sábado, 14 de novembro de 2020

CONTO: BRUXAS NÃO EXISTEM - MOACYR SCLIAR - COM GABARITO

 CONTO: BRUXAS NÃO EXISTEM


Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa".

Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão.

Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!".

Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.

– Vamos logo – gritava o João Pedro –, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.

E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.

Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente.

– Está quebrada – disse por fim. – Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.

Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.

Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.

(SCLIAR, Moacyr. Revista Nova Escola – especial Era uma vez... contos. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/bruxas-nao-existem-689866.shtml. Acesso em: 31/08/2013.)


Após ler o conto com atenção, responda às questões a seguir:

1) O narrador conta que, quando era garoto, acreditava em bruxas. Para ele, o que era uma bruxa?

     Para o narrador, bruxas eram “mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas”.

2) Qual era a prova concreta, para o narrador e seus amigos, de que as bruxas existiam?

     A prova para eles era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim da rua.

3) Como ele descreve sua vizinha, Ana Custódio?

     Segundo ele, ela era muito feia, gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, tinha uma enorme verruga no queixo e estava sempre falando sozinha.

 4) Qual era a diversão predileta dos meninos?

    ( X ) Incomodar a senhora, fazendo travessuras.

    (     ) Ajudar a velha a fazer compras no pequeno armazém.

   (      ) Entrar na casa da “bruxa” e vê-la preparando venenos no caldeirão.

  5) Um dia, ao tentar jogar um bode morto na casa da senhora pela janela da frente, a velha apareceu empunhando um cabo de vassoura. Os meninos saíram correndo, e o narrador enfiou o pé num buraco, caiu e quebrou a perna. O que aconteceu após isso?

    (   ) Os colegas voltaram para ajudá-lo.

   (    ) A mulher o alcançou e descarregou nele sua raiva.

   ( X ) A mulher, que já foi enfermeira, ajudou-o, cuidando de sua perna.

  6)  Por que o título do conto é “Bruxas não existem”? Relacione o título ao final da história.

      Porque o narrador deixou de acreditar em bruxas desde que a senhora o ajudou quando ele quebrou a perna; a partir dessa ocasião, ele tornou-se grande amigo dela.

 Observe as palavras empregadas no conto e marque a opção correta.

  7) Releia o trecho:

Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo.

As palavras em destaque apresentam características, modificando outras palavras. Tais palavras ajudam a criar cenários, paisagens e são muito importantes nos textos descritivos. Por isso, com relação à classe gramatical, podemos dizer que são exemplos de:

( X ) adjetivos.

( ) advérbios.

( ) pronomes.

( ) substantivos.

  8) No mesmo fragmento, encontramos a palavra “ela”, utilizada para se referir à mulher: “Era muito feia, ela; [...] ela tinha uma enorme verruga no queixo”. Essa palavra pode ser classificada como um:

     (   ) adjetivo.

     (   ) advérbio.

    ( X ) pronome.

    (   ) substantivo.

9)  No trecho:

De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui.

Essas palavras indicam os acontecimentos, as sequências de ações, a passagem de tempo e dão movimento ao texto. Não há como contar uma história ou narrar um fato sem elas. Essas palavras são:

       ( X ) verbos.

       (   ) artigos.

       (   ) adjetivos.

      (    ) pronomes.

10) Observe os substantivos destacados e numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:

     ( 1 ) “Quando eu era garoto, acreditava em bruxas”.

     ( 2 ) “Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital”.

     ( 3 ) “Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho”.

     ( 4 ) “De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada”.

        ( 4 ) Substantivos abstratos.

        ( 3 ) Substantivo próprio e substantivo comum.

        ( 2 ) Substantivo derivado e substantivo primitivo.

       ( 1 ) Substantivos concretos (ser real / ser imaginário).

11)  Releia e observe as palavras destacadas:

A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua.

Nesse trecho, o narrador apresenta a mulher, que ele achava que era uma bruxa, ao leitor. Os termos destacados são:

     ( ) pronomes demonstrativos, pois indicam a posição de um ser ou objeto.

     ( ) artigos definidos, pois designam um ser já conhecido do leitor ou ouvinte.

    ( X ) artigos indefinidos, pois designam um ser ao qual não se fez menção anterior.

