Quando Eustáquio Scrubbs conta à amiga
Jill Pole sobre sua fantástica aventura em Nárnia com seus primos durante as férias de
verão, a garota reluta em acreditar nele apesar de ter percebido a grande
mudança no comportamento do amigo, que antes era mal-educado e mesquinho, mas
que desde a visita de seus primos Lúcia e Edmundo, tem sido cada vez mais
gentil e compreensivo. Ao serem perseguidos pelos valentões da escola,
Eustáquio pergunta à Jill se ela aceitaria pedir ajuda à Aslam, ela diz que sim
e, por meio de um portão nos fundos da escola Jill vê Aslam, que lhe incumbe de
lembrar de quatro importantes sinais, e então os dois garotos vão para Nárnia.
O gênero textual crônica é uma
narrativa que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano.
As principais características de uma
crônica são: narrativa curta com poucos personagens e linguagem simples. Uso da
primeira pessoa e tempo cronológico determinado.
Entendendo o filme:
01 – Relate quem são as
personagens principais do filme assistido e como acontecem as primeiras cenas
do filme.
Pedro, Suzana,
Edmundo e Lúcia e eles estão fugindo de um bombardeio em Londres durante a 2ª
Guerra Mundial.
02 – Comente sobre o que
acontece quando Lúcia que, estava brincando de pique esconde com os irmãos,
entra no guarda-roupa? Relate até o momento em que ela volta do guarda-roupa.
As
crianças estão brincando de pique-esconde, Lucia entra no guarda-roupa, e
encontra um portal mágico que a leva para um mundo mágico de Nárnia, lá ela
conhece o fauno Senhor Tumnus que a ensinou sobre Nárnia e sobre a Feiticeira
branca que condenou Nárnia a viver para sempre no inverno.
03 – O que acontece quando Lúcia retorna de Nárnia?
Ao retornar de
Nárnia depois de muitas horas, os irmãos de Lúcia ainda estão contando para ela
se esconder como se o tempo tivesse congelado. Ela fica surpresa por seus
irmãos estarem praticando as mesmas ações de quando ela encontrou o mundo
mágico. Ela conta tudo o que aconteceu para os irmãos, mas ninguém acredita na
garota.
04 – Qual é o segundo personagem
que encontra Nárnia? O que ele encontra lá?
Edmundo é o
segundo a encontrar Nárnia. Lá a Feiticeira branca o conhece e oferece muitas
coisas de interesse do garoto, mas em troca ele tem que levar seus irmãos até
ela.
05 – O que acontece a
Edmundo quando ele retorna a Nárnia trazendo seus irmãos?
A Feiticeira Branca o mantém preso.
06 – Como é Nárnia? Descreva-a.
Nárnia é um lugar
bonito fantástico, porém muito gelada, por que a Feiticeira branca a condenou a
viver em eterno gelo. Há poucos personagens o Leão que representa a sabedoria e
o Sr, Tumnus que é um fauno muito camarada.
07 – Quem é Aslam?
É o
leão bondoso de Nárnia.
08 – O que você achou do filme?
Resposta
pessoal do aluno.
09 – Como o filme termina?
Após os quatro
irmãos vencerem a Feiticeira Branca, já adultos eles estão andando a cavalo
sendo reis e rainhas de Nárnia encontram o portal (guarda-roupa) ao adentrarem
caem no chão da casa onde viviam e voltam a ser garotos.
10 – Descreva uma cena do
filme que retrata as características de uma crônica.
As cenas de
quando a Lúcia entra pela primeira vez no guarda-roupa e retorna depois de
aparentemente muito tempo, no entanto seus irmãos estão praticando as mesmas
ações, isso dá uma ideia de que o tempo foi cronologicamente delimitado. Há
poucos personagens e a linguagem é simples.
11 – Qual era o desafio que o grupo de Aslam deveria
enfrentar?
Derrotar a feiticeira para sempre.
12 – Para conseguir esse
objetivo, era necessário antes de tudo vencer um primeiro obstáculo. Qual era
ele? E por que ele era tão importante? O que era imediatamente necessário para
que se conseguisse isso?
