quarta-feira, 28 de março de 2018

FILME(ATIVIDADES): UMA LIÇÃO DE VIDA (THE FIRST GRADER) - SINOPSE E ATIVIDADES COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): Uma Lição de Vida (The First Grader)

Ano: 2010
Direção: Justin Chadwick.
Roteiro: Ann Peacock.
Elenco principal: Oliver Litondo, Naomie Harris, Lwanda Jawar.
Gênero: Biografia/Drama.
Nacionalidade: Inglaterra/ EUA/ Quênia. 1:04 min.

    Coprodução entre EUA, Quênia e Reino Unido, e dirigido por Justin Chadwick (Mandela: O Caminho para a Liberdade), Uma Lição de Vida promete emocionar com história verídica.

    Num vilarejo do Quênia, Maruge (Oliver Litondo) ouve no rádio o anúncio da educação gratuita para todos. Não tendo tido oportunidade de estudar no passado, o senhor de 84 anos – um veterano da tribo Mau Mau que lutou para libertar o Quênia dos ingleses – bate à porta da escola primária e espera uma chance de poder aprender a ler. Rejeitado de início, Maruge não desiste: já de uniforme escolar e uma pequena bolsa a tiracolo, volta a pedir por uma vaga e insiste até ser aceito pela professora Jane (Naomie Harris). Em meio a lembranças do doloroso passado, Maruge tem de enfrentar a revolta e as ameaças das autoridades, dos moradores da região e dos pais dos alunos, inconformados por um idoso ter sido aceito em uma classe de crianças de seis anos de idade.

    A despeito da péssima escolha do título em português – seria mais interessante um que se aproximasse do original, The First Grader –, o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio, está bem distante da fórmula “autoajuda para assistir”.
    Muito poderia ser dito acerca das belezas deste filme. Seja com relação à trama tocante, sem jamais escorregar no sentimentalismo piegas; ou então sobre os belíssimos planos fechados, capazes de causar sensações as mais diversas e que exprimem mais que palavras. Prefiro, no entanto, dar ênfase à força dos personagens e à entrega dos atores, aspectos capazes de arrepiar o espectador. Os protagonistas – o idoso Maruge e a professora Jane – colocam a determinação como base para se operar mudanças e apontam a educação como a ferramenta principal para isso.
    Através de flashbacks bem situados, adentramos o passado de Maruge e somos confrontados com a chocante realidade da luta pela liberdade da ex-colônia britânica. A crueldade extrema e as condições mais desumanas foi o que Maruge encontrou nos campos de detenção na década de 50, após ter tido sua esposa e filhos cruelmente assassinados. Veio a liberdade para o Quênia, a vida continuou. O passado, porém, nunca foi de todo extinto e permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.
    Uma Lição de Vida é a história de uma luta que atravessa gerações. A luta de Maronge para superar seu passado, ir à escola e aprender a ler; a luta de Jane pelo amor à educação; a luta diária das crianças em face das condições precárias da escola, em que cinco alunos dividem uma carteira e tantos outros estudam sentados no chão. Mas também, trata-se de uma inspiradora história de conquista, portadora de uma verdade incontestável: “o aprendizado só termina quando tivermos terra nos ouvidos”.

Entendendo o filme:

01 – A partir da leitura da resenha, preencha os dados abaixo:
a)   Autora da resenha.
Aline T. K. M.

b)   Objeto resenhado.
O filme “Uma lição de vida”.

c)   Suporte da resenha.

d)   Objetivo de quem a produziu.
O objetivo é convencer as pessoas a assistirem ao filme, por meio da apresentação geral do enredo e, sobretudo, dos comentários avaliativos sobre ele.

e)   Público a que se destina.
A resenha destina-se a todos aqueles que se intencionam conhecer duras realidades que assolaram ou assolam determinado país, buscando compreender o contexto histórico em que elas se inserem.

