domingo, 1 de dezembro de 2024

CONTO: AS COCADAS - CORA CORALINA - COM GABARITO

 CONTO: As Cocadas

               Cora Coralina

 

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo.

Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYaXYVypbnXrlwuuNnkYgMSP7YEBeQEfeRWB0J2VBylW2kGJqQO774IVRXJS1LpIF4mrCpuSXaFQLA1vtegGZ-V_6Dn18VTOfa3FBslO_qWttfaXRe_F0R3MdJ-W62WaObPjkII9Hu3rlCwyJnimMIMfjbdXopoe1qscEdvPqSriG7gQst9EpVttl2Ttw/s320/COCADAS.jpg


Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina.

Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.

Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.

As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.

Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.

Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas.

Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6.

 Entendendo o texto

01-  Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para os efeitos de sentidos não pertinentes: 

a-( V ) percebe-se que independente da idade, as crianças e adolescentes da época eram submetidos às atividades domésticas, prática considerada normal, à época;

b-( F  ) percebe-se que ao narrar que participou de todas as etapas da feitura do doce, a menina, narradora-personagem, pretendeu realçar o quanto se sentiu injustiçada, ao receber apenas uma cocada;

c-( V ) percebe-se que ao qualificar positivamente o coco, a narradora-personagem quis sugerir que a escolha da matéria-prima contribui, muitas vezes, para o pleno resultado do produto;

d-( V ) percebe-se que a narradora-personagem instiga o leitor a imaginar as sensações que sentiu quando menina, ao qualificar o coco e o doce, depois de pronto;

e-( F ) Percebe-se que não se apelou para os sentidos -visual, olfativo, gustativo e tátil- do leitor e da leitora, ao justificar-se o desejo da menina pelo doce;

f-( F ) percebe-se que a personagem prima, ao oferecer as cocadas emboloradas ao Trovador, o cachorro do tio, mostra que o tratamento dispensado aos animais não era dos melhores;

g-( F ) percebe-se que a personagem prima, ao oferecer as cocadas emboloradas ao Trovador, o cachorro do tio, mostra que a maioria dos adultos, à época, dava mais atenção aos animais que às crianças;

h-( V ) percebe-se que à época, geralmente, os adultos não ligavam importância aos sentimentos das crianças e adolescentes;

i-( V ) percebe-se que ao guardar a vasilha contendo as cocadas, no alto da prateleira, não se tinha intenção de distribuir os doces, mas sim de guardá-los; 

j-( F ) percebe-se que o fato de colocar a vasilha contendo as cocadas, no alto da prateleira, acentuava uma prática social comum da personagem prima: a capacidade de partilhar;

l-( F  ) percebe-se que a preocupação exclusiva com o trabalho era uma prática social marcante na vida das pessoas de antigamente;

k-( F ) percebe-se a prática social de as tarefas de casa serem repartidas igualmente entre todos os membros da casa;

l-( F ) percebe-se a prática social de a cozinha ficar a cargo tanto de homens quanto de mulheres;

m-( V  ) percebe-se como destaque a prática sócio-psicológica da inveja;

n-( V ) percebe-se como destaque a prática sócio-psicológica da frustração;

o-( F  ) percebe-se que a narradora-personagem, ao relembrar o episódio de quando menina, denota superação do sentimento negativo que nutria pelos adultos de então.

     02-No texto-discurso, percebe-se, como tese central, uma oposição político-cultural da narradora-personagem a uma prática social dos tempos mais antigos. Contra o que se protesta:

       a- contra a gulodice das crianças;

       b- contra o fato de as crianças trabalharem;

    c- contra a rigidez e a insensibilidade com que os adultos tratavam as crianças;

       d- contra os maus tratos aos animais.

   03-O primeiro conflito relevante da narrativa se instala quando:

      a- se fazem as cocadas;

      b- se distribuem duas cocadas à menina e colocam-se as outras cocadas no alto da prateleira;

      c- se descobre que as cocadas se emboloraram;

      c- se distribuem as cocadas para o cachorro.

