sexta-feira, 23 de novembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): E O MUNDO NÃO SE ACABOU - ADRIANA CALCANHOTTO - COM GABARITO

Atividades com a Música: E O Mundo Não Se Acabou

                                     Adriana Calcanhotto

Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar

E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar

Beijei a boca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou

Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar

E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada

Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão

Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou

Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar

E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar

Beijei a boca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou

Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar.
                                                Composição: Assis Valente
Glossário:
Fulano = indivíduo ou sujeito qualquer.

Entendendo a canção:
01 – O fato de o mundo não ter acabado deixou o eu lírico em uma situação embaraçosa. Por quê?
      Deduz-se que seja porque a pessoa com a qual o eu lírico festejou passou a espalhar que ele se excedeu nos festejos.

02 – Na primeira estrofe, três verbos são empregados para introduzir o assunto do falatório. Quais?
      Anunciaram, garantiram e disseram.

03 – Identifique, no primeiro e no terceiro versos, os termos que complementam o significado desses verbos.
      “Que o mundo ia se acabar”; “[...] que o sol ia nascer antes da madrugada”.

04 – Os três verbos na 3ª pessoa do plural, da questão 02:
a)   Eles se referem a um sujeito já mencionado anteriormente?
Não.

b)   Nessa situação, o emprego desses verbos particularizou ou indefiniu o sujeito?
Indefiniu o sujeito.

05 – Nas frases: “A minha gente lá de casa começou a rezar” / “O sol ia nascer antes da madrugada”.
a)   A que(m) se refere a locução verbal começou a rezar? E ia nascer?
Referem-se, respectivamente, a a minha gente e a o sol.

b)   Qual é a função sintática dos termos aos quais essas locuções se referem?
Sujeito.

06 – No morro não se faz batucada naquela noite por dois motivos. Quais são eles?
      O mundo ia se acabar e o sol ia nascer antes da madrugada.

      

FILME(ATIVIDADES): MOSCOU CONTRA 007 - TERENCE YOUNG - COM GABARITO

Filme(atividades): MOSCOU CONTRA 007

Data de lançamento 27 de abril de 1964 (1h 58min)
Direção: Terence Young
Gêneros AventuraAçãoEspionagem
Nacionalidade Reino Unido

SINOPSE E DETALHES
        James Bond (Sean Connery) é incumbido de ajudar uma bela agente soviética a fugir de seu país, para então tentar recuperar uma leitora de códigos na embaixada russa, em Londres. Porém, Bond não sabe que a temível organização criminosa Spectre organizou esta armadilha no intuito de executá-lo.

Entendendo o filme:
01 – No filme Moscou contra 007 estrelado por Sean Connery e Daniela Bianchi; nesse filme o agente britânico James Bond luta contra uma organização secreta.

a)   Levante uma hipótese: que organização era essa?
No filme, a organização secreta é conhecida por SPECTRE, mas tem planos contra a Inglaterra e Estados Unidos, podendo ser considerada uma instituição soviética.

b)   Esse filme pode ser visto como parte da guerra de propaganda entre os Estados Unidos e a União Soviética?
Sim. Parte da propaganda feita entre os países se deu através de conteúdos como músicas, filmes, artes, entre outros, para a propagação de qual seria o melhor estilo de vida.

c)   Escreva um período o filme a guerra fria.
O filme data da década de 1960, quando a Guerra Fria estava em seu auge, com o mundo bipartido entre a influência dos dois países. Espionagens e tramas secretas eram parte do imaginário popular da época.


