Poema: Sem pulgas
Almir
Correia
Nem as pulgas mais gosta de mim
Foram todas embora
Na semana passada
E ontem fui quase atropelada
Mais ainda estou aqui
Malmequer
Bem-te-vi
Talvez uma criança
Ainda me veja
Me queira
Me pegue
Me leve
Me guarde
Me ilumine
Não peso quase nada
Como pouquinho
Mas não economizo
No carinho.
Almir Correia. Sem
pulgas. In: Almir Correia. Anúncios carentes de bichos abandonados por gente.
São Paulo: Biruta, 2013. p. 30.
Fonte: Encontros –
Língua Portuguesa – Isabella Carpaneda – 5º ano – Ensino fundamental anos
iniciais. FTD – São Paulo – 1ª edição. 2018. p. 181.
Entendendo o poema:
01
– O que aconteceu com as pulgas no poema?
As pulgas foram
embora na semana passada.
02
– Qual foi o incidente quase trágico que a narradora menciona?
A narradora menciona que
quase foi atropelada ontem.
03
– Como a narradora do poema se sente em relação a si mesma?
A narradora
parece se sentir desprezada e desejosa de ser notada, valorizada e cuidada,
expressando esperança de que uma criança a veja, queira, pegue, leve, guarde e
ilumine.
04
– Qual é a visão da narradora sobre seu próprio peso e necessidades
alimentares?
A narradora diz
que não pesa quase nada e come pouquinho.
05
– Como a narradora compensa suas necessidades econômicas?
Apesar de comer
pouco, a narradora não economiza no carinho.
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