domingo, 8 de agosto de 2021

ROMANCE: A PATA DA GAZELA I (FRAGMENTO) - JOSÉ DE ALENCAR - COM GABARITO

 Romance: A PATA DA GAZELA I (Fragmento)

               José de Alencar

        Estava parada na Rua da Quitanda, próximo à da Assembleia, uma linda vitória, puxada por soberbos cavalos do Cabo.

        Dentro do carro havia duas moças; uma delas, alta e esbelta, tinha uma presença encantadora; a outra, de pequena estatura, muito delicada de talhe, era talvez mais linda que sua companheira.

         Estavam ambas elegantemente vestidas e conversavam a respeito das compras que já tinham realizado ou das que ainda pretendiam fazer.

        — Daqui aonde vamos? perguntou a mais baixa, vestida de roxo-claro.

        — Ao escritório de papai: talvez ele queira vir conosco. Na volta passaremos pela Rua do Ouvidor, respondeu a mais esbelta, cujo talhe era desenhado por um roupão cinzento.

        O vestido roxo debruçou-se de modo a olhar para fora, no sentido contrário àquele em que seguia o carro, enquanto o roupão, recostando-se nas almofadas, consultava uma carteirinha de lembranças, onde naturalmente escrevera a nota de suas encomendas.

        — O lacaio ficou-se de uma vez! disse o vestido roxo com um movimento de impaciência.

        — É verdade! respondeu distraidamente a companheira.

Estas palavras confirmavam o que aliás indicava o simples aspecto da carruagem: as senhoras estavam à espera do lacaio, mandado a algum ponto próximo. A impaciência da moça de vestido roxo era partilhada pelos fogosos cavalos, que dificilmente conseguia sofrear um cocheiro agaloado.

        Depois de alguns momentos de espera, sobressaltou-se o roupão cinzento, e, conchegando-se mais às almofadas, como para ocultar-se no fundo da carruagem, murmurou:

        — Laura!... Laura!...

        E, como sua amiga não a ouvisse, puxou-lhe pela manga.

        — O que é, Amélia?

        — Não vês? Aquele moço que está ali defronte nos olhando.

        — Que tem isto? disse Laura sorrindo.

        — Não gosto! replicou Amélia com um movimento de contrariedade. Há quanto tempo está ali e sem tirar os olhos de mim?

        — Volta-lhe as costas!

        — Vamos para diante.

        — Como quiseres.

        Avisado o cocheiro, avançou alguns passos, de modo a tirar ao curioso a vista do interior do carro; mas o mancebo não desanimou por isso e, passando de uma a outra porta, tomou posição conveniente para contemplar a moça com uma admiração franca e apaixonada.

        Simples no traje, e pouco favorecido a respeito de beleza; os dotes naturais que excitavam nesse moço alguma atenção eram uma vasta fronte meditativa e os grandes olhos pardos, cheios do brilho profundo e fosforescente que naquele momento derramavam pelo semblante de Amélia.

        [...]

        Notando Amélia a insistência do mancebo, ficou vivamente contrariada. Aquele olhar profundo, que parecia despedir os fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela um desassossego íntimo. Agitava-se impaciente, como uma criatura no meio de um sono inquieto ou mesmo de um ligeiro pesadelo.

        Até que abriu o chapeuzinho-de-sol para interceptar a contemplação apaixonada de que era objeto. Nesta ocasião, Laura, que frequentemente se debruçava para ver quando vinha o lacaio, retraiu o corpo com vivacidade:

        — Enfim; aí vem!

        — Felizmente! disse Amélia.

        O lacaio aproximava-se a passos medidos; trazia na mão um embrulho de papel azul, que o atrito dos dedos e a oscilação dos objetos envoltos desfizera, obrigando o portador a apertá-lo de vez em quando.

        Julgando ao cabo de alguns instantes que o lacaio já tocava o estribo da carruagem, Amélia, tomando um tom imperativo, disse para o cocheiro:

        — Vamos! vamos!

        Ao aceno que lhe fez o cocheiro, o lacaio correu, chegando a tempo de apanhar o carro, que partia ao trote largo da fogosa parelha. Deitar o embrulho na caixa da vitória, rodear em dois saltos e galgar o estribo da almofada, foi para o criado, habituado a essa manobra, negócio de um instante. Não percebera ele, porém, que, abrindo-se o papel com a corrida, um dos objetos nele contidos escorregara e, justamente na ocasião de deitar o embrulho na caixa do carro, caíra na calçada.