 12) Analise o fragmento:

[...] a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto.

Os termos em destaque designam uma circunstância de lugar; fazem referência a onde era o armazém. Por isso, esses termos podem ser considerados:

      (   ) verbos.

     (    ) artigos.

    ( X ) advérbios.

    (    ) substantivos.

    13)  As palavras que acompanham o substantivo normalmente concordam com ele em gênero (masculino/ feminino) e número (singular/plural). Veja:

A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua.

Reescreva o trecho acima, trocando a palavra mulher pela palavra homem e fazendo as alterações necessárias.

A prova para nós era um homem muito velho, um solteirão que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua.

TIRINHA DE QUINO - HUMANO SE NACE - COM GABARITO

 TEXTO: TIRINHA DE QUINO

1. Observe os quadrinhos atentamente e responda às questões a seguir:


1) Um extraterrestre aterrissa numa cidade grande da Terra, caminha entre os humanos. Sua expressão no 3º quadrinho (1º da 2ª linha) revela que ele está:

( ) assustado.

( ) preocupado.

(X ) com vontade de ir ao banheiro.

( ) triste porque ninguém falou com ele.

2)  Que código foi utilizado para transmitir essa mensagem?

( ) Palavra falada.

( ) Palavra escrita.

( ) Emissão de sons.

(X ) Expressões faciais e gestuais.

3)  No 4º quadrinho, o rosto do guarda e o jeito como ele coloca as mãos na cintura revela que ele reprova a atitude do extraterrestre. Observe o 5º quadrinho e marque qual a mensagem que o guarda tentou transmitir:

(X ) Você não pode “fazer xixi” aqui.

( ) Você deve voltar para seu planeta.

( ) Você não pode atravessar a rua aqui.

( ) Você não pode se deitar e dormir aqui.

4)  No 6º quadrinho (1º da 3ª linha), o guarda indica o lugar aonde o extraterrestre deve ir. O que o símbolo dentro do balão indica?

O símbolo indica que ele deve ir ao banheiro masculino.

e) Se o extraterrestre fosse do sexo feminino, qual seria o símbolo no balão?

Desenhe esse sinal num quadro ao lado:


 5) O final da história nos surpreende. Como o extraterrestre interpretou o sinal do guarda? 

     Ele achou que o sinal indicado pelo guarda fosse o semáforo de pedestres.

  6)  Por que o extraterrestre foi preso no final?

      Porque ele urinou no sinal de pedestres.

   7) O mesmo código pode representar diferentes mensagens, dependendo do contexto.

       - Qual a mensagem transmitida pelo guarda através deste símbolo no 6º quadrinho? 

         Banheiro masculino

      - Qual a mensagem que este símbolo transmite no semáforo (9º quadrinho)? 

       Que a pessoa não pode atravessar, que deve esperar.

   8)  No último quadrinho, observando a expressão facial e corporal do extraterrestre, que texto verbal poderia substituir o sinal dentro do balão?

     Aqui cabem várias frases que demonstrem que o ET ficou confuso com a situação, como: “Por que estou aqui?”, “O que foi que eu fiz?”, “Não entendi nada...”, etc.

  9)  Nesse texto, que tipo de linguagem predomina?

( ) Linguagem verbal.

(X ) Linguagem não verbal.

10)  A que gênero pertence esse texto?

( ) Fábula.

( ) Conto de fadas.

(X ) História em quadrinhos.

11)  Conte a história representada pelos desenhos com as suas palavras.

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TIRINHA DE MANOLITO - COM GABARITO

 TIRINHA DO MANOLITO

Observe a tirinha a seguir...

(http://clubedamafalda.blogspot.com.br/. Acesso em: 25/07/2013.)

O menino da tirinha chama-se Manolito. Leia suas características:

Manolito é filho de um comerciante, mais preocupado com os negócios e dinheiro do que com outra coisa. É um estudante que tira notas baixas (menos em matemática, por causa das contas que aprende no mercado do pai). Apenas pensa no lucro do armazém de seu pai. Também adora inflações dos preços, pois assim acha que está lucrando.

