domingo, 27 de setembro de 2020

ARTIGO: A DOR DE CRESCER - HELENA MIRTES - COM GABARITO

 ARTIGO:A dor de crescer

                      Helena Mirtes

Período de passagem, tempo de agitação e turbulências. Um fenômeno psicológico e social, que terá diferentes particularidades de acordo com o ambiente social e cultural. Do latim ad, que quer dizer  olescer, que significa crescer, mas também adoecer, enfermar. Todas essas definições, por mais verdadeiras que sejam, foram formuladas por adultos.

"Adolescer dói" - dizem as psicanalistas [Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um período de grandes transformações. Há um sofrimento emocional com as mudanças biológicas e mentais que ocorrem nessa fase. É a morte da criança para o nascimento do adulto. Portanto, trata-se de uma passagem de perdas e ganhos e isso nem sempre é entendido pelos adultos."

Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar o "Ponto de Referência" exatamente para isso. Para facilitar a vida tanto dos adolescentes quanto das pessoas que os rodeiam, como pais e professores. "Estamos tentando resgatar o sentido da palavra diálogo" – enfatiza Yeda – "quando os dois falam, os dois ouvem sempre concordando um com o outro, nem sempre acatando. Nosso objetivo maior talvez seja o resgate da interlocução, com direito, inclusive, a interrupções."

Frutos de uma educação autoritária, os pais de hoje se queixam de estar vivendo a tão alardeada ditadura dos filhos. Contrapondo o autoritarismo, muitos enveredaram pelo caminho da liberdade generalizada e essa tem sido a grande dúvida dos pais que procuram o "Ponto de Referência": proibir ou permitir? "O que propomos aqui" - afirma Margarete -"é a consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem a proibição total. Tivemos acesso a centros semelhantes ao nosso na Espanha e em Portugal, onde o setor público funciona bem e dá muito apoio a esse tipo de trabalho porque já descobriram a importância de uma adolescência vivida com um mínimo de equilíbrio. Já que o processo de passagem é inevitável, que ele seja feito com menos dor para todos os envolvidos".

 

MIRTES Helena. Estado de Minas, 16 jun. 1996. MEC. In: WWW.mec.gov.br

 

1)   No texto, o argumento que comprova a ideia de ser a adolescência um período de passagem é

 

            (A) Adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais.

            (B) Filhos devem ter consciência do significado de liberdade.

            (C) Pais reclamam da ditadura de seus filhos.

            (D) Psicólogos tentam recuperar o valor do diálogo.

 

2)       De acordo com as psicanalistas Margarete, Ana Maria e Yeda, “adolescer dói”, porque, nessa fase, os adolescentes

 

(A)  não se acostumam com a vigilância dos pais.

         (B)   sofrem muito emocionalmente.

              (C)   precisam  aprender a entender  os adultos.

              (D)  não conseguem ouvir o que os adultos dizem.

 

         3)  Considerando o processo de “adolescer”, as psicanalistas criaram o “ponto de referência” para

 

             (A)  resgatar o sentido da palavra diálogo apenas entre pais e filhos.

             (B)  ensinar todas as pessoas a conviverem harmoniosamente com os adolescentes.

              (C) facilitar a vida dos adolescentes com seus  pais e professores.

              (D) ajudar os professores a entenderem como vão se comportar as crianças que ainda vão ser adolescentes.

 

4)   De acordo com as psicanalistas, os pais que procuram um “ponto de referência” desejam que seus filhos adolescentes

 

(A) sejam totalmente livres, desde que assumam sozinhos as consequências dessa “liberdade”.

              (B)  concordem com todas as regras  estabelecidas para essa fase da vida.

              (C) passem pela fase da adolescência com menos dor e  com um mínimo de equilíbrio.

              (D) compreendam que os pais sejam autoritários, ao enfrentarem os problemas da adolescência dos filhos.

 

5)    No texto, a palavra “adolescência”, além do significado “crescer”, significa também

 

            (A)   acatar.        (B)dialogar.       

            (C)  parar.           (D)  adoecer.

 

       6)  O termo destacado em “ quando os dois falam, os dois ouvem sempre concordando um com o outro, nem sempre acatando.” apresenta uma ideia de

 

            (A) consequência. 