        Laura, que se inclinara com vivo interesse para tomar o embrulho das mãos do lacaio, tivera um pressentimento do acidente, ao ver o papel desenrolado. Fechando-o rapidamente e escondendo-o por baixo do assento da vitória, ela debruçou-se ainda uma vez para verificar se com efeito alguma coisa havia caído. Ao mesmo tempo acompanhava o movimento com estas palavras de contrariedade:

        — Como ele manda isto! Por mais que se lhe recomende!

        Laura nada viu, porque já a vitória rodava ligeiramente sobre os paralelepípedos. Nesse momento, porém, dobrando a Rua da Assembleia, se aproximara um moço elegante não só no traje do melhor gosto, como na graça de sua pessoa: era sem dúvida um dos príncipes da moda, um dos leões da Rua do Ouvidor; mas desse podemos assegurar pelo seu parecer distinto que não tinha usurpado o título.

        O mancebo viu casualmente o lacaio quando passara por ele correndo, e percebeu que um objeto caíra do embrulho. 3 Naturalmente não se dignaria abaixar para apanhá-lo, nem mesmo deitar-lhe um olhar, se não visse aparecer ao lado da vitória o rosto de uma senhora, que o aspecto da carruagem indicava pertencer à melhor sociedade.

        Então apressou-se, para ter ocasião de fazer uma fineza e pretexto de conhecer a senhora, que lhe parecera bonita. Os leões são apaixonadíssimos de tais encontros; acham-lhes um sainete que destrói a monotonia das relações habituais.

        Quando o moço ergueu-se com o objeto na mão, já o carro dobrava a Rua Sete de Setembro. Ficou ele um momento indeciso, olhando em torno, como se esperasse alguma informação a respeito da pessoa a quem pertencia o carro. Sem dúvida a senhora era conhecida em alguma loja de fazendas; talvez tivesse aí feito compras.

        Não obtendo, porém, informações, nem colhendo resultado da pergunta que fizera a um caixeiro próximo, resolveu-se a meter o objeto no bolso e seguir seu caminho.

        [...]

                   ALENCAR, José de. A pata da gazela. Disponível em: https://bit.ly/2PP3NCW. Acesso em: 19 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 50-3.

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DvB9pJpQj0Yo&psig=AOvVaw271us3Za4h4aQzAy70Objh&ust=1628538443944000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCOCAguSYovICFQAAAAAdAAAAABAE

Entendendo o romance:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Agaloado: bordado com galões (tiras de tecido bordados com fios dourados).

·        Mancebo: Jovem, moço.

·        Sainete: graça.

·        Sofrear: fazer parar ou diminuir a marcha de um cavalo.

·        Vitória: carruagem para dois passageiros, com quatro rodas e cobertura dobrável.

02 – O fragmento do romance lido indica tratar-se de uma história policial, de aventura, de amor ou de terror?

      Indica tratar-se de uma história de amor.

03 – Qual é o foco narrativo desse romance?

      O romance é narrado em terceira pessoa.

04 – No texto, O narrador apresenta uma minuciosa descrição das personagens. Que elementos nos permitem perceber de que classe social as moças fazem parte?

      A descrição da carruagem; a forma como as moças estavam elegantemente vestidas; a conversa delas sobre as compras que já tinham realizado e as que ainda pretendiam fazer; o criado que esperavam. Tudo isso configura personagens de classe social abastada.

05 – Nesse romance, as roupas das personagens são tão importantes na caracterização delas que o narrador substitui o nome das moças pelo traje que portam. Selecione dois exemplos do texto que ilustram essa afirmação e transcreva-os.

      “O vestido roxo debruçou-se de modo a olhar para fora [...]”; “[...] o roupão, recostando-se nas almofadas, consultava uma carteirinha de lembranças [...]”.

06 – Leia o trecho a seguir, que se refere ao comportamento de Amélia, e responda à questão.

        Notando Amélia a insistência do mancebo, ficou vivamente contrariada. Aquele olhar profundo, que parecia despedir os fogos surdos de uma labareda oculta, incutia nela um desassossego íntimo. [...]”. O que o trecho pode revelar a respeito das características psicológicas da personagem?

