sexta-feira, 9 de novembro de 2018

TEXTO: A MULHER E A ÁGUA - RICARDO BRAGA - COM QUESTÕES


Texto: A mulher e a água
                            Ricardo Braga

        Minha experiência recente com estudos sobre as possibilidades de abastecimento de água para populações rurais difusas, particularmente a partir de nascentes, tem me mostrado o papel da mulher na economia da água em pequenas propriedades de agricultura familiar. É ela que geralmente vai buscar água para dentro de casa, coando o líquido com um pano e armazenando a água de beber em jarra. Muitas vezes, administra a escassez porque precisa garantir também uma reserva para o cozimento dos alimentos, o banho da família e a higiene diária da moradia.
        Faz ela com a água o mesmo que faz com os alimentos, adotando práticas de economia doméstica.
        Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala afirma que, quando o português chegou por aqui no século 16, o homem indígena era provedor do alimento para a sua tribo, enquanto a mulher índia é quem ia buscar a água nos rios e nas fontes, evidenciando-se que essa função de gênero foi mantida por muito tempo no Brasil.
        Ainda hoje é comum em países pobres do mundo que mulheres e meninas se desloquem longas distâncias para buscar água para fins domésticos. Segundo o Fundo de População, uma Agência de Cooperação Internacional das Nações Unidas, elas se deslocam a pé em média 6 km por dia, transportando cerca de 20 litros de água. Por vezes, andam até oito horas para alcançar uma fonte confiável, devido à escassez e à contaminação das águas.
        Essa relação com a água e com o cuidado do núcleo familiar parece ser intrínseco à mulher a partir da própria gestação, em que o primeiro berço, antes do nascimento do bebê, se estabelece em uma bolsa de água morna dentro de si, confortável e acolhedora.
        Naturalmente que esse cuidado com a segurança familiar extrapola à lida com a água, tanto que o Governo Federal escolhe a mulher para creditar o Bolsa Família e titula a propriedade rural da reforma agrária em seu nome.
        Mas, se a mulher tem toda esta relação com a economia da água, como será a sua participação nas políticas de gestão hídrica? Nesse ponto, ainda se estabelece a predominância do homem nos papéis de decisão ou de maior influência.
        Para configurar melhor essa situação, fiz alguns levantamentos que considero oportunos, junto a colegiados gestores de água. Na composição do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, verifiquei que somente 28% dos conselheiros titulares são mulheres; algo pior ocorre no Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco, em que as mulheres respondem por apenas 18% dos membros. Para tirar a prova, fui checar a composição de gênero no Comitê Federal da Bacia do Rio São Francisco, em que 82% são homens. Parecido, mas um pouco melhor, encontrei no Comitê Estadual da Bacia do Rio Capibaribe, em que a presença de homens é de 74%.
        Como se vê, apesar das mulheres serem íntimas da água, ainda falta um bocado para que ocupem o lugar justo na macrogestão dos recursos hídricos.
                                           Ricardo Braga. Disponível em: <htpp://ne10.uol.com.br>.
                                                                                                               Acesso em: 10 dez. 2011.
Entendendo o texto:

01 – Em textos do gênero artigo de opinião, é comum o articulista apresentar no início do texto uma premissa, a partir da qual desenvolverá a argumentação. Copie em seu caderno a afirmação considerada a premissa do artigo de opinião “A mulher e a água”.
a)   A mulher é a principal responsável por administrar e tomar decisões relacionadas aos recursos híbridos, tanto na esfera doméstica quanto na esfera pública.
b)   As mulheres têm um papel fundamental na busca, no abastecimento e na administração da água para uso doméstico em determinadas localidades rurais.
c)   Os homens são os principais gestores públicos no Brasil, no que diz respeito aos recursos híbridos, tendo também intensa participação na busca de atuação igualitária de homens e mulheres nesse setor.

