domingo, 8 de agosto de 2021

TELA: MENINO DE RUA - GILMAR FRAGA - COM GABARITO

 Tela: Menino de rua

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRW7m5iM6mtIWhxW3H4bIH7wTgrWtUAl2gwLpL6lKwngOS-tW21spciOxq9TgzOPspMN3iTatSWVO5XDM8A-MqhVOkLdw9nzrCRzZJMnfrKuX8LH6UDZZ5cTzoFrKXTUFMTBgII7zOzfA/s270/meninosss.jpg

Menino de rua, de Gilmar Fraga. Hidrocor, pastel seco e lápis de cor.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p.252.

Entendendo a tela:

01 – O que é possível observar na imagem?

      Um menino dorme no chão, no que parece ser uma calçada, segurando um pano vermelho. Ao lado dele há uma garrafa plástica. Ele está vestido apenas uma bermuda verde e tem a parte de cima do corpo descoberta. Ele tem pele morena e cabelos encaracolados e castanhos.

02 – Qual imagem e cores aparecem em primeiro plano e quais estão em segundo? Que efeitos de sentido são produzidos em decorrência da posição das coisas e das cores?

      Em primeiro plano está o menino adormecido, segurando um pano perto do rosto e com uma garrafa ao lado dele. Sua imagem foi pintada em um tom bege mais escuro que o usado para pintar o chão. Seu rosto tem um sombreado na testa feito pela sombra da garrafa. Algumas partes do seu corpo estão iluminadas como se houvesse sobre ele um poste de luz.

03 – Em sua opinião, qual é a crítica social retratada nessa tela. Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – As crianças e os adolescentes deveriam trabalhar? Qual é a sua opinião a esse respeito?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Pra você, de quem é a responsabilidade pela proteção de crianças e adolescentes?

      Resposta pessoal do aluno.




POEMA: MENINO DE RUA - PATATIVA DO ASSARÉ - COM GABARITO

 Poema: Menino de Rua

            Patativa do Assaré

Menino de Rua, garoto indigente
Infanto Carente,
Não sabe onde vai
Menino de Rua, assim maltrapilho
De quem tu és filho
Onde anda o teu pai?

Tu vagas incerto não achas abrigo
Exposto ao perigo
De um drama de horror
É sobre a sarjeta que dormes teu sono,
No grande abandono
Não tens protetor

Meu Deus! Que tristeza! Que vida esta tua
Menino de Rua,
Tu andas em vão
Ninguém te conhece, nem sabe o teu nome
Com frio e com fome
Sem roupa e sem pão

Ao léu do desprezo dormes ao relento
O teu sofrimento
Não posso julgar,
Ninguém te auxilia, ninguém te consola,
Cadê tua escola,
Teus pais teu lar?

Seguindo constante teu duro caminho
Tu vives sozinho
Não és de ninguém
Às vezes pensando na vida que levas
Te ocultas nas trevas
Com medo de alguém

Assim continuas de noite e de dia
Não tens alegria
Não cantas nem ri
No caos de incerteza que o seu mundo encerra
Os grandes da terra
Não zelam por ti


Teus olhos demonstram a dor, a tristeza,
Miséria, pobreza
E cruéis privações
E enquanto estas dores tu vives pensando,
Vão ricos roubando
Milhões e milhões


Garoto eu desejo que em vez deste inferno
Tu tenhas caderno
Também professor
Menino de Rua de ti não me esqueço
E aqui te ofereço
Meu canto de dor.

ASSARÉ, Patativa do. Antologia poética. Organização e prefácio de Gilmar de Carvalho. 8. Ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2010.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 253-4.

Entendendo o poema:

01 – Quantas estrofes de quantos versos há no poema?

      São oito estrofes com seis versos em cada, totalizando 48 versos.

02 – Há rimas no poema? Que efeito de sentido é produzido com esse recurso sonoro?

      Há rimas em todo o poema. Em cada estrofe, os versos rimam da seguinte forma: AB CF DE. Os versos rimados conferem ritmo e melodia ao poema.