      O trecho revela ser a personagem uma moça recatada, de comportamento reservado.

07 – Que atitudes Amélia tomou para se proteger e se esquivar do olhar do rapaz que a admirava?

      Avisou ao cocheiro que avançasse alguns passos, de modo que tirasse o interior do carro da vista do rapaz; abriu o chapeuzinho de sol, para impedir a contemplação apaixonada de que era objeto.

08 – Pelo fragmento lido, é possível identificar a situação-problema que se constrói e será responsável pelo desenvolvimento da história. Indique as alternativas que apresentam os acontecimentos fundamentais que desencadearam essa situação.

a)   O lacaio apressado não percebe que deixa cair, na rua, um objeto do embrulho que carregava.

b)   O cocheiro leva a vitória mais à frente, para tirá-la do foco do olhar do moço apaixonado.

c)   Um jovem interessado apanha o objeto perdido e busca informações sobre sua possível proprietária.

d)   Laura, desconfiada de que algo foi deixado para trás pelo lacaio, olha pela janela da vitória em direção à rua.

e)   O rapaz bem-vestido, não obtendo informações sobre a dona do objeto perdido, guarda-o no bolso.

Alternativas: a, c, d, e.

09 – Que objeto você imagina ter caído do embrulho?

      Resposta pessoal do aluno.

10 – Que ideias e sentimentos você imagina que o jovem bem-vestido terá em relação ao objeto encontrado?

      Resposta pessoal do aluno.

11 – Ao ver o objeto encontrado, o rapaz tirará algumas conclusões sobre sua proprietária. O que você acha que ele pensará sobre ela? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

POEMA: LIRA DO AMOR ROMÂNTICO OU A ETERNA REPETIÇÃO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Lira do amor romântico ou a eterna repetição

  Carlos Drummond de Andrade

Atirei um limão n’água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.


[...]

 

Atirei um limão n’água
mas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!

Atirei um limão n’água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.

Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.

Atirei um limão n’água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.

 

[...]


Atirei um limão n’água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh’alma dolorida.

 

[...]


Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.

Atirei um limão n’água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
você não ama: tortura.

Atirei um limão n’água
e caí n’água também,
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.

Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.

              Carlos Drummond de Andrade. Amar se aprende amando. 24. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 76-8.

Fonte da imagem -https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.mundodasmensagens.com%2Fmensagens-amor%2F&psig=AOvVaw1Y45ybOn9MXUqhs1DVCrQd&ust=1628537963942000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCIDFuu-WovICFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o poema:

01 – Nos versos do poema, ocorre a personificação de seres da natureza. Quais são eles?

      Os peixes, pois o eu poético diz que esses animais conversam com ele.

02 – De acordo com o texto, podemos atribuir sabedoria a elementos da natureza? Confirme sua resposta com versos do próprio poema.

      Sim, o eu poético reconhece que os peixes sabem várias coisas sobre o amor que ele sente e sobre as atitudes ou os sentimentos da pessoa amada. Exemplo: “Até os peixes já sabem: / você não ama: tortura.”

03 – Leia apenas o último verso de cada estrofe. O que podemos concluir sobre a condição do eu poético com base nesses versos?

      Em geral, os versos revelam que o eu poético vivia um amor não correspondido.

04 – Releia esta estrofe:

“Atirei um limão n’água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
É dor de quem muito amou.”

a)   O que você entende por “o rio logo amargou”?

O rio ficou triste, amargurado.

b)   Nessa estrofe, o verbo amargar foi empregado no sentido de amargurar, entristecer. A amargura e a tristeza são qualidades comuns de atribuirmos ao substantivo rio?

Não. A amargura e a tristeza são faculdades próprias dos seres humanos.

05 – Na estrofe a seguir, nota-se certo exagero nas palavras do eu poético. Escreva o verso em que aparece esse exagero.

“Atirei um limão n’água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.”

      “Hás de amar eternamente.”

06 – Qual pode ter sido a intenção do poeta ao usar essa hipérbole?

      Expor todo o amor do eu poético, mostrar de forma intensa quanto ele se dedica ao seu amor.

07 – Observe esta estrofe:

“Atirei um limão n’água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado pra trás.”

a)   Para você, o que lembra a expressão “zás-trás”?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Com que objetivo o poeta pode ter usado essa expressão na estrofe?