02 – Para construir a argumentação em torno da premissa apresentada, são expostas diversas informações.
a)   Uma dessas informações tem como base dados relacionados a uma entidade internacional. Que entidade é essa?
Fundo de População, uma Agência de Cooperação Internacional das Nações Unidas.

b)   Por que essa informação auxilia no processo argumentativo?
A informação confirma a premissa apresentada pelo articulista, pois afirma que mulheres e meninas, em países pobres do mundo, fazem longos deslocamentos para buscar água para fins domésticos. Além disso, apresenta legitimidade acentuada, pois foi divulgada por uma agência de reconhecimento internacional.

03 – Leia o texto a seguir, relacionado a Gilberto Freyre, citado no artigo de opinião, e responda ao que se pede.
        Gilberto Freyre – Nascido no estado de Pernambuco, em 15 de março de 1900, foi sociólogo, antropólogo, historiador, escritor e pintor, sendo considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros do século XX.
        Com o livro Casa-grande e senzala, publicado em 1933, Gilberto Freyre alterou o rumo da historiografia, tendo como base de pesquisa o cotidiano, por meio de relatos orais, publicações de jornais, anúncios, documentos pessoais, entre outros, utilizando os seus conhecimentos de modo a interpretar fatos de forma inovadora.

                                                     Fonte de pesquisa: Biblioteca virtual Gilberto Freyre.

a)   Ao citar Gilberto Freyre e fazer referência a algumas das ideias apresentadas no livro Casa-grande e senzala, qual é o efeito pretendido pelo articulista?
Por meio de um argumento de autoridade, busca-se convencer o leitor sobre a premissa apresentada.

b)   Qual é a relação entre a ideia apresentada em Casa-grande e senzala e a premissa do artigo de opinião?
Em Casa-grande e senzala afirma-se que o homem indígena era o provedor de alimento para a tribo e a mulher a responsável por buscar a água nos rios e fontes; a premissa do texto é de a mulher ter um papel fundamental na busca, no abastecimento e na administração da água para uso doméstico em determinadas localidades rurais.

c)   Ao citar Gilberto Freyre e o livro Casa-grande e senzala, o articulista não apresenta uma explicação sobre o autor ou sobre a obra. O que esse fato sugere sobre o suposto público leitor do artigo de opinião?
Esse fato sugere que o seu público leitor e, consequentemente, do jornal em questão tem conhecimentos abrangentes, amplos.

04 – No penúltimo parágrafo do texto, o articulista apresenta um contraponto relacionado à premissa.
a)   Qual é esse contraponto?
Embora a mulher seja importante na busca e na administração doméstica do uso da água, há predomínio de homens nos papéis de decisão ou de maior influência em relação aos recursos híbridos.

b)   Qual recurso argumentativo predomina na sustentação desse contraponto?
O Uso de dados numéricos, relativos a levantamento realizado pelo próprio articulista.

05 – O contraponto, também chamado de contra-argumento, é fundamental para a conclusão e para a defesa de um ponto de vista do artigo de opinião em estudo. O que o articulista defende ao encerrar o artigo de opinião?
      O articulista defende um presença justa das mulheres na macrogestão de recursos híbridos.

06 – Abaixo o título do artigo de opinião, é apresentado o nome do articulista.
a)   Qual a relevância dessa informação para o leitor, considerando as características gerais de um artigo de opinião?
Essa informação é importante, pois no artigo de opinião são expressas opiniões baseadas em um determinado ponto de vista, no caso, o do articulista. Ele deve ser sempre assinado.

b)   Na página em que o artigo de opinião é publicado, é comum haver informações sobre a formação acadêmica e sobre a atuação profissional do articulista. Por que essas informações são publicadas?
Normalmente, o articulista tem uma formação e/ou atuação relevante em alguma área relacionada ao assunto tratado no artigo de opinião. Nesse caso, há um fortalecimento da argumentação, pois as opiniões emitidas são entendidas como legítimas e fundamentadas.