  04-O clímax da narrativa transcorre quando:

        a- se distribuem duas cocadas à menina e colocam-se as outras cocadas no alto da prateleira;

          b- se descobre que as cocadas se emboloraram;

     c- se distribuem as cocadas ao cachorro, com a menina salivando de vontade comê-las;

         d- a narradora-personagem lembra do episódio já adulta.

  05-Uma relação trabalhista permanece existindo, tanto na época histórica em que teria vivido a narradora-personagem, quanto nos dias de hoje. Qual?:

        a- o trabalhador trabalha duro e os chefes o recompensam com uma grande quantidade das riquezas produzidas;

        b- o trabalhador trabalha duro e os chefes não o recompensam como deveria, retornando-lhe apenas uma mísera parte das riquezas produzidas;

         c- o trabalhador trabalha duro e o chefe reparte em igualdade as riquezas produzidas com o trabalhador;

         d- o trabalhador trabalha duro e vê o fruto do seu trabalho, as riquezas produzidas, sendo distribuídas para o bem comum de toda a sociedade.

   06- Em “Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.”, os adjetivos grifados:

a-   caracterizam-qualificam positivamente a REVOLTA, os ADULTOS e as COCADAS;

         b-caracterizam-qualificam negativamente a REVOLTA e os ADULTOS;

         c-caracterizam-qualificam negativamente a narradora-personagem;

         d- caracterizam-qualificam negativamente a REVOLTA, os ADULTOS e as COCADAS.

    07-Em Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava as assadeiras, entregava na boca do forno e socava no pesado almofariz de bronze.”, a quem ou a que se referem as ações acima sublinhadas?

A narradora-personagem.

    08-Em “Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava as assadeiras, entregava na boca do forno e socava no pesado almofariz de bronze.”, infira qual objeto a narradora-personagem “arrumava nas assadeiras” ou “entregava na boca do forno”?

        As formas com os bolos ou outras preparações culinárias.

   09-Algumas palavras utilizadas no conto sofreram modificações, ao longo do tempo, outras até caíram em desuso (ficaram arcaicas). Pesquise o significado das palavras abaixo:

a-aguando; esperando ansiosamente.

b-almofariz; recipiente de pedra ou metal, usado para triturar alimentos ou outros materiais.

c-apuração; ato de levar ao ponto certo, de refinar.

d-areado; ato de esfregar com areia para limpar.

e-deslembrada; esquecida, distraída.

f-escumação; ato de retirar a espuma.

g-gamela; : recipiente grande, geralmente de madeira, usado para misturar alimentos

h-terrina; recipiente fundo e largo, com tampa, usado para guardar alimentos

i-untava; passava gordura ou outro tipo de substância em uma superfície

j-quitandas:  doces ou salgados vendidos em pequenas quantidades

 

 

 

CONTO: GERMINAL - TERCEIRA PARTE - III - FRAGMENTO - ÉMILE ZOLA - COM GABARITO

 Conto: Germinal – Terceira parte – III – Fragmento

           Émile Zola

        [...]

        — Mas o pior é quando a gente se diz que tudo isso não pode mudar... Quando se é jovem, imagina-se que a felicidade virá, tem-se esperança, mas a miséria continua e nada muda... Eu não desejo mal a ninguém, mas certas vezes ando revoltada com tanta miséria.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTFe4ANBf8Xq54NesSEOWGEcEsRfJjXKpbX31m_b77mXD1nNwK6UiMUtUw70RugZVppzO8rbJRiQNW9316pGP_4b326fLVcezGk_BsuJO6Fe-TwWZOHkRf_kDEdMgo62s1Be0G8zWSgrHvq92nNcvw2OZM21YcUSXmvfMtCUYz5D77aUtgchuZZ2zGVBQ/s320/GERMINAL.jpg


        Descia um silêncio sobre o grupo, que respirava a custo, no mal-estar resultante desse horizonte cerrado. Apenas o velho Boa-Morte, quando estava, arregalava uns olhos surpresos, porque no seu tempo ninguém se preocupava dessa maneira: nascia-se no carvão, escavava-se no veio sem pedir mais nada. Agora, novos ventos enchiam os mineiros de ambição.