Resposta pessoal do aluno.

c)   Podemos afirmar que a expressão “zás-trás” é uma onomatopeia? Por quê?

Sim, porque é uma expressão que imita o som do deslocamento de ar quando ocorre uma ação rápida.

 

 



 

CHARGE: DECLARAÇÃO DE AMOR - ALEX SOARES - COM GABARITO

 Charge: Declaração de amor





SOARES, Alex. Declaração de amor. 30 jul. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2QeB8a3. Acesso em: 10 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 79.

Entendendo a charge:

01 – Ao falar sobre relacionamentos amorosos, o autor da charge emprega uma antítese para contrapor as épocas. Identifique essa antítese e transcreva-a.

      A antítese “antigamente/hoje em dia”.

02 – Que ideia o texto e a imagem que compõem a charge nos passa sobre a forma de as pessoas se relacionarem nas diferentes épocas referidas?

      A ideia de que antigamente as pessoas comunicavam o sentimento por meio do diálogo íntimo, havendo contato direto com a pessoa amada, e hoje não há mais essa comunicação direta nem mesmo privacidade, uma vez que os relacionamentos são expostos em redes sociais.

03 – Essa charge faz uma crítica a algum costume?

      Resposta pessoal do aluno.



ANÚNCIO: LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL - COM GABARITO

 ANÚNCIO: LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL

(http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/
negociosfc/2012/12/17/os-anuncios-da-amanco-oportunidade
Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrAgwLDC825Fk30rysNNE9HPB_yr0UQT9A9Wuyu0LBavk1DXRqtFgCISbOnD_7KSR3tDQ3eoouaQyPi7qPH-9SAXWt2z806vdVKnUxgsNoxi1iSPwh2tSHKQvJ-wqKFcJFCUmnhyphenhyphennomL0/s479/TIGRE.png

O que é língua e linguagem?

FOCO NO TEXTO

Leia o anúncio ao lado.

1.   Quem é o anunciante? Que produto ele fabrica?

    A empresa Amanco. Ela fabrica tubos e conexões de PVC.

2. O enunciado principal do anúncio se dirige diretamente a um Tricolor e faz referência ao fato de ele ter ganhado algo de um Tigre. Levante hipóteses:

a. Quem podem ser o Tricolor e o Tigre?

Um time de futebol conhecido como Tricolor (Fluminense, São Paulo ou Bahia) e um time conhecido como Tigre; equipes em geral; atletas ou competidores.

b. O que o Tricolor pode ter ganhado do Tigre?

Um jogo, uma luta, uma prova esportiva.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

NOTÍCIA: QUASE 90% DOS PROFESSORES NÃO TINHAM EXPERIÊNCIA COM AULAS REMOTAS.... - COM GABARITO

 Leia a notícia abaixo e depois faça as seguintes atividades.

Quase 90% dos professores não tinham experiência com aulas remotas antes da pandemia; 42% seguem sem treinamento, aponta pesquisa.

 Levantamento da UFMG e CNTE mostra cenário preocupante e a dificuldade do poder público em dar resposta neste momento emergencial e garantir a isonomia do acesso à educação, afirma coordenadora do estudo.

 Uma pesquisa sobre o trabalho dos professores da rede pública durante a pandemia, a qual o G1 teve acesso, aponta que 89% não tinha experiência anterior à pandemia para dar aulas remotas e 42% dos entrevistados afirmam que seguem sem treinamento, aprendendo tudo por conta própria. Para 21%, é difícil ou muito difícil lidar com tecnologias digitais. Os resultados mostram a dificuldade dos professores em lidar com a nova realidade, e o esforço pessoal para transmitir a aprendizagem aos estudantes durante a emergência de saúde provocada pelo coronavírus.

Entendendo o texto

  O texto foi publicado em um “site” de grande circulação nacional e internacional. Nele, podemos encontrar várias notícias interessantes, e uma delas é essa acima, muito atual e que gerou polêmica no meio educacional. De acordo com sua leitura e interpretação, responda:

1- O que a notícia rebate, ou seja, mostra-nos sobre o posicionamento dos professores da rede pública em relação às novas formas de chegar até o ao aluno por causa da pandemia?

