sábado, 15 de julho de 2017

SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO MÉDIO - COM GABARITO

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.


TEXTO I: TRINTA ANOS DE UMA FRASE INFELIZ

        Ele não podia ter arrumado outra frase? Vá lá que haja perpetrado grande feito indo à Lua, embora tal empreendimento soe hoje exótico como uma viagem de Gulliver. Mas Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, precisava ter dito: “Este é um passo pequeno para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade”? Não podia ter se contentado com algo mais natural (“Quanta poeira”, por exemplo), menos pedante (“Quem diria, conseguimos”), mais útil como informação (“Andar aqui é fácil/difícil/gostoso/dói a perna”) ou mais realista (“Estou preocupado com a volta”)? Não podia. Convencionou-se que eventos solenes pedem frases solenes. Era preciso forjar para a ocasião uma frase “histórica”. Não histórica no sentido de que fica guardada para a posteridade - a posteridade guarda também frases debochadas, como “Se eles não têm pão, comam brioches”. Histórica, no caso, equivale à frase edificante. É a história em sua versão, velhusca e fraudulenta, de “Mestra da Vida”, a História rebaixada a ramo da educação moral e cívica. À luz desse entendimento do que é “histórico”, Armstrong escolheu sua frase. Armstrong teve tanto tempo para pensar, no longo período de preparativos, ou outros tiveram tempo de pensar por ele, no caso de a frase lhe ter sido oferecida de bandeja, junto com a roupa e os instrumentos para a missão, e foi sair-se com um exemplar do primeiro gênero. Se era para dizer algo bonito, por que não recitou Shakespeare? Se queria algo inteligente, por que não encomendou a Gore Vidal ou Woody Allen?
                                    (Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 21/07/99).

1) O tema central do texto é:
      a) a indignação pelos poucos dados enviados sobre a aventura da ida do homem à Lua.
      b) a narrativa da aventura do primeiro homem a pisar na Lua.
      c) a importância do acontecimento do homem ter chegado à Lua.
      d) a discordância com respeito à frase escolhida para um momento grandioso.
      e) o impacto da frase dita no momento em que o homem pisou na Lua.

2) A propósito do texto, o autor classifica a frase de Armstrong como infeliz, porque:
      a) apesar de ter sido edificante, a frase não foi humilde.
      b) apesar de ter sido bonita, a frase foi superficial.
      c) apesar de ter ficado para a posteridade, a fase foi superficial, pedante, inútil e irreal.
      d) apesar de ter sido solene, a frase foi exótica.
      e) apesar de ter sido inteligente, a frase não foi edificante.

3) “...embora tal empreendimento soe hoje exótico como uma viagem de Gulliver.” O autor do texto expressa:
      a) certa decepção, com o passar dos anos, quanto à ida do homem à Lua.
      b) a importância capital que teve o evento para a humanidade.   
      c) o encantamento com que a ida do homem à Lua é vista até hoje.
      d) a necessidade de que o homem volte à Lua.
      e) certa incredulidade quanto à ida do homem à Lua.

4) Para Roberto Pompeu de Toledo, a frase em apreço deveu-se ao fato de que:
      a) o astronauta recebeu a frase já pronta, junto com a roupa e os instrumentos para a missão.
      b) Armstrong não teve tempo para pensar em algo melhor.
      c) Armstrong foi motivado pela convenção de que eventos solenes pedem frases solenes.
      d) Armstrong quis ser original, não copiando Shakespeare, Gore Vidal e Woody Allen.
      e) o astronauta não acreditou no êxito da missão.

5) Na opinião do autor do ensaio:
      a) só frases edificantes são históricas.
      b) a frase de Armstrong revela uma visão ultrapassada da História.
      c) só frases bonitas ou inteligentes são históricas.
      d) eventos solenes pedem” frases solenes.
      e) a frase de Armstrong foi rapidamente esquecida.

Observe a tira postada abaixo e responda à questão proposta.
 TEXTO II:


QUINO, J. L Mafalda. Tradução de Mônica S. M. da Silva, São Paulo: Martins Fontes, 1988.

