Poema: OS
SINOS
MANUEL BANDEIRA
OS
SINOS, MARCANDO O NASCIMENTO, A MORTE E UMA POSSÍVEL RESSURREIÇÃO
Sino de Belém,
Sino da Paixão...
Sino de Belém,
Sino da Paixão...
Sino do Bonfim!...
Sino do Bonfim!...
Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão, pelos que lá vão!
Sino da Paixão, bate bão-bão-bão.
Sino do Bonfim, por quem chora assim?...
Sino de Belém, que graça ele tem!
Sino de Belém bate bem-bem-bem-bem.
Sino da Paixão - pela minha mãe!
Sino da Paixão - pela minha irmã!
Sino do Bonfim, que vai ser de mim?...
Sino de Belém, como soa bem!
Sino de Belém, bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão... Por meu pai?... - Não! Não!...
Sino da Paixão bate bão-bão-bão.
Sino do Bonfim, baterás por mim?
Sino de Belém,
Sino da Paixão...
Sino da Paixão, pelo meu irmão...
Sino da Paixão,
Sino do Bonfim...
Sino do Bonfim, ai de mim, por mim!
Sino de Belém, que graça ele tem!
Entendendo o poema:
01 – Faça o esquema de rimas do poema.
A/b; a/b; c/c; a/a; b/b/c; a/a; d/e; c; a/a; b/b; c; a/b/b; b/c/c.
02 – As rimas dessas
estrofes se produzem com regularidade ou se alternam? Que tipo de sonoridade
elas insinuam, estando assim dispostas?
As rimas
alternam-se, sugerindo o som alternado dos sinos, que ora tocam por um motivo
alegre, ora por motivo triste, ora pelo eu poético.
03 – A palavra sino veio da
forma latina signum, a mesma que deu origem a signo em português. Analise essa
informação com relação ao poema.
Os sinos são
meios de comunicar (portanto, são signos) alguma coisa aos fiéis.
04 – As três rimas básicas
do poema são: ão; em e im, correspondendo a badaladas de sino. Cada um desses
sons identifica uma situação. Quais?
Os sinos de
Belém, pelos que ainda vêm; os sinos da Paixão, pelos que lá vão; os sinos do
Bonfim, pelo futuro do próprio eu lírico.
05 – Manuel Bandeira teve
uma irmã que morreu antes dele. Este fato está insinuado em que verso do poema?
“Sino da Paixão – pela minha irmã!”
06 – Na conclusão do poema,
qual o sino que mais alegra o eu lírico? Por quê?
O Sino de Belém, que toca pelos que ainda
vêm, ou seja, pelo futuro, pelo amanhã.
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