02 – A resenha apresenta um resumo do filme e comentários da autora sobre o filme. Grife em vermelho os trechos que apresentam comentários da autora sobre o objeto resenhado. E de preto os trechos que resumem o enredo do filme.
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Identifique a crítica negativa feita pela autora da resenha acerca do filme:
      A autora critica o título escolhido para a versão em português do filme. Segundo ela, “Uma lição de vida” representa um clichê, algo típico de filmes de “autoajuda”, característica que não se percebe no filme em questão. Para tal, ela sugere um título que se aproximasse do original.
04 – Identifique a alternativa em que a palavra sublinhada foi corretamente interpretada nos colchetes:
a)   A despeito da péssima escolha do título em português...” (Com relação à).
b)   “... sem jamais escorregar no sentimentalismo piegas...” (apelativo).
c)   “... a luta diária das crianças em fase das condições precárias da escola...” (Adequadas).
d)   “... portadora de uma verdade incontestável...” (Inquietante).
05 – Releia este trecho: “O passado, porém, nunca foi de todo extinto e permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.” O sentido do conectivo em destaque ficará alterado sensivelmente se for substituído por:
a)   No entanto.
b)   Entretanto.
c)   Contudo.
d)   Por isso.

06 – Releia as informações contidas na parte “Ficha Técnica”. Em seguida, identifique a finalidade de elas serem apresentadas:
      As informações relativas à parte técnica funcionam como argumento de autoridade, isto é, conferem confiabilidade ao filme.

07 – Transcreva da resenha um exemplo de emprego da vírgula para:
a)   Realizar a inversão na ordem de termos:
“Em meio a lembranças do doloroso passado, Maruge tem de enfrentar a revolta e as ameaças das autoridades...”.

b)   Realizar a inserção de termos:
“... o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio, está bem distante da fórmula ‘autoajuda para assistir’”.





POEMA: DIGO SIM - FERREIRA GULLAR - COM GABARITO

POEMA: – DIGO SIM
                      FERREIRA GULLAR
 

Poderia dizer
Que a vida é bela, e muito,
E que a revolução caminha com os pés de flor
Nos campos de meu país,
Com pés de borracha
Nas grandes cidades brasileiras
                               E que meu coração
É um sol de esperanças entre pulmões
                               E nuvens.
 Poderia dizer que meu povo
É uma festa só na voz
De Clara Nunes
                               No rodar
Das cabrochas no carnaval
Da avenida.
                              Mas não. O poeta mente.

A vida nós a amassamos em sangue
                              E samba
Enquanto gira inteira a noite
Sobre a pátria desigual. A vida
Nós a fazemos nossa
Alegre e triste, cantando
                             Em meio à fome
                             E dizendo sim
- em meio à violência e a solidão dizendo
Sim –
Pelo espanto da beleza
Pela flama de Tereza
                              Pelo meu filho perdido
Neste vasto continente
                              Por Vianinha ferido
                              Pelo nosso irmão caído
Pelo amor e o que ele nega
Pelo que dá e que cega
                              Pelo que virá enfim,
                              Não digo que a vida é bela
                              Tampouco me nego a ela:
                              - digo sim.

                                                   Ferreira Gullar. Na vertigem do dia.
                                                   Rio de Janeiro: José Olímpio, 2004.
Entendendo o poema:

01 – Nas três estrofes do poema, podemos encontrar muitas pistas de como o eu poético percebe a vida. Releia atentamente cada uma e responda o que se pede sobre elas.
     a) Na primeira estrofe, o eu poético fala sobre como a vida é ou como poderia ser? Justifique sua resposta.
      Ele fala de como a vida poderia sem em seu país. Podemos perceber isso pelo uso da locução verbal “poderia dizer”.

     b) Na segunda estrofe:
--- Qual a visão apresentada sobre o povo brasileiro?
      A visão de que o povo vive em festa.

--- O eu poético concorda com essa visão? Que frases do texto confirmam a sua resposta? Transcreva-as.
      O eu poético não concorda com essa visão. No final da estrofe, o eu poético diz que isso não é verdade, usando as expressões “Mas não” e “O poeta mente”.

     c) Na terceira estrofe:
--- O eu poético faz afirmações sobre o seu país. Como esse país é caracterizado?
      É uma pátria desigual, alegre e triste, que tem fome, violência e solidão, mas também beleza.