            (B) condição.       

            (C)  finalidade.       

            (D) tempo.

 

7) Em “Há um sofrimento emocional com as mudanças biológicas e mentais que ocorrem nessa fase.”, o termo em destaque retoma a palavra

 

        (A)  sofrimento.                     (B) fase.                      

        (C) mudanças.                      (D)  emocional.

 

 

CRÔNICA: ASSALTOS INSÓLITOS - AFFONSO ROMANO SANTANNA - COM GABARITO

 CRÔNICA: ASSALTOS INSÓLITOS

                          Affonso Romano Santanna

   Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois, até que são engraçados. É igual a certos incidentes de viagem, que, quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssima, mas depois, narrados aos amigos num jantar, passam a ter sabor de anedota.  

   Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos o são na própria casa. O que não diminui o desconforto da situação.

   Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera dar uma pintura na garagem e na cozinha. As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.

   Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:

   — É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.

   Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos ladrões pergunta:

   — Cadê o patrão?

  Num rasgo de criatividade, respondeu:

   — Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.

   — Então vamos lá dentro, mostre tudo.

   Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo para livrar sua cara, começou a dizer:

   — Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão. Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é tarado por bombom.

   Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e saíram apressados. Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos. Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo.

 

SANTANNA Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS CRÔNICAS São Paulo: Ática 1995.

(Coleção Para gostar de ler.)

1)  O texto – Assaltos insólitos – pertence a que gênero textual:

a) conto                  b) crônica                  c) carta            d) notícia

 

 2) No texto a expressão “Pois estava o dito-cujo em sua casa” o termo destacado indica:

a) tempo            b) modo               c) causa                                 d) lugar

 

3) O dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias, principalmente, porque

     a) aconselha a levar o som.

     b) mostra os objetos da casa.

     c) mente para os assaltantes.

     d) conta os defeitos do patrão.

     e) fazia sua atividade terapêutica.

 

4) A finalidade do texto é

    a) advertir sobre os possíveis lugares em que ocorrem assaltos.

    b) relatar um fato incomum ocorrido com um cidadão.

    c) expor uma opinião sobre um assunto sério.

    d) instruir o leitor como evitar uma tragédia.

    e) fazer o leitor refletir sobre um assalto.

 

5) No trecho “e o marido se entregava a essa terapêutica atividade”, a expressão destacada substitui

    a) fazer compras.

    b) ir no mercado.

    c) narrar anedotas.

    d) pintar a casa.

 

6) No texto, a expressão “-Paga mal, é um pão-duro” indica uma linguagem

    a) formal.

    b) técnica.

    c) regional.

    d) informal.

 

7) É exemplo de linguagem formal, no texto

    a) “dito-cujo”

   b) “adentrar”

   c) “pão-duro”

   d) “botam”

8) O texto “Assaltos insólitos” é uma crônica porque

   a) expressa a opinião de um jornal ou de uma revista sobre um assunto da atualidade.

   b) apresenta relatos de fatos com acréscimo de entrevistas e comentários.

   c) retrata acontecimentos do cotidiano com caráter crítico.

  d) sua função principal é a de divulgar uma informação visualmente.

  e) apresenta uma moral no final do texto.

sábado, 26 de setembro de 2020

RAP DA LÍNGUA PORTUGUESA - LINS, A.E. - COM GABARITO

 Rap da Língua Portuguesa

         (A linguagem em ritmo)

Leitura, escrita, literatura, oralidade

A linguagem no ritmo da multiplicidade.

Vem com a gente, galera, vem pra conhecer

A linguagem em uso é o que vimos lhe trazer.

 

Na sala de aula era assim...

Aluno e professor. A Língua? Regras sem fim...

 

— Ai, que texto grande!! Não consigo entender!!

— Vale quanto, professor? Cai na prova?

— Vou ter mesmo que ler?

— Ai, que coisa chata! Não tem figura? Olha o tamanho da letra...

— É em dupla, professor? Vou ter mesmo que fazer?

 

— Escreve direito, menino!

— Não assassina o português!

— Caneta na mão copiando a lição!

— Sentado na cadeira!

— Isso não é lugar de brincadeira!

 

Essas são ideias que precisam mudar!