        — Não presta cuspir no prato em que se come — murmurava ele. — Uma boa cerveja é uma boa cerveja... Claro, os chefes são quase sempre uns canalhas, mas sempre haverá chefes, não é verdade? Não quebrem a cabeça pensando nisso.

        Era como botar fogo em Etienne. Como? Então os operários não podiam pensar? Pois esperassem e veriam... As coisas iam mudar muito em breve, justamente porque o operário aprendera a pensar. No tempo do velho, o mineiro vivia na mina como um animal de carga, como uma máquina de extrair hulha, sempre enfurnado na terra, os ouvidos e os olhos tapados, sem saber o que estava acontecendo no mundo. Por esse motivo os ricos que governam podiam fazer o que bem entendessem, vendê-lo e comprá-lo, chupar-lhe o sangue, o mineiro nem se dava conta. Agora ele estava acordado nas entranhas da terra, germinava lá no fundo como uma semente. E todos veriam, um belo dia, brotar homens da terra. Sim! Um exército de homens que restabeleceria a justiça... Ou será que todos não eram iguais depois da Revolução?

        Uma vez que tinha direito ao voto, por que o operário deveria permanecer escravo do patrão que lhe pagava? As grandes empresas, com suas máquinas, esmagavam tudo, e não se tinham sequer as garantias de outrora, quando o pessoal da mesma profissão, reunido em corporações, sabia defender-se. Raios! Era por isso, por isso e por muitas outras coisas, que este mundo acabaria explodindo um dia, graças à instrução. Era só olhar, ali no conjunto habitacional mesmo: os avós não sabiam nem assinar o nome, os pais já o assinavam, enquanto os filhos liam e escreviam como professores. Ah! Era uma bravia messe de homens amadurecendo ao sol, crescendo pouco a pouco. Desde o momento em que já não se estava mais colado no mesmo lugar a vida inteira e tinha-se a ambição de tomar o lugar do vizinho, por que não abrir caminho à força e vencer de uma vez por todas?

        Apesar de sensibilizado pelos argumentos do rapaz Maheu continuava cheio de desconfiança.

        — No momento em que a gente dá um pio é despedido — disse ele. — O velho tem razão, o mineiro será sempre a vítima, sem esperança de receber pelo menos uma perna de carneiro como recompensa.

        [...]

Émile Zola. Germinal. São Paulo: Círculo do Livro, p. 155.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 292-293.

Entendendo o conto:

01 – Qual a principal diferença entre as gerações de mineiros apresentadas no texto?

      A principal diferença reside na consciência de classe e na esperança de mudança. A geração mais velha, representada por Boa-Morte, aceita passivamente sua condição, enquanto a geração mais jovem, liderada por Etienne, questiona o sistema e busca por transformações sociais. A educação e o acesso à informação têm um papel fundamental nessa mudança de mentalidade.

02 – Como a miséria e as condições de trabalho influenciam a visão de mundo dos mineiros?

      A miséria e as condições de trabalho desumanas levam os mineiros a questionarem a ordem social e a buscar por justiça. A esperança de uma vida melhor e a indignação com a exploração são sentimentos que unem os trabalhadores e os impulsionam à luta por seus direitos.

03 – Qual o papel da educação na conscientização dos trabalhadores?

      A educação é fundamental para a conscientização dos trabalhadores. Ao aprender a ler e escrever, os mineiros adquirem ferramentas para se informar sobre seus direitos e para organizar a luta por melhores condições de vida. A educação permite que os trabalhadores compreendam as causas da exploração e busquem soluções coletivas para seus problemas.

04 – Como a figura de Etienne se diferencia dos demais mineiros?

      Etienne se destaca por sua liderança, sua capacidade de articulação e por sua fé na possibilidade de mudança. Ele representa a voz daqueles que não se conformam com a situação e que buscam uma sociedade mais justa e igualitária.

05 – Quais os obstáculos enfrentados pelos mineiros em sua luta por melhores condições de trabalho?