03 – O que de importância esse poema diz a você? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Que relações explícitas podem ser estabelecidas entre a obra de arte visual e o poema?

      A primeira relação que se pode estabelecer é de que o tema tratado em ambas as obras é o mesmo (Menino de rua). Da mesma forma, os versos a seguir parecem descrever a pintura. “Tu vagas incerto não achas abrigo / Exposto ao perigo / De um drama de horror / É sobre a sarjeta que dormes teu sono, / No grande abandono / Não tens protetor.”

05 – Como o eu lírico descreve o “menino de rua” no poema?

      Como indigente (que não tem nome ou não é reconhecido), carente, triste, sozinho, maltrapilho, faminto e com frio.

06 – O que o eu lírico deseja ao menino?

      Deseja que frequente a escola: “Tu tenhas caderno/também professor”.

07 – Nos versos “Vão ricos roubando/Milhões e milhões”, a quem o eu lírico faz referência e responsabiliza?

      O eu lírico faz referência aos políticos corruptos, que contribuem para a existência de pessoas em situação de miséria e pobreza.

 



 

CHARGE: JUNIÃO - TEXTO VERBAL E NÃO VERBAL - COM GABARITO

 Charge: Junião

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgU2pBp_fCq3nRaXGLsGgapdnfOKXlGbjJJdiI36LmdowmvVLIEDxJJp50gW_TleRGkjwWBFp-GGjohyijOlu3i5WvhMebt2Uz4LC7y-01hbiL1B9p9cdEbqBX4fpEr4uQkDiv-aUia84/s278/juniao.jpg

JUNIÃO. Disponível em: https://bit.ly/2yVAXGP. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 260.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na imagem? Estabeleça a relação entre os textos verbal e não verbal.

      O texto não verbal mostra dois adultos. No primeiro quadro, um parece estar nervoso, enquanto o outro se mostra assustado. Já no segundo quadro, o personagem que parecia estar nervoso mostra-se igualmente assustado. Pelo texto verbal, percebe-se que o adulto que mudou de fisionomia ficou assustado ao perceber que o adolescente que estava sendo acusado era seu filho e, com isso, ele muda completamente seu discurso.

02 – Do que trata a charge? Você concorda com a fala de Zé, no primeiro quadro? Justifique.

      A charge estabelece uma crítica à redução da maioridade penal. Resposta pessoal do aluno.

03 – Explique o paradoxo na fala de Zé.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Que figura de linguagem é usada na oração “ele é só uma criança”? Explique.

      A figura de linguagem utilizada é o eufemismo, pois ele tenta minimizar a situação desagradável.

CHARGE: TRABALHO INFANTIL - (NANI) - COM GABARITO

 Charge: Trabalho infantil – (NANI)


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                               NANI. Trabalho infantil. 3 jun. 2013. Disponível em: https://bit.ly/2JOC27A. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 259.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na imagem?

      Um adulto conversando com uma criança, afirmando que ela está brincando, e ela reafirmando duas vezes que está trabalhando.

02 – Sobre o que trata a charge? Que crítica social ela apresenta?

      A charge estabelece uma crítica ao problema da exploração do trabalho infantil.

03 – Qual o sentido que o verbo brincar assume na charge? Qual o outro sentido que esse verbo possui?

      O verbo brincar está assumindo na charge o sentido irônico de uma expectativa do enunciador, de que a afirmação da criança seja mentira, que ela esteja “brincando” no sentido de afirmar algo que não é verdade. Entretanto, o tom de surpresa é para demonstrar que o próprio enunciador está espantado com a afirmação da criança, mas sabe que ela não está mentindo. O outro sentido que o verbo possui é o seu sentido literal, ou seja, de recreação. No contexto do tema trabalho infantil, há o contraste entre “trabalhar” e “brincar”, por isso pode-se considerar que se estabelece nesse caso, uma antítese.

CHARGE: MÃE GENTIL? IVAN CABRAL - COM GABARITO

 Charge: Mãe gentil?

