona e sua criada. Então, com o auxílio da porta
encostada na parede, subiu ao teto e de lá viu embaixo comida boa para valer.
Tinha leitão assado, peru, e tudo o mais que delicia um homem. Foi quando o
marido chegou, inesperadamente. A mulher matreira lamentou-se: se eu soubesse
que você vinha eu preparava coisa boa de se comer, mas como não te esperava só
tenho carne-seca, feijão ralo e farinha morrinhenta...
Aí Malazarte apresentou-se de novo com o seu
urubu, sabendo que o marido não lhe recusaria um pouco do minguado jantar. Mal
começara a comer quando Malazarte deu, bem disfarçado, uma cutucada no urubu,
que gemeu.
— Por que é que ele está se lamentando?,
perguntou o dono da casa.
— Está me dizendo umas novidades, respondeu
Malazarte. O meu urubu, ao contrário dos outros, fala e está me contando que
sua mulher lhe guardou um leitãozinho assado de surpresa...
A mulher teve medo de Malazarte e disse: —
Oh, urubu danado, estragou a surpresa! Tenho mesmo esse leitãozinho para
você...
Daqui a pouco o urubu gemeu de novo, o que
fez Malazarte dizer:
— Ô urubu intrometido, para de me contar?
— O que é que ele está
contando?
— Que tem peru recheado.
— Meu maridinho, essa era outra surpresa que
o urubu desaforado estragou. Mas coma um pouco deste peru. E tenho doces,
frutas, bebidas...
Como era 1o de abril, dia de se enganar os
outros, Malazarte vendeu falsamente o precioso urubu ao dono da casa para lhe
servir de espião.
Bem alimentado, Malazarte prosseguiu caminho
com a porta debaixo do braço.
Moral: mais vale uma porta desvalida e
esperteza de Malazarte, que uma casa inteira para quem não tem arte.
LISPECTOR, Clarice. Como nasceram as estrelas. Rio
de Janeiro: Rocco, 1999. p. 13.
Habilidade
|
Localizar informação explícita em um texto. |
Questão
07
A
mulher, dona da casa, já conhecia Pedro Malazarte antes do incidente do urubu.
Isso se constata em:
(A)
“Como era 1o de abril, dia de se enganar os outros, Malazarte vendeu falsamente
o precioso urubu ao dono da casa para lhe servir de espião.”
(B) “Aí Malazarte apresentou-se de novo com o seu urubu, sabendo que
o marido não lhe recusaria um pouco do minguado jantar.”
(C)
“Então, com o auxílio da porta encostada na parede, subiu ao teto e de lá viu
embaixo comida boa para valer. “
(D) “A mulher matreira lamentou-se: se eu soubesse que
você vinha eu preparava coisa boa de se comer [...]”
Habilidade
|
Reconhecer
marcas
linguísticas em um texto do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da
sintaxe. |
Questão
08
O
pretérito imperfeito do subjuntivo é utilizado na expressão de desejos e
probabilidades. O uso desse tempo verbal está presente em:
(A)
“Tenho mesmo esse leitãozinho para você...”
(B) “Se eu soubesse que você vinha eu preparava coisa boa de se
comer [...]”
(C)
“Como o pai tinha morrido, a mãe dividira em pedaços a casa toda, dando-os a
cada filho.”
(D) “Mais que depressa jogou a porta em cima deles – e
como o urubu ficou manco, foi fácil pegá-lo.”
Habilidade
|
Reconhecer
elementos
da narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) em um
texto. |
Questão
09
O
acontecimento que dá origem à aventura de Malazarte é
(A)
a chegada inesperada do marido da cozinheira.
(B)
o encontro com um burro e um urubu na estrada.
(C)
a reação da mulher ao expulsar o rapaz de sua casa.
(D) o recebimento da herança após a
morte do pai do rapaz.
Leia o texto e responda às questões 10 e 11.