07 – O sétimo parágrafo do artigo de opinião é estruturado em forma de pergunta.
a)   A quem é dirigida essa pergunta?
A pergunta é dirigida ao leitor.

b)   Quem responde à pergunta apresentada?
O próprio articulista.

c)   Qual é o efeito de sentido construído, em textos do gênero artigo de opinião, a partir do uso desse tipo de pergunta?
O efeito é o de envolver o leitor na reflexão, orientando-o a determinada linha de raciocínio, de modo que fortaleça a argumentação pretendida.

08 – Ao longo do artigo de opinião, são mencionadas entidades relacionadas ao poder público, como Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Comitê Federal da Bacia do Rio São Francisco e Comitê Estadual da Bacia do Rio Capibaribe.
a)   Que tipo de informação sobre essas entidades são apresentadas ao leitor?
A porcentagem de mulheres e homens que compõem os quadros diretivos dessas entidades.

b)   Há informações sobre o que são ou como atuam essas entidades? O que esse fato revela sobre o potencial leitor do artigo de opinião?
Não há informação sobre o que são ou como atuam essas entidades. Isso revela que, provavelmente, o público leitor desse artigo são pessoas interessadas no assunto tratado, habituadas a ler a coluna em que o texto foi publicado e, provavelmente, com alguma informação sobre as entidades citadas.




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): TAINÁ UMA AVENTURA NA AMAZÔNIA - TÂNIA LAMARCA, SERGIO BLOCH - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): TAINÁ UMA AVENTURA NA AMAZÔNIA

Data de lançamento 12 de janeiro de 2001
Gêneros DramaAção
Nacionalidade Brasil

SINOPSE E DETALHES
        Tainá (Eunice Baía), uma indiazinha de 8 anos, vive na Amazônia com seu velho e sábio avô Tigê, que lhe ensina as lendas e histórias de seu povo. Ao longo de aventuras cheias de peripécias, ela conhece o macaco Catu ao salvá-lo das garras de Shoba, um traficante de animais. Perseguida pela quadrilha, ela foge e acaba conhecendo a bióloga Isabel e seu filho Joninho (Caio Romei), um menino de dez anos que mora a contragosto na selva. Depois de um desentendimento inicial, o garoto consegue superar os limites de menino da cidade e ajuda Tainá a enfrentar os contrabandistas, que vendem animais para pesquisas genéticas no exterior. Juntos, os dois aprendem a lidar com os valores destes dois mundos: o da selva e o da cidade.

Entendendo o Filme:
01 – Assinale a alternativa CORRETA do nome do filme?
a)   Tainá uma aventura na Amazônia.
b)   Tainá.
c)   Tainá, uma menina índia.
d)   Tainá em uma travessura na Amazônia.

02 – Assinale a alternativa que apresenta o nome do local onde se passa a história.
a)   A história se passa em uma floresta no sul da Argentina.
b)   A história se passa na Amazônia.

03 – Assinale a alternativa correta:
a)   Nome do macaco:
(x) Catu          ( ) Patu            ( ) Manu

b)   Avô da Tainá:
( ) Potijê         (x) Tigê             ( ) Ianajê

c)   Nome do traficante de animais:
( ) Maná         (x) Shoba         ( ) Shuba

04 – O que o avô de Tainá sempre ensina a menina?
      Seu avô ensina as lendas e as histórias de seu povo.

05 – Quem os caçadores pensam que está desarmando as armadilhas?
      O macaco.

06 – Ao fugir dos traficantes quem Tainá encontra na floresta?
      Ela encontra a bióloga Isabel e seu filho Juninho.

07 – Qual é o destino dos animais traficados por Shoba e seus comparsas?
      Os animais são vendidos para pesquisas genéticas no exterior.

