quinta-feira, 3 de julho de 2025

TEXTO: NOVOS CAMINHOS PARA A SUA FORMAÇÃO - IONE CARDOSO OLIVEIRA - COM GABARITO

 Texto: Novos caminhos para a sua formação

           Ione Cardoso Oliveira

         Dedico este texto a todos os professores que buscam novos caminhos para a sua formação.

        Caminhar e ver confunde-se nos emaranhados da lembrança: o tempo de lembrar se traduz enfim pelo tempo de aprender. Por isso, sem a memória do processo de construção de aprender, a narração perderia a sua qualidade. Eis porque o momento do registro investe sobre o sujeito e o transforma pelo ato de refletir. Escrever, registrar, relatar, descrever, estabelecer relações mantém o ato percentual em um ato presente. Cada ato de percepção é um ato novo que supõe outras experiências, outros movimentos – por isso, as vozes que traduzem os sentimentos e pensamentos dos educadores têm me encantado, momento singular do PROFA. Que esse movimento se amplie, gerando novas práticas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0NdbQIgk0riAXfAonRUpTuXAuIpsfHdECrYyIN0oEnRG6tQQi6NSHf9S1PERqAMqWBwKVj3BDFkP-tjMaG00nFPQQ_po_jnJIPe_-MdvhhgQbFpOjeQzi7kg0NFXtyqGV-NtFjFSb8RkLVu519C9eDNzaCVujCbbtgZ7-n10mR_HbAEWZCvahz-6w_V4/s320/23052025160223.jpg


        O registro historifica, solidifica os momentos de um grupo.

        A expressão dos silêncios...

        Das vozes inibidas dos professores

        Submissas

        Oprimidas

        Surgem vozes autorizadas

        pela experiência,

        pelo trabalho

        pela prática.

        Capacidade de refletir, expressar-se.

        Vozes silenciosas grávidas de significação.

        Emerge a esperança, visível, audível

        de uma escola séria e alegre.

        Uma escola renovada

        professor leitor,

        escritor,

        cidadão,

        educador.

        Ciente de seus limites.

        Seguro de seus conhecimentos.

        Viver a utopia, alegria, busca,

        reinventar o diálogo.

        Uma teia, tecida com fios sentidos da vida.

        Vozes em rede que

        registram, analisam e escrevem.

        Tarefa nada fácil! Como diz o poeta:

        “[...] A ciência das coisas se aprende na lida, sem dijutório.

        Aprende-se nas conversas. Ouvido na escuta. Sem meeira

        Para correr os olhos nas escritas.

        Professor é a gente mesmo. Sabe-se escutando.

        É falando pouco, economizando palavras. Decifrando

        silêncios”.

        Professor, professora, queria lhe dizer:

        O que se espera é que esse movimento se amplie e tenha continuidade.

        Que outros professores registrem e analisem a sua prática para fazê-la avançar no sentido de construir uma nova didática.

        Muitos são os registros que refletem um caminho percorrido por vocês e seus alunos no sentido de tornarem-se interlocutores e parceiros na construção da escrita.

        Que esse movimento não se perca ao sabor dos ventos e das mudanças institucionais...

Ione Cardoso Oliveira.

Fonte: Letra e Vida. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Coletânea de textos – Módulo 3 – CENP – São Paulo – 2005. p. 64-65.

Entendendo o texto:

01 – A quem o texto é dedicado e qual o tema central que ele aborda?

      O texto é dedicado a todos os professores que buscam novos caminhos para sua formação. O tema central é a importância do registro da experiência e da reflexão sobre a prática pedagógica como forma de aprendizado e transformação.

02 – Qual a importância do ato de registrar, segundo a autora?

      A autora enfatiza que escrever, registrar, relatar e descrever mantém o ato perceptivo presente, confunde-se com o tempo de aprender, solidifica os momentos de um grupo e, principalmente, transforma o sujeito pelo ato de refletir.

03 – Que tipo de transformação a autora observa nas vozes dos professores?

      A autora percebe que as vozes que antes eram "inibidas, submissas, oprimidas" agora surgem autorizadas pela experiência, pelo trabalho e pela prática. Isso significa que os professores, ao refletirem sobre sua atuação, ganham a capacidade de se expressar e a segurança de seus conhecimentos.

04 – Que tipo de escola a autora almeja, e quais as características do professor nessa escola?

      A autora vislumbra uma escola séria e alegre, uma escola renovada. Nessa escola, o professor ideal é um leitor, escritor, cidadão e educador, ciente de seus limites, mas seguro de seus conhecimentos, vivendo a utopia, a alegria e a busca constante.

05 – Qual a principal mensagem e o desejo da autora para o futuro da formação de professores?

      A principal mensagem é que o movimento de registro e análise da prática docente se amplie e tenha continuidade. A autora deseja que mais professores registrem e analisem sua atuação para construir uma nova didática e que esse movimento não se perca, solidificando o professor como interlocutor e parceiro na construção do conhecimento.

 

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