--- Escolha cinco adjetivos que representam a visão de mundo do eu poético sobre o seu país e sua gente.
      Desigual, alegre, triste, perdido, ferido, bela.

     d) Releia os seguintes versos do poema:
                               Não digo que a vida é bela
                               Tampouco me nego a ela:
                               --- Digo sim
Qual é a possível compreensão sobre esses versos, considerando o poema como um todo?
      O eu poético afirma que a vida não é bela, mas que também não se nega a vive-la.

     e) De acordo com os versos acima, deduza para o que o eu poético diz sim?
      O eu poético diz sim à vida.

      f) É só o eu poético que diz sim? Comprove sua resposta.
      NÃO. O povo também diz sim nos versos: “[...] A vida / nós a fazemos nossa / alegre e triste, cantando / em meio à fome / e dizendo sim”.

02 – Que outro título você daria ao poema?
     Resposta pessoal.

03 – Após a discussão oral, em dupla, elabore em seu caderno um parágrafo-síntese, isto é, um texto breve organizado em um parágrafo. Esse parágrafo deve apresentar, desenvolver e concluir uma ideia específica sobre a visão do eu poético a respeito da vida. Em seguida, leia o texto produzido para a classe.
     Resposta pessoal.

04 – Podemos dizer que há ideias divergentes no poema? Comente.
     SIM. Nas duas primeiras estrofes, há a ideia de um país diferente da ideia apresentada na última estrofe.