(Adaptado. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda#Personagens. Acesso em: 26/07/2013)

1)Ao saber dessas informações, podemos entender melhor a tira. No último quadrinho, podemos reparar a cara de insatisfeita da cliente. O que Manolito tentou fazer?

   Ele tentou vender um salame estragado à cliente.

2) Ele tenta se justificar. Mas você acha que ele agiu corretamente? Por quê?

     Não, pois ele visou somente o lucro e não pensou na saúde da cliente, nem no direito do

     consumidor. Ele não quis perder a mercadoria estragada.


TIRINHA DO CASCÃO E PINÓQUIO - COM GABARITO

Tirinha do Cascão e Pinóquio

Vamos nos exercitar um pouco?

Leia:

(Disponível em: www.monica.com.br/quadrinhos. Acesso em: 02/10/2012.)

1. A tirinha anterior apresenta duas personagens famosas por suas características peculiares. Você conhece o Cascão? E o Pinóquio? Se não os conhece, faça uma pesquisa na internet antes de responder às perguntas a seguir.

a) Qual a característica principal do Cascão?

    Ele não gosta de tomar banho.

b) E qual a característica do Pinóquio?

     Ele mente muito e, quando mente, o nariz dele cresce.

c) Pensando nessas informações, em que consiste o humor da tira? Por que ela é engraçada?

    O Cascão pede ao Pinóquio para contar mais uma mentira para que nariz dele cresça e faça  uma ponte para que ele atravesse o rio sem se molhar.

2. Você pode encontrar no texto um exemplo de frase nominal?

     Por favor!

3. A frase “Conta só mais uma mentira!” é um exemplo de oração. Apesar de ela terminar com ponto de exclamação, podemos dizer que é um exemplo de frase:

    ( ) afirmativa ( ) interrogativa ( X ) imperativa





TIRINHA DA MEG - NUMERAL - COM GABARITO

 TIRINHA DA MEG - NUMERAL

Vamos nos exercitar um pouco?

Leia mais essa tirinha


(Curfman. Meg. In: Recreio, nº 108).

ENTENDENDO A TIRINHA

1. Na tira, a personagem Meg e seu amigo participam de uma brincadeira. Que brincadeira é essa?

     Eles apostam corrida até o ponto do ônibus da escola.

2. Nos dois primeiros quadrinhos, Meg diz os segundos que eles devem esperar para iniciar a corrida.

    a) Quantos segundos ela contará para começar a corrida?

         Três segundos.

   b) Essa palavra indica quantidade. Por isso, podemos dizer que é um exemplo de numeral:

       ( X ) cardinal. ( ) ordinal. ( ) multiplicativo. ( ) fracionário.

 3. No 4º quadrinho, o amigo de Meg comemora a vitória.

      a) O que expressa a palavra “UHUU!!”?

         ( ) cansaço. ( ) reclamação. ( X ) comemoração. ( ) vaia.

     b) O menino diz que ele chegou primeiro. Essa palavra indica ordem. Por isso, podemos dizer que é   um exemplo de numeral:

          ( ) cardinal. ( X ) ordinal. ( ) multiplicativo. ( ) fracionário.

   4. Observe o último quadrinho e responda: O garoto foi, na verdade, o vencedor da corrida? Por quê?

       Não, porque a menina não estava realmente apostando corrida, mas sim “pregando uma peça” no  colega.

  5. No 1º quadrinho, aparece a palavra UM. Analisando a situação, essa palavra é artigo ou numeral? Por quê?

     É numeral, pois a menina está contando.


TIRINHA DE CALVIN - LINGUAGEM NÃO VERBAL - CALVIN E SEUS AMIGOS - COM GABARITO

HISTÓRIA EM QUADRINHOS - CALVIN E SEUS AMIGOS 

Que tal agora entrarmos no universo das histórias em quadrinhos?

 


(Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml?utm_source=redesabril_fvc&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_novaescola&. Acesso em: 24/07/2013.)

Calvin é um garoto de seis anos, de muita imaginação. Ele está quase sempre acompanhado de Haroldo, seu tigre de pelúcia, que para ele é como se fosse real.

Observe a tirinha e responda:

1) O que Calvin está fazendo?

Está preparando uma receita de panquecas.

2) Como Haroldo o está ajudando?