6) A conversa entre Mafalda e seus amigos...
      a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam divergir.
      b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas.
      c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.
      d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias.
      e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 07 A 11:


TEXTO III:
DA INFLUÊNCIA DOS ESPELHOS

        Tu lembras daqueles grandes espelhos côncavos ou convexos que em certos estabelecimentos os proprietários colocavam à entrada para atrair os fregueses, achatando-os, alongando-os, deformando-os nas mais estranhas configurações? Nós, as crianças de então, achávamos uma bruta graça, por saber que era tudo ilusão, embora talvez nem conhecêssemos o sentido da palavra “ilusão”. Não, nós bem sabíamos que não éramos aquilo! Depois, ao crescer, descobrimos que, para os outros, não éramos precisamente isto que somos, mas aquilo que os outros veem. Cuidado, incauto leitor! Há casos, na vida, em que alguns acabam adaptando-se a essas imagens enganosas, despersonalizando-se num segundo “eu”. Que pode uma alma, ainda por cima invisível, contra o testemunho de milhares de espelhos? Eis aqui um grave assunto para um conto, uma novela, um romance, ou uma tese de mestrado em Psicologia.

                          (Mário Quintana, Na volta da esquina. Porto Alegre,
                                                                             Globo, 1979, p. 79).
7) Nesta crônica, Mário Quintana
      a) vale-se de um incidente de seu tempo de criança, para mostrar a importância que tem a imaginação infantil.
      b) alude às propriedades ilusórias dos espelhos, para mostrar que as crianças sentiam-se inteiramente capturadas por eles.
      c) lembra-se das velhas táticas dos comerciantes, para concluir que aqueles tempos eram bem mais ingênuos que os de hoje.
      d) alude a um antigo chamariz publicitário, para refletir sobre a personalidade profunda e sua imagem exterior.
      e) vale-se de um fato curioso que observava quando criança, para defender a tese de que o mundo já foi mais alegre e poético.

8) Considere as seguintes afirmações:
I. O autor mostra que, quando criança, não imaginava a força que pode ter a imagem que os outros fazem de nós.
II. As crianças deixavam-se cativar pela magia dos espelhos, chegando mesmo a confundir as imagens com a realidade.
III. O autor sustenta a ideia de que as crianças são menos convictas da própria identidade do que os adultos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:
      a) I, II e III    
      b) III, apenas
      c) II e III apenas.
      d) I e II apenas.           
      e) I, apenas.

9) Está INCORRETO o seguinte comentário acerca do emprego de termos ou expressões do texto:
      a) A expressão “Há casos, na vida” indica que o autor está interessado em generalizar e absolutizar a verdade da tese que acaba de expor.
      b) Na frase “Nós bem sabíamos que não éramos aquilo”, o termo sublinhado acentua bem a distância e a superioridade com que as crianças avaliavam suas imagens deformadas.
      c) Na frase “Não éramos precisamente isto que somos, mas aquilo que os outros veem”, os pronomes sublinhados reforçam a oposição entre somos e veem.
      d) Ao afirmar que algumas pessoas despersonalizam-se “num segundo eu”, o autor deixa implícito que todos temos um “eu” original e autêntico.
      e) No penúltimo parágrafo, “uma alma invisível” e “testemunho de milhares de espelhos” representam, respectivamente, a personalidade verdadeira e suas imagens enganosas.

10) Na interrogação “Que pode uma alma, ainda por cima invisível, contra o testemunho de milhares de espelhos?” há a admissão de que
      a) só a força do olhar e do interesse alheio capta as verdades de nossa alma.
      b) a verdade essencial da alma não tem como se opor às imagens que lhe atribuem.
      c) o essencial da alma só é reconhecível na soma de suas múltiplas imagens.
      d) a fragilidade da alma só é superada quando adquire a consistência de uma imagem.
      e) a legitimidade do nosso modo de ser depende inteiramente do reconhecimento alheio.

11) Segundo Mário Quintana, a despersonalização num segundo “eu”.
      a) é a causa, e as “imagens enganosas” são a sua consequência.
      b) e a adaptação às imagens enganosas são fatos paralelos e independentes.
      c) é uma consequência, cuja causa é a adaptação às imagens enganosas.
      d) é uma consequência, cuja causa é a invisibilidade da alma.
      e) é a causa, cuja consequência é a invisibilidade da alma.

O TEXTO ABAIXO SERVE DE BASE À QUESTÃO 12.