08 – Assinale no significado correto das palavras indígenas abaixo.
-Tainá: (x) luz da manhã.                  ( ) flor da manhã
-Catu: (x) bonito.            ( ) inteligente.                ( ) alegre

09 – Juninho sem querer faz uma maldade com Catu? Onde Juninho coloca o macaco?
a)   No avião e ele ficou perdido na floresta.
b)   Na geladeira e ele ficou doente.
c)   No baú dele e disse para Tainá que o macaco havia sumido.

10 – Qual cena do filme você mais gostou?
      Resposta pessoal do aluno.


FÁBULA: O LEÃO, A VACA, A CABRA E A OVELHA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Leão, a Vaca, a Cabra e a Ovelha


        Um Leão, uma Vaca, uma Cabra e uma Ovelha combinaram caçar juntos e repartirem o ganho. Acharam então um Veado, e depois de terem andado e trabalhado muito, conseguiram matá-lo.
        Chegaram todos cansados e, cobiçosos da presa, dividiram na em quatro partes iguais. O Leão tomou uma, e disse:
        — Esta parte é minha conforme o combinado.
        A seguir pegou noutra e acrescentou:
        — Esta pertence-me por ser o mais valente de todos.
        Pegou numa terceira e disse:
        — Esta também é para mim pois sou o rei de todos os animais, e quem na quarta mexer, considere-se por mim desafiado.
        Assim levou todas as partes, e os companheiros acharam-se enganados e afrontados; mas sujeitaram-se por não terem tanta força como o Leão.

       Moral da história: Parceria e amizade quer-se entre iguais, e o casamento também; conforme dizia o filósofo, que o mandou aprender aos meninos: cada um com seu igual; porque quem trava amizade com maior, torna-se seu escravo e tem de lhe obedecer ou perder pelo menos a amizade, na qual o trabalho é sempre do mais fraco, e a honra e proveito do mais poderoso.

Entendendo a fábula:
01 – Quais são os personagens desse texto?
      O leão, a vaca, a cabra e a ovelha.

02 – Em que local se passa a história?
      Em uma floresta.

03 – Qual é o título?
      O leão, a vaca, a cabra e a ovelha.

04 – Quantos parágrafos tem o texto?
      Nove parágrafos.

05 – Qual é o gênero textual?
      É uma fábula.

06 – Para que serve uma fábula?
a)   Divertimento.
b)   Informação.
c)   Ensinamento moral.

07 – O leão, a vaca, a cabra e a ovelha sendo animais, são personagens do texto porque:
a)   Antigamente os animais falavam.
b)   Na história, eles agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas.
c)   O texto fala sobre eles.

08 – Como o autor caracteriza o leão?
      Como egoísta, traidor e que se prevaleceu de sua força diante dos companheiros mais fracos, um aproveitador.

09 – Os argumentos que o leão apresentou a vaca, a cabra e a ovelha:
a)   Eram sem fundamentos.
b)   Foram com fundamentos, válidos e justos.
c)   Eram argumentos que a vaca, a cabra e a ovelha não conseguiram entender.

10 – Explique, com suas palavras, a moral da história.
      Resposta pessoal do aluno.



LENDA: O BOTO E O RAIO DE SOL - ARNALDO NISKIERE - COM QUESTÕES GABARITADAS

Lenda: O boto e o raio de sol


        O boto Ninho nasceu forte e corado. Como todos os bebês, mamava com muito apetite. Em volta, os botos discutiam com quem ele se parecia. Enquanto havia dúvidas sobre isso, todos concordavam num ponto:
     O boto Ninho tem uma expressão muito triste. Por que será?
        Ele somente se acalmou no colo da mamãe. Um cardume de tucunaré ficou olhando e depois aplaudiu aquele lindo espetáculo.
        O boto Ninho havia nascido com a expressão triste porque sabia dos perigos que teria de enfrentar. O homem se instalara na região, com firme propósito de explorar os botos, ou matá-los e aproveitar partes do seu corpo como amuletos (a lenda diz que seus olhos e dentes dão sorte), ou ainda como atração turística em outras regiões.