              Ivan Cabral


CABRAL, Ivan. Mãe gentil? Disponível em:
https://bit.ly/2qlhVPL. Acesso em: 28 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 260.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na imagem?

      Uma criança maltrapilha, descalça e sem camisa, à beira de um abismo que a separa do outro lado, onde há uma bandeira do Brasil, gritando “Manhêêê”.

02 – De onde foi tirada a citação da charge?

      A citação é de um trecho do Hino Nacional brasileiro.

03 – Do que trata a charge? Qual é a crítica social que ela apresenta?

      A charge trata do contraste entre a afirmação presente no Hino Nacional e a realidade, estabelecendo, dessa forma, uma crítica social.

04 – Explique a ironia presente nesta charge.

      A ironia está no conteúdo da letra do Hino em contraste com a realidade presenciada pelos cidadãos, em que as disparidades sociais criam um abismo entre o que se proclama e o que se pratica.

FOTO: ILHA ANCHIETA - COM QUESTÕES GABARITADAS

 Foto: Ilha Anchieta


Foto tirada na ilha Anchieta, Ubatuba (SP), 2011.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 14-5.

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQon_9SLGuEFHucMxoEusKE-BZHhYljf50nGWgTuNmGCxPTutbpDrrX-G7ykDcb1GR6rNjupzKhSVWKTWP56DZy1tUTcXwFCp1OG4o9qTjQBXYxcujdc4JohA6Xjl2WQdoUY6AGdcaqlA/s259/anchieta.jpg

Entendendo a foto:

01 – O que você vê na foto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: As ruínas de um conjunto de casas, sugerindo haver mais construções, árvores ao fundo e uma montanha.

02 – O que a foto não mostra? Imagine o que pode estar ao redor desse lugar e comente com os colegas, de modo que consigam visualizar o que você descrever.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Sobre a foto, imagine:

a)   Como foi esse lugar um dia? Quem viveu ali? Como eram as pessoas? O que faziam? Em que época viviam?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Concentre-se em um desses personagens criados pela sua imaginação. Conte o que ocorreu com ele em determinado dia. Invente uma história que desperte o interesse dos colegas, que apresente um conflito vivido pelo personagem em certo momento de sua vida, em um lugar específico.

Resposta pessoal do aluno.

04 – A foto retrata as ruínas de um presídio que funcionava em uma ilha do litoral de Ubatuba, cidade do estado de São Paulo. Diante dessa informação, responda:

a)   Há alguma relação entre a história que você e os colegas escreveram e a referência real da foto?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Se antes de criarem a história vocês já tivessem essa informação sobre a foto, ela seria contada da mesma maneira?

Resposta pessoal do aluno.






FOTORREPORTAGEM: COMÉRCIO DA MENDICÂNCIA - COM GABARITO

 Fotorreportagem: Comércio da mendicância

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Comércio da mendicância. Jornal denunciou aluguel de crianças para ajudar a pedir dinheiro.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p.20-1.

Entendendo a fotorreportagem:

01 – Observe atentamente a fotorreportagem acima e responda: Em sua opinião, de que fato a reportagem que acompanha essa foto vai tratar?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Ainda fazendo referência à imagem, que sentimento essa cena desperta em você?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A foto provoca pena pela situação de pobreza em que as pessoas que mendigam se encontram, principalmente as crianças.

03 – Descreva a cena em um parágrafo, com o maior número de detalhes possível.

      A fotorreportagem retrata uma mulher com três crianças em situação de mendicância e uma transeunte que para diante dessa pessoas, possivelmente para questionar algo sobre a situação em que vivem ou para prestar auxílio. É possível supor, também, que a mulher que está de pé tenha nas mãos um saco de pão e esteja dando esse alimento às crianças.

04 – Essa foto acompanhou uma reportagem de agosto de 1979 que, à época, relatou aos leitores um tipo de mendicância praticado na região central de Campo Grande (MS). A matéria trouxe o seguinte título:

        “Crianças de aluguel”, nova fórmula para favorecer a mendicância profissional.

a)   Como você interpreta as expressões “criança de aluguel” e “mendicância profissional”?