TEXTO IV:

                QUINO, J. L Mafalda. Tradução de Mônica S. M. da Silva,
                                                       São Paulo: Martins Fontes, 1988.

12) O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor da tirinha para mostrar que o pai de Mafalda:
      a) revelou desinteresse na leitura do dicionário.
      b) tentava ler um dicionário, que é uma obra muito extensa.
      c) causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à leitura de um livro tão grande.
      d) queria consultar o dicionário para tirar uma dúvida, e não ler o livro, como sua filha pensava.
      e) demonstrou que a leitura do dicionário o desagradou bastante, fato que decepcionou muito sua filha.

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 13 A 15.


TEXTO V: RAIZES

        Diante da minha janela havia uma pedra. Não, não vou fazer imitação de poesia. Nada tem de poética a história que vou contar. A pedra de que falo é na verdade uma imensa pedreira, de topo liso, coberto em alguns pontos pela vegetação rasteira, uma espécie de enclave rural em pleno Leblon, onde às vezes cabras pastavam e onde um galo alucinado insistia em cantar na hora errada, no início da madrugada. Era o lugar ideal para, nas tardes de domingo, uma menina se deitar, sentindo nas costas o calor do sol retido pela pedra, enquanto olhava as pipas agitando-se no ar. Eu ia com meus irmãos e seus amigos, quando eles subiam lá para soltar pipa. São só lembranças. Essa pedra não existe mais. Ou pelo menos não existe assim, como a descrevo agora, a pedra da minha infância. Hoje, é uma pedra nua - morta. Sua base ainda está lá e servirá, pelo que sei, de fundação para um shopping. Mas a superfície foi toda raspada, a vegetação desapareceu, a pedreira foi rebaixada em quatro ou cinco metros, retalhada durante dois anos por uma orquestra de britadeiras, e nela foram erguidos os primeiros andares do que seria um estacionamento. Assim que começaram a destruir a pedreira, pensei com alarme numa pequena árvore, uma muda de amendoeira cujo crescimento árduo eu vinha acompanhando havia anos. A árvore crescera numa das laterais da pedra e seu tronco se encorpava, equilibrando-se de forma improvável no paredão íngreme. Eu admirava sua bravura, tirando seiva de um lugar onde não havia terra, fazendo um esforço enorme para crescer na ranhura mínima que encontrara. E caminhei um dia até o local onde ela crescia, para ver se, com as obras que tinham começado, a pequena árvore sobreviveria. Mas cheguei tarde demais. Só encontrei o tronco, decepado. Em torno, as raízes, que por anos se haviam agarrado à pedra com tanto esforço, agora condenadas a secar, inúteis. O tempo passou. E eu não pensei mais no assunto. Até que, outro dia, assistindo a um documentário sobre os talibãs, vi uma inglesa de origem afegã mostrando a foto de um jardim onde brincava na infância e que fora destruído pela guerra civil. O documentário, feito antes da guerra com os Estados Unidos, fora gravado em solo afegão, e a moça conseguira chegar ao local do tal jardim. Mas não encontrou nada. A comparação com a foto que trazia nas mãos era chocante. Todo o verde havia desaparecido. No meio de um descampado monocromático, restara apenas o círculo de pedra de uma velha fonte, seca. E a única coisa que não mudara na paisagem eram as montanhas, ao fundo, testemunhas da devastação que - hoje sabemos - estava apenas no princípio. Aquela mulher e seu jardim desaparecido me fizeram pensar na pequena amendoeira que crescera na pedra e que também fora decepada. E, com isso em mente, voltei ao ponto do paredão onde ela um dia se agarrara. Com surpresa, descobri que das raízes deixadas na pedra surgiam brotos, com folhas de um verde limpo. A amendoeira teimava em renascer - como talvez fizesse o jardim afegão -, apesar da fúria dos homens.
                                                  (Heloísa Seixas, Domingo, n° 1336).

13) “Nada tem de poética a história que vou contar.”; esse segmento do texto traz implícita a ideia de que só é poético (a):
      a) o tema ligado à vida real.
      b) a realidade pertencente à vida passada.
      c) a temática das coisas, seres e fatos harmoniosos.
      d) a discussão política de fatos atuais.
      e) a análise dos pensamentos do homem universal.