Haroldo está lendo a receita na caixa enquanto o Calvin a prepara.

3) No segundo quadrinho, o tigre diz que a receita dá para vinte panquecas e que aí “vão ser dez para cada um”. Que conta ele fez?

Dividiu a quantidade de panquecas que seriam feitas (20) pelos dois que as comerão (ele e Calvin).

4) Haroldo diz que a receita dá para vinte panquecas. De que Calvin se deu conta nesse momento?

Ele percebeu que daria muito trabalho preparar 20 panquecas.

5) Que ideia ele teve para resolver o problema?

Resolveu preparar somente uma grande e dividir no meio para ter menos trabalho.

6) Você acha que a receita do Calvin dará certo? Por quê?

Provavelmente não, pois a quantidade influencia no resultado final. Ao fazer somente uma grande, ele não está seguindo as instruções da receita adequadamente.




QUADRINHO DE QUINO - LINGUAGEM NÃO VERBAL - COM GABARITO

 QUADRINHO DE QUINO – LINGUAGEM NÃO VERBAL

Vamos nos exercitar um pouco?

Observe o texto a seguir e reflita sobre as questões propostas:

Quadrinho de Quino. In: CEREJA & MAGALHÃES. Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 1998. p. 7.

1. Os quadrinhos nos mostram um homem chegando a uma cidade. Observe e responda:

a) Esse homem é um turista. Que detalhes comprovam essa afirmação?

Ele está chegando num trem, suas roupas são diferentes das usadas pelas pessoas do local, ele carrega uma câmera, uma mala...

 b) Em que região do mundo provavelmente se localiza a cidade onde ele chega? Como sabemos disso?

Provavelmente se localiza num país árabe. Sabemos isso ao observar o modo como as pessoas se vestem, os utensílios vendidos nas lojas, as construções do local.

2. No 2º quadrinho, um velhinho faz um gesto ao turista e, ao mesmo tempo, lhe diz alguma coisa.

Como o turista entendeu as palavras do velhinho?

Ele achou que era um cumprimento, uma saudação.

3. Ao observar a expressão do rosto e do corpo do recepcionista do hotel, o que, em sua opinião, significam os sinais contidos nos balões?

Parece ser um xingamento, uma ofensa.

4. Em que consiste o humor do quadrinho?

A mesma palavra é usada pelas pessoas quando ele chega à cidade; as pessoas sorriem e tiram o chapéu para ele. Por não conhecer o código, o turista acha que é um cumprimento. No final, o recepcionista do hotel martela o dedo e diz a mesma palavra. O turista, então, acha que as pessoas estavam debochando dele ao cumprimentá-lo.

5. Que tipo de linguagem tivemos que observar para interpretar esse quadrinho, a verbal ou a não verbal?

 A linguagem não verbal, pois não conhecemos a escrita árabe.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

TEXTO INFORMATIVO: O QUE É DENGUE - COM GABARITO

 TEXTO INFORMATIVO: O QUE É DENGUE?

             A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

           A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna na maioria dos casos. O seu principal transmissor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram o avanço da dengue.

          O vírus causador da dengue possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três.

           A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias.

           Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos. O indivíduo não percebe a picada do mosquito, pois não dói e nem coça no momento.

         Os sintomas mais comuns são: febre, dores no corpo (principalmente nas articulações) e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

        Para evitar o mosquito da dengue, é preciso eliminar os focos de reprodução. Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros desse inseto. Por exemplo: uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

(Adaptado. Disponível em: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dengue. Acesso em: 30/07/2013.)


Vamos refletir sobre o texto?

1) De acordo com o texto, dengue é:

    (X ) uma doença.

    (  ) um mosquito.

    (  ) uma pessoa infectada.

 2) Aedes aegypti, por sua vez, é como chamamos:

   (  ) a doença.

   (X ) o mosquito transmissor da doença.

   (  ) a pessoa infectada pela doença.

 3) Segundo o texto, como a dengue é transmitida?

    O seu principal transmissor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.

 

4) Releia: “A dengue é uma doença febril aguda”. O que significa o adjetivo febril nesse trecho?

        Febril quer dizer que causa febre.

 5) Quais são os sintomas da doença?