      Os mineiros enfrentam diversos obstáculos em sua luta, como a repressão dos patrões, a divisão entre os trabalhadores e a falta de organização. Além disso, a desconfiança e o medo de perder o emprego impedem muitos trabalhadores de se engajar ativamente na luta.

06 – Qual a importância da solidariedade entre os trabalhadores na luta por seus direitos?

      A solidariedade é fundamental para a organização e a luta dos trabalhadores. Ao se unirem, os trabalhadores se fortalecem e aumentam suas chances de conquistar seus objetivos. A solidariedade permite que os trabalhadores superem as divisões e as diferenças individuais e construam um movimento unido em defesa de seus direitos.

07 – Qual a mensagem principal do fragmento?

      O fragmento de "Germinal" transmite uma mensagem de esperança e de luta. A história dos mineiros mostra que a mudança é possível, mesmo diante de grandes dificuldades. A educação, a organização e a solidariedade são elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

SONETO: AMAR DENTRO DO PEITO - MANUEL MARIA DU BOCAGE - COM GABARITO

 Soneto: Amar dentro do peito

             Manuel Maria du Bocage

Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:


Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgppvAdt0_7SfAoZObFNXcWtegOZsUYs5352KVNUoyI996ccZfaddFBSqPHP_lRFzZafGdykZrX3T76Ph31yxHWMji_jscXyDqk-fMXlZlqEasyAtan_oqDQS1s5xFJc8Rpt80Brj_lWNmOFNscQCuDF6LPGmmYdKitzrNhHVaJT-t32s7nIdzNQJWTQGg/s1600/DONZELA.jpg



Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.

www.casadacultura.org.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 252.

Entendendo o soneto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

      - Alta ventura: boa sorte.

      - Ditoso: feliz, pleno de sorte.

      - Jucundo: feliz, vivo, alegre.

      - Folhos: pregas, babados que se colocam em roupas.

      - Pimpolhos: seios.

02 – Qual a principal temática abordada no soneto?

      O soneto de Bocage aborda o tema do amor passional e da sedução, retratando o desejo e a conquista amorosa de forma intensa e sensual. O eu lírico descreve um encontro amoroso secreto e apaixonado, revelando os prazeres e emoções que acompanham esse momento.

03 – Como o eu lírico descreve a mulher amada?

      O eu lírico descreve a mulher amada como uma figura idealizada, marcada pela beleza e pureza. A referência aos "olhos vergonhosos" e aos "braços castos e belos" reforçam essa imagem de inocência e desejo.

04 – Que elementos do contexto histórico e cultural podem ser identificados no poema?

      O soneto de Bocage reflete o contexto cultural do Arcadismo, movimento literário que valorizava a natureza, a vida simples e a expressão dos sentimentos. No entanto, o poema também apresenta elementos que antecipam o Romantismo, como a intensidade emocional e a valorização do amor individual.

05 – Qual a importância do encontro amoroso descrito no poema para o eu lírico?

      O encontro amoroso descrito no poema representa o ápice da felicidade para o eu lírico. A conquista da mulher amada e a experiência do prazer sexual são descritas como os maiores gozos da vida.

06 – Que recursos expressivos são utilizados por Bocage para transmitir a intensidade do sentimento amoroso?

      Bocage utiliza diversos recursos expressivos para transmitir a intensidade do sentimento amoroso, como:

      Linguagem sensual: a descrição detalhada dos atos amorosos e a utilização de adjetivos como "jucundo" e "fecundo" reforçam a sensualidade do poema.

      Metáforas: a comparação da boca da amada com uma flor que se abre ("Ditoso levantar-lhe os brancos folhos") é uma metáfora que expressa a ideia de entrega e prazer.

      Hipérbole: a afirmação de que "É este o maior gosto que há no mundo" exagera a importância do amor vivido, enfatizando sua intensidade.

 

 

MÚSICA (ATIVIDADES): AOS FUZILADOS DA C.S.N. - GAROTOS PODRES - COM GABARITO

 Música(ATIVIDADES): Aos Fuzilados Da C.S.N.