CONTO: A DOIDA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

CONTO: A DOIDA
                 Carlos Drummond de Andrade


    A doida habitava um chalé no centro do jardim maltratado. E a rua descia para o córrego, onde os meninos costumavam banhar-se.
 (…)
   Os três garotos desceram manhã cedo, para o banho e a pega de passarinho. Só com essa intenção. Mas era bom passar pela casa da doida e provocá-la. As mães diziam o contrário: que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados.
(…)
 Como era mesmo a cara da doida, poucos poderiam dizê-lo.
 (…)
Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça igual às outras no seu tempo remoto (contava mais de 60 anos, e loucura e idade, juntas, lhe lavravam o corpo). Corria, com variantes, a história de que fora noiva de um fazendeiro, e o casamento, uma festa estrondosa; mas na própria noite de núpcias o homem a repudiara, Deus sabe por que razão.
      O marido ergueu-se terrível e empurrou-a, no calor do bate-boca; ela rolou escada abaixo, foi quebrando ossos, arrebentando-se. Os dois nunca mais se viram. Já outros contavam que o pai, não o marido, a expulsara, e esclareciam que certa manhã o velho sentira um amargo diferente no café, ele que tinha dinheiro grosso e estava custando a morrer.
 (…) 
    De qualquer modo, as pessoas grandes não contavam a história direito, e os meninos deformavam o conto. Repudiada por todos, ela se fechou naquele chalé do caminho do córrego, e acabou perdendo o juízo. Perdera antes todas as relações. Ninguém tinha ânimo de visitá-la.
 (…)
     Às vezes uma preta velha arriscava-se a entrar, com seu cachimbo e sua paciência educada no cativeiro, e lá ficava dois ou três meses, cozinhando. Por fim a doida enxotava-a. E, afinal, empregada nenhuma queria servi-la. Ir viver com a doida, pedir a bênção à doida, jantar em casa da doida, passou a ser, na cidade, expressões de castigo e símbolos de irrisão.
 (…) 
     E assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela porta, fixavam cuidadosamente a vidraça e lascavam uma pedra. A princípio, como justa penalidade. Depois, por prazer. Pessoas sensíveis lamentavam o fato, sugeriam que se desse um jeito para internar a doida. Mas como? O hospício era longe, os parentes não se interessavam. E daí — explicava-se ao forasteiro que porventura estranhasse a situação — toda cidade tem seus doidos; quase que toda família os tem.
 (…) 
     Os meninos pegaram calhaus lisos, de ferro, tomaram posição. Cada um jogaria por sua vez, com intervalos para observar o resultado. O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.
 (…) 
      A doida, porém, parecia não ter percebido a agressão, a casa não reagia. Aí o terceiro do grupo, em seus 11 anos, sentiu-se cheio de coragem e resolveu invadir o jardim.
 (…)
     O garoto empurrou o portão: abriu-se.
 (..)
    Era o primeiro a penetrar no jardim (…) 
    Recuou um pouco e olhou para a rua: os companheiros tinham sumido. Ou estavam mesmo com muita pressa, ou queriam ver até aonde iria a coragem dele, sozinho em casa da doida. Tomar café com a doida. Jantar em casa da doida. Mas estaria a doida?
 (…) 
    O menino foi abrindo caminho entre pernas e braços de móveis, contorna aqui, esbarra mais adiante. O quarto era pequeno e cabia tanta coisa. Atrás da massa do piano, encurralada a um canto, estava a cama. E nela, busto soerguido, a doida esticava o rosto para a frente, na investigação do rumor insólito. Não adiantava ao menino querer fugir ou esconder-se. E ele estava determinado a conhecer tudo daquela casa. De resto, a doida não deu nenhum sinal de guerra. Apenas levantou as mãos à altura dos olhos, como para protegê-los de uma pedrada. Ele encarava-a, com interesse. 
(…)
   E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda, escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo. 
(…) 
     A criança sorriu, de desaponto, sem saber o que fizesse. Então a doida ergueu-se um pouco mais, firmando-se nos cotovelos. A boca remexeu, deixou passar um som vago e tímido. Como a criança não se movesse, o som indistinto se esboçou outra vez. Ele teve a impressão de que não era xingamento, parecia antes um chamado. Sentiu-se atraído para a doida, e todo desejo de maltratá-la se dissipou. Era um apelo, sim, e os dedos, movendo-se canhestramente, o confirmavam. 
(…) 
    Talvez pedisse água. A moringa estava no criado — mudo, entre vidros e papéis. Ele encheu o copo pela metade, estendeu-o. A doida parecia aprovar com a cabeça, e suas mãos queriam segurar sozinhas, mas foi preciso que o menino a ajudasse a beber. Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais por que entrara ali, nem conservava qualquer espécie de aversão pela doida. A própria ideia de doida desaparecera. Havia no quarto uma velha com sede, e que talvez estivesse morrendo.
     Nunca vira ninguém morrer, os pais o afastavam se havia em casa um agonizante. Mas deve ser assim que as pessoas morrem. Um sentimento de responsabilidade apoderou-se dele. Desajeitadamente, procurou fazer com que a cabeça repousasse sobre o travesseiro. Os músculos rígidos da mulher não o ajudavam. 
     Teve que abraçar-lhe os ombros – com repugnância — e conseguiu, afinal, deitá-la em posição suave. 
(…) 
   Água não podia ser, talvez remédio… 
(…)
    Seria caso talvez de chamar alguém. 
(…) 
    E tinha medo de que ela morresse em completo abandono, como ninguém no mundo deve morrer.
 (…) 
   Foi tropeçando nos móveis, arrastou com esforço o pesado armário da janela, desembaraçou a cortina, e a luz invadiu o depósito onde a mulher morria. Com o ar fino veio uma decisão. Não deixaria a mulher para chamar ninguém. Sabia que não poderia fazer nada para ajudá-la, a não ser sentar-se à beira da cama, pegar-lhe nas mãos e esperar o que ia acontecer.

Carlos Drummond de Andrade In: Contos de Aprendiz. Adaptado.

Entendendo o texto:
01 – Descreva qual era o hábito dos moleques da cidade em relação A Doida?
      O hábito era provocar a doida jogando pedras na casa dela.