Texto: O
Escaravelho do Diabo
Lucia Machado de Almeida
Cora
O’Shea quase desmaiou quando soube que o filho morrera envenenado. A hipótese
de suicídio ficou logo afastada. Clarence, apesar de egoísta e insatisfeito,
gostava imensamente da vida e jamais faria uma coisa dessa.
— O
cianeto age em segundos e preciso saber se o rapaz comeu ou bebeu alguma coisa
antes de cair no chão, disse o Inspetor.
Cora
pensou algum tempo e exclamou aflita:
— A
cápsula! A cápsula!
E contou
que Clarence se achava muito gripado, ligeiramente febril, e que ela mandara
aviar para ele uma velha fórmula com aspirina. Tomara o remédio naquela sala
mesmo, à vista de todos.
O rapaz
já havia ingerido duas cápsulas, uma pela manhã, outra à tarde, sem que nada
houvesse acontecido. [...]
Ainda havia três
cápsulas dentro dela. Da caixinha, se desprendia um vago odor de amêndoas
amargas, característico do cianeto. Examinando as três cápsulas, constatou que
elas realmente continham aspirina.
— O veneno foi
depositado apenas numa delas, disse ele. A fórmula fora preparada na maior e
mais afamada drogaria da cidade. [...]
Sentada numa poltrona
forrada de pano escocês, achava-se uma pequena mulher, extremamente feminina,
de ar decidido e frágil ao mesmo tempo. A moça trazia um lenço na mão e de vez
em quando enxugava uma lágrima.
— Miss Verônica,
disse Cora apresentando-a aos dois homens. Ao vê-la, Alberto sentiu uma
estranha emoção. O coração bateu-lhe apressado e ele se viu subitamente
transportado para um mundo de irrealidade e sonho. Não saberia dizer se era
bonita ou feia, morena ou loura, gorda ou magra, tal a perturbação em que se
achava.
Como que magnetizado,
ficou olhando para a pequena criatura sentada na poltrona. Sem perceber o que
se passava com o estudante, o Inspetor examinou cuidadosamente todos os
detalhes do quarto de Clarence.
— Um besouro! —
exclamou Alberto de repente, segurando uma caixinha aberta com um pequeno
escaravelho negro fincado numa rolha, em cima de uma cômoda.
A caixa era
exatamente igual à que Hugo recebera na véspera de sua morte.
— Seu filho era
entomologista10, minha senhora?
— Não. Clarence
recebeu isso ontem de manhã, pelo correio.
Deve ser alguma
brincadeira...
Alberto sentiu um
arrepio percorrer-lhe o corpo. Em sua imaginação misturavam-se duas cabeleiras
vermelhas, a de “Foguinho” com a de Clarence, e dois besouros negros, ambos
fincados numa rolha.
— Pode ceder-me esse
inseto? perguntou Alberto a Mrs. O’Shea. Estou fazendo coleção deles.
ALMEIDA, Lúcia Machado. O Escaravelho do Diabo.
São Paulo: Ática, 1985. p.25-26. 32.
Habilidade |
Reconhecer elementos da
narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) em um texto. |
Questão 11
O
trecho transcrito se passa
(A)
na delegacia.
(B)
na casa de Alberto.
(C)
no funeral de Clarence.
(D) na casa da Mrs. O’ Shea.
Habilidade
|
Estabelecer
relações
lógico-discursivas presentes no texto por meio de elementos de referenciação.
|
Questão
12
Em
“ela mandara aviar para ele uma velha fórmula com aspirina”, o termo em
destaque faz referência à
(A)
Clarence.
(B) Mrs. O’ Shea.
(C)
Miss Verônica.
(D) farmacêutica.
MUITO OBRIGADA
ResponderExcluirAmei!!! Muitíssimo obrigada!
ResponderExcluirEU ACHEI MUITO BEM ELABORADA E MUITO EXPLICADA, ASSIM FICA TUDO MASTIGADO PARA QUEM QUISER TER UMA NOÇÃO E APLICÁ-LA. PARABÉNS !
ResponderExcluirObrigado mb
ResponderExcluirBoa mn , me ajudou a estudar muito!!!!!
ResponderExcluir