Rebate sobre o acesso dos professores em utilizar os meios tecnológicos a seu favor, pois a maioria deles, segundo a pesquisa feita pelo G1 aponta que 89% não tinham experiência anterior para dar aulas remotas e 42% seguiram sem treinamento, aprendendo tudo por conta própria, e 21% acham difícil ou muito difícil lidarem com as tecnologias digitais.

 2- Marque um X na alternativa que apresente a finalidade do gênero notícia:

A) Apresentar opinião de especialista sobre assunto relevante para a sociedade.

B) Informar fatos e acontecimentos recentes de relevância local, nacional e internacional

C) Narrar uma história que envolve conflito inicial, momento de maior tensão e desfecho.

D) Crítica de acontecimentos atuais.

3- Marque um X na alternativa que apresente as partes composicionais de uma notícia:

A) Título, subtítulo, lide, corpo da notícia, fotos com legenda.

B) Título e organização em versos e estrofes.

C) Título e textos organizados em tópicos.

D) Título, lista de componentes e procedimentos de tarefas.

4- Explique as diferenças entre a notícia radiofônica e a notícia em podcast na internet?

Ambas são veiculadas por áudio, no entanto, a notícia radiofônica é dada ao vivo, podendo ser repetida na estação de rádio, durante a programação, e a notícia em podcast é gravada em formato MP3, postada em sites e blogs e pode ser ouvida, retomada e consultada a qualquer hora.

 

5- Com base no que foi estudado sobre o gênero discursivo notícia, produza um texto noticiando um fato possível de ser retratado pela foto abaixo.



Sua notícia deverá conter letras com fontes e tamanhos diferentes, principalmente no título. Não esqueça de empregar os elementos que compõem uma notícia.

Resposta pessoal.

domingo, 1 de agosto de 2021

POEMA: OS INCONFIDENTES(I) - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 POEMA: Os inconfidentes (I)

    José Paulo Paes


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só da bateia,

Nosso bem ou perdição.


Vila Rica, Vila Rica,

Ninho de muito vampiro:

O padre com pés de altar,

O bispo com sua espórtula,

O ouvidor com seu despacho

E o povo feito capacho.


Vila Rica, Vila Rica,

Teatro de muito som:

Cláudio no seu clavicórdio,

Alvarenga em sua flauta,

Gonzaga na sua lira.

Vozes doces, mesa lauta.


Vila Rica, Vila Rica,

Masmorra de muita porta:

Para negro fugitivo,

Para soldado rebelde,

Para poeta e poemas,

Nunca faltaram algemas.


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.

(O melhor poeta da minha rua. São Paulo: Ática, 2008. p. 97-8.)

Fonte: Livro- Português: Linguagem, 2/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 11.ed – São Paulo: Saraiva, 2016.p.347.

 Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Flpslucasps.itch.io%2Fos-inconfidentes&psig=AOvVaw2J86Z0iGiDqV0QPS8SwhwR&ust=1627948974812000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCIikh92EkfICFQAAAAAdAAAAABAD

1.Glossário

alferes: antigo posto militar no Exército brasileiro, equivalente ao de segundo-tenente, hoje.

bateia: recipiente de madeira ou metal utilizado no garimpo.

clavicórdio: antigo instrumento musical formado por cordas e teclado.

espórtula: esmola.

inconfidentes: participantes da Inconfidência Mineira.

lauta: farta, abundante.

 

2. O verso “Vila Rica, Vila Rica” se repete no início de todas as estrofes do poema.

a) Quem é o interlocutor do eu lírico? Justifique sua resposta.

A cidade de Vila Rica (hoje Ouro Preto), conforme mostra o emprego do pronome te (2ª pessoa), no penúltimo verso da última estrofe.

b) Qual é a função sintática do termo “Vila Rica”, em cada estrofe?

Vocativo.

3. Observe as expressões que constituem o 2º verso de cada estrofe, empregadas em referência a Vila Rica.

a) Quais são essas expressões?

“Cofre de muita riqueza”; “Ninho de muito vampiro”; “Teatro de muito som”; “Masmorra de muita porta”; “Forja de muito covarde”.

 

b) Que papel semântico elas têm?

O de acrescentar sentidos à cidade de Vila Rica.

c) Que função sintática elas desempenham?

Aposto.

4. O último verso, “Vila Rica vil e rica”, resume o poema inteiro.

a) Quais estrofes do poema se referem à vileza dos habitantes da cidade?

2ª, 4ª e 5ª.

b) Quais descrevem a “riqueza” da cidade?