02 – Quais são as duas versões contadas pela população em relação a vida da Doida?
      Uma versão é que ela era noiva de um fazendeiro, mas na noite de núpcias o homem a repudiara.
      A outra versão é que o pai a expulsara porque sentira um amargo diferente no café e como era muito rico ficou com medo que a filha o envenenasse para pegar o dinheiro dele.

03 – O que aconteceu com A Doida após ela se fechar no chalé localizado no caminho do córrego?
      Ela perdeu o juízo e a relação com as pessoas.

04 – Quais eram as expressões de castigo ou zombaria utilizadas pelas pessoas da cidade onde A Doida morava?
      Ir viver com a doida, pedir a bênção à doida, jantar em casa da doida.

05 – Porque as pessoas da cidade ou familiares não internavam A Doida em um local apropriado?
      O hospício era longe, os parentes não se interessavam.

06 – Qual era a justificativa utilizada pela população da cidade quando chegava um forasteiro que por ventura estranhasse a situação? Você concorda com essas afirmações? Justifique.
      Toda cidade tem seus doidos; quase que toda família os tem. Resposta pessoal.

07 – Após a tentativa de jogar pedras na chaminé não ter dado nenhum resultado o que aconteceu com os meninos? Relate os fatos:
      Um menino de 11 anos resolveu invadir o jardim os demais foram embora.

08 – Após invadir a casa da Doida relate o que aconteceu com o menino e a dona da casa? Faça uma breve descrição das atitudes dele e da mulher a partir desse momento?
      O menino encontrou a Doida na cama e ela a princípio parecia sentir medo. O menino não quis mais maltratá-la ao vê-la naquelas condições. Ela parecia fazer um apelo. Ele logo imaginou que ela quisesse água, ele pegou a água e entregou para ela, porém ela não conseguiu beber sozinha. Então ele a ajudou.

09 – Após contato com a mulher relate qual sentimento apoderou-se do menino? Em seguida, relate o desfecho do conto.
      Um sentimento de responsabilidade. Por fim o menino após ajudar a mulher não a deixaria para chamar ajuda. Pois julgava que ela estava morrendo e não havia mais nada para fazer por ela, apenas sentar-se à beira da cama, pegar-lhe nas mãos e esperar o que ia acontecer.

10 – Relate o que você sentiu ao ler esse conto.
      Resposta pessoal.



TEXTO: OS JOVENS E A VIOLÊNCIA: VÍTIMAS OU VILÕES? MARCELO ANDRIOTTI - COM GABARITO

Texto: Os jovens e a violência: vítimas ou vilões?