CONTO: OS TRÊS PORQUINHOS E UM BEBÊ - COM GABARITO

Conto: Os três porquinhos e um bebê

      Era uma vez, numa terra distante, três porquinhos irmãos que queriam construir suas casas. Aí acontece aquela velha história que todos conhecem. Um dia, uma turma de lobos nada confiáveis decidiu que os leitões virariam alimento. Para isso, enviam seu agente mais mortal. O lobo mau. O lobo mau soprou a casa do primeiro porquinho e, naturalmente, ela veio abaixo. O mesmo aconteceu com a casa do segundo porquinho. Mas com a casa de tijolos a história muda de figura. Não conseguindo destruí-la com seu sopro ele resolveu escalar a chaminé e se dá mal, muito mal. Então o lobo mau mudou de estratégia. Planejou algo mais sinistro e muito ridículo: enganar os porquinhos enviando um bebê lobo para ser adotado. E quando este ficasse grande poderia comer os três irmãos.

 Autor desconhecido. Extraído do site: http://www.cineplayers.com/

Entendendo o conto:
01 – Marque o gênero do texto lido.
a) Sinopse de filme
b) Conto.
c) Parlenda
d) Anedota.

02 – Qual a finalidade desse tipo de texto?
a) Anunciar um produto.
b) Apresentar algo.
c) Orientar o leitor.
d) Dar uma notícia.

03 – O título “Os três porquinhos e um bebê” lembra um conto que também tinha um lobo malvado que queria devorar os porquinhos. O conto era:
a) Branca de neve e os três porquinhos.
b) Os três porquinhos.
c) A Cinderela e os três porquinhos.
d) Rapunzel e os três porquinhos.

04 – O que aconteceria com o lobo, caso ele escalasse a chaminé?
a) Seria confundido com o Papai Noel.
b) Comeria os porquinhos.
c) Se daria mal.
d) Seria preso por invasão.

05 – Qual o grande plano armado pelo Lobo para entrar na casa dos três porquinhos?
      Enviar um bebe lobo para ser adotado pelos porquinhos.

06 – Na história, o lobo mal consegue destruir a casa dos porquinhos? Por quê?
      Não. Porque a casa foi construída de tijolos.

07 – Na frase: “Então o lobo mal mudou de estratégia. Planejou algo mais sinistro e muito ridículo”, a palavra destacada tem o mesmo significado de:
a) claro.
b) estranho.
c) bonito.
d) escuro.

08 – Leia a frase: O lobo mal soprou a casa do primeiro porquinho e, naturalmente, ela veio abaixo”. Escreva os artigos que aparecem na frase acima.
      São os artigos: o e a.

09 – “Um dia, uma turma de lobos nada confiáveis decidiu que os leitões virariam alimento”. Há a presença de artigos indefinidos. Identifique-os.
a) um, uma, que, os
b) um, uma
c) que, os, de, nada
d) os, as, um, uma

10 – Baseado na leitura da questão anterior, aponte qual a finalidade do artigo definido.
a) Determinar o substantivo.
b) Dar qualidade ao substantivo.
c) Expressa a ideia de lugar.
d) Indicar uma ação.