1ª e 3ª.

c) Que fato histórico o poema procura descrever nessas cinco estrofes?

O episódio da Inconfidência Mineira, ocorrido em, Vila Rica, hoje Ouro Preto.

d) Troque ideias com os colegas: Qual é a função sintática de “Vila Rica vil e rica”?

Professor: Abra a discussão com a classe, pois há duas possibilidades de resposta. Em princípio, pode ser um vocativo, a mesma função que “Vila Rica, Vila Rica” vinha exercendo nos versos anteriores; nesse caso, o termo vil e rica seria constituído por adjuntos adnominais de Vila Rica. Contudo, considerando-se o verbo ser subentendido, Vila Rica seria sujeito, e vil e rica seria predicativo do sujeito: “Vila Rica, (és) vil e rica”.

 

 

 

EDITORIAL - PUBLICIDADE POLÊMICA(PROPAGANDA DE PRODUTOS INFANTIS) - FOLHA UOL - COM GABARITO

 EDITORIAL - PUBLICIDADE POLÊMICA

A propaganda de produtos infantis precisa respeitar certas regras, mas é melhor a autorregulamentação do que uma proibição absoluta

 

Tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados o projeto de lei 5.921, que prevê veto à propaganda dirigida ao público infantil. Ao longo desse período, em que pesem as polêmicas, boa parte dos defensores e críticos concorda com alguns princípios básicos.

É um consenso que o público infantil é mais vulnerável às investidas publicitárias e deve ser poupado de apelos consumistas e de mensagens que depreciem valores sociais positivos, como a solidariedade e a vida em família.

A iniciativa parlamentar, de dezembro de 2001, serviu como sinal de alerta para a indústria e as agências de publicidade. Elas perceberam o recrudescimento de reações contrárias a abusos em anúncios e nos meios de comunicação.

É sintomático que, em 2006, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) tenha divulgado o documento “Novas Normas Éticas”, que trata da propaganda de produtos destinados a crianças e adolescentes.

Já em seu início, o texto reconhecia a “exigência flagrante da sociedade” de que a publicidade se engajasse “na formação de cidadãos responsáveis e consumidores conscientes”.

Em 2010, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) assinaram compromisso público para impor limites à divulgação de produtos que contribuam para a obesidade e doenças a ela associadas.

Não obstante, permanecem vivas pressões para que a propaganda destinada a crianças seja banida. Há várias campanhas contra e a favor, como as intituladas “Somos Todos Responsáveis” e “Infância Livre de Consumismo”.

É fato que em outros países há limitações legais. Nos EUA, por exemplo, a publicidade para crianças e adolescentes é limitada a 20% do total veiculado. Na Suécia, não pode ser exibida antes das 21h.

São possibilidades que merecem ser discutidas pelo Conar, dentro do princípio de que a melhor alternativa é a autorregulamentação. O conselho deveria tomar a iniciativa de apresentar uma proposta para debate público.

A proibição absoluta é uma saída drástica, com vezo autoritário. Fere o direito à informação e confere ao Estado a prerrogativa de substituir os pais na decisão do que pode ser visto por seus filhos.

Não há dúvida de que o Conar conquistou o respaldo da sociedade. Ele precisa, no entanto, apertar os seus controles.

Estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostrou que propagandas de cerveja veiculadas na TV – exceção questionável à restrição de horário a publicidade de bebidas alcoólicas – não respeitam 12 das 16 determinações do código de autorregulamentação avaliadas na pesquisa.

Para consagrar-se, o salutar princípio da autorregulamentação precisa mostrar-se efetivo.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/36128- publicidade-polemica.shtml. Acesso em: 24/12/2015.)

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtt1ODev5HViQtfIIejooWdiB38XMdZFs9pa8TXvN1dH0EYE0lbafOQ4m9lgdhLYDEtW46gkSxrnrjgoSqx3zutEmDUxwFxMRhqKjck6dBDKqeBU4aryYUi1HnmouCY8gT6S-Bi6nNc2E/s580/propaganda.png.


Entendendo o texto

1. Os editoriais geralmente abordam um tema do momento, que está em discussão na sociedade.

a) Qual é o tema abordado pelo editorial em estudo?

        A questão da proibição ou da autorregulamentação da propaganda destinada a crianças.

b) Por que esse tema estava sendo debatido no Brasil no momento da publicação do editorial?