A expressão “criança de aluguel” nos remete à ideia de que as crianças não tem necessariamente laços familiares com os pedintes. São usadas na prática da mendicância, uma vez que despertam a comoção dos transeuntes. A expressão “mendicância profissional” nos remete à mendicância institucionalizada, estabelecida como prática que caracteriza uma profissão.

b)   Ao ler o título, que visão você acha que o leitor passa a ter da cena retratada?

Resposta pessoal do aluno.

c)   De que maneira um título pode conduzir a leitura e interpretação de um texto jornalístico?

O título pode orientar e até mesmo predeterminar um tipo de leitura, condicionando previamente o posicionamento e a interpretação do leitor.

05 – A fotografia é um recorte da realidade, ou seja, a imagem retratada é parte de uma cena, de um lugar, de um contexto selecionado pelo fotógrafo para ser registrado. Por que a fotografia, apesar de ser um instante da realidade, possui tanta força expressiva? Explique sua resposta.

      Pela própria capacidade de síntese, a fotografia condensa significados e favorece às pessoas que interpretem de modo mais detalhado a cena retratada. E, por ser o registro de um momento de dada realidade, permite um olhar mais atento para os pormenores e mais aprofundado para o tema que está sendo representado, porque congela esse momento. O olhar de quem vê uma foto não é o mesmo de quem vê a realidade cotidiana, porque a foto não é simplesmente a realidade, mas revela uma realidade que está por trás da imagem.

06 – Em sua opinião, essa mesma fotorreportagem poderia ser utilizada em outro tipo de abordagem para o tema “mendicância”? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Leia a explicação a seguir.

        O conto é uma narrativa curta, em forma de prosa. Mas não é apenas a extensão do texto que o determina como tal. Embora seja um texto breve, apresenta capacidade de síntese e densidade em que o qualitativo se sobrepõe ao quantitativo. É como se um clarão iluminasse uma cena e se registrasse um recorte com toda sua complexidade.

·        Com base nessa explicação, responda: É possível perceber semelhanças entre a fotografia e o conto? Explique.

      Sim. Assim como na fotografia existe a necessidade de selecionar uma imagem expressiva, no conto é necessário que o acontecimento seja significativo. Ambos são produções mais enxutas, que condensam com profundidade os temas tratados.

 

CAMPANHA: NÃO DÊ ESMOLA, PROMOVA A CIDADANIA - COM GABARITO

 Campanha: Não dê esmola, promova a cidadania



Não dê esmola, promova a cidadania. Prefeitura de Dourados, 4 jul. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2TzxDtn. Acesso em: 15 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 22.

Entendendo a campanha:

01 – Observe o cartaz acima que ilustra uma notícia de 7 de julho de 2018 sobre uma campanha realizada na cidade de Dourados (MS). Qual é o objetivo dessa campanha?

      Combater a mendicância nas ruas de Dourados, inserindo crianças e adolescentes nessa situação numa rede de proteção e sensibilizando a sociedade sobre a importância de não dar esmolas.

02 – Descreva as imagens que ilustram o cartaz da campanha, considerando o primeiro plano e o plano de fundo.

      No primeiro plano, vemos uma mão em vermelho com o dizer “não dê esmola” e exprimindo um gesto de “pare”. A cor vermelha normalmente está associada a sangue, denotando energia, guerra, perigo, força, poder, determinação, etc. O vermelho, no cartaz, pode ter sido usado para reforçar o perigo que o ato de dar esmola representa. Ao fundo, vemos crianças aparentemente saudáveis, alegres e sorrindo, o que pode ser interpretado como uma forma de levar o leitor a depreender que as crianças podem ter um futuro promissor, sem pobreza e sem necessidade de mendigar em decorrência de ações como a proposta pela campanha.