NISKIERE, Arnaldo. O boto e o raio de sol. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1988.

Entendendo a lenda:
01 – Qual o título do texto?
a) O boto amarelo.
b) O boto que ficou triste.
c) O boto e o raio de sol.
d) O raio de sol do boto.

02 – A lenda acima se refere:
a) ao boto que nasceu triste.
b) ao botinho que não tinha mãe.
c) à tristeza da mãe do botinho.
d) ao medo que o boto tinha do tucunaré.

03 – O boto Ninho nasceu triste porque:
a) não gostava de leite.
b) simplesmente não queria sorrir.
c) sabia dos perigos que ia ter que enfrentar.
d) gostava dos tucunarés.

04 – Como nasceu o boto?
      Ele nasceu forte e corado.

05 – Em que ele se assemelhava aos bebês?
      Ele mamava com muito apetite.

06 – Para que o homem se instalou na região dos botos?
      Para explorar ou mata-los e aproveitar parte do corpo como amuletos.

07 – Você acha certo o homem matar animais apenas para aproveitar parte de seus corpos como amuletos? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque causa o desperdício e o extermínio dos animais.

08 – Das palavras abaixo, marque a que está separada corretamente.
Ca-cho-ei-ra    -    ca-i-xote    -    cho-ca-lho     -     ba-i-xo-te
      A palavra que está correta é chocalho.

09 – Separe corretamente as palavras abaixo.
1. caixa = cai-xa.
2. enxame = en-xa-me.
3. mexer = me-xer.
4. explicar = ex-pli-car.
5. baixote = bai-xo-te.
6. anexar = a-ne-xar.
7. caixote = cai-xo-te.



MENSAGEM ESPÍRITA - TRABALHEMOS TAMBÉM - (ATOS, 14:15) PARA REFLEXÃO

Trabalhemos também
   
     “E dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões.” – (Atos, 14:15.)

        O grito de Paulo e Barnabé ainda repercute entre os aprendizes fiéis.
        A família cristã muita vez há desejado perpetuar a ilusão dos habitantes de Listra.
        Os missionários da Revelação não possuem privilégios ante o espírito de testemunho pessoal no serviço. As realizações que poderíamos apontar por graça ou prerrogativa especial, nada mais exprimem senão o profundo esforço deles mesmos, no sentido de aprender e aplicar com Jesus.
        O Cristo não fundou com a sua doutrina um sistema de deuses e devotos, separados entre si; criou vigoroso organismo de transformação espiritual para o bem supremo, destinado a todos os corações sedentos de luz, amor e verdade.
        No Evangelho, vemos Madalena arrastando dolorosos enganos, Paulo perseguindo ideais salvadores, Pedro negando o Divino Amigo, Marcos em luta com as próprias hesitações; entretanto, ainda aí, contemplamos a filha de Magdala, renovada no caminho redentor, o grande perseguidor convertido em arauto da Boa Nova, o discípulo frágil conduzido à glória espiritual e o companheiro vacilante transformado em evangelista da Humanidade inteira.
        O Cristianismo é fonte bendita de restauração da alma para Deus.
        O mal de muitos aprendizes procede da idolatria a que se entregam, em derredor dos valorosos expoentes da fé viva, que aceitam no sacrifício a verdadeira fórmula de elevação; imaginam-nos em tronos de fantasia e rojam-se-lhes aos pés, sentindo-se confundidos, inaptos e miseráveis, esquecendo que o Pai concede a todos os filhos as energias necessárias à vitória.
        Naturalmente, todos devemos amor e respeito aos grandes vultos do caminho cristão; todavia, por isto mesmo, não podemos olvidar que Paulo e Pedro, como tantos outros, saíram das fraquezas humanas para os dons celestiais e que o Planeta Terreno é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.