        A cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência. Basear o julgamento sobre a violência cometida por jovens no que ocorre atualmente no Rio de Janeiro – e em muitas outras cidades do Brasil – é, no mínimo, simplista de nossa parte e acaba eximindo a todos de uma ação realmente eficaz para a mudança de nossa realidade.
 “Com justiça e igualdade acontecendo poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima”
        Os jovens são, sim, vítimas, pois há décadas o Estado priva a maior parte da população do acesso à saúde, educação, cultura, saneamento básico e outros itens fundamentais à formação de um cidadão de excelência. Noções de valores como respeito, educação, cordialidade, entre outras, há muito tempo foram esquecidas ou menosprezadas. As cidades foram segmentadas entre os que têm e os que não têm direito a itens fundamentais para um desenvolvimento pleno e sadio. Foram divididas entre os que podiam tudo e os que não podiam nada. Tudo de melhor estava em uma parte da cidade e o restante ficava com o que sobrava. Quem tinha tudo esqueceu que a outra parte da população crescia e, mesmo sem uma educação de qualidade, começava a ter noções do que ocorria no resto do mundo graças à globalização e a difusão das informações. Começaram a querer essas coisas também. E, se não podiam tê-las pelas maneiras tradicionais, o fariam de alguma outra forma. Dariam um “jeito”, mesmo errado. Enquanto uns baseavam o seu ser naquilo que tinham, outros o fizeram através do poder, pela força bruta.
        Podemos pensar que são também vilões se lembrarmos que mesmo com tanta informação, bolsas, vagas gratuitas, cursos, um jovem escolhe ficar nas ruas assaltando, roubando e matando. Se há tantos exemplos de pessoas vencedoras que nasceram e cresceram em uma realidade de violência diária, escolher entre a ilusão de poder de chefiar um grupo em sua comunidade através da violência ou crescer na vida com esforço e trabalho parece uma decisão simples.
        E para quem nasceu com segurança, teve uma educação formal razoável e uma estrutura psicológica e familiar sólida. Porém, para quem cresceu e vive em total insegurança, em locais onde se dorme e acorda ao som de tiros, estuda – isso quando o professor consegue chegar até a escola – muitas vezes abaixado ou deitado no chão para se proteger de bala perdida, tem de esperar horas para ter acesso a tratamento médico e é humilhado por atendentes, seguranças e enfermeiros, no limite de suas condições humanas por causa do estresse, entre outras diversas questões, é difícil tomar a decisão mais correta e as escolhas feitas nem sempre são as melhores.
        Hoje temos diversas bolsas de auxílio para os jovens. Em cada comunidade há dezenas de projetos sociais que prometem mudar a vida das pessoas. Vende-se uma www.acessaber.com.br falsa ideia de que quem mora em uma favela tem direito a coisas que a classe média não tem. Claro, há, sim, dezenas de oportunidades para qualquer indivíduo, seja ele de onde for. Porém, nem todos cresceram em um ambiente que mostrasse o valor disso. Muitos cresceram ouvindo promessas e experimentando atividades que iniciavam e não acabavam, acostumaram-se a cursos e aulas dadas de qualquer maneira, sem despertar o real interesse dos alunos. Quando aprendermos a tratar a todos da mesma forma teremos uma sociedade mais justa e igualitária. Com justiça e igualdade acontecendo aí, sim, poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima.
                                                                        Marcelo Andriotti.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, a cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência, por que você acha que isso acontece?
      Resposta Pessoal

02 – Marcelo Andriotti apresenta dois pontos de vista em relação aos jovens serem vítimas ou vilões. Explique com suas palavras os argumentos usados por ele para justificar porque os jovens são vítimas.
        Marcelo culpa o Estado por privar a maior parte da população do acesso à saúde, educação, cultura, saneamento básico e outros itens fundamentais à formação de um cidadão de excelência. Ainda diz que noções de valores como respeito, educação, cordialidade, entre outras, há muito tempo foram esquecidas ou menosprezadas. E que as cidades foram segmentadas entre os que têm e os que não têm direito a itens fundamentais para um desenvolvimento pleno e sadio. E também foram divididas entre os que podiam tudo e os que não podiam nada.

03 – Explique os argumentos que Marcelo Andriotti utiliza para embasar sua tese de que os jovens também são vilões em relação aos atos de violência ocorridos no nosso país?
      São vilões porque não sabem aproveitar as boas oportunidades que surgem como bolsas em universidades, vagas gratuitas, cursos, entre outros. E que escolhem ficar nas ruas assaltando, roubando e matando ao invés de ter um mínimo de esforço para vencer.

04 – Com qual ponto de vista você concorda? O que afirma que os jovens são vilões ou o que afirma que eles são vítimas? Por quê?
      Resposta Pessoal

05 – Qual é a dica que Marcelo Andriotti dá para que possamos descobrir quem é vilão ou vítima em relação aos atos de violência ocorridos pelos jovens em nosso país?
      Quando todos formos tratados como “iguais” sem distinção de raça, cor ou credo. Poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima.