             Garotos Podres

Aos que habitam
Cortiços e favelas
e mesmo que acordados
pelas sirenes das fábricas
não deixam de sonhar
de ter esperanças
pois o futuro
vos pertence

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_8FkuDzKoz-jOphXfIn3Gz5Uatdvatkg4i8pauPRZRByFdB3YfDkH-AR1G0WlMV4vv0ScIWMMG5XO7-_cKrWXmxGPflaMU1smn0UYzMil1MfPDODrJp2uc-LcAGeMqBH86Bx1G0HXZDVnr2u2VlzPg9_YK3CmuzlSDcbK98_yD7Ix9z7jY5vL3tOcuKk/s1600/GAROTOS.jpg


Pois o futuro vos pertence! (coro)
Pois o futuro vos pertence! (coro)
Aos que carregam rosas
Sem temer machucar as mãos
pois seu sangue não é azul
nem verde do Dólar
mas vermelho
da fúria amordaçada
de um grito de liberdade
preso na garganta
Fuzilados da CSN
assassinados no campo
torturados no DEOPS
espancados na greve
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários
tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
nunca conseguirão deter
a Primavera!
Pois o futuro vos pertence! (coro)
Pois o futuro vos pertence! (coro)

Garotos Podres. Álbum Canções para ninar. Radical Records, 1993.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 294.

Entendendo a música:

01 – Qual o tema central da música?

      A música "Aos Fuzilados da CSN" dos Garotos Podres tem como tema central a luta de classes, a repressão política e a esperança em um futuro mais justo. A canção homenageia os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que foram mortos durante a repressão política no Brasil, e celebra a resistência e a força do povo.

02 – Que grupos sociais a música representa?

      A música representa diversos grupos sociais marginalizados e oprimidos, como os trabalhadores da CSN, os moradores de cortiços e favelas, os camponeses e os operários. São pessoas que lutam por seus direitos e por um futuro melhor, mas que são frequentemente silenciadas e perseguidas.

03 – Quais são os principais símbolos utilizados na música?

      A música utiliza diversos símbolos para expressar suas ideias, como:

      As rosas: Representam a luta pacífica e a esperança em um futuro melhor, apesar da violência.

      O sangue vermelho: Simboliza a luta e o sacrifício dos trabalhadores, que derramaram seu sangue pela causa.

      A primavera: Representa a renovação, a esperança e a vitória da vida sobre a morte.

04 – Qual a importância da música como forma de expressão política?

      A música "Aos Fuzilados da CSN" demonstra a importância da música como forma de expressão política. Através da canção, os Garotos Podres denunciam as injustiças sociais, homenageiam os mártires da luta e inspiram a resistência.

05 – Como a música retrata a violência e a repressão?

      A música retrata a violência e a repressão de forma explícita, mencionando os fuzilamentos, as torturas e a repressão aos movimentos sociais. No entanto, a música também transmite uma mensagem de esperança e resistência, mostrando que a violência não consegue silenciar a voz do povo.

06 – Qual o papel da música na construção da memória histórica?

      A música "Aos Fuzilados da CSN" contribui para a construção da memória histórica, ao lembrar os crimes cometidos durante a ditadura militar e homenagear as vítimas. A canção ajuda a manter viva a luta por justiça e a memória daqueles que lutaram por um país mais justo e igualitário.

07 – Qual o legado da música "Aos Fuzilados da CSN"?

      A música "Aos Fuzilados da CSN" é um hino da luta popular brasileira, que continua a inspirar gerações. A canção representa a resistência, a esperança e a busca por justiça, e é um lembrete de que a luta por um mundo melhor é contínua.

 

 

HISTÓRIA: LEVIATÃ - FRAGMENTO- THOMAS HOBBES - COM GABARITO

 História: Leviatã – Fragmento

              Thomas Hobbes

        [...]