03 – De acordo com o texto da campanha, a atitude de dar esmolas “perpetua o ciclo da pobreza”. O que você pensa sobre isso?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Considerando o tempo decorrido entre a publicação da reportagem e da foto que a acompanha (agosto de 1979) e a data de lançamento de uma campanha que trata do combate à mendicância (julho de 2018), em Mato Grosso do Sul, responda:

a)   O que é possível inferir sobre o problema da “mendicância” nesse estado?

É possível inferir que, mesmo decorrido todo esse tempo, o problema da mendicância no Mato Grosso do Sul não foi superado, o que suscita a promoção de políticas públicas no sentido de combate-lo.

b)   Esse problema é específico de um estado ou se estende aos demais estados brasileiros? Explique.

O problema da mendicância se estende a todos os estados brasileiros, onde ainda existem milhares de pessoas em situação de pobreza ou de extrema pobreza, o que as leva fatalmente a praticar a mendicância.

 

TIRINHA: ECA - A CRIANÇA EM PRIMEIRO LUGAR - COM GABARITO

 Tirinha: ECA

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1tCgDViMNlwRJwL8qLtI5YeC_JbMGSYtvh_1GMto32NyVc22YG-IITlDpV7mQOa5ThMQMEKIWlwcccn8zUp9z-Njkws8NLXBbQcxW-Jf09n0m0B6B2E7CtBebdJCUjWxDdRJ0bqS2VV8/s272/eca.jpg

ECA em tirinhas para crianças. Câmara dos Deputados. Secretaria de Comunicação Social – Plenarinho 4, ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2vlDelL. Acesso em: 17 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 27.

Entendendo a tirinha:

01 – No texto dessa página, afirma-se que as crianças e os adolescentes têm, por lei:

        “[...] direito à vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária.”

a)   Ainda na forma da lei, quem deve garantir esses direitos?

A família, a sociedade e o Estado.

b)   Crianças e adolescentes em situação de mendicância nos remete à transgressão (não observância) de quais direitos entre esses destacados? Justifique.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Todos os direitos citados são desrespeitados, uma vez que a mendicância é consequência da condição de pobreza em que muitas crianças e adolescentes se encontram, e a pobreza pode levar à falta do que é básico para a subsistência.

02 – Transcreva os verbos de ligação e os predicativos do sujeito que compõem as orações a seguir, extraídas do texto “A criança em primeiro lugar”.

a)   “[...] o adolescente está na faixa entre 12 e 18 anos [...].

Verbo de ligação: está; predicativo do sujeito: na faixa entre 12 e 18 anos.

b)   “[...] as crianças e os adolescentes estão sempre em primeiro lugar [...].

Verbo de ligação: estão; predicativo do sujeito: sempre em primeiro lugar.

c)   “[...] A lista é grande!”.

Verbo de ligação: é; predicativo do sujeito: grande.

03 – Na frase “[...] o adolescente está na faixa entre 12 e 18 anos [...]”, o verbo de ligação estar transmite a ideia de um estado permanente (definitivo) ou de um estado transitório (que só dura certo tempo) do sujeito?

      Transmite a ideia de um estado transitório do sujeito.






TIRINHA: AMAR É QUERER BEM - ALEXANDRE BECK - COM GABARITO

 Tirinha: Amar é querer bem



         
BECK, Alexandre. Armandinho, 14 jun. 2017. Disponível em:
https://bit.ly/2P17rEN. Acesso em: 17 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 34.

Entendendo a tirinha:

01 – Considerando apenas as imagens, faça uma descrição das cenas apresentadas na tirinha.

      No primeiro quadrinho, os personagens apresentam-se com uma gaiola, dando a impressão de que vão pegar e prender um passarinho. No segundo, mostram-se tirando as grades (barras verticais) da gaiola; no terceiro, usam a gaiola sem as grades para servir de refeitório para os passarinhos.

02 – Indique, entre as alternativas a seguir, a que traz um trecho contraditório, com o texto dessa tirinha.

a)   Existem outras que chamam de “meus” outros seres humanos, mas nenhuma vez sequer botaram os olhos sobre eles, e toda a sua relação com essas pessoas consiste em lhes causar mal.

b)   Essa descoberta me deixou profundamente impressionado e [...] levou-me a me tornar o malhado ensimesmado e sério que eu sou.

c)   O homem diz: “minha casa”, mas nunca mora nela, preocupa-se apenas em construí-la e mantê-la.

