TEXTO: RETALHOS CÓSMICOS
Marcelo Gleiser
Olhar para o céu noturno é quase um
privilégio em nossa atribulada e iluminada vida moderna. Companhias de turismo
deveriam criar “excursões noturnas”, em que grupos de pessoas são transportados
até pontos estratégicos para serem instruídos por astrônomos sobre maravilhas
do céu noturno. Nasceria, assim, o “turismo astronômico”, a fim de complementar
perfeitamente o novo turismo ecológico. E por que não?
Turismo astronômico ou não, talvez a
primeira impressão ao observarmos o céu noturno seja uma sensação com itens
diversos: paz, permanência, sossego, profunda ausência de movimento, fora um
eventual avião ou mesmo um satélite distante (uma estrela que se move!).
Vemos incontáveis estrelas, emitindo
sua radiação eletromagnética, perfeitamente indiferentes às atribulações
humanas. Essa idealização pacata para os céus é muito distinta da visão de um
astrofísico moderno. As inocentes estrelas são verdadeiras fornalhas nucleares,
de modo que produzem uma quantidade enorme de energia a cada segundo.
A título de exemplo, a morte de uma
estrela modesta como o Sol virá acompanhada de uma explosão que chegará até a
nossa vizinhança, transformando tudo o que encontrar pela frente em poeira
cósmica. No entanto, o leitor não precisa se preocupar com esse perigo de
extinção da vida na Terra; porque o Sol ainda produzirá energia “docilmente”
por mais uns 5 bilhões de anos.
Fonte: (Marcelo
Gleiser, Retalhos Cósmicos)
Entendendo o texto:
01 – Acerca do texto de
Marcelo Gleiser, há uma referência correta em:
a)
Na primeira frase do texto, os termos
“atribulada” e “iluminada” caracterizam dois aspectos contraditórios e
inconciliáveis a que o autor chama de “vida moderna”.
b)
No terceiro parágrafo, o sentido da
expressão “perfeitamente indiferentes às atribulações humanas” indica que se
desfez aquela “primeira impressão” e desapareceu a “sensação de paz”.
c)
No quarto parágrafo, a expressão “estrela
modesta”, referente ao Sol, implica uma avaliação que vai além das impressões
ou sensações de um observador comum.
d)
No último parágrafo afirma-se que as estrelas
são inocentes por serem capazes de produzir uma quantidade enorme de energia a
cada segundo.
02 – O autor considera a
possibilidade de se olhar para o céu noturno a partir de duas distintas
perspectivas, que se evidenciam no confronto das expressões:
a)
“Maravilhas do céu noturno” / “Sensação de
paz”.
b)
“Instruídos por um astrônomo” / “Visão de um
astrofísico”.
c)
“Radiação eletromagnética” / “Quantidade
enorme de energia”.
d)
“Poeira cósmica” / “Visão de um astrofísico”.
e)
“Ausência de movimento” /
“Fornalhas nucleares”.
03 – De acordo com o texto,
as estrelas:
a)
São consideradas “Maravilhas doo céu noturno”
pelos observadores leigos, mas não pelos astrônomos.
b)
Possibilitam uma “Visão pacata dos
céus”, impressão que pode ser desfeita pelas instruções de um astrônomo.
c)
Produzem, no observador leigo, um efeito
encantatório, em razão de serem “verdadeiras fornalhas nucleares”.
d)
Promovem um espetáculo noturno tão grandioso,
que os moradores das cidades modernas se sentem privilegiados.
e)
Confundem-se, por vezes, com um avião ou um
satélite, por se movimentarem do mesmo modo que estes.
04 – Considere as seguintes
afirmações:
I – Na primeira frase do
texto, os termos “atribulada” e “iluminada” caracterizam dois aspectos
contraditórios e inconciliáveis do que o autor chama de “vida moderna”.
II – No segundo parágrafo, o
sentido da expressão “perfeitamente indiferentes às atribulações humanas”
indica que já se desfez aquela “primeira impressão” e desapareceu a “sensação
de paz”.
III – No terceiro parágrafo,
a expressão “estrela modesta”, referente ao sol, implica uma avaliação que vai
além das impressões ou sensações de um observador comum.
Está correto apenas o que se
afirma em:
a)
I.
b)
II.
c)
III.
d)
I e II.
e)
II e III.
05 – Transpondo-se
corretamente para a voz ativa
a oração “para serem instruídos por um astrônomo (...)”, obtém-se:
a)
Para que sejam instruídos por um astrônomo
(...).
b)
Para um astrônomo os instruírem (...).
c)
Para que um astrônomo lhes instruíssem (...).
d)
Para um astrônomo instruí-los (...).
e)
Para que fossem instruídos por um astrônomo
(...).
06 – Na frase “O sol ainda
produzirá energia (...)”, o advérbio ainda
tem o mesmo sentido que em:
a)
Ainda lutando, nada conseguirá.
b)
Há ainda outras pessoas envolvidas no caso.
c)
Ainda há cinco minutos ela estava aqui.
d)
Um dia ele voltará, e ela estará
ainda à sua espera.
e)
Sei que ainda serás rico.