CRÔNICA: DA OLIVETTI AO TORPEDO - COM QUESTÕES GABARITADAS


Crônica: DA OLIVETTI AO TORPEDO

        Vai fazer 30 Natais que eu ganhei meu presente mais inesquecível. Não, não foi uma bicicleta. Foi uma máquina de escrever portátil Olivetti, modelo Lettera 22, verdinha. Vinha com uma tampa de plástico, que ao ser encaixada se transformava numa maleta. Mal abri o brinquedo, já fui pedindo; “Quero fazer o curso”
       Alguém aí pode explicar o que leva uma criança de 10 anos a pedir um curso de datilografia para seus pais? Hoje em dia é evidente que eu seria encaminhado a um bom psicólogo infantil – mas naquele tempo meu pai me inscreveu num curso e pronto. Lá pelo fim do curso, fazia fácil 200 toques por minuto.
       Na 8ª série, tive a felicidade de entrar para um colégio cujo currículo incluía... datilografia. Na aula inaugural, o professor pediu que todos os alunos batessem seus nomes à máquina, deixei que começasse; um “tlec” sem convicção, um “tlec” solitário ali, outro “tlec” solitário acolá. Então respirei fundo. E mandei ver: ratatatatatatatata! Todas as cabeças da sala se voltaram ao mesmo tempo na minha direção. Nunca mais viverei outro momento tão glorioso.
        Nunca mais mesmo. Depois de reinar por mais de 100 anos, o teclado – que foi inventado em 1880, não pela Olivetti, mas pela Remington – está com os dias contados. A máquina de escrever das crianças de 10 anos deste século não é nem mesmo o computador: é o celular. Crianças e adolescentes passam horas travando diálogos por escrito, como se estivessem jogando videogame.
         Você já tentou escrever um “torpedo” no celular? Eu tentei. Na semana passada, para ser mais preciso. As 26 letras do alfabeto se escondem em apenas nove teclazinhas. Levei cinco minutos para digitar quatro palavrinhas – e estou até agora tentando achar onde fica o ponto de interrogação. Se você souber de algum curso de datilografia-em-telefone, por favor me avise.
          Os celulares possuem poucas teclas porque na verdade quem escreve neles não tem lá muito amor pelas letrinhas. Tudo é abreviado. As vogais somem. Os acentos vão para o beleléu. Além de aprender a digitar, você tem de reaprender a escrever.
           De nada adianta ter evoluído das Olivettis e Remingtons para os PCs e Macs se a gente não consegue agora a se adaptar ao celular. Caso tudo o que os fabricantes prometem acabe um dia se realizando, o celular vai tomar o lugar do computador, da máquina fotográfica, do cartão de crédito, Da carteira de identidade e da chave de casa. Isso claro, para quem aprender a mexer nele. Se eu não consigo achar nem o ponto de interrogação, como eu vou descobrir a função que abre o portão da garagem?

                          (Ricardo Freire. Revista Época, Globo, 24/11/2003)
Entendendo a crônica:
01 – A crônica aborda um tema atual: os avanços da tecnologia.
a)   Que informação você desconhecia e descobriu com a leitura do texto?
O teclado que foi inventado em 1880 pela Remington.

b)   Qual o ponto de vista apontado no texto em relação aos avanços tecnológicos?
Que o celular vai tomar o lugar do computador, da máquina fotográfica, do cartão de crédito, da carteira de identidade e da chave de casa.

c)   Na sua opinião, com que finalidade se atribuiu um tom humorístico aos fatos narrados no texto?
Para que o texto ficasse mais interessante ao ser lido.

02 – O narrador-personagem inicia o texto referindo-se a fatos de sua infância.
a)   A que ele se refere como "presente inesquecível"?
Uma máquina de escrever portátil Olivetti, modelo lettera 22, verdinha.
b)   Quantos anos ele tinha e qual sua reação ao receber o presente?
Ele tinha 10 anos, e sua reação foi pedir um curso de Datilografia para seus pais.

03 – Ao iniciar o curso, o narrador-personagem rapidamente aprende a usar as teclas da máquina de escrever.
a)   Que expressões empregadas evidenciam essa agilidade?
“Totalmente caxias, eu jamais olhava para as teclas.”
“Lá pelo fim do curso, fazia fácil 200 toques por minutos.”

b)   Ele gostou muito de teclar a máquina. Que frase comprova esse sentimento do cronista?
Foi amor ao primeiro asdfgçkjh.

04 – A crônica também apresenta um momento glorioso vivenciado pelo narrador-personagem na 8ª série.
a)   Como ele se destaca dos seus colegas?
Pelo fato de ser o único a saber datilografar rapidamente.

b)   Que recursos linguísticos são empregados para ressaltar a sonoridade das teclas? O que eles sugerem ao leitor?
Onomatopeia, sugere o barulho do teclado.

