POEMA: OSSOS DO OFÍCIO
Sempre deixei as barbas de molho
porque barbeiro nenhum me ensinou
como manejar o fio da navalha
sempre tive a pulga atrás da orelha
porque nenhum otorrino disse
como se fala aos ouvidos das pessoas
sou um cara grilado
um péssimo marido
nove anos de poesia
me renderam apenas
um circo de pulgas
e as barbas mais límpidas da Turquia
(Chacal. In: Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006. p.
72.)
Fonte da imagem -https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fsegredosdomundo.r7.com%2Fossos-do-oficio%2F&psig=AOvVaw3kj3vXJ31d_K7bGS3MoXvp&ust=1626735065494000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCPjjp83a7fECFQAAAAAdAAAAABAP
Fonte: Livro- Português: Linguagens, 1/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 11.ed – São Paulo: Saraiva, 2016.p.107.
ENTENDENDO O POEMA
1. Responda:
a) Que sentido tem, no contexto, a expressão deixar as
barbas de molho?
Ficar na espera, aguardar para ver como vão
ficar as coisas.
b) E a expressão ter a pulga atrás da orelha?
Ficar preocupado ou atento em relação a alguma
coisa.
2. “Ossos do ofício”, o título do poema, também é uma
expressão metafórica.
a) Que sentido essa expressão normalmente tem?
O sentido de “dificuldades ou problemas que
existem em qualquer atividade”.
As dificuldades
normais no exercício do fazer poético, já que ninguém ensinou ao poeta como
fazer poesia; ele até então tem aprendido sozinho, na prática.
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