quarta-feira, 14 de julho de 2021

REPORTAGEM: Nº DE REFUGIADOS E DESLOCADOS CRESCE EM 2016 E É O MAIOR .... VIVIANE SOUSA, GLOBONEWS - COM GABARITO

 Reportagem:  Nº de refugiados e deslocados cresce em 2016 e é o maior já registrado, diz relatório

          65,6 milhões de pessoas passaram por deslocamento devido a conflitos, guerra e/ou fome, segundo a Acnur. Países em desenvolvimento acolhem 84% dos refugiados e deslocados, e metade é criança.

Por Viviane Sousa, GloboNews

19/06/2017 02h00


        Conflitos locais, guerra civil e fome fizeram com que o número de refugiados e deslocados no mundo aumentasse ainda mais em 2016, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (19), tornando a atual crise humanitária a mais grave desde a fundação da ONU, em 1945.

        Os países com maior número de refugiados são Síria, Afeganistão, Sudão do Sul e Somália, e os países que mais os recebem são Turquia, Paquistão, Líbano, Irã, Uganda, Etiópia e Jordânia, não países desenvolvidos (veja mais abaixo).

        O número de refugiados e deslocados no mundo atingiu 65,6 milhões de pessoas no ano passado, um crescimento de 300 mil na comparação com 2015, segundo o Relatório Global Sobre Deslocamento Forçado em 2016, divulgado pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

        Desse total, 10,3 milhões foram forçadas a deixarem seus lares pela primeira vez (15,7%) e metade são crianças. Crianças que viajavam sozinhas ou separadas de seus pais pediram cerca 75 mil solicitações de refúgio só no ano passado.

        A guerra na Síria, que já dura 6 anos, é a causa do maior fluxo de refugiados do planeta. São 5,5 milhões de pessoas que deixaram o país em busca de um local mais seguro, segundo o relatório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

        Países de origem dos refugiados em 2016:

·        Síria: 5,5 milhões

·        Afeganistão: 2,5 milhões

·        Sudão do Sul: 1,4 milhão

·        Somália: 1,0 milhão.

        Mas, durante 2016, os conflitos entre o governo do Sudão do Sul e grupos rebeldes trouxeram um novo elemento à crise humanitária. Aproximadamente 740 mil sul-sudaneses foram forçados a se deslocar no ano passado devido à guerra civil, e o número de refugiados do país subiu para 1,87 milhão.

        No início deste ano, ONU e o Sudão do Sul declararam estado de fome no país, com cem mil pessoas em risco de inanição. A falta de comida e o colapso econômico são provocados pela guerra civil iniciada há 3 anos.

        Refugiados acolhidos

        Países em desenvolvimento foram os que mais acolheram os refugiados em 2016. Dos 65,6 milhões de refugiados ou deslocados, 84% estão em países de renda média a baixa, sendo que 4,9 milhões foram recebidos pelos países menos desenvolvidos. Uganda, Etiópia e Quênia, que são vizinhos do Sudão do Sul, receberam cerca 700 mil refugiados.

        O número mostra falta de consenso internacional quando se trata de acolhimento, segundo o relatório do Acnur, e desmitifica a ideia de são os países mais desenvolvidos que mais prestam assistência aos refugiados, afirma o porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho. “Isso mostra a necessidade de que esses países de renda média ou baixa sejam melhor assistidos pela comunidade internacional”

        Países que mais receberam refugiados:

·        Turquia: 2,9 milhões

·        Paquistão: 1,4 milhão

·        Líbano: 1 milhão

·        Irã: 979,4 mil

·        Uganda: 940,8 mil

·        Etiópia: 791,6 mil

·        Jordânia: 685,2 mil

        O relatório também faz um alerta para o elevado número deslocamentos internos: 6,9 milhões de pessoas forçadas a se deslocar dentro dos seus próprios países. A Síria, Iraque e Colômbia são os países com maior número de refugiados internos.