05 – De acordo com a crônica, a máquina de escrever do momento é o celular.
a)    O narrador-personagem se inclui no público usuário dessa máquina? A que tipo de público especificamente ele se refere?
Não. Ele se refere aos jovens.

b)    Como ele se sente diante dessa "máquina de escrever"?
Se sente indignado, levando cinco minutos para digitar quatro palavras.

06 – Na crônica são apresentados alguns argumentos que servem para justificar o ponto de vista do narrador-personagem sobre o uso do celular.
a)   Que argumento é utilizado para justificar a dificuldade em digitar as teclas do celular?
“As 26 letras do alfabeto se escondem em apenas nove teclazinhas. Levei cinco minutos para digitar quatro palavras – e estou até agora tentando achar onde fica o ponto de interrogação.”

b)   Ao explicar por que o celular possuiu poucas teclas, o narrador faz uma crítica implícita. O que ou quem é criticado? Por quê?
Ele critica as crianças que trocam uma máquina de datilografia por um celular. “As 26 letras do alfabeto se escondem em apenas nove teclazinhas.”






POEMA: PONTINHO DE VISTA - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: Pontinho de vista
                          Pedro Bandeira


Eu sou pequeno, me dizem,
E eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
Com o queixo levantado.

Mas, se formiga falasse
E me visse lá do chão,
Ia dizer, com certeza:
— Minha nossa, que grandão!

                     Pedro Bandeira. Por enquanto eu sou pequeno. São Paulo: Moderna, 2002.

Entendendo o poema:
01 – Qual é o título do poema?
      Pontinho de vista.

02 – Quantas estrofes e quantos versos possui o poema?
      Possui 02 estrofes e 08 versos.

03 – Quem é o autor?
      Pedro Bandeira.

04 – Por que o menino diz que precisa olhar todo mundo com o queixo levantado?
      Porque ele ainda é pequenino.

05 – Se uma formiga visse você lá do chão e ela pudesse falar, será que ela diria que você é grande? Por quê?
      Sim. Porque eu serei sempre maior que uma formiga.

06 – Dentro da tua casa, perto de quem você é grande?
      Resposta pessoal do aluno.


TEXTO: EXEMPLOS DE ATITUDE ENSINAM MAIS QUE TEORIAS - ALICE RUIZ - COM GABARITO


Texto: Exemplos de atitude ensinam mais que teorias
    

                                        Alice Ruiz

        Alice cresceu sem ter acesso a muitos livros, mas encontrou motivação na família para se tornar uma respeitada poeta e compositora.

        Acho que existem três tipos de educação. 
        A que se recebe em casa. A formal, que se recebe na escola.
        E aquela que nós próprios fazemos, depois, quando adultos.
        Em minha casa só existia um livro, a Bíblia. E eu fui criada para trabalhar muito cedo e não para prosseguir nos estudos.
        Mas, ainda assim, recebi um exemplo de mulheres fortes, que lutaram por seus espaços e pelas coisas nas quais elas acreditavam.
        E exemplos de atitude, como sabemos, ensinam mais que teorias.
        O primeiro livro que ganhei foi de uma professora de história, descobri um novo mundo ali e virei leitora voraz.
        Meu professor de latim me deu o gosto pela etimologia, pela origem das palavras, o que, em si já traz o cerne da poesia.
        Meu professor de inglês nos fazia traduzir e decorar poemas. E me fez, assim, descobrir esse prazer.
        E houve um professor de português que vibrava tanto com minhas redações que me fez acreditar em mim mesma nesse caminho.
        Mas, além disso, eles me ensinaram algo ainda mais importante, gostar de aprender.
        Acredito que a principal função da Educação é despertar o gosto pelo aprendizado.
        Muito mais do que assimilar essa ou aquela matéria. 
        Porque aprender vira um hábito que nos acompanha para sempre.

                                       Alice Ruiz. Portal Educar para crescer. 11 jan. 2012.

Entendendo o texto:
01 – Qual é o tema principal desse depoimento?
      O tema principal é sobre a educação.