Encontrar o campo
onde se travava a batalha entre o exército de Aslam e a feiticeira e destruir
sua varinha.
13 – Qual a primeira imagem
que Lúcia viu no campo de batalha?
Estava em desvantagem, com vários combatentes petrificados, e
exausto de tanto lutar.
14 – Qual era a situação do exército antes da chegada de
Aslam?
Estava em desvantagem, com vários combatentes petrificados, e exausto de
tanto lutar.
15 – Qual era a arma mais
importante do exército inimigo? Reescreva um trecho do texto que comprove sua
resposta.
A vara mágica da feiticeira. "A
feiticeira ia petrificando as nossas tropas. Nada havia que a detivesse. [...]
Ele teve o bom senso de arrebentar a vara mágica [...]".
16 – Quem foi astuto e
perspicaz para neutralizar a principal vantagem do inimigo? De que forma fez
isso?
Edmundo. Ele
quebrou a vara mágica em vez de atacar a feiticeira diretamente como
faziam os outros, inutilmente.
17 – Edmundo conseguiu um
feito característico de um herói? Por quê?
Sim. Porque conseguiu, com bom senso e astúcia, o que ninguém
conseguira: destruir a arma que dava imensa vantagem ao inimigo, dando chance
aos seus companheiros de ganhar a batalha. Emundo salvou seu exército de uma
inevitável derrota.
18 – Transcreva do texto o
trecho em que Edmundo é premiado pelo feito heroico.
"Por isso mesmo, foi armado cavaleiro, em pleno campo de
batalha.”
19 – No texto, há a presença
de dois elementos mágicos. Identifique-os e comente sua importância para o
desfecho da história.
A vara mágica era o elemento mágico que
tornava a feiticeira invulnerável e sua destruição significou a derrota do mal;
já o licor precioso que Lúcia recebera de presente de Natal é o elemento mágico
do bem, pois salvou a vida de Edmundo.
Houve um tempo anterior a tudo, há sempre, não é mesmo?
Munakazi era dum kimbo próximo, há duas horas de marcha na chana para ocidente.
Era um kimbo mais pequeno e mais pobre, retirado dos caminhos principais que
cruzam a Munda. Ulume reparou nela em noite de festa. A rapariga estava
sentada com outras à volta da fogueira, esperando aquecer dos tambores para o
ritmo se soltar da pele dos ngomas e entrar nas pernas e mãos que não mais
parariam. Os pés dela o atraíram. Ela sentava de joelhos unidos, mas um pé
olhando o outro, os dedos grandes levantados. Dos pés subiu para os olhos
iluminados pelo clarão da fogueira, grandes olhos melancólicos de antílope.
As maçãs do rosto ligeiramente salientes, os lábios carnudos desenhados. Era
bela, Munakazi. No próprio riso, na ansiedade da dança iminente, uma ponta de
melancolia. Não pôde mais separar Munakazi e a melancolia. Ela falava, ria com
as outras, mas uma parte estava dentro dela própria, sempre.
Ulume era bem mais velho, casado com a Muari e tendo filhos já grandes, talvez
mais velhos que a rapariga. A partir da noite em que seus olhos caíram sobre os
pés convergentes de Munakazi, se encontraram mais vezes nas
festas ou cerimônias rituais e ele a fitava com agrado.
Apenas.
Mas sucedeu a cena da granada, como um aviso dos antepassados. A granada vinha
no ar e ele deitado nomeio do talude. A granada caiu a dois metros.
Placado ao solo, encostou a cabeça na terra e pensou vou morrer. Não havia
tempo para o medo. Olhou o céu pela última vez e então a imagem de Munakazi se
recortou, nítida, na luminosidade do dia. Uma saudade imensa, saudade do que
não acontecera. Ouviu a explosão, mais nada, mas continuou a ver Munakazi
sorrindo para ele e lhe segredando porque não me procuraste, seria tua. E
sofreu a perda definitiva de Munakazi. Nada sentia no corpo, não tinha sensações,
só saudade era dolorosa.
