domingo, 27 de julho de 2025

REPORTAGEM: HORA DE BRINCAR! FRAGMENTO - CATHIA ABREU - COM GABARITO

 Reportagem: Hora de brincar! – Fragmento

        Que tal dar um giro pela história e saber como eram as brincadeiras de antigamente?

        Brincar é muito bom. Concorda? Pois não é só você que acha isso. Todo mundo já foi criança um dia e, provavelmente, brincou muito! Acontece que no passado não havia tantos brinquedos à venda nas lojas. O que será que meninos e meninas faziam para se divertir?

 
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcAQeZ8ZG5K90Mzi8jDy2_R-EojhTuXNqC7OPirVw8XE2p_X6-GhcP11H4wWhhRzKMA8i8qM7zlVNZoDtXhF7Xv-a44AY4K_XytdQR-c4XqWVEPm0Eb81T-3ULoXTGGfk_ri_XUw62KeEQgWMxBQcaohO9dcEoMLg5A0C2dYgM1b3du0Lpbd_L3eIf5o8/s320/BRINCADEIRA.jpg

        Nossa viagem pelo mundo das brincadeiras começa no início do século 20. Ruas de chão, pouca iluminação, muitos terrenos baldios. O cenário parece sinistro? Que nada! Continha diversão a valer! Por volta de 1920 e 1930, as crianças adoravam, por exemplo, brincar na rua, principalmente de assustar os outros. Os meninos eram os donos das cenas de terror. “Eles pegavam um mamão verde, tiravam a polpa, faziam olhos, boca e colocavam uma vela acesa dentro. Então, corriam para cima da gente”, conta Lunéa Lopes, que nasceu no Rio de Janeiro em 1925.

        Entre 1940 e 1950, as brincadeiras de rua continuavam: roda, corda e outras faziam a alegria da garotada. “A mais pedida era o ‘pau-pique’ ou ‘31 de janeiro’. A diversão era assim: todas as crianças faziam uma grande roda e, no meio, posicionavam um pedaço de pau. De mãos dadas elas contavam de 1º até 31 de janeiro e todas corriam para o centro da roda. Quem pegasse o pau primeiro era o vencedor”, diz Catharina de Abreu, que nasceu em 1937, na cidade de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro.

        No final de 1950 e início dos anos 1960, as indústrias começaram as crescer no Brasil e os brinquedos eram mais facilmente encontrados: bolas, bonecas, carrinhos de plásticos e movidos à pilha tornaram-se comuns. “A boneca Susi, até hoje encontrada nas lojas, chegou ao Brasil em 1962, e a Barbie, logo depois, em 1963”, explica Cristina Von, autora do livro A história do brinquedo, da Editora Alegro.

        Mesmo com a industrialização dos brinquedos, meninos e meninas ainda se divertiam com brincadeiras bem tradicionais. A “cama-de-gato”, por exemplo, era um passatempo comum em diversas cidades brasileiras. Para quem não sabe, a brincadeira consiste em passar um barbante entre os dedos das mãos, formando desenhos geométricos. O desafio é uma criança retirar o barbante da mão da outra sustentando o barbante e formando um novo desenho. Nos anos 1970 e 1980, fez sucesso a brincadeira de pular o elástico. Em vez das mãos, usavam-se as pernas. A brincadeira envolvia, no mínimo, três pessoas: duas para segurar o elástico nas pernas e a terceira para cruzá-lo, sem se enroscar e cair.

        Entre 1980 e 1990, a sensação da garotada eram bonecos de todos os tipos, como o famoso Falcon, que era o protótipo de um aventureiro voltado para distrair os meninos, mas que as meninas adoravam para fingir de marido da Susi ou da Barbie. O Forte Apache, que imitava uma aldeia de índios norte-americanos, com animais e outras miniaturas, também fazia sucesso, além de robôs, que funcionavam à pilha. Também foi nessa época o início da fabricação de brinquedos com tecnologias mais avançadas, como os videogames. “A ideia do videogame apareceu nos anos 1950, mas demorou até chegar a um bom produto”, diz Cristina Von. “Hoje qualquer criança conhece esses jogos interativos.”

        No ano 2000 – que você conhece bem – videogames de última geração, além de outros jogos eletrônicos super-avançados ganham a cena. Mas é bom saber: “Celular, computador, televisão e telefone não foram inventados para se tornarem brinquedos. Cada um deles tem uma função específica”, lembra Cristina. Por isso, aproveite a bola, o skate, o patinete para sacudir bem o esqueleto. Quem sabe você até se liga nas dicas de seus parentes que nasceram bem antes e lança uma “velha nova” brincadeira entre os amigos? O importante é reunir a galera e se divertir!

Fonte: Cathia Abreu. Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/hora-de-brincar. Acesso em: 1º mar. 2015.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 7º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 58-59.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual era uma brincadeira popular entre 1920 e 1930, especialmente entre os meninos?

A – Empinar pipas.

B – Brincar de pega-pega.

C – Assustar os outros com mamões verdes.

D – Jogar futebol na rua.

02 – Qual era a brincadeira de rua mais pedida entre 1940 e 1950, que também era conhecida como '31 de janeiro'?

A – Pular elástico.

B – Esconde-esconde.

C – Cama-de-gato.

D – Pau-pique.

03 – Em que período as indústrias começaram a crescer no Brasil, tornando os brinquedos mais facilmente encontrados?

A – Entre 1940 e 1950.

B – Final de 1950 e início dos anos 1960.

C – Início do século 20.

D – Entre 1970 e 1980.

04 – Segundo Cristina Von, em que ano a boneca Barbie chegou ao Brasil?

A – 1950.

B – 1962.

C – 1970.

D – 1963.

05 – Mesmo com a industrialização dos brinquedos, qual brincadeira tradicional que consiste em passar um barbante entre os dedos continuava sendo um passatempo comum?

A – Cama-de-gato.

B – Pau-pique.

C – Pular elástico.

D – Roda.

06 – Em qual período o Forte Apache, robôs à pilha e o início da fabricação de videogames avançados se tornaram sensação entre a garotada?

A – Final de 1950 e início dos anos 1960.

B – No ano 2000.

C – Nos anos 1970 e 1980.

D – Entre 1980 e 1990.

07 – Qual a principal ressalva de Cristina Von sobre o uso de celular, computador, televisão e telefone como brinquedos no ano 2000?

A – Eles não foram inventados para serem brinquedos e têm funções específicas.

B – São muito caros para serem usados como brinquedos.

C – Fazem mal para a vista das crianças.

D – As brincadeiras antigas são mais divertidas.

 

 

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