O livro didático público está aí pra inquietar

Para formar sem fazer conformar

Pois a realidade precisamos transformar.

Se liga, meu irmão,

No que vamos te dizer,

Somos todos iguais

E diferentes pra valer

‘Tamo’ na atividade!

‘Tamo’ aí pra aprender!

 

Este é o Rap da Língua Portuguesa

Vem com a gente aprender

Usar a língua com destreza

Oralidade, leitura e escrita

Desenvolver o pensar sem maldade

Mas também sem ingenuidade.

E tudo ler, do romance ao cordel.

O que aceita o papel, ler.

Com todos os tipos de textos, aprender.

Experimentar da língua o potencial

Que tal?

É só entrar e abrir a janela-

-texto que dá para o pensamento

E logo a imaginação acelera

Aprimorando o movimento

Do aprender.

 

Vem com a gente, galera, vem pra conhecer

A proposta nova que vimos lhe trazer.

Leitura, escrita, literatura e oralidade

Para a construção de uma nova sociedade.

 

Você é a personagem principal

Do texto e do contexto

É só entrar e abrir a janela

Para os mundos da linguagem.

Ler é conhecer, pensar é refletir

Todos modos de interagir.

Interagir com o mundo e sua multiplicidade:

O cinema, o trabalho, a TV, a música

A linguagem e toda a sua variedade.

E pra ficar mais bacana, a interdisciplinaridade.

Interaja com os elementos

Ampliando seus conhecimentos.

 

Usar a língua pra falar

Usar a língua pra fiar

Afiar todo o seu ser.

Oralidade, leitura, escrita

Ajudam a fazer quem somos

Pois são as práticas com as quais lidamos.

Nós crescemos com a língua que usamos.

 

Eu erro, tu erras, nós erramos.

Errar não é pecado.

É, na verdade, tentativa de aprendizado.

 

Preconceito linguístico é roubada.

Melhor errar do que não fazer nada!

 

Leitura, escrita, literatura, oralidade

A linguagem no ritmo da multiplicidade.

Vem com a gente, galera, vem pra conhecer

A linguagem em uso é o que vimos lhe trazer.

LINS, A. E. et Al. Rap da Língua Portuguesa. In: LINS. A. E. et Al. Rap da Língua Portuguesa e Literatura. Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 10-11. Disponível em: https://www.português.seed.pr.gov.pr/arquivos/file/livrodidatico.pdf Acesso em: 31 mai. 2020.

Entendendo o Rap:

01 – Agora, leia o texto em voz alta e perceba em que ritmo você fará a leitura.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – O que significa ser personagem principal do texto e do contexto?

      Ser personagem principal do texto e do contexto significa ser o elemento central. Fundamental: ser o leitor do texto, aquele que executa a arte de ler, e ser o disseminador dos sentidos do texto.

03 – O Rap da Língua Portuguesa convida o leitor para os “mundos da língua”. Que mundos são esses?

      É a multiplicidade da linguagem, seus diferentes usos e modos de expressão, como a arte, a música, a fotografia, a poesia e o cinema.

 

     

 

POEMA: A SECA DO CEARÁ (FRAGMENTO) - LEANDRO GOMES DE BARROS - COM GABARITO

 Poema: A seca do Ceará (Fragmento)

            Leandro Gomes de Barros

Seca as terras as folhas caem,
Morre o gado sai o povo,
O vento varre a campina,
Rebenta a seca de novo;
Cinco, seis mil emigrantes
Flagelados retirantes
Vagam mendigando o pão,
Acabam-se os animais
Ficando limpo os currais
Onde houve a criação.

Não se vê uma folha verde
Em todo aquele sertão
Não há um ente d’aqueles
Que mostre satisfação
Os touros que nas fazendas
Entravam em lutas tremendas,
Hoje nem vão mais o campo
É um sítio de amarguras
Nem mais nas noites escuras
Lampeja um só pirilampo.

[...]

Foi a fome negra e crua
Nódoa preta da história
Que trouxe-lhe o ultimatum
De uma vida provisória
Foi o decreto terrível
Que a grande pena invisível
Com energia e ciência
Autorizou que a fome
Mandasse riscar meu nome
Do livro da existência.