02 – Como Alice Ruiz opina sobre esse tema?
      Ela primeiro relata sua experiência familiar e pessoal para depois dar sua opinião sobre educação.

03 – Localizem no texto palavras e expressões que identificam que as opiniões apresentadas são da própria autora.
      Espera-se que os alunos consigam identificar principalmente as formas verbais e os pronomes pessoais e possessivos, mesmo que não saibam denominá-los.

04 – Que pessoas Alice Ruiz menciona? Por quê?
      Ela menciona as mulheres fortes da família, a professora de História, os professores de Latim, de Inglês e de Português, porque são pessoas que participaram de sua formação e marcaram sua vida.

05 – Em seu depoimento, a autora faz uso da linguagem formal ou informal? Por quê?
      A autora desse depoimento faz uso da linguagem formal porque ela é uma escritora conhecida e é essa linguagem que se espera que ela utilize ao expor seu texto em público.



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): VIDA MARIA - MÁRCIO RAMOS - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(Atividades): Vida Maria

Gênero: Animação
Diretor: Márcio Ramos
Duração: 9 min     Ano: 2006     Formato: 35mm
País: Brasil     Local de Produção: CE
Cor: Colorido 

Sinopse: 
        Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.

Entendendo o filme:

01 – Onde se passa a história de “Vida Maria”? Que elementos do vídeo te ajudaram a descobrir isso?
      A história se passa em alguma região sertaneja do Brasil. É possível perceber isso por meio das imagens do curta, que mostram um lugar de solo árido e seco, além de um sol escaldante.

02 – Como o cinegrafista / diretor marca a passagem do tempo? Que recursos ou estratégias ele usa?
      O cinegrafista marca a passagem do tempo em “Vida Maria” ao fazer o movimento de “aproximação/afastamento” com a câmara. A câmara se afasta de um personagem, quando aproxima novamente, o personagem já aparenta estar um pouco mais velho, com mais idade. Além disso, gradativamente, os cabelos dos personagens vão ficando brancos e a pele mais enrugada.

03 – Compare o início do filme ao seu final. O que há de comum e o que há de diferente entre essas partes do curta?
      Tanto o início quanto o final do curta mostram uma mãe impedindo a filha de escrever em seu caderno para que esta vá ocupar-se dos afazeres domésticos. Com isso, o diretor só reforça a ideia de que a vida dessas Marias é e será algo cíclico, algo que irá se repetir enquanto as perspectivas delas não mudarem e enquanto elas não tiverem instrução e dignidade.

04 – O vídeo tem duração de 8 minutos e 35 segundos, mas quanto tempo se passa na vida das personagens?
      Embora seja um curta que tem menos de 10 minutos, na vida das personagens passaram-se anos, gerações. Isso é perceptível pelo fato de aparecerem novos filhos, novas Marias ao longo do vídeo. Além disso, quando, ao final do curta, mostra-se o caderno com as folhas passando e com o nome de várias Marias, é possível concluir que várias gerações já se passaram, que várias Marias já nasceram e já tiveram outros filhos.

05 – No início do curta, a mãe diz: “Em vez de ficar perdendo tempo desenhando o nome, vá lá pra fora...”. Por que, para ela, desenhar o nome é perda de tempo?
      Porque quando não se tem educação nem perspectiva de melhoria na qualidade de vida, como acontece com as personagens de “Vida Maria”, aprender, estudar e instruir-se perde seu valor. Nada se torna mais importante do que o trabalho, pois este é o único meio através do qual as Marias obtêm o pão de cada dia, o único meio através do qual elas conseguem garantir, no mínimo, sua sobrevivência. Dessa forma, enquanto elas não tiverem instrução nem dignidade e não perceberem que, por meio da educação, elas podem mudar sua realidade, continuarão achando que estudo é perda de tempo.