        É certo que há algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem sociavelmente um com as outras (e por isso são contadas por Aristóteles entre as criaturas políticas), sem outra direção senão seus juízos e apetites particulares, nem linguagem através da qual possam indicar umas às outras o que consideram adequado para o benefício comum. Assim, talvez haja alguém interessado em saber por que a humanidade não pode fazer o mesmo. Ao que tenho a responder o seguinte.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGgYtil6lb2ZNV9ML-bmtTsbfl5IwRz07ZQ9iaZWZYa1xq6J-ILDg7-p8G4BWeR1-ppJ6PYoR41-T__pr3EgAdMo2xlYxqTfn3613hpluYL9Vg2pNntwo7ixjlm9K141Lke9rU75lJ_GEX1kZ67Ftcm20HPIxF15KgZvRRr8Ohl5qtqo8DbYXpaP7JZSw/s320/SOCIAL.jpeg


        Primeiro, que os homens estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e pela dignidade, o que não ocorre no caso dessas criaturas. E é devido a isso que surgem entre os homens a inveja e o ódio, e finalmente a guerra, ao passo que entre aquelas criaturas tal não acontece.

        Segundo, que entre essas criaturas não há diferença entre o bem comum e o bem individual e, dado que por natureza tendem para o bem individual, acabam por promover o bem comum. Mas o homem só encontra felicidade na comparação com os outros homens, e só pode tirar prazer do que é eminente.

        Terceiro, que, como essas criaturas não possuem (ao contrário do homem) o uso da razão, elas não veem nem julgam ver nenhum erro na administração de sua existência comum. Ao passo que entre os homens são em grande número os que se julgam mais sábios e mais capacitados que os outros para o exercício do poder público. E esses esforçam-se por empreender reformas e inovações, uns de uma maneira e outros doutra, acabando assim por levar o país à desordem e à guerra civil. [...]

Thomas Hobbes. “Leviatã”. In: Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 142.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 291.

Entendendo a história: 

01 – Qual a principal diferença entre a organização social de abelhas e formigas e a dos seres humanos, segundo Hobbes?

      A principal diferença reside na busca por honra e dignidade. Enquanto as abelhas e formigas agem por instinto e visam o bem comum de forma natural, os seres humanos são motivados pela competição, pela inveja e pelo desejo de superioridade. Essa busca constante por reconhecimento e poder leva à desordem e à guerra entre os homens.

02 – Como Hobbes explica a dificuldade dos seres humanos em viver em sociedade sem um poder central?

      Hobbes argumenta que a ausência de um poder central forte leva à guerra de todos contra todos, pois os homens são, por natureza, egoístas e ambiciosos. Sem um poder capaz de impor a ordem e garantir a segurança, os indivíduos se veem constantemente ameaçados e competem uns com os outros por recursos e poder.

03 – Qual a importância da razão na organização social, segundo Hobbes?

      A razão, para Hobbes, é uma ferramenta ambígua. Por um lado, ela permite aos homens reconhecer a necessidade de um poder comum para garantir a paz e a segurança. Por outro lado, a crença na própria sabedoria e a busca por reformas levam à desordem e à guerra civil, pois os homens discordam sobre a melhor forma de organizar a sociedade.

04 – Como Hobbes concebe o bem comum?

      Para Hobbes, o bem comum é subjetivo e varia de acordo com os interesses de cada indivíduo. Não existe um bem comum objetivo e universal, mas sim uma busca constante por satisfazer os desejos e as necessidades individuais. A busca por poder e reconhecimento é, portanto, uma expressão do egoísmo humano e impede a construção de um bem comum compartilhado.

05 – Qual a relação entre a natureza humana e a formação do Estado, segundo Hobbes?

      Hobbes estabelece uma relação direta entre a natureza humana e a formação do Estado. A natureza egoísta e competitiva dos homens torna a vida em estado de natureza, ou seja, sem um poder central, insustentável. Para garantir a paz e a segurança, os homens devem renunciar a parte de sua liberdade e estabelecer um contrato social, submetendo-se ao poder de um soberano absoluto.

06 – Qual o papel do soberano no Estado hobbesiano?