E a fome obedecendo
A sentença foi cumprida
Descarregando lhe o gládio
Tirou-lhe de um golpe a vida
Não olhou o seu estado
Deixando desemparado
Ao pé de si um filinho,
Dizendo já existisses
Porque da terra saísses
Volta ao mesmo caminho.

[...].

Entendendo o poema:

01 – O poema, “A seca do Ceará”, da autoria de Leandro Gomes de Barros, impresso em folheto, traz como tema a tragédia da seca, logo, a finalidade do texto é?

      Buscar evidenciar a delicada condição do homem sertanejo, castigado pelo flagelo da seca e pelas suas terríveis consequências. Sofrimento, este, que acomete grande parte do povo nordestino.

02 – Como você define o estilo de linguagem adotada pelo autor?

      Foi adotada a linguagem coloquial, com uso de expressões populares regionalistas.

03 – Na leitura do poema, percebe-se que, em cada estrofe, há uma pausa que é acentuada pela semelhança sonora advinda do final de cada verso. Retire do texto exemplos desta sonoridade.

      As seguintes duplas de palavras: “...povo...novo” e “...pão...criação”.

04 – Leia a estrofe com atenção e identifique o sentido que pode ser inferido a partir da leitura desses versos:

        “Foi a fome negra e crua
         Nódoa preta da história
         Que trouxe-lhe o ultimatum.”

      Nesses versos, o autor personifica a fome, dando a ela o poder de dizer a última palavra, empregando, aí, a figura de linguagem prosopopeia.

05 – Assinale V para verdadeiro e F para falso, sobre a figura de linguagem identificada nas frases abaixo:

(V) Meus netos respeitam meus cabelos brancos. (Metonímia)

(V) Quem foi o inteligente que cometeu esses erros todos? (Ironia)

(V) Fiquei sentada, ouvindo a doce música. (Sinestesia)

(F) Meu filho é teimoso como uma mula. (Metáfora)

 

 



 

     

NOTÍCIA: CRIANÇAS BRASILEIRAS DORMEM MUITO TARDE - G1- JORNAL HOJE - COM GABARITO

 Notícia: Crianças brasileiras dormem muito tarde, diz pesquisa

                  Levantamento foi feito pela indústria farmacêutica, em 19 países. Rotina é fundamental para regular o sono da criança.

Do G1, com informações do Jornal Hoje

        A criança brasileira dorme muito tarde, segundo uma pesquisa feita pela indústria farmacêutica em 19 países. Enquanto lá fora a criança vai para a cama por volta das 20h, aqui ela só dorme depois das 22h.

        Rotina é fundamental para regular o sono da criança. Desde muito cedo, elas precisam entender que durante o dia podem brincar e conversar. Mas à noite é necessário dormir. Quando escurece, os pais devem começar a reduzir o ritmo das brincadeiras, o barulho e a luz do quarto.

        Uma das regras mais importantes é estabelecer um horário para seu filho ir para a cama. "O ideal seria no mais tardar às 21h", disse o neuropediatra Álvaro José de Oliveira.

        Uma pesquisa feita em 19 países mostrou que, no Brasil, os bebês vão para a cama bem mais tarde que no Japão, nos Estados Unidos e na Inglaterra. E a notícia não é nada boa: quanto mais tarde a criança vai dormir, mais inconstante é o sono.

        Um bom sono noturno depende também das rotinas estabelecidas durante o dia. Dê comida e banho sempre no mesmo horário. "Quando você já não faz uma rotina para a comida, uma rotina para o banho, não define bem claramente. E rotina dá segurança para a criança", disse o especialista.

        Cada recém-nascido tem um ritmo, mas eles levam em média cinco meses para acertar o relógio biológico. Depois disso, são capazes de dormir direto até nove ou 12 horas.

        Para evitar problemas, os médicos dão algumas dicas. Evite ninar seu bebê, pois a criança que dormiu nos braços da mãe ou andando de carro pode acordar no meio da noite querendo repetir a dose. Se ela aprendeu a dormir no berço, é capaz de acordar e dormir sozinha de novo. Quando há um desequilíbrio momentâneo, como nas férias, é bom procurar acertar o passo o mais rápido possível.