 Por causa de iniciativas de parlamentares e de cidadãos com vistas à proibição de propagandas destinadas ao público infantil e do interesse de órgãos como o Conar, a Abia e a ABA em regulamentar esse tipo de propaganda.

2. Por meio dos editoriais, os jornais e revistas expressam seu ponto de vista sobre o tema abordado, seja para fazer uma crítica ou um elogio a algo ou a alguém, seja para fazer sugestões ou estimular a reflexão. No editorial lido, o jornal deixa clara a sua posição.

a) Esse posicionamento é contra ou a favor da proibição da propaganda dirigida ao público infantil?

É contra.

b) Em que partes do texto esse posicionamento é apresentado de forma explícita?

No subtítulo e no 10¼ parágrafo, que se inicia com a afirmação “A proibição absoluta é uma saída drástica, com vezo autoritário”.

c) Que argumentos são usados para esse posicionamento?

O argumento de que a proibição fere o direito à informação, o de que ela confere ao Estado a prerrogativa de substituir os pais na decisão do que pode ser visto pelos filhos e, por último, os exemplos de outros países.

3. O texto cita pontos de consenso entre defensores e críticos. Quais são esses pontos?

O público infantil é mais vulnerável à publicidade; deve ser poupado de apelos consumistas e de mensagens que depreciem valores sociais positivos, como a solidariedade e a vida em família.

4. Os editoriais têm uma estrutura relativamente simples: apresentam uma ideia principal (tese), que expressa o ponto de vista do jornal ou revista sobre o tema; um desenvolvimento, constituído por parágrafos que fundamentam a ideia principal; e uma conclusão, geralmente formulada no último parágrafo do texto. A estrutura do editorial lido poderia ser esquematizada da forma mostrada a seguir. Complete o esquema, indicando um argumento e a conclusão.

Ideia principal

A questão da propaganda dirigida ao público infantil é polêmica, com defensores e críticos.

Desenvolvimento

1º argumento: Embora haja polêmica, há concordância em alguns princípios básicos quanto à propaganda para o público infantil.

2º argumento: Entidades como o Conar, a Abia e a ABA apresentaram propostas de regulamentação dessa propaganda.

 3º argumento: Há campanhas contra e a favor da propaganda destinada a crianças.

Conclusão: A proibição absoluta fere o direito à informação e transfere para o Estado um papel que é dos pais.

5. O editorial é um texto que pertence ao grupo dos gêneros argumentativos, ou seja, aqueles que têm a finalidade de persuadir o leitor e, portanto, precisam apresentar argumentos consistentes, como relações de causa e consequência, comparações, informações, depoimentos de autoridades, dados estatísticos de pesquisa, etc. Identifique no desenvolvimento do editorial lido:

a) relações de causa e consequência;

“o público infantil é mais vulnerável às investidas publicitárias”.

b) comparação com outros países;

Nos EUA, a publicidade para crianças e adolescentes é limitada a 20% do total veiculado; na Suécia, a exibição é proibida antes das 21h.

c) estudos e dados estatísticos.

Estudo da Unifesp mostrou que propagandas de cerveja veiculadas na TV não respeitam 12 das 16 determinações do código de autorregulamentação proposto pelo Conar.

6. Nos editoriais, a conclusão geralmente ocorre no último parágrafo e costuma apresentar uma síntese das ideias expostas ou uma sugestão ou proposta para a solução do problema abordado.

De que tipo é a conclusão do editorial lido?

7. Observe a linguagem empregada no texto, inclusive os verbos e pronomes. Como os editoriais expressam a opinião do jornal ou revista e não a de um jornalista em particular, é comum não haver neles a identificação de quem os escreveu.

Além disso, esse gênero privilegia a impessoalidade, isto é, o autor fala do tema de modo distanciado, sem se colocar diretamente no texto.

No editorial lido:

a)   Que pessoa verbal predomina? O uso dessa pessoa contribui para impessoalizar o texto? Por quê?

 Predomina a 3ª pessoa; seu uso contribui para impessoalizar o texto, permitindo ao autor tratar o assunto de modo distanciado, sem se colocar diretamente no texto.

b)   Em que tempo estão as formas verbais, predominantemente?

          No presente do indicativo.