 Os sintomas mais comuns são: febre, dores no corpo (principalmente nas articulações) e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

 

6) Como podemos ajudar a prevenir a doença?

    Evitando o  mosquito da dengue, eliminando os focos de reprodução.

 7) Qual a importância desse texto informativo?

    Informar as pessoas sobre a dengue, para que possam se prevenir e reconhecê-la.

 8) Observe os trechos a seguir. Posteriormente, diga se o predicado é verbal ou nominal:

a) “A dengue [é um dos principais problemas de saúde pública no mundo]”  nominal

b) “20 mil [morrem em consequência da dengue]” verbal

c) “A dengue [é uma doença febril aguda]” nominal

d) “a fêmea do mosquito [deposita seus ovos em recipientes com água]” verbal

e) “as larvas [vivem na água por cerca de uma semana]”

      verbal

 9) Explique o uso dos dois-pontos [ : ] nos seguintes trechos:

a) “O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água.”

Introduzir a explicação de como ocorre o ciclo de transmissão.

 b) “Por exemplo: uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local.”

Introduzir um exemplo.

 

TEXTO INFORMATIVO: DE OLHO NO MEIO AMBIENTE - COM GABARITO

 TEXTO INFORMATIVO: De olho no meio ambiente

      Você toma banho, viaja, compra coisas, come, vai à escola e faz as mesmas coisas que quase todo mundo faz. E a gente pode não perceber, mas todas essas ações causam impacto na natureza.

      Faz pouco tempo que a humanidade começou a se preocupar com isso. Antigamente, as pessoas não tinham consciência de que suas ações afetavam a vida de outros seres. A população era bem menor, e o modo de vida era muito diferente.

         Assim, usar madeira de uma árvore para fazer uma casa não seria um problema. Mas, para erguer uma cidade, uma floresta inteira poderia ser destruída, mudando a vida de muitos seres. Além disso, com uma população maior, há mais interferência no ambiente para ter plantações, ruas, indústrias e fontes de energia.

          Graças aos avanços da ciência, pouco a pouco, o homem foi percebendo que causava desequilíbrio no ambiente e descobrindo quanto isso era grave.

         Preocupado, em 1866, o alemão Ernest Haeckel criou um termo para definir uma ciência que estava surgindo: a ecologia, que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente.

        Mas foi só no século 20 que o assunto passou a ser mais discutido. Em 5 de junho de 1972, foi realizada a primeira Conferência Mundial sobre Meio Ambiente para destacar a importância de proteger a natureza e melhorar as condições de vida do planeta. A data foi escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente. Hoje, todos sabem que é importante preservar a natureza, e a data serve para lembrar que devemos pensar sobre o problema.

           A cada ano, nascem 77 milhões de pessoas. É mais gente consumindo produtos e recursos naturais. Aí, as indústrias produzem mais, muitas poluem o ar, as águas e o solo. Lixo, contaminação dos mares e poluição do ar e do solo não são ruins só para os humanos. Se outros seres vivos ficam sem alimento ou casa, podem desaparecer, piorando o desequilíbrio ecológico.

          Além de tentar recuperar o que foi destruído, temos de encontrar soluções para que as pessoas vivam bem sem prejudicar a natureza.

Hoje, há cerca de 6,5 bilhões de pessoas na Terra. Calcula-se que, em 2050, sejam mais de 9 bilhões. Se toda essa turma ajudar, a Terra poderá se tornar um lugar melhor para os habitantes de todas as espécies.

(Adaptado. Revista Recreio, maio de 2008. p. 24)


 ENTENDENDO O TEXTO

Seguem algumas questões para você refletir acerca desse texto:

     1)   Esse é um exemplo de texto informativo. Qual o assunto dele?

               A preservação do meio ambiente.

 2)   Releia a frase: “E a gente pode não perceber, mas todas essas ações causam impacto na natureza.” (linhas 2-3). A expressão essas ações retoma uma informação anterior. Que ações são essas?

              As ações são: tomar banho, viajar, comprar coisas, comer, ir à escola e fazer as mesmas coisas Que quase todo mundo faz.


3)   O autor do texto afirma que, por alguma razão, o homem tomou consciência de que suas ações prejudicavam a natureza. Qual o trecho que aponta essa razão?