O sentimento de perda acompanhou-o, mesmo quando se apercebeu de continuar
vivo. Difícil foi passar o atordoamento pela explosão tão próxima, recuperar o
domínio dos sentidos, difícil foi compreender como não morrera. Mas o
atordoamento e a perplexidade não tinham peso em face do peso
de mil Mundas da saudade de Munakazi.
Decidiu ali, sem ainda saber quanto estava ferido, Munakazi tem de ser minha.
Não fazia senão seguir a sabedoria vinda de muito atrás, pois se alguém que
pensa morrer tem saudade de uma mulher, então é inútil lutar contra esse amor
avassalador, o mais sensato é conviver com ele. Sabedorias antigas trazidas por
todos os cágados do mundo. E o Ulume respeitava os ensinamentos dos
antepassados, resguardados nas mahambas que se enterram à entrada dos kimbos ou
nas encruzilhadas dos caminhos, como respeitava os desejos dos espíritos que se
forma como a areia se espalhava pelo chão e na ordem com que os objetos se
posicionavam no cesto de adivinhação do tahi da Luanda. Nunca os seus
lábios proferiram qualquer blasfêmia contra os antepassados,
ou contra o espírito que agitava o vento. Como pode então desprezar ou mesmo
ignorar o sinal evidente que a granada lhe deu? A sua decisão de ter Munakazi
era irrevogável, ele sabia, e nós a partir de agora como vamos
esquecer?
Pepetela.
Parábola do cágado velho. Rio de Janeiro.
Nova
Fronteira, 2005. p. 11-12.
Entendendo
o texto:
01 – Ao lermos
o texto de Pepetela, nota-se a riqueza poética presente nas descrições, nas
reflexões e no sentimento da personagem Ulume. A partir da leitura e de suas
observações, escolha uma palavra, expressão ou frase,
presente ou não no texto, que sintetize a ideia
principal de cada um dos cinco parágrafos.
Resposta
pessoal.
02 – Como
é caracterizado o ambiente em que se passa o
acontecimento com Ulume?
Parece ser
uma comunidade distante de um centro principal, mais pobre e menor.
03 – A
partir dessa caracterização e de sua observação sobre o ambiente, pode-se
afirmar que essa história se passa no Brasil? Por quê?
NÃO. Pelo
nomes e pela situação narrada, é provável que a ação se passe em outro país.
04 – O
que desencadeou a ação de Ulume em procurar Munakazi para declarar-lhe o seu
amor?
A explosão
da granada e a possibilidade de morrer sem ter declarado o seu amor.
05
– Descreva, com suas palavras, a forma como Ulume vê a
imagem de Munakazi, na cena da granada.
Resposta pessoal.
06 –
Releia o texto e anote todas as referências que identificam as
crenças africanas.
É provável que os alunos façam referência a alguns elementos presentes no
trecho a seguir: “E o Ulume respeitava os ensinamentos dos antepassados,
resguardados nas mahambas... nas entranhas dos cabritos ou na forma como a
areia se espalhava pelo chão e na ordem com que os objetos se posicionavam no
cesto de adivinhação do tahi da Luanda.”
07 – Que
estratégia você utilizou para conseguir responder a questão 6?
O aluno pode fazer referência ao que ele observou a partir dos seus
conhecimentos sobre as crenças africanas, conhecidas e/ou praticadas em várias
partes do Brasil.
08 –
Releia o final da cena:
Como pôde então desprezar ou mesmo ignorar o sinal evidente que a granada lhe
deu? A sua decisão de ter Munakazi era irrevogável, ele sabia, e nós a partir
de agora como vamos esquecer?
a) O que você interpretou dessa
mensagem?
Resposta pessoal.
b) De que forma o leitor é convidado
a participar da aventura de Ulume?
No momento em que o narrador inclui o
leitor como um conhecedor da história de Ulume e afirma ser impossível
esquecê-la. Supõe-se, nesse caso, uma continuidade da leitura do romance.
Lá em Copacabana havia uma família que morava em frente ao mar, numa casa linda
de azulejo português e telha francesa. Era uma das últimas casas na praia, o
resto já tinha vindo abaixo para construir edifícios de apartamentos.