06 – A expressão “desenhar o nome”, no curta, pode ser uma metonímia de quê? Explique.
      A expressão pode ser uma metonímia de estudar, aprender. Isso porque quando a mãe diz: “Em vez de ficar perdendo tempo desenhando o nome, vá lá pra fora...”, ela não só quer impedir a filha de escrever como também de aprender/estudar o que quer que seja.

07 – Para você, por que a mãe usa essa expressão?
      Ao utilizar “desenhar o nome” para se referir ao estudo, à aprendizagem, torna-se o ato de estudar/aprender algo menor, de pouca importância, é apenas uma brincadeira, ou seja, “desenhar o nome” traz uma carga pejorativa para o estudo.

08 – Maria José, já mais velha no final da história, tem a mesma reação que a mãe teve com ela, com a filha, Maria de Lourdes, quando estava escrevendo seu nome no caderno. Por que essa repetição de pensamentos?
      Essa repetição é para mostrar às pessoas que essas Marias do sertão têm a vida predestinada, ou seja, podem vir com outros nomes, como outras Marias, mas serão sempre as mesmas, sem instrução e com condições de vida paupérrimas, precárias. Isso serve para mostrar que enquanto não houver ação, mudança no modo de agir e de pensar dessas pessoas, a sina irá se repetir. E para que isso não se repita, só há um caminho: educação e condições dignas de vida e de trabalho.

09 – As Marias da família retratada no curta já têm uma vida pré-destinada. Você concorda com esta afirmação? Justifique sua resposta baseando-se nas estratégias cinematográficas de que o produtor se utilizou para denotar este efeito (o da predestinação).
      Não concordo! Um dos elementos do texto que marcam essa predestinação é o fato de Maria José, já mais velha no final da história, ter com a filha, Maria de Lourdes, a mesma reação que a mãe teve com ela, quando estava escrevendo seu nome no caderno. Essa repetição de atitudes marca que, não há mudanças que as coisas continuarão acontecendo do mesmo jeito.

10 – Por que o curta tem o título: “Vida Maria”? Que outro título poderia ser dado a ele?
      Porque ele retrata a vida de várias Marias. Além disso, é como se “Maria” fosse um estilo próprio, peculiar de vida, aquela vida pacata, do sertão e para a qual não há perspectiva de mudança ou melhoria. O nome Maria, não foi escolhido por acaso, ele, além de ser um nome comum no Brasil, representa várias mulheres, além disso, traz consigo uma carga semântica que remete à simplicidade. Outro título que se encaixaria nesse curta seria “As Marias do sertão”.


POEMA: A ESCOLA - CLÁUDIO THEBAS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: A escola


Todo dia na escola,
O professor, a professora,
A gente aprende e brinca muito
Com desenho, tinta e cola.

Meus amigos tão queridos
Fazem farra, fazem fila.
O Paulinho, o Pedrão,
A Patrícia e a Priscila.


Quando chega o recreio,
Tudo vira brincadeira,
Como bolo, tomo o suco
Que vêm dentro da lancheira.

Quando toca o sinal,
Nossa aula chega ao fim,
Até amanhã, amiguinhos,
Não se esqueçam, não, de mim...

                       Cláudio Thebas. Amigos do peito. Belo Horizonte: Formato, 2006.

Entendendo o poema:
01 – O que as crianças fazem na sala de aula?
      Elas aprendem e brincam muito com desenho, tinta e cola.

02 – Quantas estrofes tem o poema? E quantos versos?
      Possui 04 estrofes. E 16 versos.

03 – Quais são os amiguinhos do peito do autor?
      São: o Paulinho, o Pedrão, A Priscila e a Patrícia.

04 – O que o autor leva na lancheira, para a hora do recreio?
      Ele leva bolo e suco.

05 – Quando termina a aula o que o autor diz aos coleguinhas?
      “Até amanhã, amiguinhos, / Não se esqueçam, não, de mim...”

06 – Quem é o autor do texto?
      Cláudio Thebas.