14) “Nada tem de poética a história que vou contar.”: a história contada pela autora tem como ponto de partida cronológico:
      a) a existência de uma pedra diante da janela da autora.
      b) a foto de um jardim onde uma afegã brincara na infância.
      c) o crescimento de uma pequena amendoeira na pedra.
      d) a fato de a amendoeira ter sido decepada.
      e) as lembranças da infância da autora.

15) O título dado ao texto, raízes, se refere:
      a) exclusivamente às raízes da amendoeira, que voltaram a brotar.
      b) metaforicamente, a tudo o que nos prende ao passado.
      c) às nossas origens raciais e espaciais.
      d) às recordações da infância que desaparecem na idade adulta.
      e) a tudo o que amamos e que o tempo levou.

16) Assinale o item em que o pronome está classificado erroneamente:
      a) Já lá se vão trinta anos, Deus meu! (possessivo).
      b) Isto aqui é estalagem? (demonstrativo).
      c) Não sei quem és. (interrogativo).
      d) Reduze-me ao pó que fui. (relativo).
      e) Quem não logra tornar o seu trabalho leve não fará obra de peso. (interrogativo).

17) A única frase em que se observa pronome com valor de posse é:
      a) Tão logo você termine a tarefa, faça a comunicação que todos esperam.
      b) Respeito-lhe muito, desde que percebi que sua virtude principal é a prudência.
      c) Far-lhe-ei ciente de tudo quanto houver ocorrido.
      d) Comunico-lhe, em tempo hábil, de que deverá estar presente na reunião plenária.
      e) Respeito-lhe a opinião, mas não aceito essa decisão.

18) Indique o período que não contém um substantivo no grau diminutivo:
      a) Todas as moléculas foram conservadas com as propriedades particulares, independentemente da atuação do cientista.
      b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no centro de atenções na tumultuada assembleia.
      c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curiosamente os objetos decorativos expostos à venda, por preço bem baratinho.
      d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras e vultos apressados na silenciosa viela.
      e) Enquanto distraías as crianças, a professora tocava flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.

19) Complete as orações com “eu”, “me”, ou “mim”:
      1) Espero que não haja desentendimento entre __________ e você.
      2) Permita- __________ confessar-lhe um segredo todo meu.
      3) Hás de trazer os originais para __________ conferir as respostas.
      4) De modo algum ela deve sair sem __________.
Assinale a opção que preenche respectiva e corretamente os espaços pontilhados:
      a) mim - eu - mim - eu;
      b) mim - eu - eu - mim;
      c) mim - me - eu - mim;
      d) eu - me - mim - mim;
      e) eu - me - mim - eu.

20) “Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.” No texto acima, as palavras sublinhadas pertencem, respectivamente, às seguintes classes gramaticais:
      a) advérbio, pronome indefinido, artigo, preposição;
      b) preposição, advérbio, pronome oblíquo, conjunção;
      c) preposição, pronome demonstrativo, pronome demonstrativo, conjunção;
      d) conjunção subordinativa, pronome demonstrativo, artigo, preposição.
      e) preposição, advérbio, artigo, conjunção;

21) Marque o item em que aparece uma palavra ou locução denotativa de realce:
      a) Todos estavam satisfeitos com a vitória do time, até quem pouco se esforçou para consegui-la.
      b) Alguns achavam saber a verdade; entretanto ele é que sabia de tudo.
      c) Eis o artigo que você solicitou na semana passada.
      d) Espero que vocês vão bem nos exames, ou melhor, desejo que tenham um excelente.
      e) No meio de um descampado monocromático, restara apenas o círculo de pedra de uma velha fonte, seca.

22) Para marcar a resposta correta tome como base o trecho: “Aumentar a oferta de vagas no ensino superior e ampliar as políticas de inclusão e assistência estudantil são objetivos que exigem significativo investimento...”
      a) No trecho, os artigos predominantes são os indefinidos já que houve necessidade de indeterminar os termos a que se referem.
      b) Não há artigos no trecho em destaque.
      c) Os artigos presentes no trecho foram usados para determinar os termos que referem.
      d) O termo “a” está exercendo a função de preposição, portanto não é artigo.
      e) Na contração “no” não há presença de artigo.