A casa ficava no meio de um jardim que era uma beleza: todo plantado de grama
inglesa. E a família mandou buscar flor holandesa para plantar em volta. Depois
botaram um muro bem alto a fim de ninguém espiar par dentro, e mais um pastor
alemão preso numa corrente para latir e meter medo na hora de alguém entrar.
Aí os amigos da família disseram que um gramado assim tão bonito precisava de
um bicho lindo que nem pavão, andando pra cá e pra lá. Então puseram um anúncio
no jornal dizendo assim:
Precisa-se
de um pavão para passear
Na grama (inglesa) de um jardim, das
8 às 22 horas. Casa de fino trato.
Paga-se bem. Tel.: 255-3131.
Seu Joca
leu o anúncio no dia em que ia levar o pavão de volta ao zoo, donde o tinha
roubado. E logo depois leu a notícia de um médico que andava fazendo uma
operação legal no ouvido: quem era surdo ficava ouvindo até voo de mosca. A
operação custava caro: seu Joca não tinha dinheiro. Aí, de repente, aconteceu
uma coisa muito impressionante: o arrependimento de seu Joca começou a sumir.
Pensava nas crianças que iam ver o pavão no zoo e resmungava:
--- Tanto bicho lá pra ver, pra quê precisa ver o pavão também?
E na hora em que o arrependimento sumiu todo, seu Joca pegou o pavão e os dois
atravessaram a cidade.
Quando seu Joca tocou a campainha da casa de Copacabana, o pastor alemão latiu,
a família apareceu, ficou maravilhada com o pavão. Viu logo que ele era coisa
estrangeira muito fina, perguntou quanto é que custava. Seu Joca bateu no
ouvido para mostrar que era surdo, o dono da casa esfregou um dedo no outro.
Seu Joca sabia que há gente que só gosta de coisa bem cara e então pediu um
dinheirão pela ave. A família ficou entusiasmada com o preço, mas como o vendedor
era pobre, ofereceram a metade, quem sabe ele topava? E seu Joca topou.
Seu Joca e o pavão se abraçaram e nunca mais se viram.
O pavão passeava no gramado o dia inteiro. Bem devagar.
Lindo que só ele! E o pastor alemão preso na corrente. Quando o pavão ia
chegando perto, o cão desatava a latir. O pavão quase morria de susto; num
instante aprendeu a não passear perto do cachorro. Um empregado trazia água e
comida pros dois; depois sumia. A família ia viajar, sumia.
Lygia Bojunga Nunes. A casa da Madrinha, págs. 63-64.
Livraria Agir Editora, Rio, 1978.
Entendendo
o texto:
01 – Em
que cidade aconteceram os fatos narrados no texto?
Os fatos
aconteceram na cidade do Rio de Janeiro.
02 –
Informe, com detalhes, como era a casa e onde estava situada:
Era uma bonita casa de azulejo português e telha francesa. Erguia-se no meio de
um belo jardim e era cercada por um muro bem alto. A casa ficava em Copacabana,
em frente ao mar.
03 –
Marque as afirmações verdadeiras, com referência à família de que fala a
história:
(X) Era uma
família rica e de fino trato.
( )
Não gostava de viajar e, se o fazia, deixava a casa abandonada.
(X)
Apreciava muito (até demais!) coisas estrangeiras.
04 – Que
sugestão os amigos deram à família para tornar o jardim mais sofisticado?
Sugeriram que nele fosse colocado um pavão.
05 – Quem
pôs o anúncio no jornal para conseguir o pavão?
( ) Seu Joca.
(X) A
família.
( ) Os amigos da família.
06 – Seu
Joca fez duas coisas ilícitas, isto é, proibidas, desonestas:
Roubou o pavão do Jardim Zoológico.
Vendeu uma ave que ele tinha roubado.
07 – Seu
Joca arrependeu-se de ter roubado o pavão e quis devolvê-lo ao zoo. Copie a
frase em que a autora afirma isso:
Seu Joca leu o anúncio no dia em que ia levar o pavão de volta ao zoo, donde o
tinha roubado.
08 – Que
pretextos ou desculpas arranjou ele para justificar suas más ações e abafar o
remorso?
Ele estava precisando de dinheiro para operar o ouvido.