03 – Que tipo de predicado constitui a oração do primeiro quadrinho? Transcreva-o.

      Predicado nominal: não é egoísmo nem posse.

04 – Identifique e transcreva os predicativos do sujeito que se encontram nas orações do terceiro quadrinho.

      Querer bem ao outro; generosidade.



ROMANCE: O CARTEIRO E O POETA(FRAGMENTO) - ANTONIO SKÁRMETA - COM GABARITO

 Romance: O carteiro e o poeta (Fragmento)

                Antonio Skármeta

        – Dom Pablo?...

        – Você fica aí parado como um poste.

        Mário retorceu o pescoço e procurou os olhos do poeta, indo de baixo para cima.

        – Cravado como uma lança?

        – Não, quieto como uma torre de xadrez.

        – Mais tranquilo que um gato de porcelana?

        Neruda soltou o trinco do portão e acariciou o queixo.

        – Mário Jiménez, afora às Odes elementares, tenho livros muito melhores. É indigno que você fique me submetendo a todo tipo de comparações e metáforas.

        – Como é, dom Pablo?!

        – Metáforas, homem!

        – Que são essas coisas?

        O poeta colocou a mão sobre o ombro do rapaz.

        – Para esclarecer mais ou menos de maneira imprecisa, são modos de dizer uma coisa comparando-a com outra.

        – Dê-me um exemplo...

        Neruda olhou o relógio e suspirou.

        – Bem, quando você diz que o céu está chorando. O que é que você quer dizer com isto?

        – Ora, fácil! Que está chovendo, ué!

        – Bem, isso é uma metáfora.

        – E por que se chama tão complicado, se é uma coisa tão fácil?

        – Porque os nomes não têm nada a ver com a simplicidade ou complexidade das coisas. Pela sua teoria, uma coisa pequena que voa não deveria ter um nome tão grande como mariposa. Elefante tem a mesma quantidade de letras que mariposa, é muito maior e não voa – concluiu Neruda, exausto. Com um resto de ânimo indicou ao solícito Mário o rumo da enseada. Mas o carteiro teve a presença de espírito de dizer:

        – Puxa, eu bem que gostaria de ser poeta!

        – Rapaz! Todos são poetas no Chile. É mais original que você continue sendo carteiro. Pelo menos caminha bastante e não engorda. Todos os poetas aqui no Chile são barrigudos. Neruda retomou o trinco do portão e dispunha-se a entrar quando Mário, olhando o voo de um pássaro invisível, disse:

        – É que se eu fosse poeta poderia dizer o que quero.

        – E o que é que você quer dizer?

        – Bom, o problema é justamente esse. Como não sou poeta, não posso dizer.

        [...]

        Neruda apertou os dedos no cotovelo do carteiro e o foi conduzindo até o poste onde havia estacionado a bicicleta.

        – [...] Agora vá para a enseada pela praia e, enquanto você observa o movimento do mar, pode ir inventando metáforas.

        – Dê-me um exemplo!...

        – Olhe este poema: “Aqui na Ilha, o mar, e quanto mar. Sai de si mesmo a cada momento. Diz que sim, que não, que não. Diz que sim, em azul, em espuma, em galope. Diz que não, que não. Não pode sossegar. Chamo-me mar, repete, batendo numa pedra, sem convencê-la. E então, com sete línguas verdes, de sete tigres verdes, de sete cães verdes, de sete mares verdes, percorre-a, beija-a, umedece-a e golpeia-se o peito, repetindo seu nome”.

        Fez uma pausa, satisfeito.

        – O que você acha?

        – Estranho.

        – “Estranho”. Mas que crítico mais severo!

        – Não, dom Pablo. Estranho não é o poema. Estranho é como eu me sentia quando o senhor recitava o poema.