        Segundo o porta-voz do Acnur no Brasil, os dados podem indicar uma tendência de aumento do fluxo de refugiados no futuro, pois esses deslocamentos internos mostram que as pessoas tentam ficar nos países onde nasceram antes de se refugiar em outros países.

                  SOUSA, Viviane. N° de refugiados e deslocados cresce em 2016 e é o maior já registrado, diz relatório. G1, São Paulo, 19 jun. 2017. Disponível em: https://glo.bo/2J2VP1T. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 55-9.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual o fato originou a reportagem?

      O aumento no número de pessoas refugiadas e deslocadas no mundo em 2016.

02 – Releia o título da reportagem.

        “N° de refugiados e deslocados cresce em 2016 e é o maior já registrado, diz relatório”.

a)   O que mais chama atenção no título da reportagem?

Em 2016, o número de refugiados e deslocados é o maior já registrado.

b)   Em que tempo encontram-se os verbos presentes no título?

No presente do indicativo.

c)   Por que a autora do texto escolheu esse tempo verbal para o título da reportagem?

Para produzir efeito de atualidade aos fatos e temas abordados na reportagem.

d)   A reportagem trata de dados de 2016. Teça suas considerações: Como seria o título se a reportagem fosse publicada hoje? Você acha que houve mudanças? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

e)   Pesquise os significados de refugiado e deslocado.

Refugiado: indivíduo que se desloca para outro país ou para outra região dentro de seu próprio país, devido a problemas relacionados a guerras, conflitos, violência ou crises humanitárias.

Deslocado: tirado de um lugar, removido.

03 – Agora releia o subtítulo (linha fina) da reportagem:

        65,6 milhões de pessoas passaram por deslocamento devido a conflitos, guerra e/ou fome, segundo a Acnur. Países em desenvolvimento acolhem 84% dos refugiados e deslocados, e metade é criança.”

a)   O que o subtítulo apresenta em relação ao título?

Explicação e complementação da informação apresentada no título.

b)   Quais informações chamam mais a atenção das pessoas e mostram a grande dimensão do problema?

O grande número de pessoas que passaram por isso, sendo metade crianças.

c)   Em quais tempos estão os verbos do subtítulo?

Passaram (pretérito perfeito), acolhem (presente do indicativo), é (presente do indicativo).

d)   Por que a autora do texto utiliza esses tempos verbais?

O tempo pretérito perfeito (passaram) indica uma ação concluída no passado, ou seja, 65,6 milhões de pessoas já passaram por deslocamento. O tempo presente (acolhem, é) indica atualidade nos dados apresentados pela reportagem.

04 – O primeiro parágrafo da reportagem pode ser o lide, que consiste na síntese das informações relatadas. Releia o primeiro parágrafo e identifique:

a)   Qual foi o acontecimento?

Aumento no número de refugiados e deslocados no mundo.

b)   Onde ocorreu?

Em países em conflito, guerra civil ou assolados pela fome.

c)   Quando ocorreu?

Em 2016.

d)   Por que aconteceu?

Por causa de conflitos locais, guerra civil e fome nesses países.

e)   Como aconteceu?

Um grande número de pessoas se refugiou/deslocou para fugir de conflitos, guerras e fome.

05 – Leia as informações do quadro a seguir sobre o gênero reportagem:

        A reportagem é o resultado de uma atividade jornalística que consiste em fazer a cobertura de fatos, pesquisar e selecionar dados e tratar a informação para o leitor compreender e formar sua opinião sobre um tema da atualidade. Dessa forma, a reportagem amplia a discussão originada por fatos e acontecimentos relatados em notícias anteriormente publicadas.

a)   Qual é, atualmente, a causa de maior fluxo de refugiados no mundo? Como a jornalista aferiu essa informação?

A guerra na Síria, em decorrência da crise humanitária criada pelo conflito e pelos ataques entre grupos inimigos.

b)   Quais países acolhem mais refugiados e deslocados, de acordo com os dados da reportagem? Qual é a fonte dessa informação? É confiável?