         (  ) “Antigamente, as pessoas não tinham consciência de que suas ações afetavam a vida de outros seres.”

         ( X  ) “Graças aos avanços da ciência, pouco a pouco, o homem foi percebendo que causava desequilíbrio no ambiente e descobrindo quanto isso era grave.”

        (    ) “Mas foi só no século 20 que o assunto passou a ser mais discutido.”

       4) Releia: “Você toma banho, viaja, compra coisas, come, vai à escola e faz as mesmas coisas que todo mundo faz” (linhas 01-02).     Podemos dizer que no trecho predomina:

               ( X  ) uma sequência de acontecimentos; verbos de ação.

         (   ) a descrição de como algo é ou era; estados permanentes ou momentâneos.

       5) Já no trecho: “A população era bem menor, e o modo de vida era muito diferente” (linhas 5-6). Podemos dizer que no trecho predomina:

        (   ) uma sequência de acontecimentos; verbos de ação.

   ( X ) a descrição de como algo é ou era; estados permanentes ou momentâneos.

TEXTO INFORMATIVO: UM TERÇO DOS JOVENS SE ARREPENDE DO QUE ESCREVE EM REDES SOCIAIS - COM GABARITO

   

TEXTO INFORMATIVO: UM TERÇO DOS JOVENS SE ARREPENDE DO QUE ESCREVE EM REDES SOCIAIS

Você é desses que posta e vai correndo apagar antes que vejam?

       Desde que as redes sociais foram criadas, há pelo menos uma sensação negativa recorrente em uma boa parcela de usuários: o arrependimento. Quem nunca falou algo no calor da emoção – ou com a coragem do álcool – no Orkut, Twitter, Facebook e pensou, momentos mais tarde: “Putz! Não devia ter postado isso”? Se você faz parte desse grupo, relaxe: você não está sozinho. Uma pesquisa feita pelo site FindLaw.com com mil pessoas entre 18 e 34 anos de idade mostrou que 29% deles têm medo que uma foto, comentário ou outro tipo de informação pessoal postada em redes sociais possa lhes comprometer na hora de buscar um emprego.

           De acordo com o estudo, esse temor fez com que 74% dos entrevistados eliminasse algum post no Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest ou Tumblr para evitar reações negativas de futuros superiores. Entre adultos mais velhos, entre 35 e 64 anos de idade, o medo é bem menos presente: apenas 36% já deletaram algum conteúdo por essas razões.

         “O melhor é pensar que tudo o que você posta pode viver para sempre na internet e pensar bem nisso antes de apertar o botão Postar”, disse Stephanie Rahlfs, advogada e editora no FindLaw.com.

(Revista SuperInteressante. Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/tendencias/pesquisa-29-dos-jovens-adultos-se-arrependem-de-posts-em-redes-sociais/. Acesso em: 30/07/2013.)


Vamos refletir sobre o texto?

     1) O texto “Um terço dos jovens se arrepende do que escreve em redes sociais” apresenta:

       (   ) uma notícia.

       (X ) um resultado de pesquisa.

       (   ) um conjunto de instruções.

     2) Segundo o texto, por que as pessoas se arrependem de ter postado algo coisa nas redes sociais?

Porque as pessoas às vezes falam algo no calor da emoção – ou com a coragem do álcool – nas redes sociais e só depois percebem que falaram algo que não deviam e que pode prejudica-las.

 

 3)Você utiliza alguma rede social ou site de compartilhamento de fotos e/ou vídeos como o Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, etc.? Se sim, já se arrependeu de ter postado algo? Por quê?

        Resposta pessoal.

 4)   O que você acha da exposição da vida das pessoas na internet? Quais as vantagens e desvantagens de participar de uma rede social?

Resposta pessoal.

       5) Releia o título: “Um terço dos jovens se arrepende do que escreve em redes sociais”. O termo em destaque é um exemplo de:

          (  ) pronome.

          (  ) advérbio.

          ( X) numeral.

       6) Reveja o trecho: “Quem nunca falou algo no calor da emoção – ou com a coragem do álcool – no Orkut, Twitter, Facebook [...]”. Com relação ao sentido, os substantivos em destaque podem ser classificados como:

           ( X) abstratos.

