terça-feira, 14 de agosto de 2018
POEMA: RENÚNCIA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO
terça-feira, 31 de julho de 2018
POEMA: CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO
01 – No texto, podemos
entender a palavra “vento” com o
sentido de:
a)
Tempo.
b)
Aragem.
c)
Ventania.
d)
Brisa.
02 – Assinale a melhor
resposta. O motivo que conduz o poema é:
a)
O vazio da vida humana.
b)
A fuga rápida do tempo e as marcas que deixa
nas pessoas.
c)
A ideia de violência na vida humana,
caracterizada pelo verbo varrer.
d)
A interferência da natureza na vida do homem.
03 – O verso: “E a minha vida ficava”, presente em
todas as estrofes, simboliza a:
a)
Pressão da razão sobre os sentimentos.
b)
Volubilidade emocional do ser
humano.
c)
Perenidade da condição humana.
d)
Incerteza diante do futuro.
04 – Já o verso: “Cada vez mais cheia”, também repetido
em todas as estrofes, pode representar o(a):
a)
Alegria do tempo vivido.
b)
Insipidez de uma existência sem poesia.
c)
Amadurecimento crítico em oposição às ilusões
adolescentes.
d)
Acumulação gradativa de
experiências existenciais.
05 – Aproveitando o tema do
poeta e adequando-se à forma e conteúdo do poema, podemos afirmar que a vida só
não é um(a):
a)
Ciranda de emoções.
b)
Voragem de sentimentos.
c)
Desfile de glórias.
a)
Fática, porque o autor procura testar o canal
de comunicação.
b)
Metalinguística, porque há explicação do
significado das expressões.
c)
Conotativa, uma vez que o leitor é provocado
a participar de uma ação.
d)
Referencial, já que são apresentadas
informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e)
Poética, pois chama-se a atenção
para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.
07 – A partir do título do
poema, percebe-se que o eu poético vai estabelecer uma relação. Que relação é
essa?
Relação à vida do autor, presente como o
eu-lírico.
08– Como estão estruturados
os versos e estrofes do poema?
O poema em seu
rigor formal, é composto de quatro sextilhas.
09 – A partir de que relação
de semelhança pode-se afirmar que ocorre, no poema, uma metáfora entre vento e tempo?
Na 1ª sextilha há
um sentido associativo (metáfora) atribuído à palavra vento e ao verbo varrer
(varria), a primeira corresponde ao significado de tempo e a segunda a ação do
vento, se essas palavras fossem substituídas por outras como: brisa, ventania
ou soprar (respectivamente nos casos), não expressariam o abalo que o eu-lírico
sofre, pois ao carregar folhas, frutos, flores. (1ª sextilha).
10 – Que expressão se repete
nas (2.ª, 3.ª, 4.ª sextilhas) para significar algo que vai ocorrendo,
gradativamente, ao longo de um tempo ou à medida da ação do vento/tempo?
As expressões são:
2ª sextilha – luzes, músicas, aromas.
3ª sextilha – meses e sorrisos.
4ª sextilha – percebe-se que o vento é
capaz de tirar seus prazeres da vida.
11 – Que vocábulos do poema
permitem perceber que o eu poético fala de uma situação passada?
“E a minha vida ficava cada vez mais
cheia”, reconhece-se nesse aspecto que a canção do vento também torna-se a sua,
reconhecendo assim sua plenitude enquanto ser relacionada a ação do tempo que
ironicamente, à medida que lhe varia todas as coisas, deixava a mesma cada vez
mais cheia.
12 – No verso: “E a minha vida ficava”, existe uma
carga semântica, pois está presente em todas as estrofes. Por quê?
Este verso
simboliza a perenidade da condição em que se encontra o eu-lírico.
13 – O eu-lírico usa a
repetição das reticências em muitos versos, com que finalidade?
Para alongar o
ritmo da frase e o momento da rememoração na consciência, como se inserissem no
texto pausas internas, espaços de silêncio.
14 – No poema, a expressão “minha vida” refere-se à vida:
a)
Da amada.
b)
Da natureza.
c)
Das mulheres.
d)
Do eu-lírico.
15 – Nos três primeiros
versos – “O vento varria as folhas, / O
vento varria os frutos, / O vento varria as flores...” –, a semelhança
sonora das palavras:
a)
Cria musicalidade no poema.
b)
Elabora uma prosa poética.
c)
Constrói imagens desconhecidas.
d)
Elimina o ritmo do poema.
16 – Pode-se afirmar que
“Canção do vento e da minha vida” é um poema porque:
a)
Está estruturado em frases e parágrafos
repetidos.
b)
Está organizado em versos com ritmo
e sonoridade.
c)
Conta, em linguagem figurada, uma história de
amor.
d)
Compara vida e natureza alterando a estrutura
das estrofes.
17 – A leitura do poema
sugere que a vida:
a)
Acumula experiências.
b)
Esvazia os dias.
c)
Destrói os sonhos.
d)
Devasta a natureza.