        A lição pode parecer dolorosa, mas é fundamental. Se até os 5 anos de idade a criança não superar os problemas de insônia, ela terá mais chance de sofrer com distúrbios do sono pelo resto da vida.

Do G1, com informações do Jornal Hoje. Do dia 14/10/2009.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a manchete da reportagem?

      Crianças brasileiras dormem muito tarde, diz pesquisa.    

02 – Qual é o título auxiliar?

      Levantamento foi feito pela indústria farmacêutica, em 19 países. Rotina é fundamental para regular o sono da criança.

03 – De quando é a reportagem e qual a fonte?

      Do dia 14/10/2009, do G1, com informações do Jornal Hoje.

04 – Do que se trata a reportagem?

      Trata da rotina do sono das crianças, e pesquisa mostra que as crianças brasileiras dormem muito tarde em relação a outras crianças de outros países.

05 – Onde foi feita a pesquisa?

      Foi feita em 19 países, entre eles estão o Brasil, Japão, Estados Unidos e Inglaterra.

06 – O que a pesquisa concluiu sobre o Brasil?

      Que no Brasil, os bebês vão para cama bem mais tarde do que no Japão, Estados Unidos e Inglaterra.

07 – Segundo Álvaro José de Oliveira, qual a regra mais importante para a criança dormir?

      Uma das regras mais importantes é estabelecer um horário para seu filho ir para a cama. O mais tardar seria às 21h.

08 – Qual a sua opinião sobre a reportagem?

      Resposta pessoal do aluno.

REPORTAGEM: NARRADORES DE UM BRASIL PERDIDO - C. MESQUITA - COM GABARITO

 Reportagem: Narradores de um Brasil perdido

                     C. Mesquita

    Durante a filmagem de “Kenoma”, seu primeiro longa-metragem, em 1997, a cineasta paulista Eliane Caffé esteve em Diamantina (MG), onde foi apresentada ao livro “O artesão da memória do Vale do Jequitinhonha”, de Vera Lúcia Felício Pereira. Neste estudo sobre os contadores de histórias do Jequitinhonha (MG), Caffé conheceu a história de Pedro Cordeiro Braga, agente dos Correios de Vau, lugarejo situado entre Diamantina e o Serro, Nordeste de Minas. Ameaçado de perder o emprego e de ver o posto fechado pelo lento movimento de correspondências na região, Pedro Cordeiro Braga começou, certo dia, a escrever cartas aos que conhecia ou de quem já ouvira falar. Velhos moradores da região, viajantes que um dia passaram pelo Vau, todos se tornaram destinatários possíveis das cartas escritas cuidadosamente – em prosa ou em versos – pelo agente dos Correios, conhecido na região como excelente contador de casos. Escrevendo religiosamente, muitas vezes relatando a ilustres desconhecidos as histórias de seu lugar, Braga manteve vivo e ativo o fluxo de correspondências do posto de Vau, único canal de comunicação entre o lugarejo e o mundo lá fora.

        “Achei incrível essa história”, diz Eliane Caffé, que passou, ela mesma, ase corresponder com Braga. Enviou e recebeu várias cartas. Em novembro passado, depois de quase dois anos de correspondência, Caffé esteve em Vau para conhecer Pedro Cordeiro Braga, acompanhada de uma equipe de pesquisa. A história do agente dos Correios de Vau inspirou a composição do personagem Antônio Biá, figura-chave do segundo longa-metragem de Caffé, “Os narradores do Vale de Javé”. Com argumento e roteiro de Eliane Caffé e Luiz Alberto de Abreu (também parceiros no roteiro de “Kenoma”), o projeto terá captação de recursos e pré-produção em 99, com previsão de filmagem no primeiro semestre do ano 2000 e lançamento no ano seguinte.

                                                        MESQUITA, C. Narradores de um Brasil Perdido. Página, Editora da Palavra, Belo Horizonte, p. 46, 1998. 

          Fonte: Língua Portuguesa. Linguagens no Século XXI. 5ª série. Heloísa Harue Takazaki. Ed. IBEP. 1ª edição, 2002. p. 44-5.

Entendendo a reportagem:

01 – Em alguns lugares do Brasil, a única forma de se comunicar com familiares e amigos ainda é a carta. Que trecho do texto comprova isso?