           (  ) concretos.

           (  ) coletivos.

      7) Com base no termo em destaque: “Putz! Não devia ter postado isso”, marque a opção correta:

      a) “Putz!” é um exemplo de:

          ( ) oração.

          (X ) frase nominal.

      b) Esse termo pertence à classe:

         ( X ) das interjeições.

         ( ) dos verbos. ( ) dos adjetivos.

     c) Essa frase pode ser classificada como:

       (  ) declarativa. ( X ) exclamativa.

       (  ) interrogativa. (  ) imperativa.

      8) Releia: “Entre adultos mais velhos, entre 35 e 64 anos de idade, o medo é bem menos presente”. Com relação à oração em destaque, classifique:

         a) o sujeito (X ) simples.

                            (  ) composto.

 

         b) o predicado  (  ) verbal.

                                  (X ) nominal.

      9) [...] e pensou, momentos mais tarde: “Putz! Não devia ter postado isso”?

      Nesse trecho, por que foram usadas as aspas?

      Porque expressa um pensamento da pessoa que teria postado algo e depois se arrependeu.

 

POEMA: RONDÓ DE EFEITO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

                 POEMA: RONDÓ DE EFEITO

                                   Manuel Bandeira

Olhei para ela com toda a força.
Disse que ela era boa.
Que ela era glamorosa,
Que ela era bonita pra burro:
Não fez efeito.

Virei pirata:
Dei em cima dela de todas as maneiras,
Utilizei o bonde, o automóvel, o passeio a pé,
Falei de macumba, ofereci pó…
À toa: não fez efeito.

Então banquei o sentimental:
Fiquei com olheiras,
Ajoelhei,
Chorei,
Me rasguei todo,
Fiz versinhos,
Cantei as modinhas mais tristes do repertório do Nôzinho.

Escrevi cartinhas e pra acertar a mão, li Elvira a Morta Virgem,
romance primoroso e por tal forma comovente que ninguém pode lê-lo
sem derramar copiosas lágrimas…

Perdi meu tempo: não fez efeito.
Meu Deus que mulher durinha!
Foi um buraco na minha vida.
Mas eu mato ela na cabeça:
Vou lhe mandar uma caixinha de Minorativas,
Pastilhas purgativas:
É impossível que não faça efeito!

Por Manuel Bandeira

Entendendo o poema

1)   Com base no texto acima, julgue com (V) verdadeiro e (F) falso para os itens que se seguem.

(  V  ) Para conquistar sua amada, o narrador faz três investidas sucessivas que podem ser assim resumidas: elogio da beleza física da mulher; oferecimento de vantagens materiais e chantagem emocional.

(  F ) Fica claro que o narrador oferece à jovem uma caixa de pó-de-arroz, produto de maquilagem muito usado pelas moças de pele alva.

( V  ) Apesar de se tratar de construções sintáticas diferentes, em “À toa” e “Perdi meu tempo” há a mesma informação semântica.

( F) Entre os versos 11 e 15, o autor emprega, simultaneamente, duas figuras de linguagem da retórica tradicional: um hipérbato e um clímax.

2)   O eu lírico é feminino ou masculino? Explique extraindo um verso ou uma palavra do poema que comprove sua resposta.

É masculino.

“Então banquei o sentimental...”

3)   De que trata o poema?

O narrador se diz apaixonado e faz muitas tentativas para conquistar à mulher amada.

4)   No verso: “Me rasguei todo”, que figura de linguagem encontramos nesse verso?

Uma metáfora.

5)   O eu lírico conta algo que:

a)   Está acontecendo no presente.

b)   Aconteceu em um passado bem próximo.

c)   Aconteceu num passado distante.

d)   Acontecerá num futuro bem próximo.

6)   Que versos do poema expressa mais claramente o entusiasmo e paixão do eu lírico pela sua amada?

“Então banquei o sentimental:

  Fiquei com olheiras,

  Ajoelhei,

  Chorei,

  Me rasguei todo, ...”

7)   Qual fato desencadeou todas as ações do eu lírico contadas no poema?

A recusa de uma mulher em aceitar os galanteios de um homem que tenta conquistá-la insistentemente.