23) A forma de tratamento empregada está correta em:
      a) Senhor Presidente da República: se Sua Excelência assim o desejar, convocaremos outra reunião.
      b) Atendendo a despacho de S. Ex.ª, o Meritíssimo Juiz da 2ª Vara Cível desta Comarca, anexamos a certidão ao processo.
      c) Propusemos a V. S.ª, o Governador, adiamento da audiência com membros do Sindicato.
      d) De ordem de V. Em.ª, o novo Senhor Ministro, convidamos todos os funcionários para a solenidade de posse da diretoria do Conselho Nacional de Obras.
      e) Senhor Chefe de Seção: encaminhamos à consideração de Vossa Excelência pedido para entrar em gozo de férias.

24) A norma culta da língua repudia a colocação do pronome átono, tal como ocorre no item:
      a) Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade.
      b) Que me dera que meus rústicos hinos por ele ouvidos fossem, e por elas aplaudidos.
      c) Eu tinha beijando-lhe as mãos, porque, se não fosse ela, estaria talvez na prisão, por um crime não realizado.
      d) Certamente, com medo, ela ficara em casa, ou alguém a avisara, pois àquela hora, sua ausência era bem estranha.
      e) Um grande soluço sacudiu-o desafinado. Ele nem sequer tremeu. Ela também passou por cima do soluço e continuou a fitá-lo.

25) No Brasil, a colocação dos pronomes átonos nas frases recebe um tratamento peculiar ao idioma. A colocação pronominal que atende às exigências da norma padrão do Português brasileiro escrito está reproduzida na alternativa
      a) Os prisioneiros que libertaram-se do jugo dos terroristas, até hoje, estão traumatizados.
      b) Os avanços dos eletrônicos tiveram de se adequar à aquisição dos brasileiros.
      c) Ele reconhecia ter tratando-se de problemática já conhecida no passado, quando era jovem.
      d) Os fabricantes de armas não importaram-se com a dificuldade dos países em litígio.
      e) Quando fala-se a verdade, na maioria das vezes não se merece castigo muito severo.

26) Dadas as afirmações de que o plural de:
      1) alto-falante é altos-falantes;
      2) alto-relevo é altos-relevos;
      3) amarelo-limão é amarelos-limão.
Constatamos que está(estão) correta(s):
      a) apenas a afirmação nº 1;
      b) apenas a afirmação nº 2;
      c) apenas a afirmação nº 3;
      d) todas as afirmações.
      e) nenhuma das afirmações.

27) Em qual opção o verbo destacado permite apenas o uso da próclise, de acordo com a norma padrão?
      a) Me lembro dessa cena: um adolescente chegando ao Rio e seu irmão …
      b) … resguardado pelo irmão mais velho que se assentou no banco do calçadão …
      c) Os cariocas vão achar estranho, mas eu devo lhes revelar: o carioca com esse jeito natural de ir à praia, desvaloriza o mar.
      d) Ver o mar a primeira vez, lhes digo, é quando Guimarães Rosa pela primeira vez, por nós, viu o sertão.
      e) Ele se desfolha em ondas e não para de brotar.

28) Assinale a opção em que, quanto à sintaxe de colocação dos pronomes átonos, mais se observam possibilidades distintas, todas corretas, para pronome:
      a) (...) afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia.
      b) Já lhe disse que isso é atraso de vida.
      c) Qual, ele não se convence.
      d) E ele está se importando?
      e) (...) da Inglaterra até aqui, para que nos aqueça nas noites de inverno (...)

29) Assinale a opção em que, segundo a variedade padrão da Língua Portuguesa, seria possível ocorrer ênclise.
      a) “...a única arma que se pode usar para aprender a escrever melhor é ler...”
      b) “Se já se tem um gênero planejado, melhor ainda.”
      c) “Não se deve envergonhar.”
      d) “Perceber-se-ão com mais clareza os métodos do escritor ...”
      e) “A leitura estimula o pensamento e pode nos tornar mais sensíveis ao que vamos escrever.”

30) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo:
Dialeto social popular não se confunde com linguagem especial, pois __________, ao contrário __________, é de uso restrito e pode funcionar como signo de grupo.
      a) esse / daquela;   
      b) essa / desse;  
      c) aquele / dessa;
      d) esta/daquele;
      e) este / desta.




Nenhum comentário:

Postar um comentário