      O soberano, segundo Hobbes, possui um poder absoluto e indivisível, sendo a única fonte de lei e ordem na sociedade. Sua função é garantir a segurança dos súditos e evitar que eles retornem ao estado de natureza. O soberano pode ser um indivíduo ou uma assembleia, mas em ambos os casos, seu poder deve ser irrestrito.

07 – Quais as críticas que podem ser feitas à teoria política de Hobbes?

      A teoria política de Hobbes tem sido criticada por diversos autores, que apontam, por exemplo, o caráter excessivamente pessimista de sua visão da natureza humana e a justificativa do poder absoluto do soberano. Outras críticas se referem à falta de limites ao poder do soberano e à possibilidade de abusos por parte deste.

 

SONETO: ESTE É O RIO, A MONTANHA É ESTA - CLÁUDIO MANUEL DA COSTA - COM GABARITO

 Soneto: Este é o rio, a montanha é esta

             Cláudio Manuel da Costa

Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYHVl_Px50DuCmSCvgvd5KYUrZl6NQOhOxEu0EM5JJ97ko3X3Ty3pmwWEUm3sHFqgv6N9mpGWg2VJCT_fzEZK8wf0aJ5euuXJsk71fUrDwSWwj_C34weT0fsH5oNQmcDw9UZ75lxYukgCcd3_RI2qMWWLbLh7DoDK1MhrLBbu0KRL_wdOemJdBHjwNClM/s320/FLORESTA.jpg


Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.

Oh! quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!

Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando.

Soneto VIII. In: Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1980, p. 78-79.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 254.

Entendendo o soneto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Penedos: grandes pedras, rochedos.

·        Urna: recipiente onde se depositam as cinzas dos mortos; uma funerária.

·        Funesta: que causa a morte; deplorável, lamentável.

02 – Qual a principal temática abordada no soneto?

      O soneto de Cláudio Manuel da Costa aborda a temática da saudade e da melancolia. O eu lírico retorna a um lugar que já conhecia e que, antes, era cenário de alegres momentos de amor. Agora, esse mesmo lugar evoca lembranças dolorosas e a consciência da passagem do tempo.

03 – Como o eu lírico descreve a paisagem?

      A paisagem é descrita de forma estática e imutável: "Este é o rio, a montanha é esta...". No entanto, essa aparente imutabilidade contrasta com a transformação interior do eu lírico, que vê a mesma paisagem com outros olhos, carregada de emoções e lembranças.

04 – Qual a relação entre a paisagem e os sentimentos do eu lírico?

      A paisagem funciona como um gatilho para as lembranças e emoções do eu lírico. Cada elemento da natureza - o rio, a montanha, os troncos - está associado a momentos vividos e, agora, desperta a saudade e a tristeza.

05 – Que figura de linguagem é predominante no soneto?

      A figura de linguagem predominante no soneto é a antítese. A oposição entre a beleza da natureza e a tristeza do eu lírico, entre o passado feliz e o presente melancólico, cria um efeito de contraste que intensifica a emoção.

06 – Qual o significado dos versos "Vem as mortas espécies despertando"?

      Essa frase sugere que as lembranças, como espécies mortas, são despertadas pela contemplação da paisagem. A saudade, antes adormecida, é reavivada pelo contato com o lugar que foi cenário de um amor perdido.

 

 

TEXTO: CARTAS CHILENAS - FRAGMENTO - TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA - CARTA 3 - COM GABARITO

 Texto: Cartas chilenas – Fragmento

            Tomás Antônio Gonzaga.

Carta 3

[...]

Pretende, Doroteu, o nosso Chefe

Erguer uma Cadeia majestosa,

Que possa escurecer a velha fama

Da Torre de Babel, e mais dos grandes

Custosos edifícios, que fizeram,

Para sepulcros seus, os Reis do Egito.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH0Kg1sNdWOY-mbwZhPh2gFi_MEWW_a2V6S4x_J0c7pA4v_AErYY1YbsoARPSOFtdUENtumCQ042dpqygrbHXZ_wlhRinxbG1114qSWU9LeWI3GtFNkYcFMQN2shkge6jVcgI_IMHOiGfCpzKt6g_0XOAVNLQyLjD8lJYmyJREX8nvA9DsJr54Gzx56Nw/s1600/EGITO.jpg


[...]