        – Querido Mário, vamos ver se você desenreda um pouco, porque eu não posso passar toda a manhã desfrutando o papo.

        – Como se explica? Quando o senhor dizia o poema, as palavras iam daqui para ali.

        – Como o mar, ora!

        – Pois é, moviam-se exatamente como o mar.

        – Isso é ritmo.

        – Eu me senti estranho, porque com tanto movimento fiquei enjoado.

        – Você ficou enjoado...

        – Claro! Eu ia como um barco tremendo em suas palavras.

        As pálpebras do poeta se despregaram lentamente.

        – “Como um barco tremendo em minhas palavras”.

        – Claro!

        – Sabe o que você fez Mário?

        – O quê?

        – Uma metáfora.

        – Mas não vale, porque saiu só por puro acaso.

        – Não há imagem que não seja casual, filho.


Antonio Skármeta. O Carteiro e o Poeta. Rio de Janeiro: Record, 1996.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 9º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 40-2.

Entendendo o romance.

01 – O texto se desenrola quase que integralmente em forma de diálogo entre os personagens, o carteiro e o poeta, mas, ainda assim, há trechos que possibilitam perceber a presença do narrador. Qual o foco narrativo em que foi escrito? Dê um exemplo.

      O foco narrativo é de terceira pessoa. Exemplos: “Neruda apertou os dedos no cotovelo do carteiro e o foi conduzindo até o poste onde havia estacionado a bicicleta.” / “Mário retorceu o pescoço e procurou os olhos do poeta, indo de baixo para cima.” / “As pálpebras do poeta se despregaram lentamente.”

02 – Em que espaço se passa esse trecho da narrativa? Transcreva um trecho do texto que comprove sua resposta.

      Diante da casa do poeta, possivelmente perto de uma praia. Exemplos: “Neruda soltou o trinco do portão e acariciou o queixo.” / “Neruda retomou o trinco do portão e dispunha-se a entrar [...]”. / “Com um resto de ânimo indicou ao solícito Mário o rumo da enseada.” / “Neruda apertou os dedos no cotovelo do carteiro e o foi conduzindo até o poste onde havia estacionado a bicicleta.” / “[...] Agora vá para a enseada pela praia e, enquanto você observa o movimento do mar, pode ir inventando metáforas.”.

03 – Normalmente, o discurso direto, que reproduz na escrita um diálogo, é introduzido por verbos de elocução, como falar, dizer, comentar, perguntar, responder, observar, exclamar, gritar, aconselhar, etc. Mesmo não usando esses verbos, como é possível notar a presença do discurso direto no texto e identificar os personagens a que as falas se referem?

      O discurso direto geralmente é antecedido pelo travessão, que aponta o início da fala de um personagem e quando ocorre mudança de interlocutores. Dessa forma, é possível perceber o discurso direto no texto pelo uso de travessões diante das falas e, pelo conteúdo dessas falas, a quem elas se referem.

04 – No texto, qual definição o poeta dá para a palavra “metáforas”?

      “São modos de dizer uma coisa comparando com outra”.

05 – Diante da estranheza do carteiro ao dizer que a palavra era complicada, embora se referisse a uma coisa tão fácil, Dom Pablo responde-lhe que os nomes não têm nada a ver com a simplicidade ou complexidade das coisas. O que o poeta pretende mostrar ao carteiro com essa afirmação?

      Que não há relação direta entre os nomes das coisas e o que são ou representam.

06 – Em sua opinião, o exemplo que o poeta apresenta torna mais simples o entendimento dessa frase?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Por que o poeta responde ao carteiro, no final do texto, que “não há imagem que não seja casual? Explique essa afirmação.

      Ele quer dizer que as imagens surgem de maneira natural, não de forma minunciosamente planejada, ou seja, a criação de imagem é espontânea.

08 – O carteiro atribui à expressão “o céu está chorando” o sentido de “está chovendo”. Responda:

a)   Qual dessas expressões foi empregada em sentido figurado?

O céu está chorando.

b)   E qual foi empregada em sentido real, denotativo?

Está chovendo.