06 – Você acha que o sol pode nascer para todos, ou seja, as boas oportunidades surgem para todos ou apenas para pessoas que nasceram em uma vida estruturada financeiramente? Explique.
      Resposta Pessoal

07 – Você acha que a vida é feita de escolhas ou quando nascemos Deus já traçou um destino para cada um de nós? Comente.
      Resposta Pessoal

08 – Será que o homem é corrompido pela sociedade, por exemplo: se eu nasci no meio de pessoas corruptas, invejosas, rancorosas, amargas, fingidas, ladras, vou aprender a ser como elas ou não? Comente.
      Resposta Pessoal

09 – O que é violência para você? Explique.
      Resposta Pessoal

10 – Você já presenciou, viveu ou cometeu um ato de violência? Conte como foi.
      Resposta Pessoal

11 – Esse texto é um artigo de opinião. Qual é a sua opinião em relação a jovens se envolverem em atos de violências, que muitas vezes acabam matando pessoas inocentes?
      Resposta Pessoal

12 – Você acha correto meninos ou meninas de 12 a 18 anos portarem revólveres ou armas brancas? Comente.
      Resposta Pessoal

13 – O problema de tanta violência em nosso país está em quem? Na sociedade ou nos governantes? Comente.
      Resposta Pessoal



terça-feira, 27 de março de 2018

FILME(ATIVIDADES): MALÉVOLA - SINOPSE COM ATIVIDADES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): MALÉVOLA


Data de lançamento: 29 de maio de 2014 (1h 37min)
Direção: Robert Stromberg
Gênero: Fantasia
Nacionalidade: EUA

SINOPSE E DETALHES
Não recomendado para menores de 10 anos
        Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan (Sharlto Copley). Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.   

Entendendo o filme:

01 – No início do filme Malévola é uma menina:
a)   (X) alegre e feliz
b)   ( ) amarga e triste

02 – O reino Moors onde a menina Malévola mora:
    a) (X)possui uma vegetação colorida, animais diversificados e todos parecem ser muito felizes com a vida que levam.
    b) ( ) possui um ar sombrio , a vegetação é cheia de arbustos espinhosos e os animais vivem em profunda escuridão.

03 – Malévola conhece o menino Stefan, logo de início os dois fazem uma linda amizade. A menina se apaixona, porém Stefan tem um sonho, ou seja, uma ambição de:
a.   ( ) tornar-se rei do reino em que Malévola é líder.
b.   (X) tornar-se líder do reino vizinho ao de Malévola.

04 – Stefan após muito tempo procura Malévola. Os dois reatam a amizade, porém ele adiciona uma poção na bebida da Malévola para praticar um ato que muda completamente a vida da fada. Que atitude foi essa? Qual foi a intenção dele ao praticar esse ato?
      Ele cortou as asas dela. A intenção foi de convencer o rei de que Malévola havia sido assassinada e assim ser o sucessor dele no reino.

05 – Malévola se torna uma pessoa amarga e vingativa após a traição de Stefan, então:
a)   (X) ela transforma o reino Moors em um lugar sombrio envolto a uma cerca de espinhos e fica a espera do momento ideal para realizar uma vingança contra seu amado.
b)   ( ) ela transforma o reino Moors em uma fortaleza e fica a espera de Stefan para vingar-se dele.

06 – Stefan é consagrado rei; casa-se e em pouco tempo sua esposa dá a luz a uma linda menina chamada Aurora. Malévola vê nesse momento uma oportunidade perfeita para:
a)   (X) realizar seu desejo de vingança contra o rei Stefan.
b)   ( ) roubar a filha do rei Stefan.

07 – Após Malévola amaldiçoar Aurora o rei:
a)   (X) encarrega três fadas atrapalhadas de criarem a menina e a esconderem até que a maldição possa ser quebrada.
b)   ( ) deixa Malévola levar Aurora para ser criada no reino Moors.

08 – Porque o beijo da Malévola salva Aurora do sono profundo?
      Porque o amor que Malévola sente por Aurora é verdadeiro comparado ao amor de mãe.

09 – Como termina o filme?
      Malévola é encurralada por Stefan. Ela transforma seu aliado em um dragão para que ele possa ajudá-la, porém ela só consegue vencer a luta após Aurora libertar suas asas. Stefan morre ao cair da torre e Malévola leva Aurora para seu reino. Aurora é coroada como a nova rainha e os dois reinos são unificados.

10 – O filme é baseado em qual conto de fadas:
      A Bela adormecida.

11 – Você gostou do final do filme ou você gostaria de dar um final diferente para as personagens? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.