18 – O poema se organiza em
torno da seguinte ideia:
a)
A vida é como o vento, varre os
maus momentos.
b)
A vida é como o vento, varre os bons
momentos.
c)
O tempo passa com o vento, enquanto a vida se
preenche.
d)
O tempo passa como o vento, enquanto a vida
se esvazia.
19 – O poema chama a atenção
pela sua construção paralelística, isto é, pela repetição total ou parcial de
versos.
a)
Quais dos seguintes tipos de paralelismo
foram empregados no poema? Sintático – Semântico – Rítmico – Gráfico.
Foram empregados todos eles.
b)
Em cada uma das estrofes, o eu lírico trata
dos efeitos do vento e agrupa-os em blocos semânticos distintos. Observe o
conteúdo d cada uma das três primeiras estrofes e associe-os, na ordem em que
aparecem, aos seguintes itens: relacionamentos – percepção sensorial –
natureza.
Natureza – percepção sensorial (visão, audição e olfato) –
relacionamentos.
c)
Considerando que os paralelismos são
estruturas de repetição, o que essas repetições sugerem no plano da vida do eu
lírico?
Sugerem repetição, monotonia, uma vida sempre igual.
20 – Nessa “canção” de
Bandeira, o vento varre continuamente.
a)
Observe alguns dos significados do verbo
varrer e aponte aqueles que coincidem com os sentidos desse verbo no poema:
Varrer: 1. Limpar com vassoura. 2.
Arrastar-se por, roçar. 3. Levar, arrastar. 4. Destruir, devastar. 5. Fazer
desaparecer.
Todos eles estão de
alguma forma no poema; contudo, vale ressaltar o caráter devastador do vento, o
que remete para os significados 3,4 e 5.
b)
O vento, além do sentido de “ar em
movimento”, pode também apresentar outros, como o de “coisa vã, fugaz, efêmera,
passageira”, o que se verifica claramente no verso: “O vento varria os meses”,
conclua: A passagem do vento é a metáfora de quê?
Do tempo.
21 – Cada uma das estrofes
do poema se organiza a partir da oposição entre o vento e a condição do eu
lírico. Observe o esquema:
O vento varria: as folhas, os frutos,
as flores, as luzes, as músicas, etc.
E minha vida ficava cada vez mais cheia
de: frutos, flores, folhas, aromas, estrelas, cânticos, etc.
Tanto o verbo varrer quanto o
adjetivo cheia regem complementos. Observe a presença ou ausência de
preposição nesses dois casos e responda às questões a seguir.
a)
A ligação entre o verbo varrer e seus
complementos se faz com ou sem o auxílio de preposição? Consequentemente, qual
é a função sintática desses complementos do verbo?
Sem preposição; sua função é de objeto direto.
b)
A ligação entre o adjetivo cheia e
seus complementos se faz com ou sem auxílio de preposição? Que função sintática
desempenham os complementos desse adjetivo?
Com o auxílio de preposição: sua função sintática é de complemento
nominal.
c)
Qual o valor semântico da palavra de
em “cheia de...”?
·
Posse.
·
Restrição.
·
Qualidade, caráter.
·
Matéria, conteúdo.
22 – Considerando a regência
do verbo varrer e a do adjetivo cheia, no contexto, é possível
estabelecer relações entre elas e o conteúdo da canção. Identifique quais dos
itens abaixo correspondem a relações corretas.
a)
Agente da ação de varrer, o vento
age diretamente (sem preposição) sobre as coisas e seres que o circundam.
b)
Varrer é verbo transitivo direto, o que pressupõe
uma ação direta do eu lírico sobre as coisas e seres que o circundam.
c)
A regência do adjetivo cheia sugere uma
atitude passiva do eu lírico, que fica imóvel diante da ação do tempo.
d)
A regência do adjetivo cheia (de)
sugere o que fica acumulado, para o eu lírico, da experiência vivida, apesar (e
em razão) da ação devastadora do vento.
23 – na última estrofe, há
uma síntese da ação do vento e da condição do eu lírico. Segundo o texto, “o
vento varria tudo!”, e a vida do eu lírico ficava “cada vez mais cheia de
tudo”. Indique ao menos dois sentidos para a palavra cheia nesse contexto.
1° sentido:
plana, que tem em abundância; 2° sentido; farta, enfastiada, cansada.
24 – Qual dos seguintes
temas podemos considerar como o tema central do poema?
a)
A efemeridade do tempo e da
natureza.
b)
A importância humana diante da natureza.
c)
O cotidiano massacrante da vida.
sábado, 28 de julho de 2018
POEMA: MENINOS CARVOEIROS - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO
sábado, 21 de julho de 2018
POEMA: TREM DE FERRO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO
Café com pão
Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isto maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! Oô... Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Oô... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no Sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... |
Bandeira, Manuel 1886 - 1968.Antologia Poética.
Café com pão
Café com pão
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho.”