CONTO: A CONDIÇÃO GERAL - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Conto: A Condição Geral
                     Carlos Drummond de Andrade


        O barro entendia que estão abusando da sua docilidade para a feitura de cerâmicas vulgares. A água queixou-se de recolher todas as imundícies da Terra, ela que sempre foi sinônimo de limpeza. O boi nem precisou falar: era a imagem da revolta contra o sacrifício da espécie - de todas as espécies imoladas. "E a mim?", gemeu a árvore, "a mim, que desempenho função vital no sistema da Terra, tacam-me foto ou retalham-me a serra e machado."
        Os quatro concordaram que não está direito. Reclamaram do homem, e este lhes declarou que não podia fazer nada. Vive onerado de impostos, afligido de doenças, e mal tem tempo de se coçar. "Em vez de me coçar", acrescentou, "assisto a seriados americanos de televisão, enquanto não se inventa outra coisa. E me entedio. Voltem para seus lugares e guardem o que lhes digo. "Vocês pensam que ser homem é fácil?"

                 ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. 3. ed.
Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 11.
Entendendo o conto:
01 – Quem são os personagens do conto?
      São o barro, a água, o boi, a árvore e o homem.

02 – O que eles representam?
      Os quatro primeiros representam a natureza; e o homem, toda a humanidade.

03 – Sobre o que eles estão falando?
      Eles estão tratando da destruição da natureza pelo homem e de seu descaso.

04 – Qual é o único personagem que parece não se importar com o tema?
      O homem.

05 – Que mensagem esse conto transmite?
      O ser humano está preocupado apenas com seus problemas, sem importar-se com o planeta onde vive.
      Ele acredita que outras questões, menores e mais rotineiras, tenham maior importância.

06 – Você conhece as palavras abaixo, retirada do texto; caso não, utilize o dicionário.
·        Feitura = Ação, efeito ou modo de fazer.
·        Vulgares = Ordinário; reles; coisa vulgar.
·        Imoladas = Oferecer-se em holocausto; sacrificar-se.
·        Onerado = Carregar; sobrecarregar.

07 – Ordene as palavras da questão anterior, conforme aparece no dicionário.
      Feitura – Imoladas – Onerado – Vulgares

POEMA: DINHA, A MINHOQUINHA - GRAÇA BATITUCI - COM GABARITO


Poema: Dinha, a minhoquinha

        Dinha, a minhoquinha, pegou sua cestinha vermelhinha e saiu pelo caminho.
        Queria vender as frutinhas colhidas durante à tardinha.
        Andou, sorriu, cansou e voltou com a cestinha cheia de moedinhas.
        Só assim pôde comprar o seu tão sonhado vestido de rendinhas.

                                                                      Graça Batituci
Entendendo o poema:
01 – Qual o título do texto?
      Dinha, a minhoquinha.

02 – Qual é o tipo de texto?
( ) fábula.               (X) poema.               ( ) anúncio

03 – Qual o nome da minhoquinha?
      O nome dela é Dinha.

04 – Qual a cor da cestinha?
      É de cor vermelhinha.

05 – O que ela saiu para vender?
      As frutinhas que tinha colhido.

06 – O que Dinha fez com o dinheiro das frutinhas?
      Comprou o vestido de rendinhas.

07 – Coloque nas palavras abaixo “m” ou “n”:

Ambulância.
Umbigo.
Bombom.

Princesa.
Brincar.
Emburrado.

08 – Circule os encontros vocálicos das palavras abaixo:

Areia – mãe – piano – po – viajar – avo – premiação.

09 – Circule os encontros consonantais das palavras abaixo:

Braço – prato – Pedro – livro – empregada – prova – cravo – blusa.

10 – Separe as palavras em sílabas:
Chupeta = Chu – pe – ta.
Chuva = Chu – va.
Cachorro = Ca – chor – ro.
Fechadura = Fe – cha – du – ra.