 

 

CRÔNICA: INIMIGOS - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

 CRÔNICA: INIMIGOS

                     Luís Fernando Veríssimo

     O apelido de Maria Teresa, para Norberto, era “Quequinha”. Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma da sua mulher, o Norberto pegava sua mão, carinhosamente, e começava:

— Pois a Quequinha…

E a Quequinha, dengosa, protestava:

— Ora, Beto!

Com o passar do tempo, o Norberto deixou de chamar a Maria Teresa de Quequinha; se ela estivesse ao seu lado e ele quisesse se referir a ela, dizia:

— A mulher aqui…

Ou, às vezes:

— Esta mulherzinha…

Mas nunca mais de Quequinha.

(O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas.)

Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por “Ela”.

— Ela odeia o Charles Bronson.

— Ah, não gosto mesmo.

Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chamasse de Ela, ainda usava um vago gesto da mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer “essa aí” e apontar com o queixo.

— Essa aí…

E apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém.

(O tempo, o tempo. O tempo captura o amor e não o mata na hora. Vai tirando uma asa, depois a outra…)

Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na sua direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz:

— Aquilo…

(Novas comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 70-1.)

Fonte: Livro- Português: Linguagem, 2/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 11.ed – São Paulo: Saraiva, 2016.p.321-22.


Entendendo o texto

1. No início do casamento, Norberto e Maria Teresa tratam-se carinhosamente por Beto e Quequinha. Com o passar do tempo, entretanto, Beto vai mudando o tratamento dado à mulher: “A mulher aqui...”, “Esta mulherzinha...”, “Ela”, “Essa aí...” e “Aquilo...”. Observando a sequência de palavras com as quais ele passa a tratá-la, responda:

a) Que função desempenham nas frases as palavras que ele usa para se referir à mulher?

A de sujeito.

b) Grande parte dessas frases tem predicado explícito?

Não.

2. As palavras que o marido emprega para referir-se à mulher apresentam uma gradação.

a) O diminutivo em Quequinha tem o mesmo valor semântico que o empregado em mulherzinha?

Não; na primeira palavra, o diminutivo acrescenta ao substantivo o valor de afeição, carinho; na segunda, tem valor pejorativo.

b) Na expressão A mulher aqui, o substantivo mulher foi empregado, de acordo com o contexto, no sentido de pessoa do sexo feminino, em oposição a homem, ou em oposição a marido?

Em oposição a homem.

c) Se essa palavra fosse empregada em oposição ao outro termo, que determinante deveria acompanhá-la?

O pronome possessivo minha.

d) Que atitude o marido demonstra ter em relação à esposa ao empregar o pronome pessoal ela?

Uma atitude de distanciamento.

e) Como você sabe, os pronomes demonstrativos transmitem informações sobre a proximidade ou distanciamento de certo objeto demonstrado em relação ao locutor.

• Ao se referir à mulher, o locutor primeiramente utiliza o pronome essa e depois o pronome aquilo. O que essa alteração revela quanto ao relacionamento do casal?

Que marido e mulher estão gradativamente se distanciando um do outro. Ao empregar essa aí, o marido ainda considera a esposa um pouco próxima de si, pois esse pronome indica algo próximo da pessoa com quem se fala. Ao empregar aquilo, que indica algo distante da pessoa que fala, o locutor mostra o distanciamento dele em relação à esposa.

• Os demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo) não são normalmente empregados em referência a pessoas. No entanto, o marido se refere à mulher empregando um deles — aquilo. O que esse fato revela?

Que a mulher se tornou para ele um objeto apenas. Nesse contexto, o pronome tem um valor semântico de desprezo, intolerância, etc.

3. Ao longo dos anos, o marido vai dispensando à mulher formas de tratamento cada vez mais degradantes. Apesar disso, nas frases a mulher sempre ocupa a função de sujeito. Como se sabe, o sujeito é um dos termos essenciais da oração.

a) Existe coerência entre o destaque dado à mulher nas frases e o destaque que o marido lhe dá no casamento?

Não.

b) O texto procura comprovar a tese de que o tempo corrói o amor. Considerando o relacionamento entre Maria Teresa e Norberto, levante hipóteses: Por que o casamento se mantém?

Resposta pessoal. Sugestão: Embora não exista amor, o casal pode estar mantendo o casamento por outras razões: por comodismo, pelos filhos, para dar satisfação à sociedade, etc.