No zoo havia tantos bichos para as crianças verem que o pavão não iria fazer
falta.
09 – Seu
Joca quis explorar o rico, pedindo muito dinheiro pelo pavão. Por quê?
Porque ele sabia que há pessoas que só gostam de coisas caras.
10 –
Destaque do texto frases que dão ideia da beleza do pavão:
A tarde anunciava chuva. Céu carregado, atmosfera abafada. Os meninos gritavam
na rua, atrás das tanajuras e dos sebitos. As árvores, sacudidas pelo vento,
remexiam-se contentes pela chuva que vinha vindo.
Do lado do norte, as serras, arroxeadas pelo reflexo das nuvens, quase não se
distinguiam destas, porque o escuro-acinzentado confundia tudo.
Os homens na calçada olhavam o tempo. Meu avô disse:
--- Aquela cai dentro de vinte minutos.
--- E é de arrombar açude! – acrescentou o senhor que eu não conhecia.
Mamãe gritou para o lado da cozinha:
--- Corre lá no quintal, Ceição! Apanha depressa os lençóis da corda! Corre,
corre, que aquela não tarda a cair!
Corri para ajudar Conceição.
Não sei por quê, as chuvas fortes sempre tiveram em mim a maior influência.
Assanhava-se com elas. Dava-me vontade de correr, de gritar, de pular. Nunca
compreendi bem, quando menino, por que mamãe se lastimava tanto nesses dias.
Por eles eu me pelava, dava graças a Deus pelo transtorno doméstico que
causavam.
No quintal as folhas rugiam com o vento, dançando no ar em reviravoltas de
brinquedo. Os passarinhos trocavam de lugar, procurando melhor agasalho sob
ramos mais espessos. Um redemoinho arrastou uma fronha, assanhou a saia da
Conceição, enchendo-lhe os olhos de ciscos.
--- Me acode aqui, Pedrinho! – gritou ela, rindo, esfregando com as costas da
mão a vista fechada.
Soprei o olho do argueiro, ela o arregalou,
espichando a boca para baixo.
--- Saiam da chuva, meninos! gritou mamãe. – Isso faz mal! Bota um pano na
cabeça, Pedrinho, senão tu te constipas!
Era cada pingo grosso, pesado, que chegava a deixar buraco na terra fofa. Um relâmpago
clareou, e o trovão respondeu com estalidos tremendos, seguidos do reboo
perdido no espaço. Ouvia-se a zoada da chuva já perto.
Mal entrávamos em casa, o aguaceiro caiu forte. Escureceu o mundo de repente. O
relâmpago era um atrás do outro, e o trovão roncava de ensurdecer.
Com meia hora a chuva tinha feito do quintal um rio. Todo alagado, perto de
casa já não se via mais a terra. Na frente, a gente via, pelos vidros das
janelas, a enxurrada correr barrenta de rua abaixo.
Luís
Jardim. Maria perigosa, 2ª edição, págs. 46-47.
Editora José Olympio, Rio, 1959.
Entendendo
o texto:
01 – O
personagem narrador dos acontecimentos é:
(
) Luís Jardim. (X)
Pedrinho. ( )
Conceição.
02 – O
que se descreve no texto se passou:
(
) Junto de um açude. ( ) No
campo. (X) Na cidade.
03 – Que
sinais prenunciavam o temporal?
Céu
carregado e escuro, atmosfera abafada, vento forte.
04 – O texto
sugere calma, quietude, silêncio, ou movimento, pressa, barulho, nervosismo?
O texto sugere movimento, pressa, barulho, nervosismo.
05 – Qual
é o parágrafo em que o narrador interrompe a descrição do temporal para falar
da agitação e alegria que as chuvas lhe causavam?
É o nono
parágrafo.
06 – Ao
se dirigir à empregada e ao filho, a mãe de Pedrinho usou o tratamento:
(X) Tu.
( )
Você. (
) O senhor, a senhora.
07 – O
autor, às vezes, fala das coisas como se fossem pessoas. Cite uma frase do
texto em que se nota isso.
As folhas fugiam com o vento, dançando no ar.
08 –
Encontre no penúltimo parágrafo um exemplo de afirmação exagerada pela emoção e
o espanto.
