Poema: O Tempo
Olavo Bilac
Sou o Tempo que passa, que
passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!
A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm…
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.
Ninguém pode evitar os meus
danos…
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos,
Formo um século, e passo adiante.
Trabalhai, porque a vida é
pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!
BILAC, Olavo. O Tempo. In: BILAC, Olavo. Poesias Infantis. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1929. Disponível em: https://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/LiteraturaInfantil/Poesias%20Infantis/Pi01.htm. Acesso em: 22 mar. 2021.
Entendendo
o poema:
01
– Qual é o tema central do poema "O Tempo" de Olavo Bilac?
O tema central do
poema é a passagem inevitável do tempo e seu impacto sobre a vida humana. O
tempo é retratado como uma força incontrolável que molda a vida e o destino,
levando tanto as alegrias quanto as tristezas.
02
– Como o tempo é personificado no poema?
No poema, o tempo
é personificado como uma entidade que "passa" sem parar, que
"leva a Ventura e a Desgraça" e que é sereno e constante. Essa
personificação enfatiza a inevitabilidade e o poder do tempo sobre a existência
humana.
03
– O que o poeta sugere em relação ao uso do tempo na vida?
O poeta sugere
que as pessoas devem trabalhar e valorizar o tempo, pois a vida é curta e não
há como recuperar o tempo perdido. Ele adverte contra o desperdício de minutos
e horas, ressaltando a importância de aproveitar cada momento.
04
– Qual é a mensagem implícita no trecho "Formo os anos que nascem e
morrem"?
A mensagem implícita é a
transitoriedade da vida. O tempo é responsável por criar e encerrar ciclos, simbolizados
pelos anos que "nascem e morrem". Isso destaca a efemeridade da
existência e a constante renovação e passagem do tempo.
05
– Como o poema aborda a relação entre o tempo e as vaidades humanas?
O poema aborda
essa relação ao afirmar que o tempo leva "as vaidades da Vida",
sugerindo que, independentemente das conquistas ou preocupações humanas, tudo é
passageiro diante da inevitável marcha do tempo. As vaidades e preocupações da
vida são efêmeras e insignificantes diante da eternidade do tempo.
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