E sabes, Doroteu, quem edifica

Esta grande cadeia? Não, não sabes:

Pois ouve, que to digo: [...]


Para haver de suprir o nosso chefe

Das obras meditadas as despesas,

Consome do senado os rendimentos,

E passa a maltratar ao triste povo

Com estas nunca usadas violências.

[...]

E manda a um bom Cabo que lhe traga

A quantos quilombolas se apanharem,

Em duras gargalheiras. Voa o cabo:

Agarra a um e outro e num instante

Enche a Cadeia de alentados negros.

Não se contenta o Cabo com trazer-lhe

Os negros, que têm culpas: prende e manda

Também nas grandes levas os escravos,

Que não têm mais delitos, que fugirem

Às fomes, e aos castigos, que padecem

No poder de Senhores desumanos.

Ao bando dos cativos se acrescentam

Muitos pretos já livres, e outros homens

Da raça do País, e da Europeia,

Que diz ao grande Chefe, são vadios,

Que perturbam dos povos o sossego.

[...]

Aos pobres açoitados manda o Chefe,

Que presos nas correntes dos forçados

Vão juntos trabalhar. [...]

Tomás Antônio Gonzaga. Cartas chilenas (organização Joaci P. Furtado). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 84-95.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 296.

Entendendo o texto:

01 – Qual a principal crítica de Gonzaga ao governador nas Cartas Chilenas?

      Gonzaga critica a corrupção, o autoritarismo e a opressão do governador Luís da Cunha Meneses, que utiliza o poder para enriquecer e oprimir a população, principalmente os escravizados e os mais pobres.

02 – Qual o significado da construção da cadeia mencionada no texto?

      A construção da cadeia simboliza a opressão e a violência do regime, representando um instrumento de controle social e um meio de escravizar ainda mais a população. A cadeia, além de aprisionar fisicamente, representa o aprisionamento das liberdades e dos direitos dos mineiros.

03 – Como Gonzaga descreve o tratamento dado aos escravizados e aos demais oprimidos?

      Gonzaga retrata um tratamento cruel e desumano aos escravizados e aos demais oprimidos. Eles são submetidos a trabalhos forçados, castigos físicos e prisões arbitrárias. A linguagem utilizada por Gonzaga evidencia a desumanização desses indivíduos e a crueldade do sistema escravista.

04 – Qual o papel da sátira na obra de Gonzaga?

      A sátira é a principal ferramenta utilizada por Gonzaga para denunciar os abusos do poder e a corrupção. Através do humor e da ironia, o autor critica os poderosos e desperta a consciência crítica dos leitores. A sátira permite que Gonzaga expresse suas ideias de forma indireta, evitando a censura e alcançando um público mais amplo.

05 – Qual a relação entre a construção da cadeia e a exploração das minas?

      A construção da cadeia está diretamente ligada à exploração das minas. A mão de obra escravizada é utilizada para construir a cadeia, que por sua vez serve para aprisionar aqueles que se opõem à exploração das minas e à opressão do governador. A cadeia representa, portanto, um instrumento de dominação e controle sobre a população mineira.

06 – Qual o papel do poeta na sociedade, segundo Gonzaga?

      Gonzaga demonstra que o poeta tem um papel fundamental na sociedade, atuando como um crítico social e denunciando as injustiças. Através da sua poesia, ele busca conscientizar a população sobre os problemas da época e incitar a luta por justiça e liberdade.

07 – Qual a importância das Cartas Chilenas para a história do Brasil?

      As Cartas Chilenas são consideradas um marco da literatura brasileira e um documento histórico de grande importância. A obra denuncia os abusos do poder colonial e contribui para a formação da consciência nacional. Além disso, as Cartas Chilenas influenciaram outros escritores e pensadores, inspirando a luta pela liberdade e por uma sociedade mais justa.