Escureceu o
MUNDO de
repente.
09 – A
frase “o trovão respondeu com estalidos tremendos” transmite-nos uma sensação:
01 –
Descreva o trabalho lexical (de vocabulário) desenvolvido em Violões
que choram...
O trabalho
lexical em Violões que choram... se irmana perfeitamente ao trabalho fonológico
(de sons). Ambos vão provocando novas relações no campo dos significados
(semântico).
02 – De
que forma acontece o envolvimento poético no texto?
O envolvimento poético neste poema acontece graças a uma bem-estruturada
repetição de consoantes (aliteração), principalmente na estrofe antológica:
“Vozes veladas, veludosas vozes”.
03 –
Comente o trabalho sonoro no poema, isto é, as aliterações ocorridas.
O trabalho sonoro, realizado com as consoantes V, Z e I,
transmite musicalidade por meio das palavras. É importante observar que o
recurso das aliterações foi empregado em todo o poema, e a quantidade de
substantivos usados no plural é bastante significativa, sugerindo os sons do
violão na sibilante S.
04 – Os elementos sensoriais
– sons, cores e odores – constituem estímulos para a imaginação do poeta
simbolista, que, a partir deles, desenvolve associações de ideias bem
particulares. Nesse texto, que elemento sensorial serve de partida para o
poema?
Os sons dos
violões que o poeta escuta ao longe, durante a noite.
05 – Com que são comparados
ou associados os sons dos violões?
A “soluços ao
luar”, “choros ao vento”, “gemidos, prantos”. Destacar o tom triste e
melancólico dessa associações, que revelam o estado de espírito do poeta.
06 – Os sons dos violões
despertam que recordações no eu lírico?
Recordações de
outras noites, “noites de além, remotas”. Destacar que os sons dos violões
trazem à tona, para o poeta, todo um mundo de sensações indefiníveis, mas
tristes, fazendo vibrar em sua alma dolências adormecidas, saudades esquecidas.
07 – Considere agora o
aspecto sonoro dos versos. Que trabalho de linguagem se destaca no texto? Por
quê?
A aliteração, que percorre praticamente
todas as estrofes. Chamamos a atenção, em particular, para as estrofes 1, 4, 6
e 7.
08 – Em resumo: que
características tipicamente simbolistas estão presentes nesse texto?
Forte
musicalidade, intensão de sugerir e não de descrever, acentuado subjetivismo.
09 – A linguagem simbolista
caracteriza-se por ser vaga, fluida, imprecisa. Por isso, emprega
abundantemente substantivos abstratos e adjetivos. Destaque das duas primeiras
estrofes do poema:
a)Alguns substantivos e adjetivos responsáveis
por essa fluidez;
b)Alguns versos que conotem algo indefinido,
vago.
“... soluços ao luar”; “nos azuis da Fantasia bordo”.
10 – Na linguagem realista,
a adjetivação é empregada com a finalidade de compor um painel objetivo do objeto. Observe os
adjetivos empregados no poema. Eles contribuem para formar um painel subjetivo ou objetivo da
realidade.
Subjetivo, pois
como característica do Simbolismo as poesias tem sentido vago.
11 – Em vez de nomear ou
explicar objetivamente, a linguagem simbolista procura sugerir.
a)O que sugere a aliteração do fonema /v/ da 7ª estrofe?
Musicalidade.
b)Com base na 1ª e na 5ª estrofes e no título
do poema, indique que sentimentos ou estados d’alma sugerem, na visão do eu
lírico, os sons do violão.
Tristeza, melancolia e nostalgia.
c)Ao se atribuírem aos violões características
como “dormentes”, “chorosos” e “tristonhos”, que figura de linguagem se
verifica?
Personificação.
12 – Para os simbolistas,
uma das formas de expressar as sensações interiores por meio da linguagem
verbal é a aproximação ou o cruzamento de campos sensoriais diferentes,
procedimento denominado sinestesia.
a)Que campos sensoriais o poeta aproxima nas
três estrofes iniciais?
“Doce como o oboé, verdes como a campina”.
b)Destaque da 7ª estrofe um exemplo de
sinestesia.