      O posto dos Correios de Vau é o único canal de comunicação entre o lugarejo e o mundo lá fora.

02 – Esse texto é trecho de reportagem. Verifique em que veiculo o texto foi publicado. Você conhece essa publicação?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – O texto fala sobre filme inspirado em história real.

a)   Cite o nome do filme a que esse trecho se refere.

“Narradores do Vale” do Javé.

b)   Quando o texto foi escrito, o filme já tinha sido lançado? Explique.

Não, a reportagem anuncia que o filme está para ser lançado e conta parte do enredo.

c)   Quem é o diretor do filme?

Eliane Caffé.

d)   Quem é a pessoal real que inspira esse filme? Cite o nome, a profissão, o estado e a cidade do Brasil onde mora?

Pedro Cordeiro Braga – agente dos Correios de Vau.

e)   Como essa história real chegou ao conhecimento do diretor de cinema?

Eliane Caffé leu um livro de Vera Lúcia Felício Pereira no qual estava a história de Pedro.

04 – O que motivou Pedro a escrever cartas?

      A possibilidade de perder o emprego na agência dos Correios.

05 – Atente para o lugar de onde saiu a carta de Pedro, e qual foi sua função?

      Saiu da cidade de Vau, segundo o texto, é muito pequena, isolada do “mundo lá fora”. A função de comunicar-se com o mundo.

NOTÍCIA: JARDINEIRO INGLÊS ACHA TESOURO - LEÃO SERVA - DE LONDRES - COM GABARITO

 Notícia: JARDINEIRO INGLÊS ACHA TESOURO

              Leão Serva – de Londres

    Um jardineiro inglês inconformado com o sumiço de um martelo decidiu vasculhar uma fazenda com um detector de metais. O martelo não apareceu, mas Eric Lawes tornou-se milionário ao encontrar um tesouro romano de valor incalculável em moedas, utensílios e joias em ouro e pedras preciosas.

     Aos 70 anos, Eric está naquela fase da vida em que não crê em sonhos infantis. Mesmo assim, diz que:

        “Quem usa detector de metais sempre pensa em tesouro”. Mas não a descoberta de peças romanas na Inglaterra. “Esse superou todos os meus sonhos mais loucos”, afirmou.

        O detector deveria ser usado para resgatar um martelo de uns poucos dólares. Ao primeiro sinal do aparelho, Eric encontrou uma moeda de ouro. Em seguida, mais uma. Mais um pouco e veio uma corrente e então apareceu o tesouro todo: joias em pedras e ouro, colheres e enfeites enterrados há cerca de 1.600 anos.

FOLHA DE SÃO PAULO no dia 19 de maio de 1992.

Entendendo a notícia:

01 – Esse texto é:

(  ) Uma fábula.

(  ) Um conto.

(X) Uma notícia.

02 – Quando ocorreu o fato?

      No dia 19 de maio 1992.

03 – Onde foi publicado?

      Saiu na Folha de São Paulo.

04 – Quem deu a notícia?

      Leão Serva.

05 – De onde veio a notícia?

      De Londres na Inglaterra.

06 – Qual a manchete?

      Jardineiro inglês acha tesouro.     

07 – Qual o lide da notícia?

      “Um jardineiro inglês inconformado com o sumiço de um martelo decidiu vasculhar uma fazenda com um detector de metais. O martelo não apareceu, mas Eric Lawes tornou-se milionário ao encontrar um tesouro romano de valor incalculável em moedas, utensílios e joias em ouro e pedras preciosas.”     

08 – Quem está envolvido na notícia?

      Um fazendeiro chamado Eric Lawes.

09 – O que fez o jardineiro encontrar um tesouro?

      Seu martelo sumiu e inconformado utilizou um detector de metais pra encontra-lo, isso fez com que encontrasse um tesouro de valor incalculável.

10 – Como a notícia descreve o tesouro?

      Um tesouro romano de valor incalculável em moedas, utensílios e joias em ouro e pedras preciosas.     

11 – O que disse Eric sobre o acontecido?

      “Quem usa detector de metais sempre pensa em tesouro, esse superou todos os meus sonhos mais loucos.”