domingo, 18 de julho de 2021

POEMA: OSSOS DO OFÍCIO - CHACAL. IN. - COM GABARITO

 POEMA: OSSOS DO OFÍCIO


Sempre deixei as barbas de molho

porque barbeiro nenhum me ensinou

como manejar o fio da navalha

 

sempre tive a pulga atrás da orelha

porque nenhum otorrino disse

como se fala aos ouvidos das pessoas

 

sou um cara grilado

um péssimo marido

nove anos de poesia

me renderam apenas

um circo de pulgas

e as barbas mais límpidas da Turquia

 

(Chacal. In: Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006. p. 72.)

Fonte da imagem -https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fsegredosdomundo.r7.com%2Fossos-do-oficio%2F&psig=AOvVaw3kj3vXJ31d_K7bGS3MoXvp&ust=1626735065494000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCPjjp83a7fECFQAAAAAdAAAAABAP

Fonte: Livro- Português: Linguagens, 1/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 11.ed – São Paulo: Saraiva, 2016.p.107.


ENTENDENDO O POEMA

1. Responda:

a) Que sentido tem, no contexto, a expressão deixar as barbas de molho?

Ficar na espera, aguardar para ver como vão ficar as coisas.

b) E a expressão ter a pulga atrás da orelha?

Ficar preocupado ou atento em relação a alguma coisa.

2. “Ossos do ofício”, o título do poema, também é uma expressão metafórica.

a) Que sentido essa expressão normalmente tem?

O sentido de “dificuldades ou problemas que existem em qualquer atividade”.

 b) Considerando que o ofício do poeta é fazer poesia, quais seriam os ossos desse ofício no contexto do poema?

As dificuldades normais no exercício do fazer poético, já que ninguém ensinou ao poeta como fazer poesia; ele até então tem aprendido sozinho, na prática.

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