Turquia: 2,9 milhões; Paquistão: 1,4 milhão; Líbano: 1 milhão; Irã: 979,4 mil; Uganda: 940,8 mil; Etiópia: 791,6 mil; Jordânia: 685,2 mil. Essa informação é do Acnur.

c)   O que esses dados possibilitam informar às pessoas sobre o acolhimento aos refugiados e deslocados? Podem construir novas opiniões?

Esses dados desmitificam a ideia de que são os países mais desenvolvidos que mais prestam assistência aos refugiados.

d)   Quais informações a reportagem apresenta sobre os deslocamentos internos? Por que eles ocorrem?

A reportagem apresenta o elevado número de deslocamento internos, segundo o relatório do Acnur, cita os três países com maior número de refugiados internos (Síria, Iraque e Colômbia) e comenta que, de acordo com o porta-voz do Acnur no Brasil, esses dados podem indicar aumento no número de refugiados no futuro. De acordo com a reportagem, os deslocamentos internos ocorrem por causa de conflitos, guerras e fome.

e)   Teça suas considerações: Por que o tratamento dos dados na reportagem é relevante para a cobertura de um tema?

Resposta pessoal do aluno.

06 – Releia o trecho a seguir:

        “O número mostra falta de consenso internacional quando se trata de acolhimento, segundo o relatório do Acnur, e desmitifica a ideia de são os países mais desenvolvidos que mais prestam assistência aos refugiados”, afirma o porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho. “Isso mostra a necessidade de que esses países de renda média ou baixa sejam melhor assistidos pela comunidade internacional”.

a)   Faça a distinção nos segmentos do trecho acima entre fato e opinião.

Fato: “O número [...] desmitifica a ideia de que são os países mais desenvolvidos que mais prestam assistência aos refugiados”.

Opinião: “Isso [esses dados] mostra a necessidade de que esses países de renda média ou baixa sejam melhor assistidos pela comunidade internacional.”

b)   De quem é o depoimento no trecho? Qual cargo ocupa?

De Luiz Fernando Godinho, porta-voz do Acnur no Brasil.

c)   Qual é a opinião expressa por ele? 

De que os países menos desenvolvidos que recebem esses refugiados precisam ser melhor assistidos pela comunidade internacional.

d)   Você concorda com ele? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

07 – Leia no quadro a seguir o título de uma reportagem sobre refugiados venezuelanos:

   Refugiados venezuelanos: “Já não bastam nossos bandidos?”

   GRYZINSKI, Wilma. Refugiados venezuelanos: “Já não bastam nossos bandidos?”. Veja, São Paulo, 20 ago. 2018. Disponível em: https://abr.ai/2qpD5BQ. Acesso em: 21 ago. 2018.

a)   Quais são as convergências e as divergências entre a reportagem “N° de refugiados e deslocados cresce em 2016 e é o maior já registrado, diz relatório”, do G1, e o título da reportagem da revista Veja?

Ambas tratam dos refugiados no mundo. A reportagem do G1 apresenta uma pesquisa na qual evidencia que países menos desenvolvidos estão acolhendo mais refugiados e que esses países deveriam ser melhor assistidos pela comunidade internacional. Na reportagem da revista Veja, é possível verificar pelo título que trata dos refugiados venezuelanos no Brasil e os conflitos decorrentes dessa situação.

b)   Ao ler os dois títulos das reportagens, qual dos dois parece mais confiável para você? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

c)   Em sua opinião, qual dos dois títulos das reportagens choca mais o leitor? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

d)   Na reportagem da revista Veja, a oração destacada entre aspas marca uma opinião ou um discurso de ódio? Explique.  

Discurso de ódio, pois carrega em si um alto grau de discriminação, preconceito e incitação à xenofobia.”

 

 

 

 

 

 

 

 

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